Fanfics Brasil - Capítulo 54 [Parte 3] Procura-se um Marido - Finalizada

Fanfic: Procura-se um Marido - Finalizada | Tema: Vondy [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 54 [Parte 3]

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- Não Chris. Não era pelo dinheiro. No começo era sim. O casamento e tal, mas depois... não era mais – dei
de ombros.


- Quando eu disse aquelas coisas horríveis, foi porque eu achava que você queria o seu dinheiro mais do
que me queria. E eu não suportei isso. Eu não podia imaginar que você estava sacrificando o nosso
casamento pra me proteger. A minha carreira não é tão importante assim, Dulce – ele sacudiu a cabeça, desgostoso. – Nesse momento, não consigo parar de pensarem quanto fui mesquinho com você, quanto fui cruel em lhe dizer aquelas coisas lá em casa. Eu te magoei, e isso é imperdoável. Mas, Dulce... – ele tentou se endireitar um pouco na cama, reprimindo uma careta de dor – eu estava machucado, me sentia humilhado, traído. Pensei que você jamais poderia me admirar. Eu sei que não muda o que fiz, mas eu nunca tive a intenção de te machucar. Nunca! Nem mesmo quando você me chutou.


- Mas eu não te chutei! – contrapus.


- Eu sei disso agora, mas na hora do desespero foi o que pareceu.


- Como você soube? O Hector me contou que você encontrou desvios de dinheiro no nome da Telma.
Como você soube disso?


- Eu... quando cheguei em casa duas noites atrás e não encontrei você, vi que suas roupas não estavam lá, eu... enlouqueci, Dulce. Eu não podia acreditar no que você estava fazendo. Tentei encontrar milhares de razões, já que não deixei você mesma explicar. Então, depois de muitos copos de vodka, lembrei de como você foi , de certo modo, coagida a se casar pra recuperar seus bens e me perguntei se isso estaria acontecendo de novo. Eu já suspeitava do Juan. Desde a festa do conglomerado, quando você me contou tudo que estava acontecendo, suspeitei que tinha algo errado nessa história. As coisas não se encaixavam. Eu conheço o Hector. Trabalhei com ele por anos e não conseguia acreditar que ele fosse o responsável por aquele testamento. Só restava uma pessoa interessada, uma pessoa envolvida. Uma pessao que levou uma enorme vantagem com o testamento deixado pelo seu avô.


- O Juan.


Ele assentiu.


- Exatamente. Com base no que encontrei quando comecei a pesquisar, os depósitos ilícitos da empresa Lima, supus que o nosso rompimento só podia ter sido obra do Juan. Por isso assinei a papelada do divórcio tão depressa. Fiquei com medo que, se ele estivesse mesmo te chantageando e eu não assinasse, ele pudesse criar problemas ou te prejudicar de alguma forma. Então te procurei ontem à tarde, na esperança de estar certo. Mas acabei perdendo a cabeça e te magoei de novo, não foi? – ele grunhiu. Um som ameaçador e ao mesmo tempo assustador.


Não respondi. Não precisava. Ele sabia a resposta.


- Foi ali que percebi que eu estava certo e tive a confirmação de que alguma coisa ou alguém estava te
obrigando a me deixar. Eu vi a raiva em seus olhos. Você não queria a nossa separação.


- Não – murmurei simplesmente.


Ele inspirou profundamente.


- Eu vivi um pesadelo até começar a raciocinar direito – sorriu tristemente. – Me afastar de você, mesmo
que por poucas horas, foi doloroso demais. Mas, quando você confirmou na mansão o que eu já suspeitava, quando entendi os motivos que te levaram a agir como agiu, senti como se estivesse nascendo de novo. Você me amava a ponto de abrir mão do que queria.


Assenti. 


