Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde
POV Dulce
Agora eu tinha um nome;Christopher Uckermann, era este o nome do bombeiro gostoso e quente. Oh sim, ele era sem dúvida muito atraente. E seu sorriso? Meu Deus! Eu poderia passar horas vendo-o sorrir do mesmo modo que ele sorriu para mim mais cedo.
Eu poderia enumerar suas qualidades, dizer que ele tem os ombros largos e um cabelo indisciplinado, e talvez, fazer menção sobre o quão bom era seu cheiro, eu pude sentir sua fragrância sem ter que me afundar em seu pescoço, mesmo com a distância entre nós seu cheiro veio rápido para me inebriar.
Eu poderia e queria enumerar seus pontos altos, tudo isso seria possível se ônibus que eu estava não tivesse batido de frente com outro ônibus. Motorista burro, eu pensei.
O choque foi brusco e repentino, eu estava sentada e poucos instantes depois eu já estava presa entre um bocado de ferragens. Meu corpo sentiu rapidamente a colisão, um desconforto surgiu em minhas costelas e em minhas costas, e para piorar, o cheiro de sangue invadiu a atmosfera. Tudo, tudo mesmo; qualquer coisa, menos sangue!
Ousei tocar minha testa e lá tinha um corte, a profundidade era desconhecida, mas o ferimento latejava como nunca.
O ônibus estava cheio e isso significava que tinha muitas pessoas junto a mim, pedi a Deus para que ninguém estivesse num estado muito grave e que o socorro chegasse depressa. Eu não conseguiria ficar muito tempo consciente se aquele cheiro nojento de sangue continuasse a me intoxicar.
Eu já estava perdendo minha linha coerente de raciocínio quando zilhões de homens [não sei como] entraram no ônibus parcialmente tombado. Eram bombeiros!
Era instintivo; bombeiro me lembrava Christopher Uckermann, e se eu fosse morrer eu queria que minha última lembrança fosse seu rosto expressivo e sexy. Ok, acredito que ninguém morra por causa de um corte, mas isso foi apenas um pretexto para eu poder pensar nele.
Mesmo prendendo meus pensamentos em Christopher senti meu corpo amolecendo aos poucos, o corte doeu um pouco mais e uma camada de suor teimava em cobrir meu rosto, eu até já percebia minha visão nublando.
Os bombeiros estavam compenetrados em cortar as ferragens, me perguntei se nenhum deles tinha me visto ali, eu poderia ser pequena, mas não ao ponto de ser invisível! Um homem grande e repleto de músculos varreu com os olhos todo espaço e assim que ele parou em mim pensou um pouco e se virou de costas. Ele iria realmente me ignorar?
Um nome foi gritado, mas a pressão em meus ouvidos me impediu de identificar qual era. Subi meus olhos para saber se alguém estava realmente disposto a me tirar dali, e para minha surpresa, ele estava caminhando apressadamente em minha direção.
Eu tinha a obrigação de rezar uns quinze rosários e ir à missa todos os domingos daqui para frente, e mesmo que eu fizesse tudo isso nunca conseguiria agradecer a Deus pela oportunidade de vê-lo de novo.
Christopher tinha uma expressão séria, ele ainda não tinha me visto; seus olhos zanzaram por todas as pessoas que estavam machucadas. Quando ele estava cerca de um passo de mim, seu corpo parou bruscamente, eu poderia dizer que ele estava tendo uma crise convulsiva, o modo com o qual seu corpo chicoteou me causou espanto.
Eu ainda não tinha olhado para seus olhos, e me arrependi assim que o fiz. Eu nunca tinha visto um olhar tão duro e ameaçador, tão colérico.
Não poderia ser o mesmo homem que eu encontrei no elevador nesta amanhã, simplesmente não poderia. Ele segurou seus olhos nos meus, e infelizmente, mesmo não muito consciente, eu sabia exatamente o que ele queria fazer comigo; seus olhos eram auto-explicativos, ele não queria me salvar e estar ali comigo parecia mais com um calvário.
