Fanfics Brasil - Capítulo 18 - Eu contra o mundo. Um mundo que ama Dulce Maria! Passado Distorcido ( ADAPTADA )

Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde


Capítulo: Capítulo 18 - Eu contra o mundo. Um mundo que ama Dulce Maria!

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Vou responder vcs hoje primeiro


 


Keziavondy é eu acho que deixei vc anciosa por muito tempo, mais aqui vai o capitulo


 


 


anna_caroline ta aqui amor


 


vitoriacandys: parar em partes como essa faz vc querer ler mais esse é o segredo <3


mais esta aí amor o capitulo


 


babar_slon é o Thomas é louco msm, vamos lendo que aí vc descobre o que ele aprontou


 


dyas ta aí amor mais um capç. e que bom que esta gostando.


 


Fanyyrbd amei seu comentário <3 fico muito feliz em saber isso e prometo que essa semana eu vou postar mais.


 


Espero que vcs gostem, não esqueçam de comentar ;)


 


 


 


 


POV Christopher


 


 


Poucas vezes na vida senti desespero, e essa não a melhor ocasião para tal coisa ocorrer. Minha mão tremia visivelmente, olhei para Dulce, ela ainda estava estática com o rosto evidenciando seu choro, e não me restava nada além de abrir aquela maldita porta.


 


Alexandra foi a primeira a me abraçar. “Ei mãe, vocês chegaram cedo!” Eu disse ainda devolvendo o abraço apertado.


 


“Você deveria agradecer e não ficar reclamando...” Minha mãe sorriu e passou a mão por minha bochecha. Aquele gesto, por mais simples que fosse, me tranquilizou.


 


“Senti sua falta!” Falei e abracei de novo. Victor se posicionou ao meu lado, recebi uns tapinhas em minhas costas. “Christopher, como você está?”


 


“Hmm, bem, feliz por vocês terem vindo!” Disse abraçando meu pai pelos ombros.


 


Até ali eu estava encobrindo a visão de Ale e Victor, eles ainda não tinham visto Dulce, e eu pedia para que eles nunca a vissem.


Eu sabia que não iria durar muito tempo, mamãe logo saiu de minha frente e caminhou pela cozinha.


 


“Christopher, você não disse que teríamos companhia...” Minha mãe falou entusiasmada. “Quem é essa garota tão bonita?” Oh merda!


 


Esqueci como respirava e também como formular uma resposta decente. Olhei para Dulce, ela tinha os olhos baixos e suas bochechas coradas. Perante meu silêncio ela mesma se apresentou.


 


“Oi, hãn, eu sou Dulce Maria, mas podem me chamar de Dul, eu prefiro.” Dulce disse calma, ela esticou a mão e sorriu sincera para meus pais. Alguma coisa em mim se retorceu e se culpou por nunca chamá-la por seu apelido.


 


“Seu nome é lindo, Christopher já deve ter falado sobre nós, certo?” papai questionou me olhando, também não sei por que meu coração apertou. Dul me olhou também e me deu um sorriso amarelo.


 


“Hmm, na verdade, não!” Ela disse envergonhada.


 


Era a hora, tudo desmoronaria dentro de segundos.


 


“Não faz mal, eu sou Victor e esta é minha esposa, Alexandra!” Meu pai disse com seu tom normal. Eu estava prestes a desmaiar, meus olhos estavam fixos na reação de Dulce.


 


“Prazer em conhecê-los!” Nenhuma reação, nada. Dulce apenas sorriu para eles, seu rosto corou num tom escarlate. “Hmm, espero que vocês gostem de lasanha e torta gelada de chocolate...”


 


Minha cabeça iria explodir, que merda era aquela? Porque diabos ela não sabia sobre meus pais, nada sobre mim, nada sobre Chicago?


 


“Que feio Christopher! Chamando sua namorada para cozinhar para nós!” mãe tirou-me do transe.


 


Os olhos de Dulce esbugalharam e ela se apressou para responder. “Oh não, não somos namorados, nem nada do gênero. Na verdade assim que eu terminar o almoço vou embora para deixar vocês a vontade.”


 


“Claro que não! Você irá almoçar conosco, ela pode ficar, não pode Christopher?” Ale me perguntou.


