Fanfics Brasil - Capítulo 1 [Parte 3] Procura-se um Marido - Finalizada

Fanfic: Procura-se um Marido - Finalizada | Tema: Vondy [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 1 [Parte 3]

18 visualizações Denunciar


Pouco depois – ao menos foi o que pareceu - , meu celular tocou, me despertando. Ainda estava no bolso
do meu jeans.


- Seja lá quem for, é uma pessoa morta – resmunguei.


- Onde você está que ainda não chegou à galeria? – Alfonso, meu chefe há quatro meses, exigiu saber. Tudo bem, ele até podia ser o dono da galeria, mas isso não fazia dele meu chefe, já que o que eu fazia na Galeria Renoir não era bem um trabalho.


- Eu tô doente. Uma virose. Muito contagiosa. Altamente contagiosa – miei, querendo desesperadamente voltar ao sonho delicioso em que Iam Somerhalder me perseguia para me encher de mordidas vampirescas.
Humm...


Alfonso suspirou.


- Você tem dez minutos para estar aqui. Ou eu ligo para o seu avô e conto que você não trabalha um dia
inteiro há mais de uma semana.


Argh! Eu odiava Alfonso. Principalmente essa sua mania medonha de contar tudo que eu fazia – ou não
fazia, como era o caso – a vô Narciso.


- Ok, não precisa ameaçar. Já to indo! – Eu não queria aborrecer vovô outra vez. E sabia que havia uma
boa chance de ele não gostar muito de saber que eu andava matando o serviço para ir ao cinema e ao
parque municipal.


Trabalhar no antiquário Galeria Renoir – péssimo nome, aliás; eu teria escolhido algo como Cemitério de
Usados ou Mercado de Carrapatos, já que algumas peças eram apenas lixo de gente morta; havia algumas realmente boas, mas eram poucas – era um saco! Eu ficava ali, dizendo aos poucos clientes que raramente entravam na loja quais peças deveriam ser compradas, quais não valiam a pena, o que combinava com o quê, esse tipo de coisa. Claro que só me candidatei à vaga porque vovô me obrigou a arrumar um emprego logo depois da minha última viagem à Holanda.


Ele não engoliu muito a história da minha prisão – totalmente injusta, já que eu não sabia que não podia
ficar de amasso na rua, afinal estávamos em Amsterdã, onde tudo é permitido. Aparentemente, quase sexo num beco semiescuro não é. Agora eu sabia disso.


Eu odiava a galeria quase tanto quanto odiava malhar. Mas Alfonso, um nerd estranho com um corpaço, cabelos negros e ondulados, um sorriso bonito no rosto quadrado, fora muito gente boa em me arrumar o emprego. Cursamos faculdade de artes juntos, e desde aquela época ele estava de quatro por Any. Ela não retribuía, mas eu sentia que alguma coisa rolava entre eles, ainda que nunca tivessem saído juntos.


Graças a ele, tive a desculpa perfeita quando vô Narciso me questionou por que eu não trabalhava em uma de suas milhares de empresas.


Simples. Vovô poderia me vigiar de perto. E isso não era nada bom.


Vô Narciso era um dos homens mais ricos da revista Forbes. Any brincava que setenta por cento do
planeta era de água, quinze dos reles mortais e os outros quinze pertenciam a vô Narciso. Exageros à
parte, o patrimônio de meu avô era incalculável. E ainda assim ele se mantinha ativo, trabalhando. Ou em um dos escritórios, ou traçado na biblioteca da mansão, conectado às empresas do Conglomerado Lima.


Eu não tinha muito do que me queixar. Apesar de ter perdido meus pais quando criança, vovô nunca
deixou me faltar nada, principalmente amor. Era por isso que eu estava me arrastando de seu quarto para o meu banheiro naquela manhã. Eu não queria decepcioná-lo duas vezes em menos de doze horas.