Se eu tivesse forças eu esboçaria um sorriso de deboche para mim mesmo; quando que aquela cópia de deus grego olharia para mim com segundas intenções?
Christopher tirou seus olhos dos meus e olhou para trás, alguém tinha lhe chamado. E depois, de novo, ele voltou a me encarar. E dessa vez seus olhos estavam mais duros e frios, e um tremor correu meu corpo. Eu sabia exatamente o que eles queriam dizer, eu já estava acostumada com aquele olhar sob mim.
Aquele homem me queria morta.
A descoberta, além de trazer pânico e lágrimas nos olhos, trouxe também ondas doloridas para meu corpo, todas elas se concentravam no corte de minha testa.
Eu deveria correr e pedir socorro, me livrar o mais rápido possível daquele homem, mas a dor já tinha passado do nível incomodo agora ela já estava insuportável.
Num fio de voz, implorei. “Por favor?” Era tão ridículo fazer este pedido, eu via em seus olhos o quão incomodado ele estava naquela situação.
Ele, para meu espanto, ouviu meu pedido e se abaixou para ficar no meu nível. Mil e uma coisas foram tiradas uma enorme mochila, gases limpas limparam meu corte e outras foram colocadas sobre ele. “Eu preciso de você me ajudando ok?” Pela primeira vez ouvi sua voz rouca, e no momento, visivelmente nervosa.
Por mais que eu tentasse ignorar, meus sentimentos vinham à superfície com facilidade; eu estava triste, com medo, muito decepcionada, e confusa.
Eu já estava acostumada com sentimentos tristes, mas o homem que me olhava com raiva neste instante, tinha conseguido me deixar um pouquinho menos triste durante um fim de semana inteiro, eu tinha ficado feliz apenas por ter pensado nele. E agora ele me olhava sem seus olhos quentes, e sem, principalmente, seu sorriso, e tudo me dizia que ele me queria morta e que ele me odiava.
Desmaiar seria uma boa opção, dessa forma eu não teria que ver seus olhos me aniquilando.
“Não feche seus olhos, e converse comigo.” Christopher falou com a mesma dureza que vi em seus olhos.
O que ele queria que eu conversasse com ele? Seria elegante dizer que eu estava com medo dele?
“Acho que você é o meu herói! Você deve estar cansado de salvar minha pele!” Me senti um pouco patética e infantil por ter dito esta fala, mas qualquer coisa seria melhor que minhas reais inquietações. E eu daria tudo para ele agir do mesmo modo que agiu comigo na noite de sexta-feira.
Mal percebi que meu corpo estava imóvel, acredito que o medo tinha me paralisado. Christopher com alguma ferramenta estranha cortava os ferros que me prendiam. Assim que minha fala foi dita ele me olhou cheio de raiva. “Cala a boca, por favor!”
Era demais para mim, eu estava segurando meu choro a tempos, e não foi sua falta de cordialidade que me fez chorar, o tom de sua voz tinha uma raiva tão grande que poderia ser cortada com uma faca, e seus olhos ainda gritavam a vontade de me ver morta.
“Desculpe!” Pedi, e não conseguindo mais controlar, as lágrimas rolaram desinibidas por meu rosto.
“Tem alguma coisa doendo?” Ele perguntou sem emoção, no meu íntimo queria que ele dissesse que tudo ficaria bem e que eu logo estaria salva.
A dor do corte já estava em segundo plano. “Não!” Falei entre lágrimas e soluços.
“Então por que está chorando?” Christopher perguntou o óbvio. Eu deveria responder dizendo que eu estava com medo dele me matar, mas preferi manter aquela conversa na superficialidade.
Escolhi com precaução as palavras. “Estou com medo de morrer!” Meu corpo já tinha sido removido dos ferros.
Pude ver a aflição ganhando espaço em seus olhos, ele não sabia o que me responder. “Você não vai morrer!” Eu sabia que ele não tinha certeza nenhuma em sua declaração.
Os minutos que se sucederam foram longos e constrangedores. Christopher chamou alguém para me tirar de dentro do ônibus. E antes d’eu perceber eu já estava sob o olhar atendo de uma enfermeira. Nesta confusão toda tinha me esquecido de Anahí, ela estaria louca atrás de mim.