 


Olhei de soslaio para Dulce, seu rosto nunca iria voltar para o tom normal, ela estava notoriamente envergonhada, ela me pegou a olhando. “É melhor eu ir embora, não quero te atrapalhar ainda mais!” Se eu não estivesse tão concentrado em ler seus lábios jamais conseguiria entender o que ela disse.


 


“Meu filho não era tão lento assim!” Victor bateu em meu ombro e foi para o lado de Dulce. “Fique conosco, Chris não se importará!” Ele suavemente tocou o ombro de Duce e ela subiu o rosto estampando um sorriso constrangido.


 


“Ei, você estava chorando?” Ele perguntou olhando fixamente nos olhos marrons de Dulce.


 


Se já estava ruim, minha situação piorou exponencialmente, Dulce tinha nas mãos a oportunidade para fazer meus pais me odiarem para sempre.


 


Ela delicadamente secou de novo o rosto com a barra de sua camisa. “Oh não, são as cebolas, não consigo picá-las sem chorar!”


 


Dulce não era uma boa mentirosa, todos naquela cozinha sabiam que ela estava distorcendo o que havia acontecido. Por hora não me importei, ela tinha salvado minha pele, talvez eu devesse agradecê-la depois.


 


“Hum, por que vocês não se sentam um pouco? A viagem de avião devem ter deixado-os moídos!” Reboquei meus pais para a sala, tê-los perto de Dulce não era uma opção confiável.


 


“Não precisa, estamos ótimos!” mamãe deslizou a mão por meu braço, afagando-o. “Prefiro ajudar Dul na cozinha!”


 


Eu podia ver nos olhos de minha mãe que ela tinha construído uma rápida inclinação para Dulce, e aquilo me doeu como uma punhalada no peito, Alexandra estava se afetuando por quem lhe tirou o filho.


 


“Acho que Dulce pode cozinhar sozinha, não é mesmo Dulce?” Falei alto para ela notar minha presença.


 


Ela me olhou sem entender. “Claro, está quase pronto, e vocês devem, realmente, estarem cansados, não precisam se preocupar comigo!”


 


Depois de muitas delongas, eu e meus pais estávamos sentados no sofá caramelo. A atmosfera estava pesada entre nós, situação nunca antes presenciada.


 


“Ela é tão doce!” Minha mãe disse para papai. Dois pares de olhos se voltaram para a cozinha.


 


“Muito educada e simpática, talvez um pouco triste, mas mesmo assim muito agradável!” Meu pai olhou para Dulce, eu poderia dizer que ele se curvaria para ela.


 


“Ela é sua amiga Christopher?” mamãe perguntou com os olhos brilhando.


 


“Não!” Monossilabei minha resposta, sem humor algum.


 


Segui o caminho feito pelos olhos de Victor e Alexandra, eu não poderia negar, Dulce era uma das mulheres mais bonitas que já tinha visto, a primeira seria eternamente Ale.


 


Todo que ela fazia tinha perícia, arrumava perfeitamente os pratos na mesa, passava a mão sobre a toalha de mesa a fim de tirar os amarrotados invisíveis. Apesar de tanto cuidado, não pude deixar de rir quando ela bateu com o cotovelo na geladeira, eu acrescentaria desajeitada em seu perfil.


 


Ela estava incomodada com alguma coisa, quando ela passava pela geladeira de inox sempre olhava seu reflexo, passava a mão pelo cabelo e tentava deixar a saia mais comprida. Sem minha autorização minha mente vagueou para noites atrás, quando ela andava sobre um salto em perfeito equilíbrio, tentando deixar seu vestido preto um pouco menos curto do que já era. Aquela noite fora tudo tão simples e sem amarras, Dulce tão bonita como uma deusa e eu bêbado demais, ela ainda não tinha um nome e eu ainda não a odiava.


 


“Christopher?” A voz repleta de dúvida me chamou, subi meus olhos e encontrei Dulce a uns passos de mim. Sim! A saia era curta, e seu cabelo estava bonitamente uma bagunça.


 


“Hãn?” Minha resposta deficiente fez escapar um sorriso de Dulce.


 


“O almoço já está na mesa, vocês podem almoçar se quiserem!” Ela disse, agora, se direcionando também aos meus pais.


 


“Claro querida, o cheiro está excelente!´´ Ale  pulou do sofá, o segundo foi Victor.


 


“Você não vem?” Dulce perguntou corada e um tanto curiosa.


