Fanfics Brasil - Capítulo 54 [Parte 2] Procura-se um Marido - Finalizada

Fanfic: Procura-se um Marido - Finalizada | Tema: Vondy [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 54 [Parte 2]

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Sorri um pouco.


- Dorme, você precisa descansar pra ficar bom logo – pedi.


- Não quero dormir. Quero falar... com você – mas suas pálpebras tremularam um pouco, antes de se
fechar e ele cair num sono profundo.


Puxei a cadeira e me sentei ao seu lado, atenta a cada respiração, a cada barulho vindo do seu peito, que me provava que ele estava vivo.


A mesma enfermeira que tivera a bondade de me relatar o que estava acontecendo, enquanto Chris estava sendo operado, trouxe uma sacola com os pertences dele. Pouco depois, o celular de Chris vibrou dentro da sacola. Alcancei o aparelho e atendi.


- Dulce, eu quero falar com o panaca do meu irmão agora. O que ele me disse mais cedo era mentira, não era? Vocês não se separaram, não é?


- Hã... Acho que estamos divorciados, sim, Rafael. E o Chris... ele... Estamos no hospital – e comecei a
chorar. – Ele foi ferido. Um tiro no ombro esquerdo...


- O quê? O que aconteceu? Você atirou nele?


Ainda um pouco histérica, comecei a rir em meio aos soluços e, como não estava em condições de formar frases coerentes, deixei que tudo saísse aos trancos e narrei a ele o que acontecera na mansão.


- Estamos indo pra aí agora – ele avisou. – Vai ficar tudo bem. O Ucker vai ficar bem.


- Eles só vão deixar vocês entrarem para ver o Chris amanhã de manhã. Ele está dormindo agora, mas
parece bem.


- Vamos pra aí mesmo assim.


Argumentei, discuti, implorei, até fiz ameaças quando o médico retornou com a intenção de me expulsar
do quarto. Ele entendeu que eu não sairia do lado de Chris e, a contragosto, me permitiu passar a noite ali. Foi uma longa noite insone.


Em uma das muitas visitas da equipe de enfermagem, o soro foi retirado do braço de Chris, me deixando
um pouco mais tranquila.


Encostei a cabeça no braço do homem que eu amava com tanta intensidade que chegava a doer, para que pudesse sentir seu calor, seu cheiro. Fechei os olhos desejando voltar no tempo, desejando nunca ter feito aquele maldito acordo e o colocado em perigo. Desejei ter deixado as coisas por conta do acaso, ter conhecido Chris aos poucos, como todo mundo faz. Convidá-lo para sair algumas vezes, dar uns amassos no carro, ter brigas que sempre terminariam na cama, uma história comum, como tantas outras. Fiquei encarando a janela até que a luz do dia, ainda tímida, invadiu o quarto.


Senti algo tocar meus cabelos.


Ergui a cabeça devagar e vi sua mão grande me acariciando, os olhos bem abertos.


- Chris! – pulei da cadeira para abraçá-lo, mas mudei de idéia no último minuto ao me lembrar de seu
ferimento. – Você está bem? Precisa de alguma coisa? Vou chamar a enfermeira.


- Não – ele sussurrou. – Fica aqui.


Fiquei imóvel ao lado da cama.


- Como você está se sentindo? – que pergunta idiota! É claro que eu sabia como ele estava se sentindo.
Como alguém que acabara de levar um tiro!


- Estou bem –ele disse. – Um pouco zonzo, mas bem.


- Acho melhor chamar o médico.


- Provavelmente vai vir alguém daqui a pouco. Isso é um hospital – ele riu, fazendo uma careta
involuntária para esconder a dor. – Você está bem?


- Eu? Como você se atreve a me perguntar isso estando aí, nessa cama? – Toquei sua testa e constatei que estava fresca, na temperatura certa. Até sua cor estava melhor, natural, mais corada.


- E o Juan?


- Está em um quarto cercado de policiais – dei de ombros e deixei minha mão cair sobre o colchão. – A
última vez que vi Juan, ele estava desmaiado na sala da mansão. Mas foi trazido para o hospital. A Any 
foi dopada e o Poncho está com ela. Também apagaram a Telma. O Hector não teve nenhum ferimento
grave e logo vai ser liberado.


Ele assentiu, com os olhos distantes. 


