Fanfics Brasil - Capítulo 22 - Sopa de ervilhas e sol. (parte II) Passado Distorcido ( ADAPTADA )

Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde


Capítulo: Capítulo 22 - Sopa de ervilhas e sol. (parte II)

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Não era nenhum pouco promissor o prognóstico das semanas que se seguiriam. Repouso absoluto, comidas líquidas e de preferências, geladas. Nenhum tipo de bebida alcoólica.


 


 


“Deixe-me ver se me esqueci de alguma coisa...” Dr. Henry ponderou por alguns instantes. Dulce ouvia e anotava tudo num bloquinho.


 


 


“Claro, nada de relações sexuais, principalmente com muitas peripécias!” Ele disse sem emoção. Dulce corou e não anotou no bloquinho.


 


 


“Animado para voltar para casa?” Dulce perguntou depois de assinar alguns documentos.


 


 


“Não muito!” Falei sem dar profundidade.


 


 


Ela me olhou e pensou um pouco. “Hmm, você sabe que mais cedo ou mais tarde você vai ter que interagir comigo, certo?”


 


 


“Vai ser mais tarde então!” Falei impaciente.


 


 


Eu estava sentado na ponta da cama com Dulce ao meu lado, ela tinha atenção voltada para seu celular.


 


 


“Onde está meu celular, relógio, carteira...?” Perguntei.


 


 


“Vou pega-los!” Dulce desceu da cama e remexeu numa bolsa de couro.


 


 


Ela me passou todos os pertences. “Quer que eu coloque o relógio?”


 


 


Estendi meu braço para ela. “Pode ser!”


 


 


Seus dedos tocaram minha pele fracamente, era um contraste gostoso. “Meu pai tinha um relógio igual a este...” Dulce disse baixinho.


 


 


“Está pronto para ir?” Ela perguntou olhando fixamente em meus olhos.


 


 


“Tudo bem!” Eu disse e sai da cama. Meu equilíbrio não estava muito bom, dar passos firmes também era difícil.


 


 


“Acho melhor você se escorar em mim...” Ela disse displicentemente.


 


 


E não me restava outra opção. Passei meu braço bom sobre seu ombro e ela contornou minha cintura quase sem me tocar.


 


 


O caminho não era muito grande; dois corredores e elevador. “Você é tão pesado!” Dulce disse meio exaurida. Depois de perceber o que tinha tido, ela me fitou e abaixou os olhos. “Desculpe por isso!”


 


 


“Você não precisa se desculpar toda hora, e você não mentiu, é claro que você não agüenta me sustentar!” Falei. Minhas palavras ganharam uma conotação muito estranha, soou como uma aposta.


 


 


“O que eu estou fazendo é o quê? Isso não é sustentar, Christopher?” Ela perguntou com um sorriso pequeno.


 


 


“Se meu corpo todo fodi--do deixasse, eu te mostraria o que é carregar alguém!” Falei sem medir as palavras. Dulce sorriu de canto a canto. “Você é tão estranho!”


 


.


 


“Cadê a chave do meu carro?” Perguntei quando entramos no estacionamento.


 


 


“Está comigo!” Dulce disse e abriu a porta do passageiro para mim.


 


 


“Dulce, eu vou dirigir!” Quando ela imaginou que iria dirigir o meu carro?


 


 


“Christopher, você mal se agüenta em pé, quiçá dirigir!” Ela falou sem ser grossa, apenas a verdade.


 


 


Eu não poderia negar, ela dirigia melhor que eu. Ela não ficava estressada com os semáforos nem com os outros motoristas. E céus, Dulce nasceu para fazer baliza.


 


.


 


O apartamento estava impecavelmente limpo, era bom estar em casa.


 


 


“O que prefere? Você quer descansar ou comer primeiro?” Dulce me deu as opções.


 


 


“Comer, pelo amor de Deus!” Falei e ganhei um sorrisinho de Dulce.


 


 


“Hmm, acho melhor você ficar deitadinho esperando a comida.” Ela disse já indo para a cozinha. Aos trancos e barrancos consegui chegar em minha cama.


 


 


Deite-me e apoie-me nos travesseiros, era bom ter uma cama só para mim. Tirei meus tênis e liguei a televisão. Nada de muito importante.


 


 


Dulce não era uma cozinheira escandalosa, não ouvi nenhum barulho de panelas ou pratos no chão.


 


 


Pouco tempo depois ela surgiu na porta do quarto com uma tigelinha e uma colher. “Já fiz, você quer comer aqui ou na mesa?”


