Fanfic: Os Escolhidos

-Eu posso vê-la? – perguntou Ian.

-Senhor, neste momento não é possível. Os médicos ainda estão em atendimento e o estado dela e bastante grave.

Então era mesmo verdade, pensou Calla. Aquele homem era mesmo irmão do Travis

Ian passou a mão pelos cabelos irritado.

-E o Travis? Eu posso vê-lo?

-Infelizmente não senhor. O horário de visitas acabou há muito tempo e o paciente foi medicado e está descansando.

Rose tocou de leve no braço de Ian.

-É melhor irmos Ian. Voltamos amanhã bem cedo, está bem?

Ian suspirou resignado.

-Tá, vamos.

Calla observou o casal ir embora desanimado. Seu pai despertando, a chamou.

-Calla venha, vou te deixar em casa você precisa dormir um pouco.

A menina assentiu e o acompanhou o pai em direção à saída pensando na sua mais nova descoberta.

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-Pelo visto o despertador não foi barulhento o bastante para despertara sua irmã – comentou Enrico enquanto fazia sua refeição matinal acompanhado de seu filho Lucian que já estava arrumado para ir ao colégio.

-Eu vou chamá-la  – disse Lucian levantando-se e se dirigindo ao quarto da irmã.

Ao chegar à porta do quarto o garoto bateu algumas vezes sem obter nenhuma resposta. Intrigado resolveu entrar.

Luna estava dormindo profundamente. Lucian  a cutucou.

-Ei dorminhoca, acorda. Vamos nos atrasar para a escola.

A menina apenas resmungou algo indecifrável e cobriu o rosto com o travesseiro.

-Vem logo Luna, o nosso pai já chegou e vai ficar zangado se nos atrasarmos porque você dormiu demais.

A jovem abriu os olhos reclamando.

-Ele está sempre zangado Lucian. Nada que façamos vai mudar isso.

Lucian suspirou.

-Porque está tão cansada? Dormiu muito tarde?

Luna se sentou na cama esfregando os olhos.

-É.

-E por quê? – indagou Lucian.

-Por nada – respondeu a menina evitando olhar o irmão nos olhos – não precisa me encher mais não ok? Eu já acordei.

-Te espero lá em baixo – disse o menino saindo do quarto

Luna levantou-se desanimada e foi para o banheiro. Tinha chegado muito tarde em casa e ainda tinha tido problemas para dormir pensando em todos os problemas que tinha tido desde que conhecera Nick Mosley. Sinceramente aquele garoto tinha um dom todo especial para encrencas e das grandes.

Depois de um banho, a menina desceu as escadas se sentindo melhor. Seu pai já havia terminado o café e estava sentado no sofá com um jornal na mão. Luna o cumprimentou rapidamente antes de se dirigir à cozinha.

-Bom dia.

Enrico apenas olhou de maneira sugestiva para o relógio e comentou sarcasticamente.

-Um boa tarde não seria mais apropriado mocinha?

Luna revirou os olhos e seguiu adiante.

-Bom, eu já vou trabalhar. Vocês dois se comportem no colégio entenderam?

-Sim pai – disse Lucian.

A menina apenas soltou um bufo cansado.

-Não é você que me preocupa Lucian – disse Enrico enquanto fechava a porta.

Luna fez uma careta depois que a porta estava fechada.

-Você poderia fazer um esforço e tentar se dar bem – disse Lucian enquanto punha suas coisas na mochila.

-Pra que? – indagou a menina – você faz de tudo para atender as expectativas dele e ainda sim ele nunca reconhece.

Lucian desviou o olhar colocando a mochila nos ombros.

-Eu já estou indo. Se quiser vir comigo se apresse.

-Não precisa ficar irritado – reclamou Luna correndo atrás dele.

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Calla aguardava o início das aulas encostada no enorme portão do colégio. Tinha esperança de encontrar os irmãos Bonacci antes que o sinal tocasse para poder conversar com eles a respeito dos últimos acontecimentos. Apesar de tudo que aconteceu, eles tinham que continuar a busca pelos anéis restantes afinal, a prisão de Dante Sartori se enfraquecia cada dia mais um pouco.

Logo, Luna e Lucian apareceram e Calla correu para encontrá-los.

-Ei Pessoal! – gritou a menina acenando.

-Você é sempre escandalosa assim? – resmungou Luna.

-Oi Calla – Lucian cumprimentou se aproximando.

-Oi – disse Calla ignorando o comentário da outra garota– eu, queria muito falar com vocês.

-O que você quer? – indagou Luna.

-Luna quer, por favor, tentar ser um pouco gentil – disse Lucian irritado.

-Quer tentar ser menos mandão? – retrucou Luna.

Calla resolveu interromper.

-É que ouve um incêndio na casa do Travis ontem a noite.

-O que?! – disse Lucian alarmado - pegou fogo?

Luna não disse nada. Calla começou a explicar.

-Sim, e o Nick entrou na casa para salvar a senhora Turner. Neste momento os dois estão hospitalizados.

-Eles estão bem? É muito grave?

-O caso do Nick não mas, o da senhora Turner parece que sim – vocês não querem ir comigo até lá hoje? Depois da escola?

-Claro! – afirmou Lucian – você também vem, não é Luna?

A menina, que estava calada até o momento pareceu levemente desconfortável, algo que intrigou seu irmão.

-Tá legal, se for para vocês pararem de encher o meu saco.

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-E então? – perguntou a voz – ela está morta?

-Er... não mestre ela não está – respondeu Azura receosa.

-Será que você não sabe fazer nada direito? Eu disse que queria ela morta!

Azura se movia de um lado para o outro nervosamente.

-Me desculpe mestre, eu não sei o que aconteceu.

-Sabe Azura, sua insistência em falhar nas mais simples tarefas que eu lhe dou estão se tornando algo muito, muito incômodo. Eu estou começando a achar que devo encontrar servos melhores. – disse o mago de maneira sombria.

-Isso não irá se repetir meu senhor, você verá - prometeu ela – eu mesma irei consertar o meu erro.

-É bom que não se repita – afirmou a voz – e o menino?

-Não se preocupe, o ferimento não foi grave – esclareceu Azura.

-Ferimento? Você o feriu?

A mulher deu alguns passos para trás diante da raiva contida na voz do mago.

-Eu...é... não foi nada senhor só um ferimento pequeno eu lhe asseguro.

-Escute aqui mulher, sob nenhuma hipótese o garoto deve ser ferido entendeu?

-Sim, meu senhor.

-Agora vá – ordenou.

Depois que a mulher se retirou da caverna o mago sorriu internamente.

-Em breve ele será nosso...