Fanfics Brasil - Capítulo 21 - Sopa de ervilhas e sol. Passado Distorcido ( ADAPTADA )

Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde


Capítulo: Capítulo 21 - Sopa de ervilhas e sol.

501 visualizações Denunciar


POV Edward

 

 

 

“Você acordou!” Uma voz familiar chamou muito longe, eu não enxergava praticamente nada, e meu corpo estava fo--di--damente mole.

 

 

Que diabos aconteceu comigo?

 

 

 

Tinha alguma coisa incômoda no meu nariz, em câmera lenta levei minha mão para puxar o que tanto me irritava.

 

 

“Ei, não tire isso!” A voz familiar disse de um jeito engraçado. “Eu vou chamar o médico, por favor, não apague de novo!”

 

 

Eu queria muito perguntar quem ela era, eu sabia que eu estava sem lentes e sem os óculos, então os 4,5 graus de miopia não deixavam eu ver nada além de um palmo a frente de meu nariz.

 

 

E para piorar minha voz não saia. Eu tinha morrido?

 

 

 

“Christopher, fique calmo, pare de remexer nessa cama!” A voz disse quase em tom de represália. Então eu tive que obedecer.

 

 

Não sei quanto tempo passou, possivelmente poucos minutos, e alguém chegou perto de mim. Luzes foram incididas em meus olhos, avaliações em minha cabeça, apalpadas em minhas costelas, e aquilo doeram como chute nas bolas.

 

 

“Ele está ótimo, só um pouco confuso, mas daqui a pouco ele melhora!” A uma voz masculina disse sem muita emoção.

 

 

“Ele me entende?” A voz familiar perguntou um pouco mais baixo.

 

 

“Tentar não custa nada!” O homem disse e depois o silêncio se fez.

 

 

“Hmm, fico feliz por você ter voltado!” Ela disse baixinho e com um tom desconhecido.

 

 

Voltado de onde?

 

 

 

Tentei falar alguma coisa, mas nada saiu, o desespero me tomou.

 

 

“Christopher.” Eu gostava do jeito que meu nome saia com a voz dela. “Não force sua voz, daqui a pouco ela volta, ok?” Ela disse um pouco séria.

 

 

Já que eu não podia conversar, nem enxergar, resolvi saber se meu corpo me obedecia pelo menos. E por--ra, tudo estava dolorido, e minhas pernas estavam mais moles que um purê de batatas.

 

 

Oh merda! Eu também não andaria mais!

 

.

 

.

 

Em alguma hora eu dormi, não sei por quanto tempo, mas tinha sido benéfico.

 

 

Eu ainda não enxergava, eu queria tanto pedir para alguém colocar as benditas lentes em meus olhos, eu pelo menos me dizer que merda tinha acontecido comigo.

 

 

“Hmm, Christopher?” Alguém chamou muito perto de mim, a dona da voz familiar tinha um cheiro bom.

 

 

Sussurrei alguma coisa para ela saber que eu a ouvia.

 

 

“Você precisa de alguma coisa”? Água, mais uma coberta...?

 

 

Eu quero saber quem você é! Dá para colocar a por--ra das lentes em mim?

 

 

 

Eu sabia que tinha alguma coisa errada com minha mão esquerda, mas mesmo assim a usei para apontar para meus olhos. “As lentes, por favor!” Eu consegui dizer que uma voz que provavelmente não era a minha. Uma voz muito estranha.

 

 

Ele riu abertamente, ela estava bem perto, então consegui um borrão de seu rosto. O borrão dizia que ela tinha cabelos castanhos e uma pele clara.

 

 

“Sua voz está diferente!” Ela disse divertida. “Hmm, você usa lentes?”

 

 

Não! Eu não uso lentes! Eu apenas acho divertido ter uma coisa gelatinosa em meus olhos. Não, eu não uso!

 

 

 

“Céus, eu preciso de Alexandra!” Ela conhecia minha mãe? “Espere só um instante!”

 

 

Ela se moveu para longe. “Alexandra, Christopher acordou!” Ela disse efusivamente.

 

 

“Sim, ele está ótimo, mas muito confuso! Hmm, onde estão as lentes dele? Acho que ele não está enxergando nada!” Ela disse um pouco envergonhada.

