Fanfics Brasil - Capítulo 23 - E quem um dia irá dizer que não existe razão? Passado Distorcido ( ADAPTADA )

Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde


Capítulo: Capítulo 23 - E quem um dia irá dizer que não existe razão?

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POV Dul


 


 


 


Eu precisava de ajuda feminina. Urgente! Anahí estava encantada demais com a avó e mãe de Poncho e, Mai ainda ponderava sobre transar com Christian no terceiro encontro. Pensei sobre ligar para Alexandra. Não! Era uma péssima ideia.


 


 


 


Oi Alexandra, como está? Então, seu filho está me deixando louca! Você pode me ajudar?


 


 


 


Christopher, Christopher, Christopher Uckermann. O que ele estava fazendo comigo? O que eu estava o deixando fazer comigo?


 


 


 


Era toda aquela coisa de sermos amistosos, eu sabia que não daria certo, ele estava sendo amistoso demais. Ele estava sorrindo e me olhando demais.


 


 


 


Acredito que olhando mais, às vezes eu me perguntava se tinha alguma coisa errada comigo, pois Christopher não tirava os olhos de mim. Ele, com certeza, estava avaliando o quão meus lábios eram desproporcionais, e tentando medir o grau de meu estrabismo.


 


 


 


Ele tinha cursado direito, e isto era um tanto difícil de imaginar, Christopher dentro de um terno. Eu o preferia dentro do uniforme de bombeiro!


 


 


 


Tinham outras coisas que me deixavam encantada. Christopher era canhoto e usava óculos, aquilo era estranhamente charmoso.


 


 


 


Eu me recriminava por esses pensamentos. Christopher não gostava muito de mim, mesmo ele dizendo o contrário. Sabia também que alguma coisa tinha mudado, eu podia ver um pouco mais de receptividade em seus olhos e ações.


 


 


 


Era fácil notar algumas emoções diferentes quando eu contava alguma coisa sobre meu pesadelo ou sobre Thomas, o último nunca era um bom assunto, além de me levar para lembranças ruins, Christopher ficava notoriamente irritado. E a última coisa que eu precisava era dele nervoso, eu tinha que poupar minhas outras costelas.


 


 


 


Sobre elas, devo dizer que a dor persistia assim como a grande marca roxa. Eu odiava Christopher por aquilo, mas sabia que existia muita coisa por trás daquele ato. Eu estava começando a cogitar a hipótese dele ser bipolar.


 


 


 


O corpo másculo rolando um pouquinho na cama me fez voltar para a realidade. Eu gostava do jeito que seus cabelos caiam sobre seus olhos, e como seu peito subia e descia.


 


 


 


“Christopher, Christopher, Christopher... O que você está fazendo comigo?” Perguntei baixinho, em cima de seu rosto. Ele não demoraria a acordar.


 


 


 


Ele rolou para o meu lado, quase colando nossos corpos. Voltei a me deitar, era bom vê-lo dormindo, ele me confundia menos assim.


 


 


 


A proximidade também me assustava. Christopher, por vezes, jogava seu corpo para o meu lado, nunca chegando perto demais. Eu queria que ele chegasse?


 


 


 


Minha cabeça doía por causa do álcool da noite passada, uma dose miserável já tinha feito um bom estrago, eu não me lembrava o nome, sei lá, acho que um tal de Charles tinha me feito perder bons quarenta minutos com uma conversinha chata.


 


 


 


Alguma coisa em meu vestido me incomodava, logo descobri que era o zíper. Desfiz a trança de meu cabelo, colocando as presilhas em cima do criado mudo.


 


 


 


Christopher rolou para ficar de costas para mim, e ri lembrando-me de quando ele disse que não rolava. Seus pés tocaram os meus delicadamente, e, por-ra, eu deveria parar de pensar nos pés de Christopher! Eu conseguia me lembrar de cada sensação, de cada toque, de cada pressão aplicada.


 


 


 


Movi meu corpo impensadamente para o lado dele. Eu tinha uma ótima visão de sua nuca e se eu me esforçasse eu poderia enxergar um pouco de suas costas através do colarinho do pijama cinza.


 


 


 


Os cabelos dourados estavam embolados. Delicadamente, movi meus dedos para eles e, novamente, impensadamente, deixei que meus dedos entrassem naquele grande bagunça.


