Fanfic: # My Heart is Yours

Dulce:

Enfim, o tão esperado final de semana. Me joguei no sofá e deixei meu corpo relaxar, talvez eu terminaria de assistir aquele filme que não tinha acabado de ver ou talvez poderia combinar um programa com meu vizinho e amigo. O celular vibrou e o numero no visor me lembrou de que nada disso seria possível.

- Oi Any! – soltei um longo suspiro.

- Uau, que entusiasmo ein amiga? Mas, enfim vou direto ao ponto liguei pra te lembrar da nossa noite do pijama! – Ela soltou uma risada empolgada.

- Oh, estou maravilhosamente bem... Obrigada! – Ironizei. – E eu não havia me esquecido desse ‘compromisso’ – dei a ênfase necessária na palavra, o suficiente para ela ter entendido – eu espero.

- Eu duvido muito, até a memória da minha avó é melhor que a sua, principalmente quando se trata da sua best! Até parece que você faz de propósito! – Pousei os dedos em minhas têmporas, minha cabeça pesava exageradamente.

- Não seja dramática Annie! Sabes que tenho muita coisa na cabeça, seus surtos já não fazem parte da minha lista de prioridades!

- Perdão se te ofendi, com meu humilde comentário, dona estressadinha! – Ela estava usando o tom sarcástico outra vez...

- Annie, depois nos falamos está bem? E ah... Antes que eu me esqueça, espero que não se importe se eu levar Maite!

- Maite? Ah aquela morena? Claro que não, mas trate de ensinar á ela todos os nossos rituais! – Rituais... Eu sequer lembrava disso.

- Certo Annie! Preciso desligar! Tem alguém batendo na porta!

- Uh, tá esperando ‘visitas’ amiga? – Ela falou maliciosa e apesar de estar do outro lado da linha, eu pude prever o sorriso malicioso que estamparia em seus lábios.

- Não, mas quem sabe o universo não está a meu favor hoje?

- Assim seja! Não hesite em me contar os detalhes!

- Ok Annie! Tchau! – Desliguei rapidamente antes que ela continuasse a imaginar coisas, afinal poderia ser a senhora Wilson reclamando que minhas correspondências nunca chegam ao meu apartamento.

Tenho de confessar que fiquei imóvel... Não sei se era possível, contudo estava ainda mais bonito sem todo aquele pano que cobria seu corpo perfeitamente definido.

- Olá vizinha! – Ele sorriu, deixando á mostra seus dentes impecavelmente brancos.

- Olá vizinho! – Eu forcei os lábios para cima, mas aquilo não chegou perto de ser um sorriso.

- Atrapalho? – Ele se inclinou, checando se haviam pessoas ali dentro. Involuntariamente meus olhos passearam por seu tórax, por baixo daquele fino tecido branco.