Fanfic: # My Heart is Yours

- Assim é melhor, mas voltando á sua pergunta, não pretendo entrar! – Eu olhei para a piscina, sem chances de entrar ali. A temperatura estava quente, mas eu estava com frio, por incrível que pareça.

- E se por um acidente você cair ali dentro? – Ele arqueou a sobrancelha.

- Ai vai rolar suspensão pra quem provocar o acidente! – Eu sorri ao entender sua suposição.

- Isso não seria legal! E automaticamente te tiraria o cargo de melhor professora! – Ele sorriu divertido.

- Tem razão, isso não seria legal! – Eu pausei – Apenas necessário!

- Essa foi uma ótima resposta! – Ele fez uma careta e eu comecei a rir.

- Foi mesmo! Mas anda, entre logo nisso!

Ele sorriu e num gesto rápido tirou a camiseta amarelada que usava e se jogou de ponta na piscina.

Me senti arrepiar só de pensar em pular ali, não gosto muito de piscina ou de água parada.

Sempre gostei de mar, sentir as ondas baterem contra seu corpo, sentir a areia embaixo daquela imensidão de água, como era bom o tempo em que íamos eu e meus irmão á casa de praia de vovô.

Ah vovô como sinto sua falta, falta de seus abraços e de seus conselhos tão reconfortantes.

Há tantas coisas que eu sinto falta que não dá nem pra falar todas.

Minha infância, apesar de humilde, pode ser considerada a melhor. Claro, nem todos os momentos eram bons, mas a maioria.

Balancei levemente minha cabeça pra fugir das lembranças ou então ficaria ali estática o resto do dia a contemplar e analisar minha vida.

- Hey Dul, não vai entrar? – Mai gritou acenando levemente o braço.

- Fica pra próxima! – Eu fiz uma careta e ela voltou á farra com os garotos.

Dei uma breve olhada em volta, o lugar estava meio ‘isolado’, tambem quem vai á um hotel fazenda em uma quarta-feira?

Sentei-me desolada em um banquinho de madeira e fiquei a observá-los.

Eles ficaram em média uma hora dentro daquela piscina.

Assim que saíram, foram todos para seus quartos se vestirem.

O ônibus já estava a nossa espera, e o motorista estava visivelmente irritado.

Ele tem motivos afinal, ficar esperando um bando de adolescentes imaturos, ter que trazer e levá-los e ganhar um salário mínimo não é nada favorável.

Eles enrolaram mais do que o necessário. Acabamos que quando saímos daquele lugar já eram mais de 20:00 !
A viagem de volta foi bem mais tranqüila. Todos estavam cochilando encostados á poltrona azulada do ônibus.

Eu não estava tão cansada, apenas com uma louca vontade de tomar um banho quente e me jogar na cama.