Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde

Capitulo dedicado as minhas queridas leitoras.. fanyyrbd vitoriacandys e keziavondy.

Garotas eu aumentei a letra, ou tentei, nao liguem sou um pouco lesada. Fico muito agradecida pelos comentarios de vcs, gostei muito de saber isso, mas não sou eu que escrevi a fic, é só uma adaptação, bom mais estou fazendo.. bjs.

POV Dulce

 A sensação era esmagadora. Em todos os sentidos. Tanto meu corpo quando minha mente estava exausto por causa de meu sonho, melhor, meu pesadelo de todas as noites.

Eu queria gritar e não conseguia, eu tentava correr e minhas pernas não me obedeciam, e eu ficava ali presa; presa numa cena e numa ameaça. A cena não me causava medo, pois eu já tinha a presenciado, mas a ameaça me dava calafrios, eu sabia que ela poderia ser tornar realidade a qualquer momento.

 “DULCE?” Senti a mão pequena de Anahí sacudindo meu corpo.

 Virei na cama entre os lençóis soltos, meu corpo ainda estava rígido por causa do pesadelo, passei a mão no rosto e não me surpreendi quando vi lágrimas molhando minha pele.

“Dul, já passou... Eu estou aqui com você... Nada te vai acontecer!” Ane secou meu rosto e me aninhou em seu colo.

“Eu não agüento mais! Eu preciso de paz!” Falei ainda chorando, o colo de Anahí era reconfortante. “Ali, eu não aguento mais viver com esse medo!”

Meu choro e o soluço iam cessando aos poucos, ainda era de madrugada e meus olhos fechavam contra minha vontade.

“Volte a dormir Dul, nada vai te fazer mal!” Ane me deitou na cama e me cobriu, a inconsciência já estava me tragando quando ouvi a porta sendo fechada sem barulho.

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Meu sono ignorava o despertador soando sem parar ao meu lado na cama, levantei sem ânimo e rumei para o banheiro. A água quente era um ótimo paliativo para a dor que consumia meus músculos.

Voltei para meu quarto, Anahí estava sentada na ponta de minha cama. “Bom dia!” Sua felicidade anormal encheu o cômodo.

“Bom dia!” Devolvi de um modo simpático mesmo esse não sendo meu real estado.

Abri meu armário sem saber o que usar, ser uma jornalista recém formada e sem jeito para se vestir era uma droga. “Eu já escolhi sua roupa!” Ane disse apontando para as peças que estavam em cima de minha cama.

“Você é a melhor amiga do mundo!” Eu disse sincera, ela tinha todos os motivos para esse título.

“Eu já sei dessa parte!” Ane disse divertida, seu humor era tão leve que aos poucos ia me contagiando.

Ela me ajudou com as roupas, eu trabalhava na redação de um jornal impresso de pouca visibilidade, uma calça jeans e uma camisa social e um bom salto era o suficiente para eu estar apresentável. Anahí teimava em me maquiar, eu não gostava de exageros. Ela passou um rímel e um blush e pra mim aquilo já era meu limite.

Enquanto ela me produzia levantei o assunto inevitável. “Gritei muito esta noite?”

Ane parou com os pinceis e me olhou com um olhar triste, não era pena, eu via um bocado de emoções nele, emoções bonitas. “Foi como todas as noites, não se preocupe, nada vai te acontecer, eu estou aqui com você!”

Ela sempre conseguia me arrancar uma lágrima quando dizia que tudo ficaria bem, suas palavras eram sinceras, mas eu tinha dificuldades em acreditar nelas.

Anahí tentava ao máximo me deixar para cima, ele sabia como ninguém da minha história e tinha participado de boa parte dela. Seu coração era de um tamanho imensurável, ela tinha me acolhido em seu apartamento, era ela quem me confortava em minhas crises noturnas, ela era minha amiga, minha irmã de coração e agora minha mãe.

“Obrigada Ane, não sei o que seria de mim sem você!” Sequei cuidadosamente a lágrima, e a abracei. “Obrigada por tudo!”

“Eu amo você, amiga! É mais que minha obrigação cuidar de você!” Ane apertou seus braços em volta de meu corpo.

“Também amo você, mas agora tenho que ir!” Peguei minha bolsa e joguei meu tablet e meu celular dentro, alguns textos para o jornal também fora colocados na enorme bolsa.

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O dia na redação do jornal foi tranqüilo, fiz meu trabalho e consegui um horário para almoçar com Ane, ela trabalhava numa revista conceituada e fazia parte do editorial de moda, não existia emprego mais perfeito para ela.

Nos encontramos num restaurante pacato, coisa rara em Nova Iorque. Anahí falava efusivamente da última noite que passou com Poncho, eu fingia que ouvia os detalhes sórdidos.

“Desculpe Dul, sei que você não gosta desses assuntos...” Ane pediu envergonhada.

Ignorei seu deslize. “Relaxa Ane, então vocês estão firme mesmo?” Tirei o assunto da conotação sexual.

Eles estavam juntos a pouco mais de um mês, mas tudo levava a crê que eles seriam um casal perfeito. “Hãn... Eu gosto dele de verdade, eu acho que ele vai me pedir em namoro esta noite!” Ane falou com um tom ainda mais feliz.

“Sério? Isso é magnífico!” Eu disse realmente contente por ela.

“Ele até pediu folga no batalhão, e me convidou pra jantar em seu apartamento!” Ela disse mergulhada em pensamentos.

“Você não vai dormir em casa.” A afirmação saiu um pouco desesperada de minha boca. Ane sempre dispensava as noites com Poncho para que eu dormisse um pouco mais tranquila e isso me deixava mal, afinal Ane tinha uma vida e eu não podia roubar todo seu tempo.

“Eu já pensei nisso, mas amanhã é sua folga então você pode sair esta noite para dançar, algum show... Quando eu chegar em casa eu te ligo.” Ela sugeriu em expectativa.

“Eu vou ficar em casa mesmo, eu preciso enfrentar esse pesadelo idiota!” Falei terminando minha refeição.

Anahí não fez réplica, ela sabia que eu precisava disso. O resto do almoço passou rápido, nos entupimos de pudim como sobremesa.