Vô Narciso, como de costume, havia se levantado com o nascer do sol. Não o vi quando desci as escadas correndo. Minha cabeça estava zunindo, ainda com o sono, mas me obriguei a pegar meu cupê na garagem espaçosa e dirigir os dez quilômetros até o centro da cidade, onde ficava a galeria.


- Para uma menina rica, você parece uma indigente – resmungou Alfonso assim que me viu. 


Olhei para baixo e notei que estava com a camiseta do avesso.


- É a nova moda em Budapeste. Você saberia disso se viajasse mais- retruquei, me jogando numa cadeira do século XVIII extremamente desconfortável.


- Você inventa histórias demais, Dulce. Eu não sou seu avô pra cair nelas.


- Ele também não cai. Mas não custa tentar – dei de ombros. – E você acha mesmo que faria diferença se eu me vestisse como uma boneca? Ninguém entra nessa joça.


Como que para me contrariar, a porta se abriu e uma senhora exageradamente maquiada olhou em volta, com desdém, para os objetos do antiquário. Alfonso me lançou um olhar exasperado.


- Vá arrumar essa blusa e volte para fazer o seu trabalho. Estou sem paciência hoje.


- Como quiser, patrãozinho.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Gabi

Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Depois de me enfiar no banheiro minúsculo, arrumar a blusa e sapecar um pouco de maquiagem no rosto, na tentativa de esconder as olheiras da noite pouco dormida, voltei ao salão apinhado de coisas antigas. Tão antigas quanto a senhora que avaliava uma mesa de centro do século XIX. - Posso ajudar? – ofereci, já que Alfonso estava ao t ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 283



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • wisley_da_silva_pereira Postado em 22/01/2021 - 13:10:53

    depois de muito tempo olha eu aqui de novo relendo a fic eu gostei muito e amei demais mais só que falto mesmo foi só o epilogo para termina a historia de amor dos dois

  • lukinhasmathers Postado em 15/07/2020 - 09:58:05

    E eu aqui novamente... Acabei debler de novo e como eu amo esse casal mano

  • lukinhasmathers Postado em 16/06/2019 - 12:20:47

    Que bom que a Dulce amadureceu nesta história... Só queria que tivessem um filho com o Christopher, porque eles ficaram sem camisinha né rsrsrs

  • lukinhasmathers Postado em 15/06/2019 - 15:14:26

    Gostei demais da história... espero volta a lê ela algum dia..

  • marimari17 Postado em 04/01/2016 - 12:00:03

    Se chorei? Ah como chorei, essa fanfic é tão linda. Gostei dela muito, mas especialmente por um motivo, tudo o que eu temia, tudo o que eu achava que ia acontecer, na hora do aperto, não aconteceu. Quer dizer, aconteceu sim mas não fazendo umbestrago tão grande como o esperado. E eu tava jun momento tão difícil que essa fanfic me mostrou um lado bom da vida. Desde sempre eu sabia que borboletas são pessoas que já se foram e sente nossa saudade. Mas eu sei que a fanfic é adaptada, porem mesmo assim eu quero agradecer tanto a quem criou, como a você. Essa fanfic me ensinou muito. Obrigada, por me fazer chorar as quatro da manhã! Beijo grande!

  • stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 20:36:18

    Muito linda! Amei

  • Livia Postado em 07/05/2015 - 19:51:25

    dê uma passadinha la http://fanfics.com.br/fanfic/44140/the-bad-boy-vondy-hot

  • gabysavinon Postado em 27/01/2015 - 00:29:33

    amei essa adaptação!!!

  • sher_vondy Postado em 31/03/2014 - 15:49:49

    AMORES, AQUI É A AUTORA DESSA WEB, SÓ TÔ PASSANDO PRA AVISAR QUE A NOVA WEB ''Soul Love'' foi cancelada!!! Mas entrem no meu perfil que encontrarão outras. Bsos. <33

  • anapvondy Postado em 22/03/2014 - 14:22:23

    Oi Gabi, passando aqui so para avisar que sua web foi divulgada na página do facebook Estórias de Gente Vondy!! Se a divulgação for indesejada nos avise e retiraremos o post.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais