Fanfic: # My Heart is Yours

Ele parou, o local era desconhecido por mim, e aparentemente isolado.

Enquanto checava o lugar, na esperança de achar um grande letreiro com um nome conhecido e várias pessoas sentadas conversando civilizados, ele deu a volta e abriu a porta para que eu saísse.

- Onde estamos? – Me ergui, continuando a analisar o local. Aquele poderia ser o lugar perfeito para quem queria cometer um crime, mas não estava nem um pouco crente que ele seria capaz de fazer algo assim, talvez aquele filme de ontem tenha estimulado minha criatividade exageradamente.

- Longe das intromissões da cidade! Venha! – Ele puxou meu braço delicadamente e nós nos ‘enfiamos’ em meio aquela linda variedade de flores campestres.

Ele parou de repente, e quando ergui meu olhar pra ver onde era o tal lugar meus olhos arderam pelo contato direto com os fortes raios solares. Estávamos no pico de uma das diversas montanhas de Nova York

- E então? - Ele sorriu orgulhoso, enquanto eu permanecia com o olhar bobo para aquela paisagem inacreditável.

- É maravilhoso! Vem sempre aqui? - Indaguei sem encará-lo, estava fascinada com tamanha beleza. Lá embaixo, numa altura desfavorável de nós, havia uma cachoeira jorrando a mais pura de todas as águas, e a brisa que tocava nossos corpos era tão delicada como cada flor plantada aqui.

- Vinha! Agora quase não tenho tempo de comer! - Ele colocou as mãos nos bolsos, descontraído.

- Como descobriu esse lugar? - Ninguém arriscaria subir até aqui, afinal nunca imaginaríamos que entre essas montanhas monstruosas há uma paisagem como essa.

- Meu pai era um explorador nato! Já andou por todas essas montanhas á procura de territórios desconhecidos e etc, e na maioria das vezes eu e minha mãe tínhamos de acompanhá-lo nessas aventuras malucas! De todos os lugares que eu andei, nunca vi algo parecido! - Agora foi sua vez de ficar com um olhar bobo ao encarar o horizonte.

- hm... Acho que ele perdeu um parceiro agora né? Já que você é um homem ocupadíssimo! - Eu sorri.

- Na verdade meu pai morreu quando eu fiz 16! E se ele ainda estivesse vivo, eu largaria tudo, para ir com ele em suas aventuras! - Suas sobrancelhas se uniram, e sua expressão já não era a mesma de minutos atrás...

- Eu sinto muito! - Disse suave.

- Acho que está tudo bem! Confesso que ainda dói ao falar dele, mas já tive um bom tempo pra superar isso! - Ele se virou para mim.

- É como dizem por ai, o tempo cura tudo! Mas vamos mudar de assunto, seria maravilhoso se essa cachoeira não estivesse tão embaixo.

-Não seja por isso! Nós descemos! - Ele sorriu largo e automaticamente o meu desapareceu.

- Nós, é muita gente meu caro! Você irá, eu no Maximo ficarei aqui em cima! - Cruzei os braços na altura do peito.

- Não e não! Você é minha parceira hoje, e qualquer que seja a maluquice que eu fizer você também terá de fazer! - Ele repetiu o meu ato.

- É sério, Alfonso, minha coordenação motora anda falhando, não é uma boa idéia!

- Você vai nem que eu tenha que te carregar no colo! - Eu gostei daquela proposta, mas não podia e nem devia deixar isso á mostra.

- Isso é o que vamos ver senhor Herrera! - Ergui uma sobrancelha arrogante.

- Nunca me subestime senhorita Saviñón! - Aliviei-me por saber que com seus braços cruzados na altura do peito seria dificil que ele tentasse algo contra mim.