 


 


Christopher tinha razão, seu cabelo estava puro óleo, mas nada me faria tirar as pontas de meus dedos de seu couro cabeludo.


 


 


 


Peguei-me rindo novamente, eu, Dulce Maria, estava realmente fazendo cafuné em Christopher? Que diabos tinha acontecido com o mundo esta manhã?


 


 


 


Não apliquei muita força, movi meus dedos tranquilamente, desde a nuca até o meio de sua cabeça. Fixei meus olhos em meus movimentos, eu via as unhas vermelhas correndo entre o tom de cobre. Eu não estava me sentindo uma pu-ta imunda por fazer aquilo.


 


 


 


“Mmm.” Christopher ressonou baixinho, quase como uma criança. Meu corpo retesou e o calor chegou rápido em minhas bochechas.


 


 


 


Que ele não tivesse acordado há muito tempo!


 


 


 


Meus dedos não deixaram seus cabelos e, muito menos, cessei meus movimentos. Eu continuava acarinhando-o. Por que eu não conseguia parar?


 


 


 


“Mmm, isso é muito bom!” Christopher disse com sua voz rouca, ele ainda estava despertando.


 


 


 


Decidi que eu deveria parar com aquilo. Tirei minha mão com um pouco de brutalidade e se ele perguntasse alguma coisa era só dizer que ele estava sonhando, simples assim.


 


 


 


“Bom dia, Christopher.” Falei baixinho, meu corpo tomou uma distância segura do dele.


 


 


 


“Bom dia, Dul.” Ele disse rouco, de novo. Seu corpo rapidamente fora girado para ficar de frente para o meu.


 


 


 


“Uh, você chegou tarde ontem!” Ele falou despretensiosamente, piscou algumas vezes e depois bocejou.


 


 


 


Eu não devia satisfações a ele, eu não era nada dele, mas me senti na obrigação de respondê-lo.


 


 


 


“A noite estava boa, Christian e Maite são ótimos! Eu acabei vindo de táxi mesmo.”


 


 


 


Ele me olhou surpreso e um tanto incomodado.


 


 


 


“Christopher disse que ira te trazer!”


 


 


 


Eu ri com o comentário.


 


 


 


“Christopher, você realmente acha que Chris perderia uma noite com Maite?”


 


 


 


Christopher correu os dedos pelos cabelos, ele fazia aquilo sempre.


 


 


 


“Você deveria ter levado seu celular.”


 


 


 


“Nem me dei conta que tinha o esquecido.” Falei rapidamente, joguei meus pés para fora da cama. “Quer comer o que hoje?”


 


 


 


“Nada, não estou com fome.” Ele me respondeu e voltou a fechar os olhos. “Acho que preciso dormir mais!”


 


 


 


“Uh, claro.” Respondi ajeitando meu vestido. “Vou aproveitar para limpar sua casa, está começando a ficar meio suja.” Pedi internamente para que ele não me interpretasse mal, não estava como um chiqueiro, talvez um pouco desorganizada.


 


 


 


“dul, você não é minha empregada!” Ele disse estreitando seus olhos para mim. Eu sabia que ele nem estava me enxergando.


 


 


 


Obrigada santa miopia!


 


 


 


“Eu sei que não, mas eu também não vou ficar te olhando dormir.” Falei e peguei um par de roupas em minhas sacolas. Ouvi uma risada baixa vindo da cama.


 


 


 


Quando me olhei no espelho quase cai para trás, eu estava um pequeno monstrinho! O rímel, que eu pensei ter removido completamente ontem à noite, me deixava com aparência de panda. Meu vestido estava completamente amassado, meu cabelo, bom, meu cabelo era uma bagunça.


 


 


 


Escovei meus dentes e troquei de roupa, optei por um short jeans e uma blusa preta de alcinhas. Olhei-me de novo no espelho. Eu não tinha melhorado nenhum pouco!


 


 


 


Amarrei os cabelos num rabo alto, lavei o rosto e passei protetor solar. Quando voltei para o quarto, vi Ele dormindo tranquilamente.


 


 


 


O quarto não estava bagunçado, apenas algumas roupas fora do armário. Peguei e as dobrei, formando duas pilhas. Era engraçado saber as roupas que Ele usava, ele gostava de calças Calvin Klein e Diesel, as camisas eram na maioria Aerèpostale e A&F, e os agasalhos eram GAP ou Guess. Eu sorri sozinha quando não consegui contar as inúmeras camisas xadrez que Ele tinha. Os sapatos eram uma incógnita, ele tinha a linha inteira Nike Shox, na parte inferior do armário e diversos sapatênis. Eu não poderia dizer se ele era mais casual ou esportivo.