 


“Estou sem apetite!” Falei a verdade, a situação na qual eu me encontrava não era favorável para refeições.


 


Alguma coisa nos olhos dela mudou, talvez ela estivesse lembrando-se de algo. “São seus pais na mesa, eles vieram de longe, eles vão gostar de sua companhia pelo menos!” Ela disse e seu rosto corou-se. “De qualquer modo, eu já vou indo!”


 


Ela deu meia volta e parou atrás da mesa na qual meus pais se serviam. “Sr. Victor e Sra. Alexandra, foi um prazer conhecer vocês, eu tenho que ir agora. Espero que gostem de minha comida, eu fiz com carinho!” O discurso dela foi atropelado, meus pais a olhavam com um sorriso bobo.


 


 


“Dulce, já dissemos que queremos sua companhia! Acho que não somos tão chatos assim, acredito que você possa nos suportar por um almoço!” mamae falou e fez sinal para que ela se sentasse.


 


 


“Céus, por favor, eu não pensaria nada assim de vocês, na verdade, vocês são tão gentis! Mas eu não quero estragar o almoço de vocês!” Dulce, novamente, fez um discurso atropelado.


 


 


“Querida, por qual motivo você estragaria nosso almoço? Você, uma criatura tão agradável!” Victor falou e acariciou seus ombros. “Fique, por favor!”


 


 


Dulce tinha as bochechas rubras e um pouco de emoção em seus olhos, eu arriscaria dizer que ela estava feliz. Ela me olhou, era eu quem decidiria se ela ficava ou não em minha casa.


 


 


Num movimento quase imperceptível, acenei minha cabeça concordando.


 


 


“E você filho, não vem almoçar?” Alexandra me questionou.


 


 


Saltei do sofá e fui para o lado da mesa, o cheiro da comida estava me inebriando. “Não estou com muita fome!” E mesmo assim sentei-me na mesa.


 


 


A cena era ridícula; eu, meus pais e Dulce sentados a mesa em pleno sábado, como se fossemos o retrato de uma família feliz. Doce engano.


 


 


“Que orquídea é essa?” mamãe tocou a flor branca com as pontas dos dedos. Olhei para Dulce, já era de se imaginar o vermelho em suas bochechas. Mais uma coisa sobre Dulce, ela corava muito, e isso era bonito nela.


 


 


“Hum, eu comprei, mas se quiser eu posso tirá-la!” Dulce respondeu prontamente e ganhou um suspiro de minha mãe.


 


 


“Dul, eu amo orquídeas! São as flores mais bonitas que existem, fico feliz que tenhamos algo em comum!” Minha mãe disse contente, a dor no meu peito aumentou ainda mais, por que mãe tinha que gostar tanto de Dulce? Por que todos gostavam tanto de Dulce? Meus pais, Poncho... Por quê?


 


 


Dulce sorriu de canto a canto. “Eu e minha mãe sempre gostamos de flores, meu pai sempre dizia que um dia nossa casa iria virar uma floricultura!” Ela disse nostálgica.


 


 


“E seus pais? Eles moram aqui perto? Com certeza devem ser tão simpáticos quanto à filha!” Victor que ainda se servia da lasanha perguntou.


 


 


Dulce remexeu sem graça seus talhares, seus olhos vaguearam por alguns segundos. “Eles faleceram!” Seu tom saiu dolorido.


 


 


Pude ver o mal estar no rosto de meu pai. “Perdão, eu não queria te deixar triste! Eles estão num bom lugar olhando por você, certo?” Meu pai disse tentando contornar seu constrangimento.


 


 


“Não se preocupe Victor, eu sei que eles estão bem!” Dulce colocou os talheres ao lado do prato e bebeu um pouco do suco de laranja.


 


 


Ao meu lado, Alexandra abriu a boca para falar alguma coisa, pedi a Deus que não fosse sobre perdas e morte, se o nome de Thomas fosse mencionado naquela mesa sabia que tudo estaria arruinado.


 


 


“O que você faz? Você é muito jovem, ainda está cursando a faculdade?” mamãe, sabiamente, fez uma pergunta neutra.


 


 


“Terminei semestre passado, eu trabalho num jornalzinho ai...” Ela disse com desdém, meus pais sorriram em harmonia.


 


 


“Você não gosta de seu trabalho, certo?” Minha mãe perguntou sorrindo.


