Fanfic: Os Escolhidos
O pequeno grupo caminhava rapidamente pelas ruas de Arlenville. A expectativa era grande e a determinação em encontrar o anel era maior ainda. Milhões de perguntas passavam pelas cabeças daqueles jovens.
Incapaz de suportar aquele silêncio torturador Calla perguntou:
–Então, vocês se conhecem há muito tempo?
Nick respondeu pensativo:
–Desde anteontem?
–Eu conheço o Lucian desde que nasci – comentou Luna sarcástica.
Calla fez uma careta:
–Não precisa ser grosseira.
–E você, não seja intrometida – retrucou Luna.
–Você tem que estar sempre discutindo com alguém? – reclamou Nick.
–Vocês querem parar de tagarelar aí atrás? – disse Travis que estava alguns poucos metros na frente com Lucian ao seu lado.
–Que tal você não se meter onde não foi chamado? – disse Luna.
Lucian bufou irritado:
–Chega, tudo bem? Eu não vou ficar aqui de babá aturando essas brigas inúteis o tempo todo.
–Lucian! – disse Luna – eu não...
–Isso serve para você também Luna – cortou Lucian – eu sou seu irmão e sei que você não é nada fácil, por isso não coloque a culpa nos outros.
Luna não respondeu nada mais sua postura indicava que ela não tinha gostado nada de ouvir aquilo. Nick e Calla trocaram um olhar, mas, não fizeram nenhum comentário. Até mesmo Travis arqueou as sobrancelhas surpreso com a reação.
–Quem diria... – disse Travis.
Concluíram o resto do percurso em total silêncio. Quando chegaram ao cemitério já estava escuro e o grande portão de metal se encontrava fechado. Nick deu uma boa olhada no lugar. Para uma cidade pequena, o cemitério era muito grande com diversas árvores frondosas aqui e ali contribuindo para a formação de diversas sombras e dando ao local um aspecto assustador.
–É aqui – disse Lucian.
–Parece que viemos por nada – falou Calla apontando para o enorme cadeado que estava no portão.
–Não é possível – disse Luna- eu não andei isso tudo por nada.
–Bom, podemos voltar amanhã depois da escola. E falar com o responsável pela manutenção do lugar – ponderou Lucian.
–Mas não podemos esperar até amanhã - disse Nick – e se o anel não estiver mais lá?
–Você tem alguma ideia brilhante gênio? – perguntou Luna.
–Não... Quer dizer... É só a minha opinião – se defendeu Nick – tenho certeza que o Travis concorda comigo. Não é mesmo Travis?
Nick se virou para procurar Travis e avistou o garoto curvado sobre o cadeado.
–O que você está fazendo?- perguntou Nick.
–Parando de ter “conversas inúteis” e agindo. Eu não saio daqui sem esse anel. – disse Travis
–E eu posso saber como você pretende abrir esse cadeado sem a chave? – indagou Luna.
Travis nem se deu o trabalho de dar uma resposta. O click do cadeado confirmando que fora aberto respondia qualquer pergunta. Diante de quatro olhares embasbacados Travis disse:
–Vão ficar aí me olhando? Temos um anel para pegar lembra?
–Como? – perguntou Calla.
–Digamos que eu tenha uns truques na manga – respondeu ele convencido.
–Grande coisa – resmungou Luna.
–Onde você aprendeu a arrombar cadeados? – indagou Lucian curioso.
–Por aí – foi a resposta vaga que Travis deu.
–Por aí? – só isso – disse Luna.
–Ficou curiosa Lulu? Pensei que você tivesse dito que o que eu fiz não tinha sido grande coisa.
–Não me chama assim seu palhaço estúpido – gritou Luna.
–Pessoal - interveio Nick – o portão está aberto, e é só o que importa.
–Nick tem razão – disse Calla.
–Tem uma coisa – interrompeu Lucian.
–O que? – disse Nick.
–Esse cemitério é enorme. Como vamos encontrar o anel no meio de tantos túmulos?
–Nick – disse Travis – você não lembra de um lugar específico?
–Não – disse Nick – pelo que eu vi não dá para saber o local exato, talvez você se lembre de algo Luna.
–Também não vi um lugar específico. –respondeu Luna.
–Vamos ter que procurar – disse Travis.
–Isso pode levar a noite toda – comentou Calla.
–É melhor nos separarmos – disse Nick – assim podemos achar mais rapidamente.
–Você acha *Fred? - zombou Luna – nunca assistiu filmes de terror não? As pessoas morrem quando se separam.