- O que eu quero é saber se ainda me ama, depois de todas as coisas horríveis que eu te disse – ele
continuou, apressado. – Porque acho que podemos fazer isso dar certo. Eu sei que podemos! Escuta, sei que não mereço o seu perdão, mas... mas eu queria dizer que... eu não tenho como te dar a vida a que você está acostumada. Nem metade. Não que eu não gostaria, mas realmente a sua fortuna é algo que... A verdade é que eu não tenho nada pra te oferecer, Dulce. Tudo que posso oferecer está bem aqui, diante de você – ele abriu o braço bom num gesto derrotado. – Eu só posso te oferecer o meu amor, minha fidelidade, minha cumplicidade, minha admiração. Sei que não é muito, mas se quiser é seu. Meu coração, meu corpo, minha alma. É tudo seu. Eu não me importo se você tem dinheiro suficiente pra comprar um planeta ou um chiclete. Não me importo com mais nada, desde que você fique comigo. Assim não vou ter que me preocupar com a sua estabilidade financeira nem com a sua carreira. E isso é ótimo! – ele ergueu os ombros casualmente, com os olhos nos meus, mas o rosto ainda estava tenso. – Sobra mais tempo pra pensar em como te convencer a não quebrar o nariz de mais ninguém por aí. Você pode voltar pra nossa casa, ou vamos morar na mansão, ou vamos pra casa da Anahí, se ela deixar. O que você quiser. Podemos morar no estacionamento da L&L que eu não me importo. Eu ainda seria o homem mais sortudo do planeta por ter você como minha mulher.


Eu adorava quando ele dizia aquilo. 


Minha mulher.


Dele. Tão dele... Bom, já não oficialmente, mas mesmo assim...


- Tudo que eu preciso saber é se você ainda me quer. Não sei se é tarde demais. Espero que não seja,
porque você não faz idéia de como tem sido a minha vida nessas últimas horas longe de você. Parece que eu fui esmagado por um tanque de guerra, só que continuo vivo, respirando. E isso antes de ser baleado! Eu prometo que nunca mais vou te interromper, sempre vou te ouvir e vou te amar tanto que você vai se sentir sufocada em algum momento... e... – ele estudou meu rosto, engolindo em seco. – Ainda vou te falar que muito antes que você decida me fazer calar a boca eu te perdi pra sempre?


Eu o observei por um tempo. O rosto tenso, os ombros curvados, os lábios comprimidos numa linha fina.
Desesperado. Assustado como jamais o tinha visto.


- Diz alguma coisa, por favor – ele pediu depois de um tempo.


- O que... – clareei a garganta. – O que exatamente significa “uma longa e prazerosa vida de servidão”? – eu quis saber, erguendo o panfleto.


Seus olhos se fecharam, ele suspirou e sorriu. Depois voltou a me encarar e esticou o braço bom. Alcancei sua mão e me deixei ser puxada para a cama, me sentando ao seu lado.


- Você sabe. Café da manhã na cama, massagens nos pés quando estiverem cansados, lavar a louça do jantar, sexo selvagem às segundas, quartas e sextas – ele acariciou meu rosto com a ponta dos dedos.– Terças, quintas e sábados serão destinadas a fazer amor. O domingo fica por sua conta. Ah, e carona para o trabalho. Serviço de ida e volta, claro.


Franzi a testa.


- Tem certeza disso, Chris? Você trabalha na L&L e logo vou ser dona de tudo aquilo, então eu meio que
vou ser... hã... sua chefe.


- Transar com a chefe é a fantasia de muitos homens, caso você não saiba – ele sorriu, e era mesmo um sorriso feliz. Ele não estava fingindo nem atuando. Ele realmente não se importava!


Soltando a minha mão e colocando o peito forte a centímetros do meu nariz, ele enlaçou minha cintura, e em momento algum seus olhos deixara os meus, me aquecendo e emitindo pequenas vibrações até o centro dos meus ossos.


- Diz que me aceita de volta, ruivinha. Diz que ainda me quer e que vai passar o resto dos seus dias me
atormentando.


Como dizer não a uma proposta dessas?


- Me beija logo, seu id... – ele não esperou que eu concluísse. Antes que eu pudesse piscar, sua boca cobriu a minha e a explosão de cores aconteceu.


Chris me beijava com fúria, com desespero, com paixão. Segurei-me em seus ombros na intenção de me aproximar ainda mais, e ele gemeu. No entanto, era o gemido errado.


- Oh, Deus. Desculpa! Desculpa! Desculpa! – me soltei ele. – Esqueci do seu machucado.


- Que machucado? – Ele me alcançou, enlaçando minha cintura novamente. – Volta aqui que ainda não
terminei de falar com você. – E o segundo assalto foi ainda mais intenso. E foi ali, sentados naquela cama hospitalar, que realmente nos acertamos. Naquele beijo lascivo e sôfrego, Chris e eu resolvemos todos os nossos problemas, todas as nossas dúvidas. Ele se expressava maravilhosamente bem quando me beijava.


- Eu te amo, Dulce – ele colou a testa minha e sorriu. – Amo tanto que não consigo respirar quando você está longe. Nunca mais vou sair do seu lado, eu juro.