 


 


Mamãe me mataria se soubesse que eu iria comer em cima da cama. “Acho que aqui está bom!”


 


 


Dulce passou a tigelinha para mim, não estava muito quente. Ela me deu a colher em minha mão direita. E então eu fiz uma pequena bagunça. Um pouco da sopa caiu em minha camisa, o calor logo foi passado para minha pele. Aquilo estava doendo. “Tire minha camisa, por favor!” Minha voz saiu desesperada.


 


 


“Oh meu Deus!” Dulce disse sem saber o que fazer, ela tomou a tigela e colocou ao meu lado e simplesmente puxou minha camisa sem importar com a tala que estava em meu ombro direito. Eu gemi de dor.


 


 


“Desculpe-me!” Ela pediu desesperada passando a mão em meu peito. “Eu não queria te machucar!”


 


 


Procurei os olhos dela. “Dulce, eu estou bem!” Falei firme para ver se eu diminuía seu desespero.


 


 


“Você ainda quer comer?” Dulce pediu envergonhada.


 


 


“Bom, eu ainda estou com fome!” Respondi. “Uh, eu sou canhoto, e meu pulso esquerdo está realmente fod- ido, estão eu não sei como eu vou comer...”


 


 


Ela me olhou, ponderou e corou. “Eu posso te dar, se você não achar ruim...”


 


 


Oi, eu sou Christopher! E agora as pessoas me dão comida na boca. Totalmente excelente, não é mesmo?


 


 


“Pode ser...” Respondi envergonhado.


 


 


Dulce sentou-se na minha frente com a tigela em mãos, com a colher ela pegou um pouco da sopa e colocou em minha boca.


 


 


Eu não podia acreditar, aquilo era sopa de ervilhas com frango! Minha sopa predileta, degustei mais um pouco, o tempero era igual ao de Alexandra, mas tinha alguma coisa diferente ali, talvez fosse a mão de Dulce.


 


 


“Como você sabe que eu gosto dessa sopa?” Perguntei assim que engoli a primeira colherada.


 


 


Dulce desviou o olhar e corou sutilmente. “Uh, você não gosta da minha comida, então eu pedi à Alexandra as receitas que você mais gostava...”


 


 


Imagine algo dentro de você saindo do lugar e te causando dor. Foi bem assim que eu me senti. Dulce estava se preocupando em fazer o que eu gostava de comer, e por Deus, a comida dela era a melhor que eu já tinha comido em toda a minha vida.


 


 


“Por que você está fazendo isso?” Perguntei.


 


 


“Fazendo o quê?” Ela apenas repetiu.


 


 


“Fazendo o melhor para mim!” Falei e esperei sua resposta.


 


 


“É aquela história: fazer o bem sem olhar a quem!” Ela disse rapidamente.


 


 


“Você não queria estar aqui, certo?” Aquilo já era uma certeza.


 


 


“Você não me quer aqui, certo?” Ela me perguntou também.


 


 


“Por que você diz isso?” Quis saber, antes de responder ela me deu mais um pouco de sopa.


 


 


“Christopher, nós somos adultos, não precisa ser hipócrita! Eu sei que você não gosta de mim, que odeia tudo que eu falo, odeia minha comida, odeia meu nome, e talvez eu não seja bonita o suficiente para ficar perto de você!” Ela disse me encarando, indignação, eu podia ver isso em seus olhos. Guardei apenas para mim a parte que ela disse que eu era bonito.


 


 


Ela também tinha me pegado de surpresa, eu via além da indignação, a verdade e sinceridade em seus olhos. O rosto de Dulce estava vermelho de raiva. “Você realmente acha que eu gosto de ouvir você dizendo que não me queria cuidando de você? Eu passei todos os dias vigiando seu sono, pedindo a Deus que nada te acontecesse!”


 


 


Algumas lágrimas brotaram em seus olhos. “Eu não tenho culpa se você me odeia! Eu juro que não sei o que eu te fiz!”


 


 


“Você não sabe a merda que você está dizendo!” Falei ficando irritado com aquela situação.


 


 


E foi como acionar um botão dentro daquela mulher. Dulce me olhou e seu rosto ficou muito mais vermelho. “Merda é tudo que você fala!” Ela jogou a sopa no chão. “Eu estou cansada de você achando que eu posso ouvir qualquer coisa, eu já te disse: você não sabe merda nenhuma da minha vida!” Ela já estava em pé chorando ininterruptamente. Dulce olhou para o chão assustada com a bagunça que tinha feito.