- Chris, me perdoa por ter sido tão idiota! – comecei. – Eu juro que não sabia que o Juan estava armando. Nunca imaginei que ele seria capaz de chegar a esse extremo. E nem pensei que você seria burro o bastante para saltar na frente de uma bala destinada a mim.


A porta se abriu. Era o médico.


- Está acordado. Isso é bom! – Ele se aproximou de Chris, examinando-o, perguntando como se sentia,
reações desagradáveis, esse tipo de coisa.


- Você deixou a sua esposa em pânico, rapaz.


- Deixei? – Christopher sorriu um pouco.


- Ela ameaçou me jogar pela janela, ou se jogar pela janela, se eu não permitisse que ela ficasse aqui com você.


Christopher me encarou, a sobrancelha arqueada, um sorriso zombeteiro nos lábios pálidos.


- Eu não ia jogar o médico... – argumentei.


Ele riu, gemendo um pouco.


Depois de se certificar de que tudo estava bem com Chris e de responder às minhas milhares de perguntas, o médico avisou que ele teria alta no dia seguinte, o que ambos achamos ótimo. Assim que ficamos sozinhos, Christopher não perdeu tempo.


- Eu preciso muito falar com você – disse sério, urgente.


O tom de sua voz fez os pelos de meus braços ficarem de pé.


- Hã... Acho que ... vou comer alguma coisa. Quer que eu pegue alguma coisa pra você? –perguntei
apressada, indo em direção à porta.


- Fica – ele pediu num sussurro firme.


Suspirei, soltando os ombros e me aproximando um pouco da cama, com medo do que ouviria.


- Foi muito... divertido estar casado com você – ele começou, me deixando boquiaberta. Não era o que eu esperava. Aliás, Christopher estava se tornando um especialista em me pegar de surpresa.


- Foi? 


Ele assentiu brevemente. Parecia nervoso. Em seguida me encarou com os olhos sérios e intensos, como se desnudassem minha alma. Avaliou-me por um bom tempo, então os olhos se detiveram em minhas mãos nervosas, que se contraíam na lateral do corpo.


- Você ainda usa sua aliança – apontou ele, surpreso.


- E você a sua – acusei. Uma avaliação rápida e ali estava, no dedo anelar da mão esquerda, aninhada na tipoia azul-marinho, a argola dourada que eu havia colocado ali fazia pouco mais de um mês. – eu...
esqueci de devolver. Tanta coisa aconteceu ontem... – e comecei a retirá-la do dedo, com o coração aos
pedaços.


- Não tira! – ele pediu, com a voz mais alta agora. – Não faz isso.


- Você não quer a aliança de volta?


Ele Sacudiu a cabeça.


- Não. Não é a aliança que eu quero de volta.


- Ah. – Não crie expectativas. Não tenha esperanças, repeti como um mantra, mas era tarde demais. Eu já sentia a esperança cravando suas garras em meu peito.


- Eu queria a sua ajuda. Sua opinião, na verdade – ele começou, sem jeito.


- Sobre o quê?


- Onde estão as minhas roupas?


- Ali – falei, apontando para a sacola ao lado da cadeira em que eu passara a noite.


- Você pode pegar um papel no bolso de trás da minha calça, por favor?


Fiz o que ele pediu. Encontrei um papel dobrado em um pequeno quadrado. Quando abri, vi que se tratava do panfleto de uma clínica de cirurgia plástica.


“TURBINE SUA AUTOESTIMA. COLOCAÇÃO DE SILICONE EM 36 VEZES SEM JUROS”.


Estreitei os olhos.


- Do outro lado, Dulce – ele riu. – Distribuíram esse panfleto no bar em que eu tentei manter o Juan e o
Hector. Mão se preocupa. Seu corpo é perfeito pra mim.


- Ah – corei.


- Leia – ele sussurrou.


Voltei os olhos para o papel e o virei. A letra rebuscada de Christopher era um pouco ilegível.


Marido arrependido procura esposa para longa temporada. Procura-se
mulher recém-divorciada, pequena na altura, mas com um coração
gigante, dona de personalidade ímpar, temperamento, tempestuoso e
olhos castanhos profundos, capazes de capturar a alma de um homem.
Oferece-se um coração em ótimo estado de conservação e uma longa
e prazerosa vida de servidão como pagamento. 


- Enquanto eu aturava a falação do Juan ontem... Aliás, desculpa por não ter conseguido mantê-lo
ocupado por mais tempo. Ele percebeu que alguma coisa estava errada quando a Telma ligou falando que o endereço que a Inês havia passado a ela não existia. Algo sobre um jantar...