 

 

“Claro, junto das roupas? Vou pegar agora mesmo! Quando ele estiver mais lúcido e com a voz menos estranha, vou ligar para vocês conversarem!” Ela disse e depois, aparentemente, desligou.

 

 

O borrão saiu do meu campo de visão e depois voltou. “Uh, eu não sei colocar lentes, se doer me diga, ok?” Ela pediu, eu podia calcular que ela estava muito perto de mim. Rosto com rosto. E daquele jeito eu conseguia ver seus traços mais nitidamente. Olhos castanhos e boca vermelha.

 

 

E do nada um dedo enfiou no meu olho, e depois no outro. Ela deveria saber que ela não era uma boa colocadora de lentes!

 

 

 

Pisquei algumas vezes para acostumar com o corpo estranho, e quando abri de novo, preferi ter meus olhos fechados.

 

 

Porque Dulce estava aqui?

 

 

 

Eu sabia que eu tinha soltado um gemido de frustração. Meus olhos estavam fixos em seu rosto, pude vê-lo corar em vermelho.

 

 

Ela me olhou por alguns instantes, ela estava tão corada! “Hmm, está melhor agora?” Ela perguntou e depois olhou para baixo.

 

 

Acenei positivamente com a cabeça. Dulce sorriu sem graça. “Isso é bom!”

 

 

Ela sentou-se numa poltrona ao lado da minha cama. Eu estava numa cama de hospital?

 

 

 

Dulce folheava um livro qualquer, ela estava com o semblante cansado, talvez tivesse dormido pouco.

 

 

Percorri todo o quarto, em cima de outra poltrona tinha algumas roupas, logo soube que eram as minhas. Ousei olhar meu corpo, meu pulso esquerdo estava muito roxo e imobilizado. Tinha faixas circundando minha cintura, e alguma coisa que não deixava meu ombro direito mexer.

 

 

O barulho da porta abrindo me tomou a atenção. “Bom dia Christopher” Um homem de jaleco me desejou friamente.

 

 

Acenei e o olhei interrogativamente. “Está tudo muito estranho, não é mesmo?” Ele perguntou. “Espero que você esteja melhor, você dormiu pelas últimas quatorze horas!”

 

 

Sério?

 

 

 

“Doutor, ele ainda está com a voz rouca...” Dulce disse baixo, e sem olhar para mim.

 

 

“Claro, é culpa da fumaça, vou trazer uma medição para as dores musculares e para terminar com a rouquidão!” O médico disse e girou para Dulce. “Enquanto isso você pode ir contando o que aconteceu com ele...”

 

 

Dulce corou um pouquinho, as bochechas pareciam duas grandes maçãs. Ela sentou na ponta da minha cama e me olhou por alguns instantes.

 

 

“Você não se lembra de nada que aconteceu?” Ela perguntou timidamente.

 

 

Revirei todas minhas lembranças, mas nada veio. “Não!” A voz estranha proferiu.

 

 

“Hmm, você ficou inconsciente por nove dias, não perdeu nada de muito interessante, mas você nos deixou preocupados!” Dulce disse brincando com um pedaço da manta.

 

 

A pluralidade fez-me lembrar de meus pais. “Mamãe e Papai?” Falei com a rouquidão estranha.

 

 

Então Dulce corou em todos os tons de vermelho, seu rosto poderia pegar fogo a qualquer momento. “É difícil explicar! Uh, eles estão em Chicago, mas vieram te visitar, hmm, eu posso te explicar isso mais tarde?” Ela pediu.

 

 

Ela era muito estranha! “Aham!” Eu disse simplesmente.

 

 

“Coma?” Eu repeti devagar.

 

 

“Você estava trabalhando e o prédio desmoronou você chegou aqui desacordado, e foi melhor te sedar. Seus pulmões estavam cheios de fumaça, e suas cordas vogais também foram prejudicadas, mas logo passa. Você tem algumas fraturas e queimaduras que já estão curadas, e um corte profundo na testa!” Dulce disse com pesar.

 

 

“Minhas pernas estão estranhas!” Falei meio preocupado, elas não pareciam partes de meu corpo.

 

 

“Dormência e sensação de moleza?” Ela quis saber.

 

 

“Acho que sim!” Disse sem certeza, a sensação era demasiada estranha.

 

 

“Não se preocupe, é por causa da medição. O Dr. Henry vai te explicar tudo direitinho.” Dulce disse e depois voltou para a poltrona.