 


 


“Dulce, fique calma, pelo amor de Deus!” Pedi sincero.


 


 


Ela deu mais algumas voltas no quarto, ela passou do vermelho para o pálido. “Eu não sei o que deu em mim, desculpas!”


 


 


“Tudo bem!” Eu não sabia que resposta dar. “Beba uma água!” Minha vontade era levantar daquela cama e fazê-la se acalmar de algum jeito.


 


 


Ela saiu do quarto e voltou com alguma coisa para limpar o chão. “Hmm, Christopher, por favor, me desculpe! Eu não quero que pense que eu sou uma louca!” Dulce disse e se colocou para limpar o chão.


 


 


Quando limpo, ela saiu do quarto e voltou com outra porção de sopa. “Espero que ainda esteja com fome...”


 


 


Ela me deu comida sem olhar realmente para mim, corada de raiva e vergonha. “Quer mais um pouco?” Ela perguntou e saiu da cama.


 


 


“Não, estou satisfeito!” Olhei o relógio, marcava quase oito da noite e eu já estava com sono. “Vou tomar um banho e depois dormi!” Levantei da cama e fui para o banheiro.


 


 


Qualquer tarefa se tornava impossível quando se tem um ombro e um pulso machucado e as costelas doloridas. Desabotoar uma calça era quase impossível.


 


 


O banho foi rápido, me troquei no banheiro para não correr o risco de Dulce me ver de toalha.


 


 


“Christopher, eu preciso limpar seu corte na testa, ele pode infeccionar...” Dulce disse da porta do quarto.


 


 


“Uh claro!” Falei sentando-me na cama. Dulce veio com várias coisas na mão.


 


 


Ela parou na minha frente e se abaixou para ficar na minha altura. “Se doer me diga, tudo bem?”


 


 


Primeira alguma coisa muito gelada e depois gases tirando o excesso e por fim, pomada. Dulce estava com rosto próximo ao meu. Perto demais. Ela estava concentrada em minha testa então eu poderia me concentrar em seus traços. Bonita demais.


 


 


“Acho que já está bom... Pode se deitar se quiser!” Dulce disse com voz tensa. Eu sabia o motivo. Nós não tínhamos conversado sobre a parte do dormir.


 


 


“Dulce, pode dormir comigo na minha cama, eu não sou de rolar, e ela é bem espaçosa!” Falei como se fosse a coisa mais normal do mundo.


 


 


“Uh, eu prefiro dormir na sala, eu não quero te incomodar...” Seus olhos caíram um pouquinho. Ela estava triste.


 


 


“Dulce, é sério, durma aqui! Você disse que não tem dormido bem e dormir no sofá não vai ajudar em nada.” Ela não tinha como argumentar.


 


 


“Eu vou me trocar e trazer seus remédios e depois decidimos aonde eu vou dormir, certo?” Dulce disse e se enfiou dentro do banheiro.


 


 


Era estranho imaginar Dulce dormindo na mesma cama que eu. Ela, com certeza, já tinha dividido a cama com meu irmão. E eu não gostava de imaginar o que eles faziam juntos. E ela sabia usar bem o disfarce, ela sabia, exatamente, como me deixar confuso.


 


 


Dulce saiu em passos pequenos do banheiro. Subi meu rosto para encontrar o dela, e foi como ficar com a boca seca, e coração a mil. Não era nenhuma camisola de renda vermelha, nem uma calcinha minúscula. Mas era um pijama de algodão rosa clarinho, a camisa lisa e short parava no meio de suas coxas branquinhas. O cabelo castanho estava amarrado num rabo de cavalo.


 


 


“Tem alguma coisa errada?” Ela perguntou meio perdida.


 


 


“Está tudo ótimo!” Falei rapidamente. “Pronta para dormir?”


 


 


“Só preciso escovar meus dentes!” Dulce me respondeu e pegou alguma coisa dentro de uma sacola.


 


 


Eu tinha me esquecido completamente dos dentes. “Eu preciso escovar os meus também!”


 


 


“Eu posso fazer isso por você!” Ela deu a volta da cama e me tirou dela.


 


 


Quem visse de fora pensaria que nós éramos um casal, nós dois estávamos em frente a pia, ela escovou seus dentes rapidamente e depois os meus.


 


 


“Por que minha barba está feita?” Perguntei quando me vi no espelho. Primeiro eu me assustei, pois no hospital eu mal tinha visto minha aparência. Mas meu rosto tinha alguns machucados e o corte da testa era realmente feio.