 


 


 


Do lado das roupas do cotidiano havia seus uniformes. Tinha tempo que eu não via Eleneles.


 


 


 


Organizei as roupas no armário e fui para sala. Majestosa, o sofá caramelo era de bom gosto e a TV era gigante, pensei sobre Edward ter dinheiro, pois não fazia nenhum sentido ter duas televisões em casa. Ali não tinha muito que arrumar, apenas observei, tinha alguns quadros e alguns porta-retratos, Ale e Victor em todas as fotografias.


 


 


 


A cozinha era a parte mais limpa, nada fora do lugar. A mesa de jantar estava impecável. No fim, descobri que não tinha nada muito árduo para fazer, apenas dar uma varrida e tirar o pó. Peguei meu celular em cima do sofá, fiz uma playlist rápida e coloquei os fones.


 


 


 


Eu era, talvez, uma pessoa doméstica demais. Gostava de cozinhar, e limpar a casa não era um problema. Se eu fosse um pouco mais sortuda eu poderia me imaginar com uma casa, marido e filhos.


 


 


 


Não me fazia bem ser tão otimista assim. Quanto maior o sonho, maior a decepção. Não tinha alguma coisa assim? Eu já estava resoluta, eu viveria sozinha. Afinal quem iria me querer? Ou melhor, quando alguém realmente me quis?


 


 


 


Thomas não era padrão para nada. Ele tinha fodido com toda minha vida, tudo ainda era recente, mas eu me perguntava o que ele queria com aquilo tudo? Não tinha resposta, ele era um completo doente.


 


 


 


Pensar nele também não me fazia bem, voltei atenção para a música. Eu sabia que estava alto demais.


 


 


 


Não demorou muito para eu estar cantando sem nenhum ritmo, meu corpo mexia de um lado para o outro sem minha permissão.


 


 


 


Eu estava um pouco absorta quando percebi alguém tirando os fones de meu ouvido, os dedos tocaram levemente a parte de trás de minha orelha.


 


 


 


“Você vai ficar surda se continuar ouvindo música no talo!”


 


 


 


Não olhei para trás, eu precisava dissipar o calor que estava em meu rosto. Por que ele tinha que me pegar no flagra?


 


 


 


“Você me assustou!” Falei ainda envergonhada.


 


 


 


Ouvi uma risada baixa atrás de mim.


 


 


 


“Dul, você é desatenta demais, estou a uns bons minutos te observando!”


 


 


 


Ele tinha visto tudo? A desafinação, o corpo sem jeito?


 


 


 


Eu queria esconder meu rosto, ou pelo menos fazê-lo para de queimar.


 


 


 


“Sabia que é deselegante observar as pessoas?” Perguntei ainda sem encará-lo.


 


 


 


Ele se moveu para ficar na minha frente.


 


 


 


“Sabia que é deselegante ficar com os dedos em meus cabelos e depois agir como se nada tivesse acontecido?” Ele tinha um sorriso pequeno nos lábios.


 


 


 


Eu estava cogitando, seriamente, abrir um buraco no chão da sala mesmo!


 


 


 


Não respondi nada, até por que meus músculos estavam todos paralisados, também não consegui deter as mãos de Edward enquanto ele colocava meus fones em seus ouvidos.


 


 


 


“Uh, curte Weezer? Eles não estão meio decadentes, não?” Ele perguntou abaixando um pouco o volume.


 


 


 


“Eles são bons!” Falei rapidamente, eu só precisava sair dali.


 


 


 


Christopher sentou-se no sofá. Ele tinha um leve rubor no rosto, mas aquilo não parecia um semblante envergonhado.


 


 


 


“Uh, eu preciso trocar minhas roupas!”


 


 


 


Eu odiava com todas as fibras de meu ser aquela situação. Quando o ombro e pulso de Christopher ficariam bons? Era um pouco insalubre ter que tirar todos os dias a camisa dele.


 


 


 


“Claro.” Falei passando as mãos em meu cabelo. “Vai indo que eu logo chego.”


 


 


 


Antes de ir para o quarto passei na cozinha e bebi um pouco de água, eu estava com um calor absurdo.