- E eu nunca mais vou dizer a verdade. – Ele levantou a cabeça e estreitou os olhos. – Pela metade, quero dizer.


Ele sorriu.


- Vai dar certo. Confia em mim. Estar do seu lado é como estar no meio de um furacão, não dá pra saber o que vai acertar minha cabeça a seguir. É uma loucura. Não tem como dar errado.


Eu ri.


- É um jeito diferente de ver as coisas. E até que não é tão ruim assim viver com você. Quer dizer, fora a
sua mania de organização e o fato e acordar com as galinhas mesmo nos fins de semana e... você sabe... ficar tomando tiros para me salvar, até que é bem bacana dividir a vida com você.


- Peraí, peraí! Acho que isso foi um elogio... – ele sorriu, esperançoso.


- Talvez – eu disse, mas sorri também. – E pode tirar esse sorrisinho besta da cara que elogios são apenas para ocasiões especiais.


Ele riu, me empurrando para fora da cama antes que eu pudesse protestar. 


Protestei mesmo assim.


- O que você está fazendo? Volta pra cama agora! – ordenei quando ele se colocou de pé com um pouco de dificuldade.


- Vamos fazer as coisas do jeito certo dessa vez - ele gemeu um pouco, balançando o corpo enorme,
visivelmente tonto.


- Exatamente! Vamos fazer as coisas do jeito certo. Você vai ficar deitadinho nessa cama até o médico
dizer que pode levantar – apoiei a mão em seu peito e tentei forçá-lo a voltar para a cama, mas foi inútil.


Assim que Chris recobrou o equilíbrio, agarrou o suporte do soro e, usando-o como muleta, se arrastou até a mesinha, num canto da parede. O camisolão hospitalar mal chegava ao meio das coxas, e a abertura nas costa deixou toda sua coluna e parte do traseiro à mostra. Eu me perguntei se era muito errado deixar meus olhos se demorarem ali, como quem não quer nada. Decidi que sim, era errado, afinal ele estava ferido então me obriguei a desviar os olhos e prestar atenção no que aquele maluco pretendia fazer.


Chris alcançou a garrafa de água mineral e a abriu. Em seguida, com certa dificuldade, puxou o lacre, um anel azul cheio de pontas no interior. Voltou a passos lentos até ficar de frente para mim e... oh, meu Deus!... se agachou sobre um joelho, tomando minha mão na sua.


- Christopher, não precisa...


- Eu quero. – Ele olhou profundamente em meus olhos, seu rosto estava sério e ligeiramente corado. – Sei que isso é estranho, porque fomos casados até ontem de manhã e... eu estou nervoso e não tenho um anel de verdade pra te oferecer, mas assim que for liberado vou arrumar um, então seja paciente comigo, por favor - e sorriu um pouco. – Eu... eu nunca quis me casar. Talvez um dia lá na frente, quando todos os meus sonhos fossem concretizados, mas não agora. Meus amigos casados sempre diziam: “É isso aí, Ucker! Fuja enquanto puder”. Mas então eu conheci você e foi o que bastou pra tudo perder o sentido. Ninguém me fez ou faz feliz como você, Dulce. Nunca me senti assim antes. Uns cinco minutos depois de te conhecer, percebi que quero passar todos os meus dias ao seu lado. Quero envelhecer com você, quero ter filhos com você. Pelo menos três! Dois meninos parrudos, pra me ajudar a tomar contada menina se ela for tão linda quanto a mãe. Então, Dulce María Espinosa Saviñon, você quer se casar comigo... – ele me mostrou um sorriso torto – de novo?


A porta se abriu. 


- Que diabos aconteceu pra você lev... Caraca! – gritou Rafael, Alexandra e Victor logo atrás dele, paralisaram os olhos arregalados. – Vocês vão se casar de novo?


- Não sei, Rafa. Ela não me respondeu ainda – disse Chris, sem desviar os olhos dos meus.


- Ah! – o garoto sorriu largamente. – Dulce, não quero te apressar, mas responde logo, por favor. A visão
da b/unda branca peluda do meu irmão não é nada agradável.


- Não é peluda – objetei. Voltei a olhar para Chris, para as esmeraldas translúcidas que me capturavam e me mantinham sob sua luz quente e ofuscante. – Você quer mesmo construir uma família comigo? –
sussurrei, e uma lágrima escorreu por meu rosto, mas não me importei.


- É tudo que eu quero – ele murmurou de volta.


- Eu também quero. Uma família grande e barulhenta – sorri, um sorriso que parecia que nunca mais deixaria meus lábios.


