Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde

POV Dul

Minha cabeça iria explodir, era isso! Tentei tirar minha cabeça do travesseiro, mas além do peso, tinha alguém me prendendo àquela cama.

Esse alguém era Christopher. Ele estava com os braços em volta de minha cintura, e suas pernas estavam libidinosamente entre as minhas. Sem permissão, o nervosismo começou a tomar conta de mim.

Olhei para seu rosto, nada poderia ser mais pacífico. Christopher estava sem sua tradicional camisa de pijama e a calça de moletom estava baixa demais em sua cintura, a cueca era preta!

Meu maior erro foi olhar para o meu próprio corpo. Eu estava sem as minhas roupas, e vestida com as roupas de Christopher. O que aquela camisa do AC/DC estava fazendo em mim?

Eu queria me desvencilhar de Christopher e saber o que tinha acontecido. Pesquisei as últimas vinte e quatro horas em minha mente. Merda. Eu tinha bebido.

Eu me lembrava de Chrsitopher discutindo sobre quem pagaria nossas entradas, alguma coisa sobre tequila, e um abraço. O último parecia um borrão.

“Mmm.” Christopher ronronou perto de meu rosto, seus braços ficaram ainda mais firmes em minha cintura.

Eu não podia negar, Christopher era tão quentinho que dava vontade de ficar grudada nele o dia inteiro.

Christopher colou ainda mais nossos corpos, sua perna pressionou meu meio sem deliberação.

Que por.. ra é essa?

Eu precisava levantar-me, pois ficar ao lado de Chrsitopher não estava me fazendo bem e fazendo ter conclusões completamente tortas. Apenas um pensamento passava por minha mente. Christopher tinha me seduzindo.

O bastardo arrogante que dormia com a cabeça quase entre meus peitos tinha me embebedado e me levado para a cama.

Ótimo! E eu não me lembrava de um mísero detalhe! Como era o beijo daquele homem?

“Mmm.” Christopher disse novamente, ele abriu os olhos minimamente e se aconchegou mais a mim.

“Christopher?” Chamei baixinho. “Você está acordado?”

As mãos de Christopher entraram na minha camisa, bom, dentro da camisa dele. Num toque completamente firme e decidido, ele beliscou minha coxa.

“Christopher?” Chamei de novo. “Acorde, meu Deus!”

Ele rolou para o outro lado, desse modo consegui me soltar dele. Tentei me levantar, mas minha cabeça ainda doía e era impossível tirar o corpo do colchão.

Christopher voltou para ficar ao meu lado, ele me abraçou novamente. “Mmm.” Sua cabeça estava afundada entre nossos travesseiros.

“Christopher, sério, se você não abrir a porra do seu olho, eu juro que quebro sua cara!” Eu não faria nada daquilo, mas eu precisava assustá-lo de algum jeito.

E então ele me olhou. Os olhos verdes pareciam indecisos. “Bom dia?”

“Bom dia!” Falei rápido para ele.

Depois de dois segundos as bochechas de Christopher coraram, ele tinha sido arrebatado pela realidade. Ele desviou o olhar e olhou para nossos corpos descobertos pelo edredom. A velocidade que ele usou para pular da cama foi imensurável.

“Eu vou dar licença para você se trocar!” Ele disse atropelado, arrumou a cintura da calça e saiu pela porta.

Deixei minha cabeça mais uns minutos no travesseiro, eu precisava pensar. Eu nunca tinha vivido nada parecido. Eu não poderia ter transado com Christopher Uckermann.

Depois de muito esforço fiquei de pé. Meu corpo inteiro protestou. Fui para o banheiro. Evitei me olhar no espelho, eu sabia que meu estado era deplorável.

Meus pensamentos voaram para Christopher. Ele não poderia ter feito isso comigo. Ter me tocado enquanto eu estava apagada. Ele sabia tudo que tinha acontecido comigo, tudo que Thomas tinha feito. Ele não poderia fazer igual.

Eu sabia como tirar as conclusões certas. Joguei a camisa fina para o chão, junto dela, fora também a calcinha. Contra minha vontade, olhei-me no espelho.

Nada muito fora da realidade para quem dormiu com maquiagem. Procurei marcas suspeitas em meu corpo, nas coxas tinham duas marquinhas pequenas, eram de dedos possivelmente. No pescoço, marcas roxas se faziam presentes.

Oh meu Deus!

Vasculhei o banheiro, não tinha camisinha no lixo nem roupas minhas ou de Christopher no chão. Fui para o chuveiro, meu corpo doía, mas não era a dor que eu sentia depois das coisas que Thomas fazia comigo. Inspecionei meu centro, não doía nem tinha machucados.

Não demorei muito debaixo da água quente. Amaldiçoei-me quando percebi que não tinha trazido minhas roupas. Enrolei-me na toalha e segui para o quarto, passei a chave na porta e me troquei.

Eu sabia que eu deveria encarar Christopher, ele era quem poderia me esclarecer tudo, mas era inevitável, eu estava absurdamente com vergonha. Eu não poderia acreditar que nós tínhamos feito aquilo.

Caminhei com passos pequenos para a cozinha, Christopher mexia com alguma coisa no balcão. Ele ainda estava apenas com a calça de moletom.

Puxei uma cadeira, o barulho fez Ele me olhar. “Você demorou!”

“Preferi tomar banho!” Falei sem encará-lo.

“Sua cabeça está estourando, não está? Tem café forte e analgésico, se quiser.” Christopher disse também sem me olhar.

“A pior dor de cabeça de minha vida!” Falei e deitei minha cabeça na mesa.

“Coma alguma coisa, você bebeu muito ontem à noite!” A voz de Christopher veio cheia de preocupação.

Aquela conversa cheia de amenidades não nos levaria a lugar nenhum. “Hmm, Christopher, o que aconteceu entre mim e você?”