 


 


“Não muito, se eu pudesse escolher novamente, não teria feito jornalismo!” Dulce falou e sorriu meio sem graça.


 


 


Ela era jornalista então. Realmente ela não tinha muito a ver com tal profissão.


 


 


O almoço seguiu tranquilamente, por fim aceitei o prato que minha mãe colocou para mim, Dulce sorriu quando viu minha mãe me servindo, talvez ela pensasse que eu era minado o suficiente para não consegui me servir sozinho.


 


 


A contra gosto provei da comida, e céus, aquilo estava fodi..damente gostoso, lasanha era meu prato preferido, e de longe a feita por Dulce era melhor que a feita por minha mãe.


 


 


“Dul, querida, sua comida é excelente! Preciso dessa receita!” mamãe disse num ápice de entusiasmo.


 


 


“Alexandra que me perdoe, mas nunca provei nada tão bom!” Victor olhou ternamente para minha mãe, pedindo desculpas silenciosamente.


 


 


“Hmm, fico feliz que tenham gostado! Eu fiz torta de chocolate também!” Ela disse terminado seu suco, me perguntei por que ela não bebeu do vinho que estava na mesa.


 


 


“E você, filho, não vai dizer o quão boa está a comida de Dulce?” Victor me perguntou.


 


 


Olhei fixamente para Dulce, ela estava em expectativa, por que ela tinha que ser tão perfeita e tão falsa ao mesmo tempo? Tudo aquilo era um disfarce; choro, bochechas coradas, tudo era um disfarce perfeito para se passar por coitadinha e não pela víbora que ela realmente era.


 


 


“Eu não gosto muito de lasanha, e a sua ainda está um pouco salgada!” Eu disse seco, meus pais me olharam assustados, eles sabiam o tamanho de minha mentira.


 


 


“Oh! Perdoe-me então, eu não tinha a intenção!” Ela disse sem graça, com os olhos baixos.


 


 


“Dul, não ligue para Christopher, ele é meio amargurado às vezes!” mamãe disse para ela.


 


 


“Então, o que você fazem em Chicago?” Dul quis saber, seu rosto, agora, estava um pouco mais vivo.


 


 


“Eu sou professora de artes, e nas horas vagas, decoradora!” Minha mãe disse com olhos claros brilhando.


 


 


“Uh sério? Deve ser o máximo! Minha amiga é editora de moda, mas adora essas coisas de decoração!” Dulce disse enfática, quando mencionou Anahí pude ver seus olhos ganhando um pouquinho de brilho.


 


 


“Você mora com ela?” Victor perguntou alienado naquela conversa de mulheres.


 


 


“Hmm, faz uns três meses! Antes eu morava em outro apartamento!” Dulce disse sem perceber a dica gigante que me dera. Junto da carta havia um endereço, e quando eu fui procurá-lo não encontrei nenhuma Dulce Maria, evidência que ela se mudara pouco após a morte de meu irmão.


 


 


“Ela deve ser uma graça também!” mãe disse referindo-se à Anahí.


 


 


“Oh sim! Tenha certeza que ela é!” Dulce respondeu exultante. “E você Victor, com que trabalha?”


 


 


Papai se aprumou no assento. “Sou engenheiro químico e dou aulas numa universidade de Chicago, bom, eu sei, nada muito animador, mas eu gosto!”


 


 


Dulce saltou os olhos. “Como não é legal? Química é fantástico!” Ela ainda em êxtase continuou. “Era minha matéria preferida do colegial, química orgânica; são tão legais aqueles pauzinhos!”


 


 


O assunto na mesa rondava isômeros, C=O, fenóis, hidrocarbonetos... E o que eu sabia daquela merda toda? Nada. E pelo visto Dulce sabia tudo.


 


 


“Vou pegar a torta, deve estar gelada o suficiente!” Dulce levantou-se da mesa. “Christopher, pode vir comigo?” Ela pediu envergonhada.


 


 


Sem saber o motivo de seu pedido, acompanhei-a. Ela parou perto da geladeira e me olhou sob seus cílios. “Hmm, antes que você me xingue ou grite comigo, eu queria pedir desculpas por ter aberto sua geladeira sem sua permissão, eu sei que sou uma intrusa em sua casa, mas a torta tinha que ser resfriada!”


 


 


A garota era de fato estranha, qual era o problema em abrir minha geladeira? “Ok!” Falei simplesmente e voltei para a mesa.