“Ei, você está apenas com algumas escoriações, mas vamos te levar ao hospital ok?” A enfermeira falou, não prestei atenção em suas palavras, eu ainda procurava por Christopher, avistei metros à frente, seu corpo andando apressado. Sem olhar para trás. Literalmente, fugindo de mim. Não o culpei; daqui para frente eu também fulgiria de sua presença.
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“Dul, você me deixou tão preocupada!” Ane estava sentada na ponta da cama no hospital, era engraçado ver sua cara de nojo, ela odiava hospitais.
“Desculpe, eu não tenho culpa se a sorte não anda comigo!” Brinquei, eu já me sentia melhor, felizmente não suturaram minha testa, meu rosto já não era bonito e vários pontinhos o deixaria ainda mais desagradável.
Já passava das onze e eu estava com muito sono, Ane tentava em vão deixar seus olhos abertos. “Melhor dormirmos, você está cansada!” Lancei para ela.
Tinha uma poltrona reclinável ao lado de minha cama, Ane andou vagarosamente para ela. “Eu vou dormir realmente nisso?”
Gargalhei para Ane, suas frescuras eram divertidas. “Ane, é apenas uma noite, amanhã já vou para casa, e sem contar que eu disse que você não precisava dormir aqui comigo!”
“Dul, não seja absurda! É claro que eu vou ficar aqui com você, por você eu até durmo numa poltrona colonizada por bactérias!” Anahí disse se cobrindo com uma manta fina.
Não poderia querer amiga melhor que Ane, somente ela para me fazer rir depois de um dia complemente estranho.
“Boa noite Ane, obrigada por existir!” Falei, a agulha em meu braço não permitia nenhuma posição confortável.
“O mundo deveria agradecer minha existência!” Ela disse presunçosa.
“Ah, Poncho me ligou dizendo que ele conhece o cara que te salvou, acho que eles vão vim te visitar amanhã...” Ane disse antes de bocejar.
Não, mil vezes não! Eu não tinha contado à Anahí sobre Christopher, e eu não sabia nem como começar, como explicar que ele me odeia, pois nem eu tinha essa explicação. E tê-lo aqui amanhã seria horrível, com certeza Poncho o obrigou a me visitar, ele nunca viria até mim por livre espontânea vontade.
Olhei para os aparelhos ao meu lado, eu não estava conectada a nenhum deles, pois eu estava bem certa que se ele me visse conectada a um balão de oxigênio ele não pensaria duas vezes antes de tirar os cateteres de meu nariz e assim me ver morta.
Com este pensamento macabro adormeci.
A noite que já estava sendo péssima piorou depois do rotineiro pesadelo, Alice me acalmou baixinho, me senti culpada por causas de meus gritos, praticamente todos os pacientes também acordaram.
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“Dul, acorde!” A voz calma de Anahí combinada com um leve empurro me acordou.
Revirei um pouco na cama, e isto me fez perceber que eu não estava em minha cama. “Onde estou?” Além de visivelmente confusa, eu estava dolorida.
“Acidente... Hospital... Agulhas... Lembra?” Ane falou com diversão, e aos poucos tudo ficou claro.
Ontem, eu tinha estado num acidente de ônibus e Christopher tinha me salvado, não sei se era correto usar o termo “salvado”. E para piorar, ele viria me visitar hoje!
“Anahí, Poncho vai vim mesmo?” Minha pergunta saiu num tom dramático.
“Dul, qual é o problema de Poncho te visitar? Ele te fez alguma coisa?” Ela estava levando para o caminho errado, o problema não era Poncho e sim seu coleguinha.
“Claro que não, Ane! Só não quero que ele se preocupe comigo!” Minhas meias verdades sempre faziam Alice acreditar em mim.
“Whatever, agora, você precisa tomar um banho; daqui a pouco você vai receber alta...” Ela disse tirando de uma bolsa um par de roupas, xampu e condicionador.
