Fanfics Brasil - Capítulo 1 - Laços, um pedido, uma promessa Passado Distorcido ( ADAPTADA )

Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde


Capítulo: Capítulo 1 - Laços, um pedido, uma promessa

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POV CHRISTOPHER


 


 


 


Eu já estava recuperando da dor do desaparecimento quando outra notícia tirou meu chão: Thomas tinha cometido suicídio.


 


 


Eu não conseguia acreditar nas palavras que o homem do outro lado da linha, um policial, dizia. Meu corpo estava paralisado, eu não esbocei nenhuma reação. Mecanicamente anotei o endereço do apartamento de meu irmão, era irônico descobrir seu endereço; eu tinha procurado por esta informação durante quatro anos e quando eu a obtenho ela já não tem importância.


 


 


Desliguei o telefone sem saber o que fazer, segundo o policial; os vizinhos desconfiaram da pouca movimentação no apartamento e resolveram chamar a polícia. A porta foi arrombada e eles encontraram o corpo de meu irmão já em estagio avançado de decomposição, um indício de que ele tinha morrido a um bom tempo. Talvez mais de duas semanas; e o que me deixou mais surpreso, ele tinha uma arma na mão e um tiro no ouvido. Os policiais não tinham dúvidas, ele tinha se matado.


 


 


Eu não deveria chorar; eu era um cara de vinte e cinco anos com a vida resolvida, mas as lágrimas caíram tímidas por meus olhos, era muita dor para uma pessoa só. A última vez que eu chorei foi quando Thomas tinha saído de casa quatro atrás, ele tinha levado tudo que tinha e não tinha deixado nenhuma explicação e muito menos alguma dizendo para onde ele tinha ido. Ele tinha nos abandonado. Naquela ocasião eu tinha esperanças dele voltar para casa, mas mês após mês essa esperança foi sumindo. Ele nunca mais voltou.


 


 


Agora eu chorava pela confirmação, eu nunca mais o veria. Chorei pelo resto da tarde, o escuro do quarto deixava a atmosfera ainda mais mórbida. Não importava se Thomas não era meu irmão de sangue, eu cresci me inspirando nele.


 


 



Thomas foi adotado por Vícto e Alexandra quando seus pais biológicos morreram num incêndio, meus pais eram amigos do casal e resolveram adotá-lo, Thomas tinha apenas dois anos. Ele cresceu sabendo de sua história, meus pais nunca esconderam sua origem e até para que Thomas tivesse uma lembrança de seus pais biológicos Victor decidiu manter o nome de Thomas intacto, ele continuou sendo Thomas Willian Cayley, mas eu tinha certeza que ele era um  Uckermann



de coração.


 


 


Por muito tempo imaginei que ele tinha ido embora por ser adotado, mas era uma linha de pensamento incoerente; meus pais nunca fizeram diferenciação entre nós dois, o amor era igualmente incondicional. Ele tinha sido adotado poucos meses antes de meu nascimento, então ele era teoricamente meu irmão mais velho.


 


 


Nós dois crescemos juntos, Victor e Alexandra fizeram de tudo para o nosso conforto, não éramos abastados, na verdade nossa vida era bem simples.


 


 


Ouvi no andar debaixo meus pais chegando e não soube o que fazer, minha mãe tinha ficado em pedaços quando Thomas se foi e eu não conseguiria imaginar qual seria sua reação ao saber que seu filho estava morto.


 


 


“Christopher ? Já chegamos!” Alexandra disse com uma voz tão doce que fez meu coração doer.


 


 


Sai do quarto vagarosamente, eu não queria dar esta noticia a eles, eu não conseguiria ver meus pais chorando mais uma vez.


 


 


“O que aconteceu?” Minha mãe gritou quando me viu no pé da escada.


 


 


Ela veio aflita para o meu lado, minha mãe perguntava o que tinha acontecido incansáveis vezes e eu não sabia como falar. “Mãe, eu preciso de você e de meu pai aqui...” Falei entre soluços.


 


 


Alexandra gritou por Victor que ainda guardava o carro na garagem, ele passou pela porta como um relâmpago. Ele me olhou de um modo tão acolhedor e me abraçou. “O quê aconteceu, filho?”


 


 


“Thomas está morto!” Falei um sussurro, mas eu sabia que meus pais tinham ouvido.


 


 


Esperei por mais choros e talvez gritos histéricos por parte de Alexandra, mas nada disso aconteceu. Victor e Alexandra se olharam por longos instantes e sentaram no sofá.


 


 


Eu estava um pouco perdido, a falta de reação deles tinha me deixado confuso, afinal eles tinham perdido um filho.


 


 


“Como você soube?” Victor perguntou depois de um longo silêncio.


 


 


Contei superficialmente a ligação do policial, eles estavam sem reação. “Eu vou ter que até Nova Iorque pegar os pertences de Thomas e entregar o apartamento para o proprietário.” Falei ainda com a voz embargada.


 


 


“E o corpo já foi enterrado?” Alexandra perguntou numa indiferença assustadora.