 


 


Ela veio logo atrás com um refratário e pratos de sobremesa, e talheres menores. Eu sabia que era minha obrigação ajudá-la, mas não o fiz.


 


 


Dulce começou servindo minha mãe, Alexandra deu um colapso quando viu Dulce colocando a torta em seu prato. “Dul, você não é nossa empregada! Não precisa ficar nos servindo, eu sei que Christopher é minado e gosta de tudo na mão, mas você pode ignorá-lo!”


 


 


Pela primeira vez no dia senti minhas bochechas esquentando. Minha mãe estava sendo excelentes na tarefa “como acabar com a imagem do meu filho!”


 


 


A torta assim como a lasanha estava fodidamente gostosa, Dulce tinha uma inclinação notória para a gastronomia. Meus pais e Dulce falavam amenidades.


 


 


“Hmm, prefiro Buddy Holly a Elvis...” Dulce gostava desse tipo de música? De fato, os pioneiros do rock também me agradavam.


 


 


“Dul, se eu fosse uns 30 anos mais jovem eu me casaria com você!” Meu pai disse sorrindo, minha mãe deu um tapa em seu braço em protesto. “Victor, como ousa me ultrajar assim?” Ela também estava brincando.


 


 


Eu gostava quando meus pais estavam tão soltos assim, eu podia ver o amor exalando deles.


 


 


“Ale, meu amor, eu não te trocaria por ninguém!” Papai inclinou um pouco e deixou um beijo estalado em minha mãe. “Eu deixo Dul para Christopher!”


 


 


O vinho quase foi cuspido, que inferno fez meu pai dizer aquela merda? Dulce tinha o rosto assustado e para variar um pouquinho, tingido de vermelho. Eu tinha certeza que o meu estava do mesmo modo.


 


 


“Pai, você deveria para de beber, seu cognitivo já está sendo afetado!” Eu disse depois de respirar profundamente umas 45 vezes.


 


 


“Chris, olhe só para dulce...” papai falou um pouquinho alto, a bebida tinha o deixado um bêbado chato. “Tão bonita e doce, esposa perfeita para você!...” Papai e Mamãe sorriram juntos, por que Ale tinha que ser condescendente com aquele circo? “Vocês fariam filhos maravilhosos!”


 


 


“Cale a boca pelo amor de Deus!” Gritei para ele. Todos naquela mesa me olharam aterrorizados, a exceção se dava por Dulce, ela me olhava sem emoção.


 


 


“Querida, ignore, de novo, Christopher. Ele não sabe brincar, Victor só estava brincando com vocês, é claro que você namora, não é?” Ale pousou a mão no ombro dela.


 


 


“Na verdade não!” Dulce sorriu um pouco.


 


 


“Eu não posso acreditar, como você tão bonita e amável ainda não encontrou o homem digno de você?” Minha mãe parecia resignada com a solteirice de Dulce.


 


 


“Essas coisas demoram a acontecer, ou talvez nunca aconteçam!” Dulce disse num muxoxo.


 


 


O assunto terminou ali, todos voltaram atenção para a torta de chocolate que derretia na boca. Permiti-me olhar para Dulce, ela degustava seu pedaço de torta com avidez, seus olhos nunca encontrando os meus, sempre passeando em Alexandra e Victor. Seus cabelos corriqueiramente caiam em seus olhos e ela prontamente os colocavam para trás, seu lábio inferior, às vezes, ficava sujo de calda e ela delicadamente o chupava sorvendo o chocolate.


 


 


E de repente ela me pegou a olhando, desviei meus olhos e foquei na orquídea em minha frente, ela fez o mesmo, porém focou em seu prato.


 


 


Antes que ela percebesse voltei atenção para seu rosto, ela rapidamente olhou para meus pais e depois fechou fortemente suas pálpebras, quando as abriu vi lágrimas gordas descendo por sua bochecha.


 


 


Um soluço fez que meus pais olhassem para Dulce. “Dul, o que aconteceu?” Victor foi o primeiro a se preocupar.


 


 


“Nada, eu estou bem!” Dulce sorriu e secou timidamente as lágrimas. “Com licença, por favor!” Ela se retirou da mesa, talvez procurando o lavabo.


 


 


“Eu cuido dela!” Alexandra saiu logo atrás.