“Precisa de minha ajuda com o curativo?” Ane apontou para minha testa.
“Hum, acho que não! Qualquer coisa eu grito!” Rumei para o cubículo conhecido também com banheiro de hospital.
O banho não foi dos melhores, mas deu para eu me limpar e lavar meu cabelo. Quando voltei para o quarto um médico grisalho conversava com Alice.
“Garota, você parece ótima!” Ele me estendeu a mão. “Já está liberada, certo? Apenas tome cuidado com o curativo e troque-o duas vezes por dia.” Seu discurso parecia não ter fim. “Estou te dando uma semana de atestado, aproveite!”
“Obrigada?” Falei desconsertada.
“Não me agradeça, é apenas meu trabalho, daqui a pouco volto para assinar sua ficha!” O médico falastrão caminhou preguiçosamente para os outros leitos.
“Que cara estranho!” Alice disse escondendo sua risada.
“Cada um com suas manias...” Suprimi também uma risada.
Eu penteava meus cabelos quando duas batidinhas na porta chamaram minha atenção. Talvez fosse o médico.
“Oi amor!” A voz casual de Poncho me fez choramingar. Olhei para a porta e encontrei Edward carrancudo, o tédio era tão fácil de ser lido.
“Ei Poncho, já estava prestes a ter ligar!” Ouvi o smack ocasionado pelo beijo dos dois.
“Dul, realmente você não é uma menina de sorte!” Poncho sentou-se na ponta da cama, ele lançou para mim alguns biscoitos.
“Obrigada Poncho, comida de hospital não é a minha preferida!” Comi um pedaço, o sabor me fez querer comer mais.
Até aqui estava sendo fácil ignorar Christopher, ele estava imóvel encostado na porta.
“Hum, lembra de Christopher? Foi ele quem te tirou de dentro do ônibus...” Poncho moveu a cabeça para a porta, Christopher deu alguns passos para nossa direção.
Continuei sem encará-lo, ele ainda estava de uniforme e com um rosto cansado. “Lembro sim!” Falei sem vontade.
“Você não sabe como foi difícil trazê-lo até aqui!” Poncho riu um pouco. “Christopher pode ser muito chato quando quer!”
Eu ri apenas por educação. Poncho levantou num pulo e enlaçou a cintura de Anahí. “Amor, você precisa de um café, olhe como você está cansada...” Poncho correu o polegar nas olheiras tímidas que estampavam o rosto de Ane. Casal perfeito!
Olhei discretamente para Ane, eu não poderia ficar sozinha com aquele homem, mas ela não entendeu nada, me olhou em confusão e seguiu para a cafeteria.
A escova ainda estava na minha mão, e ainda não tinha percebido que eu tinha colocado um short jeans, meu rosto esquentou e procurei um lençol para me cobrir.
Pelo jeito eu seria quem iria começar aquela conversa. “Então, como você está?”
“Bem!” Sua resposta monossilábica não me surpreendeu. Eu tive que esconder minha risada quando ele olhou sugestivamente para o balão de oxigênio que ainda estava ao meu lado.
“Eu trouxe chocolate!” Ele falou sem inflexão. “É ao leite, não sei qual era sua preferência...” A caixinha era bonita, os bombons tinham formas variadas. Mas eu não iria comer nenhum, as chances daquilo estar envenenado eram grandes.
“Obrigada!” Peguei a caixa e coloquei ao meu lado na cama.
“Não vai comer?”Christopher perguntou talvez um pouco decepcionado.
“Não leve a mal, mas eu estou cheia!” Menti convincentemente, eu não poderia admitir que adorava chocolate ao leite.
“Acho que já vou!” Ele disse já girando os calcanhares.
Um alívio me preencheu, ele iria embora e eu não teria que ver seus olhos me ameaçando em silêncio. Antes de ele abrir a porta, inspecionei seu corpo; de costas ele também era bonito. Por mais grosso que ele fosse eu nunca poderia ignorar sua beleza.
“Christopher?” Chamei um pouco alto, o que eu iria perguntar a seguir era completamente idiota.