–Isso não é um filme de terror Luna. – disse Nick.
–Como você pode ter tanta certeza? Há dois dias eu também achava que magia não existia, e olha só onde estamos! – retrucou Luna.
–Luna, o Nick está certo. Separados podemos cobrir uma área maior – ponderou Lucian.
–Vocês que sabem - disse Luna – mas não digam que eu não avisei.
–Certo – disse Lucian– vamos cada um para um lado diferente, quem achar primeiro manda uma mensagem. Tudo bem?
–Mas... – disse Calla.
–O que? – disse Nick.
–Cada um sozinho? – disse Calla – mas, isso não é um pouco... sei lá perigoso?
–Podemos nos dividir em dois grupos – disse Nick – eu e Calla vamos por um lado e vocês três por outro.
–Nossa, que conveniente não é mesmo Mosley? – disse Travis com um sorriso malicioso.
–Foi só uma ideia tá? – resmungou Nick ficando vermelho.
–Bom, já que nem a Luna nem a Calla querem ficar sozinhas sugiro que cada uma vá com um acompanhante – disse Lucian – eu posso ir sozinho.
–Então vamos Nick – disse Calla puxando Nick e seguindo por um caminho.
–Ta de brincadeira – disse Luna – por que você não vem comigo? Ao invés de me deixar com esse imbecil?
–Como se eu estivesse dando pulos de alegria para estar em sua adorada companhia - resmungou Travis.
–Olha – disse Lucian – estou precisando passar um tempo longe de vocês. Só sabem resmungar e provocar uns aos outros.
–A irmã é sua cara – disse Travis – você é que tem que aturar.
Lucian soltou um suspiro e saiu andando rapidamente. Estava se sentindo sufocado em meio aquele grupo de jovens tão diferentes, pareciam um bomba prestes a explodir. Resolveu deixar esses pensamentos de lado e se concentrar na sua procura.
**********
Calla e Nick andavam pelo cemitério conversando muito baixo. Nick a deixava a par de todos os acontecimentos que os levaram até aquele momento. Depois de ouvir tudo atentamente Calla indagou:
–Nossa então você é o primeiro guardião?
–Pelo menos foi o que me disseram – respondeu Nick erguendo a mão em que estava o anel.
–Qual será o meu anel? – disse Calla – fico pensando sobre isso.
–Isso eu não sei responder – disse Nick – espero que nós possamos descobrir isso logo.
–Eu também – disse Calla sorrindo.
************
Do outro lado do cemitério, Luna e Travis andavam o mais distante possível um do outro. Apesar de estar com medo (o que nunca iria admitir) Luna, caminhava na frente mantendo uma certa distância. Travis disse:
–Você não disse nada até agora. Deve ser um recorde.
Luna o lançou um olhar nada agradável na direção de Travis, mas nada disse.
–Vai me ignorar? Assim você parte o meu coração – disse Travis pegando no coração e fazendo uma cena.
Luna parou abruptamente e por pouco Travis não se bateu com ela.
–O que foi garota?! – disse Travis.
Luna permaneceu em silêncio e começou a caminhar tão rápido que Travis teve que correr para alcançá-la.
–Para onde você está indo? – perguntou Travis.
–Eu sei onde está! - gritou Luna começando a correr.
Travis nada disse e a acompanhou até uma estátua de anjo em frente a um mausoléu. No dedo da estátua estava o anel com uma pedra verde, exatamente como na visão. Luna se aproximou e pegou o anel. Virando-se para Travis disse:
–Viu? Eu achei.
–Oh eu vi sim!
Mas não foi Travis quem havia falado. Saindo diretamente da escuridão, Azura sorria terrivelmente.
Autor(a): Tynna
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Travis observou a criatura se mover lentamente, feito uma cobra prestes a dar o bote. Ele sacou a faca diante dos olhos estupefatos de Luna que estava parada diante da estátua. Recuando, Travis puxou consigo na direção oposta. –Vai tentar fugir? – sibilou Azura notando a movimentação dos jovens – péssima ideia, des ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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vivondy13 Postado em 13/05/2014 - 20:33:44
To adorando sua fic, posta mais pf!
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bryan Postado em 27/02/2014 - 05:20:11
A fic está cada vez melhor! Nossa, o que houve com o Lucian? E no capítulo 8, qual será esse segredo do Travis e da Rebekah? Estou muito curioso!
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bryan Postado em 17/02/2014 - 04:35:15
Estou adorando! Continua postando!