 


 


Na mesa, eu e Victor nos entreolhávamos sem dizer nada, mas tudo parecia merecer ser dito.


 


 


“Por que você faz isto com ela?” Ele perguntou sem sinal de sua leve embriagues.


 


 


“Faço o quê?” Eu ainda não tinha entendido seu ponto.


 


 


“Você faz essa garota sofrer, muito! Ela tem medo de você!” Ele continuou. “Eu não te criei para isso!”


 


 


“Eu sei sobre o que você está dizendo!” Falei com medo de enfrentá-lo.


 


 


“Não minta para você mesmo, você sabe que ela te teme!” Não respondi, até por que eu estava com raiva o suficiente para dar uma resposta deselegante ao meu pai. Era isso, ela tinha conseguido, todos estavam do lado dela e eu taxado como vilão.Paradoxal.


 


 


 


Alexandra tinha o braço sobre o ombro de Dulce, as duas quando me olharam sorriram. Dulce sentou-se novamente e nos pediu desculpas. “Christopher, sabia que Dul também toca piano?” mamãe trouxe a superfície um assunto ameno.


 


 


Aquilo era sim uma surpresa. “Sério, você parece muito desastrada para conseguir tocar!” Todos me olharam assustados, eu não tinha a intenção de ser tão grosso, mas ela não parecia ser concentrada o suficiente para tocar.


 


 


“Eu não sou muito boa mesmo, não deu tempo para meu pai me ensinar tudo!” Ela disse sem graça.


 


 


“Fique tranqüila, quando você for à Chicago Victor pode te ensinar um pouco!” Ale disse amavelmente.


 


 


A vontade de retrucar a fala de minha mãe foi difícil de conter, Dulce nunca iria para a casa de meus pais, para a minha casa.


 


 


“Posso retirar os pratos?” Dulce perguntou baixo, pelo menos ela já estava indo embora.


 


 


“Eu te ajudo com isso, querida!” Mamãe prontamente levou o resto dos pratos.


 


 


“Dul, não se preocupe com isso, mais tarde Christopher lava as louças, venha se sentar conosco!” Victor que estava ao meu lado no sofá, disse.


 


 


E assim passou o resto da tarde, Dulce e meus pais falavam amenidades, e eu sendo excluído de todos os assuntos.


 


 


“Christopher, temos uma coisa para você!” Minha mãe depois de muito tempo resolveu conversar comigo.


 


 


“Pra mim? O quê é?” Quis logo saber.


 


 


Victor, calmamente, retirou do bolso um molho de chaves. E foi como ver um Oasis no deserto. Bem ali na minha frente estava a chave do meu volvo, meu volvo.


 


 


“Ele está estacionado em sua vaga, la embaixo!” Minha mãe disse passando para trás os fios de cabelo que caiam sobre minha testa.


 


 


“Sério? Vocês vieram dirigindo? Ele aguentou o trajeto?” Meu carro não era dos mais novos, sabia que ele estava precisando de uma revisão.


 


 


“Nunca vi carro mais potente, ele está em perfeito estado!” papai passou as chaves para mim.


 


 


Dulce me olhava curiosa, tinha um deboche em seu rosto, eu a entendia, eu tinha feito uma festinha desnecessária por causa de meu carro.


 


 


“Obrigado por ele!” Falei direcionado aos meus pais.


 


 


“Hmm, temos que ir, nosso vôo é para daqui duas horas!” mamãe falou e se levantou.


 


 


“Ue? Vocês não vão passar a noite aqui em casa?” Perguntei de sobressalto, eles tinham ficado tão pouco tempo.


 


 


“Não podemos, temos muito serviço em Chicago, e mesmo amanhã sendo domingo temos que adiantar algumas coisas.” Victor foi o primeiro a me abraçar.


 


 


“Fique bem, e saiba usar este carro! Nos vemos em breve!” Ele disse e foi se despedir de Dulce.


 


 


“Filho, foi bom te ver, saber que você está conseguindo viver sozinho. Quando der, visite-nos, aquela casa não é a mesma sem você!” Mamãe abraçava forte, suas mãos acarinhando minhas costas. “Eu amo você, Christopher!”


 


 


“Também te amo, mãe! Mais do que você possa imaginar!” Beijei sua testa e os acompanhei até porta.


 


 


Minha mãe buscou Dulce para um abraço, elas disseram coisas num tom muito baixo para serem ouvidas.


