Fanfics Brasil - Capítulo 43 [Parte 1] Procura-se um Marido - Finalizada

Fanfic: Procura-se um Marido - Finalizada | Tema: Vondy [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 43 [Parte 1]

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O sequestro nada mais era que Chris me levar para um lugar bem tranqüilo. Ele estava muito falante
naquele início de tarde. Comentou sobre o tempo, sobre o trânsito, contou como seu time de futebol jogara mal no dia anterior – e o sorriu ao descrever o vexame, parecendo feliz mesmo com o fracasso do time do coração – e pediu que eu o acompanhasse a um dos jogos um dia desses. Avisou que tinha ligado para a mãe confirmando o jantar daquela noite. Nem parecia o mesmo Chris que eu conhecera meses antes. Entretanto, de certa forma, parecia. Era como se aquele Christopher estivesse ali o tempo todo, esperando alguém libertá-lo da garrafa. E esse alguém fora eu.


Fiquei surpresa quando paramos no estacionamento do parque municipal, bem cuidado e arborizado. Uma grande lagoa repleta de vida, por onde muitas pessoas circulavam sem pressa, deixava o local com um clima lírico, como os finais de tarde de séculos passados.


– Não imaginei que você ia me trazer aqui. Adoro esse lugar! – exclamei, surpresa, enquanto Chris 
estendia uma grande toalha no gramado.


– Eu disse que íamos fazer algo diferente hoje. – Ele me tomou pela mão e me ajudou a sentar, depois abriu uma grande cesta de piquenique e retirou uma infinidade de guloseimas: biscoitos, frutas brilhantes e suculentas, croissants – de chocolate! –, sanduíches que fizeram meu estômago roncar, queijos picados em quadradinhos perfeitos. Por fim, fez surgir uma garrafa de vinho e duas taças.


– Eu queria... – ele sorriu. – Eu quero passar um tempo com você, conhecer tudo sobre você.


– É pra isso que serve o vinho? Pra me fazer falar? – brinquei.


Ele gargalhou. Eu sorri em resposta. Chris nunca fora tão aberto, tão livre, tão... acessível.


– Não – ele me serviu uma taça generosa. – Serve pra criar um clima mais íntimo, pra você confiar em
mim.


– Eu confio em você.


Ele fez uma careta divertida.


– Mas não o suficiente para me contar o que você fez na adolescência... – zombou. 


– Ah, isso já faz tanto tempo. E na verdade é você quem nunca me conta nada. É um sacrifício arrancar
alguma coisa alguma coisa sobre você – reclamei.


– O que você quer saber? – ele perguntou franzindo a testa, como se fosse o mais completo absurdo eu
querer saber mais sobre ele.


– O que você quiser me contar. Qualquer coisa – dei de ombros.


Ele deliberou por um momento antes de começar.


– Você já conhece a história toda. Fui um aluno exemplar por onde passei. Sempre estive ligado aos
esportes. Até pensei em fazer educação física, mas descobri que a remuneração não era lá essas coisas, então optei por uma carreira que tivesse mais mercado. Na época, comércio exterior estava em alta, e não tinha muitos profissionais na área. Ralei muito pra me tornar o melhor aluno da minha turma de administração.


Assenti. Aquilo era tão a cara dele...


– Nunca me meti em nenhum problema sério – ele continuou. – Só depois que conheci o Paulo me tornei um pouco mais irresponsável, mas ainda assim não fui muito longe. Foi o Paulo que me apresentou à cerveja. Foi quando tomei meu primeiro porre, aos dezenove anos. Acabei passando mal que precisei ser levado pro pronto-socorro. Depois jurei que nunca mais ia beber na vida – ele tomou um gole de vinho.


Eu ri, mas então pensei em algo que havia muito me incomodava e de que ele propositalmente evitava
falar.


– Você nunca fala sobre nenhuma mulher.


– Porque não tem o que falar.


Estreitei os olhos.


– Pensei que você quisesse que a gente se conhecesse mais fundo.


Ele suspirou pesadamente.


– Dulce, eu nunca tive muitas mulheres. Na verdade tive só um relacionamento, que durou alguns anos,
mas que acabou há muito tempo.


– Quanto tempo? Por que acabou? Quem era ela? Era bonita? – me ouvi perguntando. 


– Ficamos juntos por cinco anos, Pâmela. A gente se conheceu na faculdade. Acabou quando ela decidiu que queria fazer mestrado na Europa. Ela foi, eu fiquei, fim da história.


– A Pâmela era bonita? – insisti.


Ele deu de ombros.


– Era sim.


– Quanto? – exigi saber.


– Muito bonita.


Droga!


– Você... amava ela? – eu tinha que perguntar.


Christopher me encarou profundamente antes de responder.


– Eu achava que sim – murmurou, tocando meu rosto.


– Como assim, achava?


– Eu achava que sabia o que era amar. Então você apareceu, transformou minha vida num inferno e fez
minhas convicções e certezas ruírem. – Ele se inclinou sobre mim, como um leão se apoderando de sua
fêmea, me obrigando a deitar. E ficou ali, com um braço de cada lado de minha cabeça, o rosto próximo ao meu. – Nunca senti nada parecido com o que sinto por você, se é isso que quer saber. Imagino que seja amor, porque me sinto miserável quando estou longe de você. Não consigo te tirar da cabeça nem mesmo quando tento – um sorriso que fez meu coração quase parar de bater surgiu em seus lábios perfeitos, antes de ele se inclinar e me beijar ternamente.


Christopher se levantou um pouco e se deitou ao meu lado, apoiando a cabeça na mão.