- Isso é um sim, Dulce?


- Sim, Chris. É um enorme sim!


Ele se moveu como uma avalanche. Maciço, preciso implacável. E me tomou em seu braço bom. Com
cuidado, deslizou o anel azul da garrafa de plástico por meu dedo anelar – ficou enorme! – e me beijou.
Um beijo intenso, porem repleto de ternura e alívio.


Ouvi gritos ao nosso redor e só por isso permiti que os lábios de Christopher deixassem os meus.


- Bem-vinda à família – me disse Alexandra. – Outra vez!


Muitos braços nos rodearam e a cabeça de Rafael surgiu por debaixo do cotovelo de Christopher.


- É isso aí, grandão. Você levou o prêmio. A garota disse sim!


- Disse – Chris concordou, acariciando a cabeça do irmão, sorrindo, mas olhando fixamente para o meu
rosto. – Ela finalmente me disse sim.




hanny:  Hey, bem vinda! E muito obrigada. =)


lulu_vondy: Hhahahah não precisa fazer sua mãe gastar o dinheiro... Só baixar o livro em pdf e ler ;) Postado!


laayla: Verdade.. bom, acho que na Convivência eu não vou porque é muito caro e meus pais não vão querer pagar tudo isso pra mim. Eu ia na da Maite ano passado, mas não rolou por causa do preço.. --` Sinceramente chega a ser um roubo.. Se eu tivesse 18 anos e tivesse um bom emprego... Meu pai já me levou em shows, sempre ele que me levava, acho que ele me entende mais que minha mãe. Só que eu nunca fui num show da Dul e vou ser uma boa menina até lá e implorar pra ele me levar... Vida de fã não é nada fácil!


jubivevami: Mai é toda perfeita.. ♥


babar_slon: KKKKKKK calma, moça.. Já postei..


heloisanasct: Lindos, não é? ♥


vondy_candy: Hahahha ♥


 



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Autor(a): Gabi

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 283



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  • wisley_da_silva_pereira Postado em 22/01/2021 - 13:10:53

    depois de muito tempo olha eu aqui de novo relendo a fic eu gostei muito e amei demais mais só que falto mesmo foi só o epilogo para termina a historia de amor dos dois

  • lukinhasmathers Postado em 15/07/2020 - 09:58:05

    E eu aqui novamente... Acabei debler de novo e como eu amo esse casal mano

  • lukinhasmathers Postado em 16/06/2019 - 12:20:47

    Que bom que a Dulce amadureceu nesta história... Só queria que tivessem um filho com o Christopher, porque eles ficaram sem camisinha né rsrsrs

  • lukinhasmathers Postado em 15/06/2019 - 15:14:26

    Gostei demais da história... espero volta a lê ela algum dia..

  • marimari17 Postado em 04/01/2016 - 12:00:03

    Se chorei? Ah como chorei, essa fanfic é tão linda. Gostei dela muito, mas especialmente por um motivo, tudo o que eu temia, tudo o que eu achava que ia acontecer, na hora do aperto, não aconteceu. Quer dizer, aconteceu sim mas não fazendo umbestrago tão grande como o esperado. E eu tava jun momento tão difícil que essa fanfic me mostrou um lado bom da vida. Desde sempre eu sabia que borboletas são pessoas que já se foram e sente nossa saudade. Mas eu sei que a fanfic é adaptada, porem mesmo assim eu quero agradecer tanto a quem criou, como a você. Essa fanfic me ensinou muito. Obrigada, por me fazer chorar as quatro da manhã! Beijo grande!

  • stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 20:36:18

    Muito linda! Amei

  • Livia Postado em 07/05/2015 - 19:51:25

    dê uma passadinha la http://fanfics.com.br/fanfic/44140/the-bad-boy-vondy-hot

  • gabysavinon Postado em 27/01/2015 - 00:29:33

    amei essa adaptação!!!

  • sher_vondy Postado em 31/03/2014 - 15:49:49

    AMORES, AQUI É A AUTORA DESSA WEB, SÓ TÔ PASSANDO PRA AVISAR QUE A NOVA WEB ''Soul Love'' foi cancelada!!! Mas entrem no meu perfil que encontrarão outras. Bsos. <33

  • anapvondy Postado em 22/03/2014 - 14:22:23

    Oi Gabi, passando aqui so para avisar que sua web foi divulgada na página do facebook Estórias de Gente Vondy!! Se a divulgação for indesejada nos avise e retiraremos o post.


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