Fanfic: Os Escolhidos

Calla caminhava rapidamente pelos amplos corredores do hospital em busca do quarto onde estava Nick Mosley. Enquanto andava ia pensando em qual decisão tomar e sinceramente, a cada minuto que passava ficava mais difícil escolher uma opção. Se por um lado ela sentia que devia ouvir o seu pai e não contar ao Travis sobre o acidente para preservá-lo, por outro ela achava que o garoto tinha o direito de saber o que estava acontecendo. Ao chegar na porta do quarto bateu duas vezes:

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Kira ficou mais calma quando a médica veio até quarto e explicou que Nick não havia sofrido nenhum ferimento, o eu era um milagre já que ela havia passado uns bons minutos numa casa em chamas.

–Muito obrigada doutora – disse Kira.

–Não agradeça – respondeu a médica – é o meu trabalho. E você senhor Mosley trate de se cuidar e não abuse da sorte.

–Pode deixar doutora – disse Nick – então eu já posso ir embora?

–Ainda não, quero que fique aqui o resto da noite em observação e então amanhã pela manhã poderá ir embora.

De repente alguém bateu levemente na porta chamando a atenção de todos. A médica caminhou até a porta abriu:

–Pois não?

–Olá, eu sou Calla uma amiga do Nick.Ele pode receber visitas?

–Sim – respondeu a mulher abrindo completamente a porta para que Nick e Kira pudessem ver a visitante.

–Calla, entre – disse Nick animado.

–Bom, eu já vou indo –despediu-se a médica – eu venho dar uma olhada em você depois Nick.

Depois que a médica saiu fechando a porta atrás de si, Kira cumprimentou a jovem:

–Olá Calla.

–Oi senhora Mosley – respondeu a menina.

Kira olhou para Nick e depois para Calla e falou:

–Vou deixar vocês conversarem. Até já pipinho.

–Mãe! - Nick corou envergonhado.

Kira riu e se retirou do quarto, deixando os jovens sozinhos. Calla ficou olhando para Nick tentando segurar o riso:

–Pipinho? – indagou ela.

–Promete que não vai comentar isso com ninguém – pediu Nick aflito – muito menos para o Travis. Eu nunca mais teria sossego na minha vida.

Calla assentiu sorrindo:

–Pode deixar que isso vai ficar entre nós.

Nick suspirou aliviado. E depois franziu o cenho:

–O que foi? – perguntou a menina intrigada.

–Você parecia preocupada quando entrou aqui – comentou Nick – o que houve? A senhora Turner está bem?

–Os médicos estão fazendo tudo que podem, mas parece que o estado dela é complicado.Mas... e você como está?

–Me sinto bem – respondeu o jovem – nenhuma queimadura por incrível que pareça.

Calla o olhou atentamente.

–Isso é incrível. Nenhuma pessoa poderia entrar naquela casa como você entrou e não ter sofrido nenhum ferimento.

–Bom, ao que parece o guardião do fogo pode – disse Nick dando de ombros – mas não foi por isso que você veio não é? Quer dizer... quando eu fui atendido a médica deve ter tranquilizado vocês.

–É, ela falou que não havia nenhum ferimento aparente – confirmou Calla – na verdade, eu queria mesmo um conselho.

–Um conselho? - perguntou Nick – bom, se eu puder ajudar.

–É que o Travis ainda não sabe o que aconteceu com a senhora Turner – começou Calla.

Nick pareceu confuso:

–O que? Porque não?

Calla pareceu incomodada com a situação:

–Meu pai acha que devíamos esperar que ele melhorasse. Afinal, Travis está fraco.

–Mas isso não é o que você acha – completou Nick.

Calla assentiu.

–Sabe Calla o seu pai não tem o direito de esconder uma coisa assim do Travis.

–Eu sinto a mesma coisa Nick, mas eu não queria desobedecê-lo, entende?

–Você não vai precisar fazer isso Calla – disse Nick erguendo-se – eu mesmo vou falar com o Travis.

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–Então você... – disse Luna estupefata.

–É - respondeu Travis – entende agora Luna? As pessoas não podem saber disso.

–Você deveria contar pelo menos para o resto do grupo – retrucou Luna – isso diz respeito a nós também.

–Não diz respeito a ninguém além de mim – rosnou Travis irritado – é a minha vida. Minha história.

–Acorda seu imbecil – bradou Luna – você devia confiar na gente.

–Não posso contar Luna – insistiu Travis – essa informação é muito perigosa. Se cair nas mãos erradas...

Luna continuava com aquela carranca no rosto. Ela não estava nem um pouco convencida pelas palavras de Travis. Percebendo isso Travis disse:

–Por favor, Luna eu estou pedindo.

A menina ficou séria muda por uns instantes e falou resignada:

–Tudo bem, eu não conto. Pelo menos por enquanto.

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Não tem como você ir mais rápido? – disse Ian ao motorista de táxi que os conduzia até o hospital da cidade.

–Bom senhor, como pode ver o carro não tem asas – resmungou o homem.

Ian estava prestes a insultá-lo quando Rose pôs a mão no seu ombro tentando acalmá-lo:

–Ian não culpe o homem. Ele está fazendo o que pode.

–O que claramente não é o bastante – retrucou Ian frustrado.

–Eles vão estar bem Ian – disse Rose – tem que ter esperança.

–Isso eu não tenho há muito tempo – murmurou Ian passando as mãos pelos cabelos.

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Lucian não conseguia conciliar o sono. Já tinha se revirado na cama várias vezes e nada. Estava preocupado demais com o recentes acontecimentos. Resolveu levantar-se para comer algo e assistir um pouco de TV , quem sabe assim o sono finalmente chegaria.

Ao passar pelo quarto da irmã, resolvei bater. Talvez Luna ainda estivesse acordada e disposta a conversar, muito embora ele duvidasse um pouco da última.

Bateu uma, duas vezes e nada. Ela devia estar dormindo pensou o garoto desistindo. Mas, ao chegar no topo das escadas sentiu uma imensa vontade de voltar e se certificar que a garota estivesse ali.

–Que bobagem! – disse Lucian para si mesmo – onde mais ela estaria?