Senti seu corpo saindo da postura ereta. “Pois não?” Porque ele soou tão formal?
“Porque você veio até aqui?” Eu disse, seria completamente idiota!
Ele parou perto da porta e me olhou com a mesma frieza. “Eu fui fortemente obrigado!”
Não entendi porque me surpreendi com a resposta, era óbvio que ele não queria me ver, também não entendi o motivo pelo qual meu peito perdeu uma batida de meu coração.
“Você não precisava ter vindo!” Falei encarando qualquer coisa a não ser o corpo parado a alguns metros da cama.
“Se eu tivesse essa opção pode ter certeza que eu não teria vindo!” Seu tom foi gelado e rude.
Aquele acidente idiota tinha alterado meu emocional, pois algumas lágrimas indisciplinadas saltaram de meus olhos. Sequei com a barra de minha camisa a umidade, eu odiava o quão fraca e vulnerável eu era.
Levantei meu rosto para espantar de vez meu choro, eu quase tive uma sincope quando percebi que Christopher ainda estava parado na minha frente. Ele estava me vendo chorar.
“Hmmm, você pode me dar licença? Eu preciso ficar sozinha...” Eu disse entre uma fungada e outra, eu não deveria ter sido tão educada com ele.
“Tchau Dulce Maria!” Ouvi, primeiro, meu nome saindo dos lábios dele, eu tinha certeza que ali tinha uma pontada de nojo; depois ouvi a porta sendo encostada.
Eu chorei um pouco mais, não me pergunte o motivo, ele era desconfortavelmente desconhecido.
Minutos depois Ane e Poncho voltaram, eles me analisaram com cuidado. “Dul, o que aconteceu, Christopher disse que você precisava de mim...” Ane afagou minhas costas tentando me acalmar. Estranhei o fato de Christopher dizer que eu precisava de Ane, talvez eu fosse facilmente interpretada.
“A gente pode conversar em casa?” Pedi, seria uma conversa muito densa para se ter num hospital.
“Claro Dul, só vamos esperar o médico assinar sua ficha...”
Não esperamos nem dez minutos para o grisalho estranho voltar e, finalmente, me deixar ir para a casa.
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“Dul, o que está acontecendo?” Ane não me deixou nem ao menos fechar a porta do apartamento.
Merda. Não era para ser tão rápido, eu esperava pelo menos dormir um pouco antes de conversar com Ane. “É tão complicado!” Falei e me joguei derrotada no sofá.
Poncho não tinha subido com a gente, ele tinha quer voltar para o batalhão, e eu não podia estar mais grata, ele, com certeza, tinha um inclinação para Christopher, amizade... Essas coisas...
“Eu sou inteligente o suficiente para te acompanhar...” Ela falou num misto de impaciência e curiosidade.
Eu não tinha para onde escapar e Alice merecia saber o que acontecera. “É ele!” Eu revelei mais baixo que o normal.
“Quem é ele, Dul?” Anahí não tinha entendido nada.
“Ele, o bombeiro, ele é o cara de sexta...” Falei devagar tentando ser bem didática.
Analisei o rosto de Ane, ela estava meio confusa; seus olhos estavam brilhando.Por que eles estavam brilhando?
“Dul, isso é sério? Meu Deus, ele é realmente bonito, fodidamente bonito!” Ane estava feliz demais e isso me irritou profundamente.
“Anahí, aquele cara é ridículo, insensível e assassino! Como você pode ser tão boba?” Eu quase gritei com ela.
“Dul” Ela devolveu no mesmo tom. “Você tinha que ver como ele saiu daquele quarto... ele estava... desesperado e preocupado, preocupado com você!”
Eu tive que gargalhar, ele preocupado comigo? Uma coisa era ele chamar Anahí para mim, outra era Anahí afirmando que ele tinha se preocupado comigo.
“Você está delirando!” Minha voz estava ácida, não sei se era porque eu estava sem humor, ou se porque eu sentia meu estomago dando voltas.
“Não seja ridícula! Você não viu os olhos preocupados dele!” Ane ainda tentava me convencer.