 


 


“Eles enterraram assim que o encontraram.” Eu disse brigando com as lágrimas, eu percebi Alexandra bem mais tranquila.


 


 


“Eu estou viajando amanhã!” Avisei voltando para o meu quarto.


 


 


A cama parecia o melhor lugar para chorar como uma menina. Eu estava tão perdido, sem rumo.


 


 


Chorei por toda a noite, lembrei dos dias que passei com Thomas. Eu queria pelo menos um último instante com ele, dizer que eu nunca deixaria de amá-lo e que nunca fiquei com raiva por ele ter saído de nossas vidas subitamente. E mais do que isso, eu queria tanto entender os motivos para ele ter saído de casa, o porquê dele nunca ter dado um telefonema e por que ele tinha se matado.


 


 


Fui para Nova Iorque no primeiro vôo do dia. Gastei duas horas de Chicago até a megalópole.


 


 


Eu tinha ido à Nova Iorque poucas vezes na vida, mas era uma cidade bonita, muita gente e muitas culturas. Do aeroporto fui direto para o endereço dado pelo policial, na entrado do edifício fui recebido por um porteiro que me levou até a andar de meu irmão. O apartamento ainda estava intacto, os móveis no mesmo lugar e algumas louças sujas na pia, foi impossível ignorar a mancha de sangue no chão da sala, senti meu corpo buscando por equilíbrio.


 


 


“O senhor está bem?” O porteiro perguntou quando me viu buscando apoio no sofá.


 


 


“Claro... Me leve até o quarto, por favor.” Pedi recuperando do pequeno lapso.


 


 


O quarto estava sem bagunça, abri seu armário e peguei suas roupas e comecei a colocar numa mala, quase perdi o equilíbrio quando vi uma camisa minha no meio de suas roupas. Era uma camisa simples e nós sempre brigávamos por ela.


 


 


Dobrei cuidadosamente, no meio deste trabalho um papel caiu do bolso da camisa. Sem um objetivo em mente abri o papel. A caligrafia torta era uma característica de Thomas.


 


 


Christopher;


 


Espero que você encontre este rabisco; como já sabe, não estou vivo. A angústia e o sofrimento me fizeram colocar fim em minha vida, e se alguém é culpado por minha atitude esse alguém é Dulce María Espinosa Saviñón, minha namorada. A pequena víbora, assim como uma cobra ela te enfeitiça e depois dá o bote. Sei que seu amor de irmão por mim é gigante e sei que você não hesitaria em devolver tudo para Dulce, então peço, machuque o coração da víbora.


 


Thomas.


 


 


 


Li cada palavra de novo, eu estava num estado de torpor. O que aquilo significava? As palavras de meu irmão eram tão claras, ele queria vingança.


 


 


Sai daquele prédio mais rápido possível, perambulei pelas ruas cheias de gente até sentar num banco qualquer. Li de novo aquelas palavras e chorei mais uma vez, meu irmão tinha me feito um pedido, um pedido de vingança.


 


 


Dulce Maria Espinosa Saviñón , esse era o nome. Ela tinha feito meu irmão sofrer, ela tinha tirado a vida dele.


 


 


O pedaço de papel era pequeno, virei e para a minha surpresa, do outro lado do bilhete tinha um endereço, por intuição eu sabia que era o endereço da tal mulher.


 


 


Não sabia quais emoções estavam dentro de mim naquele momento, mas movido talvez pela dor, tristeza e raiva e principalmente pelo amor fraterno que eu nutria por meu irmão prometi que tornaria realidade seu único pedido. Eu faria da vida de Dulce Maria Espinosa Saviñón um inferno.


 


.


 


.


 


Voltei para Chicago no mesmo dia, cheguei em casa perto das onze e encontrei meus pais vendo televisão calmamente. Quem visse de fora jamais ousaria dizer que eles tinham perdido um filho. Eu não queria conversar com eles, passei direto para o meu quarto.


 



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Autor(a): smileforvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:33:13

    o ultimo capitulo nao tem nada

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:54

    estou amando

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:44

    leitora nova

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:26

    qual é o nome do livro que vc adaptuo a fic ?

  • keziavondy Postado em 19/11/2014 - 09:23:36

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCE VOLTOU... EU AMO VC, EU AMO ESSA FIC, EU TUDO AI CARA QUE EEMOÇÃO

  • bianca_sd Postado em 11/08/2014 - 16:40:05

    Você vai voltar a postar ou você abandonou??? POSTA MAIS!!!!

  • dyas Postado em 01/08/2014 - 15:18:39

    Abandonou?

  • kelly001 Postado em 24/07/2014 - 15:15:12

    também estou esperando que vc continue a postar... vamo lá galera: continua, continua, continua, continua, continua...

  • babar_slon Postado em 12/07/2014 - 18:34:41

    Você nunca mais voltou, você abandonou a web???

  • nandafofinha Postado em 11/07/2014 - 15:56:20

    To esperando vc voltar ate hoje


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