 


 


“Eu fiz enquanto você estava inconsciente!” Dulce disse baixo demais.


 


 


“Obrigado?” Falei hesitante.


 


 


“Sem problemas!” Dulce disse e secou meu rosto com uma toalha. “Acho que podemos dormir agora!”


 


.


 


Eu tinha algumas manias estranhas, dentre elas destaca-se o fato d’eu só dormir do lado direito da cama, restou para Dulce o esquerdo.


 


 


“Christopher, posso te pedir uma coisa?” Ela pediu com a cabeça afundada no travesseiro.


 


 


“Se eu puder fazer...” Coloquei vagamente.


 


 


“Se eu gritar ou começar a chorar durante a noite, você me acorda? Hmm, eu não quero atrapalhar seu sono...” Dulce disse com tom nervoso.


 


 


“Uhum!” Falei simplesmente. Agora, alem de lidar com a presença de Dulce, eu teria que lidar que seus pesadelos. Quantos anos ela tinha? Cinco?


 


 


“Boa noite, Christopher!”


 


 


“Boa noite, Dulce!” Respondi cordialmente.


 


 


“Dul!” Dulce disse muito baixo para eu entender.


 


 


“Como disse?” Perguntei.


 


 


“Me chame de Dul, eu gosto assim!” Sua voz evidenciava sua vergonha.


 


 


“Boa noite, Dul!” Falei por fim.


 


.


 


.


 


A sensação era te ter dormido apenas cinco segundos, eu acordei com barulhos altos no quarto. A primeira hipótese que me veio era ladrões em minha casa.


 


 


Permaneci quieto, sem movimentos ou qualquer coisa que chamasse a atenção. Mas o barulho estava muito perto.


 


 


Ousei olhar para Dulce, meu corpo estava dolorido, mas este paralisou quando eu vi Dulce. Ela tinha o maxilar travado e lágrimas correndo por suas bochechas, seu corpo estava rígido e se debatia.


 


 


Ela não falava nomes, mas gritava literalmente como uma louca. Eu não sabia o que fazer!


 


 


Senti mal por tê-la subestimado, o pesadelo causava medo até em mim. Sem saber o correto a se fazer, balancei seu corpo algumas vezes até ela acordar.


 


 


“Shii, já passou ok?” Falei assim que seus olhos abriram, as lágrimas que estavam presas desceram por seu rosto.


 


 


Ela não estava totalmente alerta, pois seus olhos fecharam rapidamente, agora, ela chorava baixinho.


 


 


Sem saber o que eu estava fazendo, passei minha mão machucada por sua bochecha, secando as lágrimas. Ela dormiu logo depois.


 


 


“Você é bonita demais para ficar chorando, Dul!” Falei também já sonolento novamente.


 


 


 


 


Continua...


 


 


 


*Obrigada pelos comentarios fiquei muito feliz com eles, amei saber que vcs precisam amam e tals a fic, ela é realmente boa, to pensando na maratona, mas se caso eu fizer, nao esquecem de fazer maratona de comentarios tbm ok? rsrsrs


Obrigada meninas e esta aqui mais um capitulo <3



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Autor(a): smileforvondy

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Gente, amanha vou fazer uma maratona de 5 capitulos só amanhã, por isso hj nao vou postar, vai ser atarde, pq de manha eu estudo, até lá. Comentem bastante amanhã <3


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:33:13

    o ultimo capitulo nao tem nada

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:54

    estou amando

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:44

    leitora nova

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:26

    qual é o nome do livro que vc adaptuo a fic ?

  • keziavondy Postado em 19/11/2014 - 09:23:36

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCE VOLTOU... EU AMO VC, EU AMO ESSA FIC, EU TUDO AI CARA QUE EEMOÇÃO

  • bianca_sd Postado em 11/08/2014 - 16:40:05

    Você vai voltar a postar ou você abandonou??? POSTA MAIS!!!!

  • dyas Postado em 01/08/2014 - 15:18:39

    Abandonou?

  • kelly001 Postado em 24/07/2014 - 15:15:12

    também estou esperando que vc continue a postar... vamo lá galera: continua, continua, continua, continua, continua...

  • babar_slon Postado em 12/07/2014 - 18:34:41

    Você nunca mais voltou, você abandonou a web???

  • nandafofinha Postado em 11/07/2014 - 15:56:20

    To esperando vc voltar ate hoje


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