 


 


“Alexandra?” Dulce chamou um pouco mais alto.


 


 


“Sim querida?” Minha mãe devolveu com seu tom afetuoso.


 


 


“Hmm, sabe as orquídeas? Se quiser, pode levá-las para Chicago, é como um presente meu para você!” Dulce tinha as bochechas num vermelho vivo.


 


 


Eu vi lágrimas brotando dos olhos de minha mãe. “Oh, eu iria amar, isso é tão gentil Dul!” Ale pegou o vaso como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.


 


 


“É uma maneira de recompensar por vocês terem sido tão agradáveis comigo!” Dulce disse com um tom sincero.


 


 


“É muito bonito de sua parte Dul, com certeza ficará perfeito em nossa casa! Mas nós temos que ir!” Victor disse abrindo a porta. “Foi um prazer te conhecer, Dul!”


 


 


“Hum, eu digo o mesmo, foi ótimo vê-los!” Ela disse por fim.


 


 


Meus pais disseram que não era necessário levá-los ao aeroporto. Então me restou ficar em casa com a infortuna presença de Dulce.


 


 


“Eu vou limpar a cozinha!” Ela disse e foi quase correndo para frente da pia.


 


 


Eu só queria que ela fosse embora o mais rápido possível. “Eu limpo mais tarde, pode ir ser quiser.”


 


 


“Hmm, eu gosto de deixar as coisas do mesmo modo que as encontrei, ou seja, sua cozinha estava limpa e brilhante.” Ela parecia decidida a limpar a pouca sujeira que ela tinha feito.


 


 


Joguei-me no sofá sem ânimo para brigar ou discutir, de longe eu via Dulce, graciosamente, organizando minha cozinha.


 


 


As idéias estavam tumultuadas em minha mente, me deixando nervoso. Era um quebra cabeça tão difícil de ser montado, a ponto de deixar minha boca seca.


 


 


“Pegue um copo de água para mim, por favor?” Pedi do outro lado do balcão, Dulce passava alguma coisa no chão.


 


 


“Gelada ou natural?” Ela perguntou com um copo já na mão.


 


 


“Pode misturar!” Respondi sem inflexão.


 


 


“Aqui está!” Ela me passou o copo sem me olhar.


 


 


Verti todo o líquido de uma só vez. “Você deve estar feliz né?” Perguntei sem pensar.


 


 


Ela me olhou confusa. “Não te entendi!”


 


 


“Não se faça de idiota, hoje deu tudo certo para você! Você conquistou meus pais, fez que com eles ficassem chateados comigo, ou seja, fez perfeitamente seu papel de coitadinha!” Falei sem medir as conseqüências.


 


 


“Christopher, eu juro que não sei aonde você quer chegar!” Ela disse dando alguns passos para trás, e eu dei vários para frente; em direção a ela.


 


 


Ela sabia me deixar irritado, sem controlar minhas ações, eu já estava segurado forte demais seus braços, ela estava imobilizada.


 


 


“Você está me machucando!” Ela disse num fio de voz, seu rosto vermelho por causa do desespero.


 


 


“Não adianta Dulce, você não precisa mentir para mim, eu sei quem você é!” Meu aperto intensificou em sua pele, ela não esboçava nenhuma reação além da dor e do desespero.


 


 


“Christopher, pelo amor de Deus, me solte!” Ela pediu de novo, não me abati, qualquer dor que eu causasse nela nem de longe seria igual à dor que ela me fez sentir. “Está doendo!”


 


 


“Por que você grita por seus pais? Oh desculpe, eles morreram né? Está vendo Dulce? Nem seus papais querem você!” Sibilei com escárnio para ela. Sua respiração ficou pesada e seus olhos inchados.


 


 


Foquei-me neles, seus olhos, eles estavam amargurados e tristes, tristeza que nunca vi em outros olhos. E as lágrimas desceram sem deliberação.


 


 


Não sei como, mas Dulce tinha se desvencilhado do meu aperto. Pensei que ela fugiria e choraria como uma louca, mas não, ela tinha engolido todo o choro e me encarava com... Talvez... Nojo.