“Ótimo! Então você deveria ver os olhos dele quando ele me tirou daquele ônibus, você deveria ouvir o que ele me disse hoje, você deveria saber que ele me quer morta!” Imagine alguém vomitando, foi bem assim que minhas palavras saíram.
Eu só consegui ver os olhos de Ane saltando, e algumas lágrimas saindo deles. “Ele fez o quê?”
“Isso mesmo que você ouviu! Ane, eu não sei por que, mas ele não gosta de mim! Eu juro que não fiz nada para ele, eu juro!” Falei meio perdida, pois, eu ainda buscava no interior de meu cérebro um motivo para ele me odiar tanto.
“Mas Dul, não faz sentido ele ser assim com você... é por isso que você estava com carinha de choro quando voltamos para o quarto?” Ane disse amavelmente.
“Aham! Ele disse que não queria me ver, e que se pudesse não teria ido me visitar...” Só de lembrar as palavras eu já sentia um desconforto.
“Isso é tão estranho! Eu juro que ele estava preocupado quando saiu daquele quarto, eu nunca me engano com essas coisas, eu tenho certeza, ele ficou preocupado com você!” Ane saiu do sofá e deu algumas voltinhas na sala, sua mão na testa evidenciava sua confusão.
“Ele é bipolar, é isso!” Ane disse meio estridente.
“Ele é mascarado e falso, é isso!” Ser bipolar era um distúrbio, e ser falso dizia respeito ao caráter; e eu ficava com a segunda alternativa.
“Ele não te merece!” Ane ponderou antes de falar.
Eu queria ofender Ane, chamá-la de burra e retardada, pois somente pessoas assim poderiam cogitar alguma coisa entre mim e ele.
“Ane, não viaje! Eu tenho amor próprio, eu nunca mais vou olhá-lo!” Falei saindo do sofá, aquilo tinha me desgastado, meu corpo pedia chuveiro quente e cama.
“Espero que você cumpra sua palavra!” Ane disse com os olhos longes, eu odiava quando ela cismava em me confundir assim.
“Ane, nenhum palavra com Poncho, por favor!” Pedi antes de ir para meu quarto.
“Deixe comigo!” Eu ri quando ela, teatralmente, costurou seus lábios.
Eu não sabia exatamente quantas horas eram, o banho foi deliciosamente demorado e logo depois eu já estava debaixo dos lençóis em minha cama. O sono demorou a chegar, enquanto ele não veio, fiquei ali, bem perdida, pensando nele. O meu amor próprio, talvez, não fosse tão grande assim.
Continua...
*Desculpa a demora para postar, obrigado pelos comentarios, quarta tem mais, beijos <3
Autor(a): smileforvondy
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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POV Dulce O dia estava ensolarado lá fora, e o apartamento, aqui dentro, estava abafado e tedioso. Eu estava sem fazer nada por causa daquele bendito atestado, que me impossibilitava trabalhar, honestamente, meu emprego não era dos melhores, mas ficar em casa sem fazer nada é incomparavelmente chato. Já tinha se passado quatro dias desde minha i ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 108
Para comentar, você deve estar logado no site.
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:33:13
o ultimo capitulo nao tem nada
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:54
estou amando
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:44
leitora nova
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:26
qual é o nome do livro que vc adaptuo a fic ?
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keziavondy Postado em 19/11/2014 - 09:23:36
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCE VOLTOU... EU AMO VC, EU AMO ESSA FIC, EU TUDO AI CARA QUE EEMOÇÃO
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bianca_sd Postado em 11/08/2014 - 16:40:05
Você vai voltar a postar ou você abandonou??? POSTA MAIS!!!!
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dyas Postado em 01/08/2014 - 15:18:39
Abandonou?
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kelly001 Postado em 24/07/2014 - 15:15:12
também estou esperando que vc continue a postar... vamo lá galera: continua, continua, continua, continua, continua...
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babar_slon Postado em 12/07/2014 - 18:34:41
Você nunca mais voltou, você abandonou a web???
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nandafofinha Postado em 11/07/2014 - 15:56:20
To esperando vc voltar ate hoje