– O que você acha de contarmos pra minha família sobre nosso casamento no jantar de hoje à noite?


– Hã... Mas por quê? – perguntei, apavorada. – Não precisa fazer isso.


– Isso te assusta? – ele sorriu. 


Muito!


– Não! Mas me apresentar pros seus pais como sua mulher... sei lá... é desnecessário. 


Ele riu, zombeteiro.


– Você já se deu conta de que é minha mulher, certo?


– Bom... já, mas... e se eles não gostarem de mim como sua esposa? Se acharem que eu sou a encrenqueira mimada que você achava que eu era? Ou que eu não sou boa o bastante pra você? E se ficarem chateados por a gente ter escondido o casamento deles todo esse tempo?


– Eles não vão achar nada disso. Eu já contei a eles sobre nós. Nada sobre o nosso casamento, claro, mas eles sabem que divido a minha vida com você. E já gostam de você. Principalmente o Rafael. Ele me torra a paciência com tantas perguntas sobre você.


– Isso não ajuda muito, Chris – ri nervosa.


– Você vai ficar bem. Confia em mim – ele disse, mas se sentou, me encarando intensamente, sério. Muito sério mesmo. – Dulce, eu te trouxe até aqui porque... na verdade eu queria falar com você. – Sentei-me também. – Preciso te contar algumas coisas. Esclarecer alguns pontos.


Eu gemi. Já o conhecia o bastante para saber que ele ainda se preocupava com o que estava acontecendo entre nós.


– Lembra da primeira vez que nos vimos? – ele continuou. – Quando trombamos no corredor?


Surpresa, respondi:


– Como eu poderia esquecer? Você foi bem eloquente.


– Eu fui rude! – ele sacudiu a cabeça, desanimado. – Mas olha só, o que aconteceu foi que... – ele correu os dedos pelos cabelos claros. – Lembra da conversa que tivemos no carro lá no mirante? Quando você perguntou se eu já menti pra alguém? – Assenti. Ele continuou: – Certo. Hã... Tudo bem. Acho que não tem outra forma de dizer.


– Você está me deixando um pouco nervosa, Chris.


– É porque eu estou nervoso! – ele gemeu, esfregou a mão no queixo e voltou os olhos para os meus com uma determinação absurda. – Muito bem. A verdade é que eu fiquei louco por você desde aquele momento no corredor. Assim que ergui os olhos e vi seu rosto, eu fiquei num estado de perturbação tão grande que só posso descrever como fora de mim. E detestei aquilo. Detestei me sentir daquela forma, impotente, como se você fosse o centro do meu universo. Acabei sendo extremamente agressivo, desajeitado, esperando que a minha grosseria mantivesse você afastada da minha cabeça. – ele riu um pouco, mas sem humor algum. – Não funcionou, claro. Decidi perguntar de você pelos corredores, mas ninguém sabia muita coisa além de que a garota nova era herdeira do seu Narciso e que tinha perdido tudo graças ao seu mau comportamento. Então eu pensei: Ótimo! Garota-problema! Mais uma razão para ficar longe daqueles olhos castanhos perturbadores...



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Autor(a): Gabi

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 283



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  • wisley_da_silva_pereira Postado em 22/01/2021 - 13:10:53

    depois de muito tempo olha eu aqui de novo relendo a fic eu gostei muito e amei demais mais só que falto mesmo foi só o epilogo para termina a historia de amor dos dois

  • lukinhasmathers Postado em 15/07/2020 - 09:58:05

    E eu aqui novamente... Acabei debler de novo e como eu amo esse casal mano

  • lukinhasmathers Postado em 16/06/2019 - 12:20:47

    Que bom que a Dulce amadureceu nesta história... Só queria que tivessem um filho com o Christopher, porque eles ficaram sem camisinha né rsrsrs

  • lukinhasmathers Postado em 15/06/2019 - 15:14:26

    Gostei demais da história... espero volta a lê ela algum dia..

  • marimari17 Postado em 04/01/2016 - 12:00:03

    Se chorei? Ah como chorei, essa fanfic é tão linda. Gostei dela muito, mas especialmente por um motivo, tudo o que eu temia, tudo o que eu achava que ia acontecer, na hora do aperto, não aconteceu. Quer dizer, aconteceu sim mas não fazendo umbestrago tão grande como o esperado. E eu tava jun momento tão difícil que essa fanfic me mostrou um lado bom da vida. Desde sempre eu sabia que borboletas são pessoas que já se foram e sente nossa saudade. Mas eu sei que a fanfic é adaptada, porem mesmo assim eu quero agradecer tanto a quem criou, como a você. Essa fanfic me ensinou muito. Obrigada, por me fazer chorar as quatro da manhã! Beijo grande!

  • stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 20:36:18

    Muito linda! Amei

  • Livia Postado em 07/05/2015 - 19:51:25

    dê uma passadinha la http://fanfics.com.br/fanfic/44140/the-bad-boy-vondy-hot

  • gabysavinon Postado em 27/01/2015 - 00:29:33

    amei essa adaptação!!!

  • sher_vondy Postado em 31/03/2014 - 15:49:49

    AMORES, AQUI É A AUTORA DESSA WEB, SÓ TÔ PASSANDO PRA AVISAR QUE A NOVA WEB ''Soul Love'' foi cancelada!!! Mas entrem no meu perfil que encontrarão outras. Bsos. <33

  • anapvondy Postado em 22/03/2014 - 14:22:23

    Oi Gabi, passando aqui so para avisar que sua web foi divulgada na página do facebook Estórias de Gente Vondy!! Se a divulgação for indesejada nos avise e retiraremos o post.


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