 


 


 


Ele estava sentado na cama, ele parecia um pouco distante.


 


 


 


“Ei, qual roupa para hoje?” Perguntei já em frente ao armário.


 


 


 


“Qualquer uma.” Ele disse e se levantou. Ele nunca especificava nenhum tipo de roupa, tudo estava bom para ele.


 


 


 


Então eu fazia a pior parte, Ele me acompanhava, ele sabia a hora certa de levantar os braços e mover um pouco o corpo. A mim cabia, apenas, não ficar muito deslumbrada com seu peito despido, e tentar não deixar muito visível a curiosidade de saber onde mais ele tinha aquelas cicatrizes pequenas.


 


 


 


“Uh, você vai lavar meus cabelos, certo? Eu poderia fazê-lo sozinho, mas tem esses pontos...” Edward perguntou indo com a bermuda para o banheiro.


 


 


 


“Isso pode ser depois do almoço, não pode?” Perguntei apenas para ganhar um pouco de tempo.


 


 


 


“Quando você quiser, Dul.” Ele disse sobre os ombros.


 


 


 


Aquele quarto não estava me fazendo bem, rumei para cozinha a fim de preparar alguma coisa para Ele comer. Decidi por panquecas.


 


 


 


“Hmm, isto está com cheiro bom!” Ele disse puxando uma cadeira. “São panquecas?”


 


 


 


Não, são bolas de sorvete! Não vê a cobertura?


 


 


 


Rolei os olhos antes de responder.


 


 


 


“Espero que goste, quer tentar comer sozinho?”


 


 


 


“Apenas corte para mim, acho que não farei muita bagunça.” Ele respondeu concentrado no prato a sua frente.


 


 


 


Cortei tudo em pedaços pequenos, sentei-me ao lado dele


 


 


 


“Uh, você já pode comer.”


 


 


 


“Você nunca come, não é?” Ele perguntou antes de levar o garfo à boca.


 


 


 


Eu sorri com a pergunta. “Eu estou terminado com seu estoque de biscoitos recheados, os chocolates também estão acabando.” Admiti sem encará-lo.


 


 


 


“Você deveria se alimentar melhor!” Ele simplesmente colocou.


 


 


 


“Você não é o melhor exemplo de boa alimentação.” Retruquei sem soar muito grossa.


 


 


 


Christopher sorriu e me olhou.


 


 


 


“Dul, eu estou tomando sopas todos os dias, isso não é alimentação saudável?”


 


 


 


Eu achava engraçado e estranho o fato de sempre chegarmos a conversas aleatórias, e, por vezes, desnecessárias.


 


 


 


“Uh, já está um pouco tarde. O que pretende para o almoço?” Perguntei averiguando meu relógio. Quase meio dia.


 


 


 


O sorriso que se formou no rosto de Edward foi bonito, engraçado e fofinho?


 


 


 


“Dul, você deve melhorar sua oratória. Eu sou uma pessoa normal, não precisa me tratar como eu fosse uma celebridade!”


 


 


 


Senti todo meu sangue subindo para meu rosto, o calor também era intenso. Por que ele tinha que me constranger sempre?


 


 


 


“Vou trabalhar nisso.” Falei. Christopher apenas sorriu de novo.


 


(...)



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Autor(a): smileforvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:33:13

    o ultimo capitulo nao tem nada

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:54

    estou amando

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:44

    leitora nova

  • lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:26

    qual é o nome do livro que vc adaptuo a fic ?

  • keziavondy Postado em 19/11/2014 - 09:23:36

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCE VOLTOU... EU AMO VC, EU AMO ESSA FIC, EU TUDO AI CARA QUE EEMOÇÃO

  • bianca_sd Postado em 11/08/2014 - 16:40:05

    Você vai voltar a postar ou você abandonou??? POSTA MAIS!!!!

  • dyas Postado em 01/08/2014 - 15:18:39

    Abandonou?

  • kelly001 Postado em 24/07/2014 - 15:15:12

    também estou esperando que vc continue a postar... vamo lá galera: continua, continua, continua, continua, continua...

  • babar_slon Postado em 12/07/2014 - 18:34:41

    Você nunca mais voltou, você abandonou a web???

  • nandafofinha Postado em 11/07/2014 - 15:56:20

    To esperando vc voltar ate hoje


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