 


 


“Nunca, mas nunca mesmo, abra sua maldita boca para falar sobre meus pais!” Ela colocou o dedo no meu rosto. “Você não é digno de nada, seus pais, coitados, não merecem o filho que têm.” Sua voz cheia de acidez preenchia todo espaço. “Você é tão imbecil, tão nojento! Você não sabe o inferno que minha vida foi, e eu não deixar ninguém fazer o que quiser comigo, principalmente você!” As lufadas de ar que ela soltava iam direto para meu rosto, me perguntei por que eu ainda estava ali a ouvindo.


 


 


“Eu não tenho culpa se seus pais morreram Dulce!” Falei seco para ela, perder os pais não poderia ser comparado à dor perder um filho. “Aliás, cada um tem o que merece, não é mesmo?” Joguei para ela. Talvez fosse um castigo para ela, ela estava pagando por tudo que fez ao meu irmão.


 


 


“Você é um desgraçado!” E dessa vez ela não me bateu, nem gritou ou chorou. Apenas saiu pela porta.


 


 


Eu não iria correr atrás dela, muito menos saber para onde ela foi.


 


.


 


.


 


Duas batidas na porta me fizeram voltar a terra, minha mente estava longe, longe demais para ser honesto.


 


 


Quando abri a porta assustei por ver Anahí. “Hmm, oi?” Falei ainda confuso por sua visita.


 


 


“Ei Christopher! A Dul está ai? Ela disse que só iria fazer o almoço, e bom, são quase sete da noite!” Anahí falou em um pausar.


 


 


Olhei para o relógio, e fiz um cálculo simples. “Tem umas duas horas que ela saiu daqui, ela não foi para seu apartamento?” Perguntei sem vontade.


 


 


“Oh meu Deus! Não, ela não apareceu em casa! Você sabe para onde ela possa ter ido, o celular dela não atende!” Anahí, antes calma, estava desesperada na minha frente.


 


 


“Eu não sou a melhor amiga dela, logo não sei para onde ela foi!” Falei sem paciência, eu não tinha culpa se Dulce era uma inconsequente que não avisa para onde está indo.


 


 


“Céus!” Anahí disse baixo demais. “Hmm, eu posso te fazer uma pergunta?”


 


 


“Faça!” Falei sem cerimônias.


 


 


“Eu não te conheço e também não tenho esse direito, mas, por favor, seja sincero comigo, hmm, você falou alguma merda com a Dul, você a magoou?” Anahí foi enfática em sua pergunta, e não adiantava mentir.


 


 


“Em todos os sentidos!” Respondi já sentindo a culpa me tomar.


 


 


“Em todos os sentidos o quê?” Anashí não tinha entendido.


 


 


“Eu.a.magoei.em.todos.os.sentidos” Falei numa única respiração.


 


 


Imagine uma leoa que defende sua ninhada, foi bem assim que Anahí me fuzilou. “Reze muito para eu encontrar Dul, senão amanhã você estará morto, e eu não estou brincando quando eu digo morto.”


 


 


A porta se fechou rapidamente, e eu fiquei ali parado absorvendo o tanto de merda que eu tinha feito num único dia, possivelmente o último de minha vida.


 


 


 


 


Continua...



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Autor(a): smileforvondy

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  POV Dul       Deus, às vezes, não era muito bondoso. Eu poderia ir para o inferno por falar tal atrocidade, mas Victor e Alexandra não tinham sido abençoados, eles não mereciam Christopher.       Victor e Alexandra, dois anjinhos, ele gostava de química e era um bom galanteador, Alexandra ...


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  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:33:13

    o ultimo capitulo nao tem nada

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:54

    estou amando

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:44

    leitora nova

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:26

    qual é o nome do livro que vc adaptuo a fic ?

  • keziavondy Postado em 19/11/2014 - 09:23:36

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCE VOLTOU... EU AMO VC, EU AMO ESSA FIC, EU TUDO AI CARA QUE EEMOÇÃO

  • bianca_sd Postado em 11/08/2014 - 16:40:05

    Você vai voltar a postar ou você abandonou??? POSTA MAIS!!!!

  • dyas Postado em 01/08/2014 - 15:18:39

    Abandonou?

  • kelly001 Postado em 24/07/2014 - 15:15:12

    também estou esperando que vc continue a postar... vamo lá galera: continua, continua, continua, continua, continua...

  • babar_slon Postado em 12/07/2014 - 18:34:41

    Você nunca mais voltou, você abandonou a web???

  • nandafofinha Postado em 11/07/2014 - 15:56:20

    To esperando vc voltar ate hoje


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