 

 

Alguns minutos se passaram em silêncio, ela lia o livro e ficava ali olhando para o teto. “Dulce?” Chamei.

 

 

“Sim?” Ela respondeu surpresa.

 

 

“Você sabe quando meus pais vão me buscar?” Eu sabia que mais cedo ou mais tarde, meus pais me levariam para Chicago.

 

 

Seu semblante caiu um pouco, e pude ver que ela estava nervosa. Quando ela ia me responder a porta se abriu.

 

 

“Christopher, vamos te medicar, ok? É apenas analgésico!” O medico que eu não me lembrava o nome disse já puncionando meu braço.

 

 

“Acho que podemos tirar todos esses cateteres! Sua alta está prevista para daqui quatro dias, precisamos de um período de observação.” Ele disse sem inflexão. “Agora, beba isto aqui, vai melhorar sua voz.” Ele me passou um copinho plástico com um liquido verde. O gosto era horrível!

 

 

Minutos depois, senti minha garganta menos áspera. Eu estava apto a falar novamente.

 

 

“Quantas horas, por favor?” Perguntei.

 

 

Dulce subiu os olhos e depois olhou para o relógio de pulso. “Três e meia, você precisa de alguma coisa?”

 

 

“Hmm, eu posso ligar para minha casa?” Pedi.

 

 

Dulce se levantou e me deu seu iphone. “Alexandra vai ficar feliz em te ouvir!” Ela discou e colocou em meu ouvido.

 

 

Depois de alguns toques, minha mãe atendeu. “Oi mãe!” Falei com expectativa.

 

 

“Christopher? É você, filho?” mamãe perguntou beirando a emoção.

 

 

Eu ri fracamente. “Pois é, eu acordei!”

 

 

“Você nos assustou, seu pai não está em casa, mas eu aviso que você voltou para nós!” Minha mãe disse amavelmente.

 

 

“Hmm, vocês chegam amanhã para me buscar?” Perguntei. Dulce tremou um pouco sua mão estava gelada.

 

 

“Dul, ainda não te disse?” Alexandra perguntou curiosa.

 

 

“Não!” Falei rapidamente.

 

 

“Filho, você não pode fazer uma viagem de avião, você está debilitado...” mãe pontuou.

 

 

“Então, você poderia vir para cá?” Coloquei vagamente.

 

 

“Também não dá, eu tenho que terminar dois projetos, e eu já tenho projetos agendados...” Alexandra disse pesarosa.

 

 

Eu sabia que a ligação estava no viva-voz, Dulce tinha um rosto apreensivo.

 

 

“Mãe, então eu vou ficar sozinho esse tempo todo? Como você pode fazer isso comigo?” Perguntei ultrajado.

 

 

“Não se exalte, Christopher! E para quê esse escândalo?” Ela perguntou me repreendendo.

 

 

“Claro mãe! Eu não consigo nem segurar um telefone, talvez eu tente cozinhar quando eu voltar para casa!” Eu fui completamente irônico.

 

 

“Edward, pare de ser minado!” Me senti envergonhado por saber que Dulce estava presenciando aquela briguinha familiar. “ Dulce vai ficar com você e não se fala mais nisto!”

 

 

“O QUÊ?” Sem importar com o estado de minha voz, eu gritei. Dulce me olhou envergonhada.

 

 

“Isso mesmo! Eu confio nela o suficiente para deixá-la com você, e você deveria agradecer por isso, você iria gostar de ter um estranho em sua casa?” Minha mãe perguntou.

 

 

“Mãe, por favor, qualquer pessoa de menos ela, por favor?” Eu já estava suplicando.

 

 

Olhei de soslaio para Dulce, ela tinha um semblante triste. Seus olhos baixos em ultraje. Eu não me importei nenhum pouco.

 

 

 

“Não seja ridículo Christopher! Você não sabe o quanto Dul protelou para ficar com você, eu não quero nem imaginar se ela ouvi uma asneira dessas!” Alexandra estava indignada.

 

 

Dessa vez não olhei para Dulce, eu tinha medo de ver como ela estava. “Ela está com a chave de seu apartamento e do carro, eu abasteci seu armário com coisas que você gosta de comer ok? E nada de ser um primata com essa menina, estamos entendidos?” Ela perguntou por fim.

 

 

“Claro mãe! Depois ligo mais!” Tirei minha orelha do celular.

