Fanfic: ♥♥ O matador aya Ψ Ψ [Finalizada] | Tema: Anahi y Alfonso

Ele estava ali, parado, o corpo ereto e as mãos colocadas para trás, uma segurando o pulso da outra, os músculos desenhados na camiseta branca, seu olhar parecia vago, porém os olhos demonstravam atenção. As costas estavam levemente rígidas, mas nem tanto como as da garota, que se sentia como uma pedra. Sorriu ao vê-lo ali. Era bom saber que, mesmo ela pedindo, ele a esperara, não se sentiu tão sozinha. Desceu mais um degrau das escadas, fazendo, agora, barulho com o salto na madeira. Alfonso virou o rosto lentamente e fitou a esposa.

Lentamente, o homem caminhou até a garota e esperou alguma palavra da mesma. Anahí esticou a mão, Alfonso a pegou e a puxou para perto do corpo envolvendo-a em um abraço apertado em seguida. Seus braços, gentilmente a seguraram contra o seu peitoral, enquanto as mãos massagearam as costas. Anahí arfou, pela primeira vez depois da morte do pai, pareceu conseguir respirar novamente. Seu rosto levantou-se se desvencilhando do abraço do marido. Ela procurara encontrar aqueles olhos verdes, o qual se apaixonara. Sorriram ao fazer tal contato visual.

Você está aqui – disse em um sussurro. Alfonso acariciou o rosto da garota encarando-a.

Estou e jamais sairei do seu lado – assegurou fazendo a mulher sorrir. – Annie, eu quero que você saiba e jamais esqueça que agora somos um só, eu vou estar sempre aqui protegendo você, cuidando de ti, te fazendo feliz, você e Marichelo – disse.

Eu sei disso, querido. – segurou o rosto do marido com as duas mãos – Obrigada – beijou-lhe o queixo e, em seguida, os lábios. – Obrigada mesmo por estar aqui – encostou a testa no queixo do marido, esperando um beijo que, por sinal, não demorou a vir. – Vamos? – encarou. Alfonso assentiu, segurou sua mão e seguiram o caminho para o enterro.

Como qualquer outro enterro, tudo era triste. Apesar da linda visão que se tinha do campo grande e florido, era lamentável despedir- e de alguém. A saudade dói demais. O pior, para Anahí, foi ver o pai dentro daquele caixão, as lembranças que tinha de Enrique sempre foram de um homem forte, saudável que vivia metido em aventuras e, agora, estava lá sem uma gota de vida. Aquilo a fazia sentir vontade de chorar novamente, mas agora precisava estar bem, estar forte. Procurou a filha ao redor. Lá estava ela, distante do enterro, brincando sobre um pano estendido com Esperança. Preferia manter a criança longe dali. Sorriu ao ver o sorriso da menina.

A última flor foi jogada sobre o tumulo que, logo, foi colocado no buraco e tapado por uma densa camada de terra. Todos se retiraram. Em frente ao “quadrado de terra” apenas estava Anahí e Alfonso, ao redor, nada mais além de flores e algumas, muito poucas, árvores.

Aqui estamos nós de novo, em um enterro – cruzou os braços e fitou o quadrado. – Não quero mais que isso volte a repetir Alfonso. – murmurou.

Isso faz parte do ciclo da vida, pequena, mas temos tanto o que viver ainda, tanto o que aprender tanto o que desfrutar, não vai ficar sofrendo mais, já vivemos muitas coisas tristes nos últimos meses, agora é hora de estar bem – colocou a grande mecha de cabelo para um lado apenas, beijou o lado do pescoço desnudo da garota. Ela fechou os olhos com o toque. 

Chega de pensar nisso – virou-se de frente para o marido e segurou os braços fortes do mesmo. Seus olhos encontraram os do homem. – Vamos para casa, meu amor – as palavras eram doces – E, mais uma vez, obrigada por estar aqui comigo – acariciou o rosto do marido, gentilmente. Ele segurou sua mão e trouxe-a até sua boca, um beijo suave fora dado na palma da mão da garota.