- Não existia mesmo. A Inês me ajudou a esvaziar a mansão – sorri um pouco.


Ele também. Bom, quase.


- Certo, então, enquanto eu ouvia aquela baboseira, me dei conta de que preciso de uma esposa para não enlouquecer. Andei pensando em colocar esse anúncio no jornal – ele deu de ombros, para gemer logo em seguida – O que você acha? Conhece alguém que possa se interessar?


- Hã... – tentei engolir e não consegui. – Você só esqueceu de especificar a condição financeira da mulher.


- Me perdoa, Dulce! – A intensidade de sua voz fez os pelos de meu corpo ficarem de pé. De um bom jeito dessa vez. – Por estragar tudo, por ter abandonado você, por ter sido um idiota – seu olhar cintilava. –Eu fiz tudo errado, não fiz? Estraguei tudo porque sou um arrogante insensível que não teve a educação de ouvir o que a mulher que ele ama tinha a dizer. Eu pensei que... Como eu poderia imaginar que você
estava tentando me proteger? Sabia que estou furioso com você por ter se colocado em risco por minha
causa? – Mas em seu rosto só havia ternura e um pouquinho de desespero.


- Eu não podia deixar Juan brincar com a sua vida. Você tem o seu irmão e os seus pais e... Bom... foi a única saída que eu encontrei.


- Quando você pediu o divórcio, eu pensei que...


- Eu tinha escolhido a grana e não você. Você já disse isso.


- É – ele assentiu.



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Autor(a): Gabi

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- Não Chris. Não era pelo dinheiro. No começo era sim. O casamento e tal, mas depois... não era mais – dei de ombros. - Quando eu disse aquelas coisas horríveis, foi porque eu achava que você queria o seu dinheiro mais do que me queria. E eu não suportei isso. Eu não podia imaginar que você estava sacrifican ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 283



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  • wisley_da_silva_pereira Postado em 22/01/2021 - 13:10:53

    depois de muito tempo olha eu aqui de novo relendo a fic eu gostei muito e amei demais mais só que falto mesmo foi só o epilogo para termina a historia de amor dos dois

  • lukinhasmathers Postado em 15/07/2020 - 09:58:05

    E eu aqui novamente... Acabei debler de novo e como eu amo esse casal mano

  • lukinhasmathers Postado em 16/06/2019 - 12:20:47

    Que bom que a Dulce amadureceu nesta história... Só queria que tivessem um filho com o Christopher, porque eles ficaram sem camisinha né rsrsrs

  • lukinhasmathers Postado em 15/06/2019 - 15:14:26

    Gostei demais da história... espero volta a lê ela algum dia..

  • marimari17 Postado em 04/01/2016 - 12:00:03

    Se chorei? Ah como chorei, essa fanfic é tão linda. Gostei dela muito, mas especialmente por um motivo, tudo o que eu temia, tudo o que eu achava que ia acontecer, na hora do aperto, não aconteceu. Quer dizer, aconteceu sim mas não fazendo umbestrago tão grande como o esperado. E eu tava jun momento tão difícil que essa fanfic me mostrou um lado bom da vida. Desde sempre eu sabia que borboletas são pessoas que já se foram e sente nossa saudade. Mas eu sei que a fanfic é adaptada, porem mesmo assim eu quero agradecer tanto a quem criou, como a você. Essa fanfic me ensinou muito. Obrigada, por me fazer chorar as quatro da manhã! Beijo grande!

  • stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 20:36:18

    Muito linda! Amei

  • Livia Postado em 07/05/2015 - 19:51:25

    dê uma passadinha la http://fanfics.com.br/fanfic/44140/the-bad-boy-vondy-hot

  • gabysavinon Postado em 27/01/2015 - 00:29:33

    amei essa adaptação!!!

  • sher_vondy Postado em 31/03/2014 - 15:49:49

    AMORES, AQUI É A AUTORA DESSA WEB, SÓ TÔ PASSANDO PRA AVISAR QUE A NOVA WEB ''Soul Love'' foi cancelada!!! Mas entrem no meu perfil que encontrarão outras. Bsos. <33

  • anapvondy Postado em 22/03/2014 - 14:22:23

    Oi Gabi, passando aqui so para avisar que sua web foi divulgada na página do facebook Estórias de Gente Vondy!! Se a divulgação for indesejada nos avise e retiraremos o post.


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