 

 

“Hmm, eu não queria me intrometer na chamada de vocês!” Dulce disse de costas indo para a poltrona. Sua voz baixa e sem emoção.

 

 

Fiquei em silêncio, afinal eu não tinha o que dizer. Pouco tempo depois olhei para onde ela estava sentada. Seu corpo pequeno estava levemente reclinado e seu rosto tombado para o lado. Ela tinha dormido.

 

 

Aproveitei para olhá-la. Dulce vestia roupas comuns, um agasalho de moletom com os escritos GAP bordados em vermelho, um jeans claro e um tênis. Seu rosto estava cansado, olheiras profundas.

 

 

Seu corpo remexeu um pouco, era apenas um cochilo, pois ela acordou rapidamente. “Desculpe por ter dormido... Hmm, eu não dormi muito bem à noite...” Ela disse esfregando o rosto.

 

 

Dulce olhou para o relógio, e deu um salto e rumou para a porta. “Onde você está indo?” Perguntei de supetão.

 

 

Eu queria rir do jeito que ela corou, ela parecia escolher as palavras. “É a hora do seu banho, e... Bom, você nem eu ficaríamos confortáveis se eu o presenciasse.

 

 

Eu estava assimilando o que ela disse, quando ela deu continuidade. “E eu não sou nada sua para te ver nu, e, sei lá, é melhor eu dar licença...” Seu rosto estava rubro, ela estava bonita demais.

 

 

Logo depois a porta se abriu e entraram dois enfermeiros com lenços úmidos.

 

 

Oh constrangimento!

 

.

 

.

 

Eu não saberia dizer se era bom ir para a casa, eu iria amanhã. Eu e Dulce não trocávamos muitas palavras. Ela sempre saia daqui perto das dez da noite e chegava às sete da manhã.

 

 

Ela sempre tinha um rosto triste, eu poderia não lembrar o que tinha acontecido comigo, mas eu sabia perfeitamente o que ela tinha feito.

 

 

“Edward?” Ela chamou sem graça por mim.

 

 

“Oi?” Falei sem olhá-la.

 

 

“Hmm, se você quiser, podemos caminhar um pouco pelos corredores ou descer para pegar um pouco de sol...” Ela propôs, seus olhos tinham um pouco de expectativa.

 

 

Eu, realmente, estava cansado de ficar nessa cama, mas eu também não estava nenhum pouco disposto a dar voltinha por aí com Dulce . “Eu estou bem aqui!” Falei.

 

 

Seus olhos despencaram consideravelmente. “Tem problema se eu te deixar sozinho por uns instantes?” Ela me perguntou.

 

 

“Não?” Falei incerto. “Vai aonde?” Eu me perguntava por que eu era tão curioso com as coisas que ela fazia.

 

 

“Vou andar por aí...” Ela disse e passou pela porta.

 

.

 

.

 

 


Compartilhe este capítulo:

Autor(a): smileforvondy

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Não era nenhum pouco promissor o prognóstico das semanas que se seguiriam. Repouso absoluto, comidas líquidas e de preferências, geladas. Nenhum tipo de bebida alcoólica.     “Deixe-me ver se me esqueci de alguma coisa...” Dr. Henry ponderou por alguns instantes. Dulce ouvia e anotava tudo num bloquinho.   &nb ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:33:13

    o ultimo capitulo nao tem nada

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:54

    estou amando

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:44

    leitora nova

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:26

    qual é o nome do livro que vc adaptuo a fic ?

  • keziavondy Postado em 19/11/2014 - 09:23:36

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCE VOLTOU... EU AMO VC, EU AMO ESSA FIC, EU TUDO AI CARA QUE EEMOÇÃO

  • bianca_sd Postado em 11/08/2014 - 16:40:05

    Você vai voltar a postar ou você abandonou??? POSTA MAIS!!!!

  • dyas Postado em 01/08/2014 - 15:18:39

    Abandonou?

  • kelly001 Postado em 24/07/2014 - 15:15:12

    também estou esperando que vc continue a postar... vamo lá galera: continua, continua, continua, continua, continua...

  • babar_slon Postado em 12/07/2014 - 18:34:41

    Você nunca mais voltou, você abandonou a web???

  • nandafofinha Postado em 11/07/2014 - 15:56:20

    To esperando vc voltar ate hoje


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais