Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde
POV Dul
Não sei quantas voltas eu dei para ver aquele vestido de cada ângulo. Eu estava um pouco maravilhada com a qualidade do tecido e com a intensidade da cor.
Eu corava a cada vez que eu olhava minhas costas despidas. O decote terminava muito embaixo, era quase indecente. Melhor, o vestido era indecente e ponto! Imaginei Alexandra comprando-o.
O sapato nude e formidavelmente alto era uma preciosidade. Caminhei um pouco pelo quarto, eu queria dar piruetas de alegria.
Alice poderia ficar com raiva, mas aquele estava sendo o final de semana mais feliz de minha vida. Ou de parte dela pelo menos.
Sentei-me na cama e ponderei sobre trocar de roupa, eu queria que Christopher me visse com aquela roupa e que, principalmente, ele soltasse um elogio bobo para mim.
Eu podia ouvi-lo conversando com Alexandra no andar de baixo. Não dava para entender nada, mas eles pareciam atentos, não exaltados. Um medo bobo me ocorreu, pedi internamente que eles não estivessem falando de mim, comentando o quão horrível eu era como hóspede.
Quando o primeiro andar ficou em silêncio decidi trocar minhas roupas, vesti o pijama. Sabia que Christopher logo viria tomar banho e pegar o travesseiro e o lençol para forjar sua noite no sofá da sala.
Os minutos se passaram e ele não subiu, pensei sozinha sobre o que ele estaria fazendo no andar de baixo.
Caminhei sem direção pelo quarto, inspecionei novamente as fotos de Christopher e todos os livros organizados por assunto nas prateleiras.
A noite estava quente. Era um calor que não incomodava, era agradavelmente bem vindo. Segui para a pequena sacada do quarto, a cadeira parecia um pouco velha, mas sentei-me mesmo assim.
Eu sorri um pouco preocupada quando ouvi um pequeno rangido. Levantei-me antes que eu me esborrachasse no chão. Como um grande pudim!
Duas coisas roubaram minha atenção. A primeira fora o reflexo da lua na água da piscina. A segunda, a mais bonita e a mais preocupante foi ver Christopher parado como uma estátua na borda da piscina.
Christopher estava indeciso, isso poderia ser inferido por qualquer um. Estava claro. Encostei meu corpo no parapeito querendo me ater a cada detalhe dele.
Poderia dizer que ele estava um pouco nervoso também. Christopher, às vezes, era fácil de ser lido. Os olhos fixos na água me diziam que ele queria um tempo sozinho, um tempo para pensar.
Depois de não sei quanto tempo, Christopher puxou para fora as camisas que usava. As roupas ficaram jogadas na borda, formando um pequeno amontoado. Ele observou a água por um breve instante. E depois se jogou.
Por que ele não tirou a bermuda? Por que ele não ficou nu?
O barulho me assustou a principio, depois, foi como ter uma ótima visão. Christopher não era como um golfinho nadando, não era doce nem calmo, muito menos, pacífico. Era como um tubarão; nervoso, inquieto e feroz. Naquele momento, minha inclinação para coisas doces e fofas se esvaiu por completo. Nada parecia mais emocionante e convidativo que aquele homem cortando o espelho d’água sem nenhum tipo de cuidado.
Sem medir as conseqüências, decidi descer e ver aquilo de perto. Ir de pijamas seria completamente idiota. Vestir novamente o vestido indecente e azul também não era uma decisão sábia. Vasculhei minha mala a procura de alguma coisa condizente, quis matar-me por não ter trazido os biquínis. No fim, entrei em um short e em uma regata preta. Olhei-me no espelho, meus peitos estava muito a mostra e camisa preta não fazia nada para escondê-los. Olhei de novo e de novo, tomei coragem e sai pela porta.
Quando eu cheguei ao jardim o medo me tomou, afinal Christopher parecia não querer companhia. E, intimamente, eu sabia que eu era a culpada por aquele comportamento completamente estranho.
As braçadas de Christopher deixavam como conseqüência respingos por todo chão coberto por lajotas. Ele estava completamente absorto, pois não percebeu minha chegada, nem o balançar calmo de meus pés dentro d’água.
Esse era um dos grandes problemas em não saber nadar, a água estava quentinha e convidativa. Contive-me em ter apenas meus pés dentro da piscina, sabia que ela era demasiada funda.
Christopher era um exímio nadador. A postura, a respiração padronizada, os movimentos. Tudo gritava: eu sei perfeitamente o que eu estou fazendo!
E, em um ato completamente repentino, ele cessou os movimentos, parando de costas para mim. A posição me evidenciava o quão largos eram os ombros dele.
Christopher pairou as mãos sobre a água, eu observei as ondinhas que quebravam ao entrar em contado com o corpo tonificado.
“Atrapalho?” Perguntei alto demais e um tanto desesperada por atenção.
Christopher virou-se lentamente, quase procurando a origem do chamado. “Dul?” Ela disse completamente incerto. Eu ignorei minhas reações idiotas quando Christopher correu os dedos pelos cabelos.
“Você nada bem!” Eu coloquei superficialmente, aquilo não daria certo. Eu nunca deveria ter saído daquele quarto.
Christopher deu pequenas braçadas para chegar à borda onde eu estava. Ele parou na minha frente, eu via seus pés tocando o fundo da piscina. “Quer entrar?”
O pedido saiu calmo de seus lábios, ainda assim eu sabia que ele estava nervoso por alguma coisa. “Eu não sei nadar!”
Christopher riu baixinho e depois me encarou ainda divertido. Ele estava desconhecidamente bonito. “Você não é a garota que já foi ao Havaí, que adora sol e praia?”
Senti minhas bochechas esquentando. “Eu sempre fico tomando sol, ou nas partes rasas, ou melhor, onde a água cobre apenas meus calcanhares!”
Christopher, delicadamente, pegou meus calcanhares. Ele aplicou a força certa, contornou mais um pouco e subiu para o meu tornozelo. “Eu te seguro, Dul!”
Eu estava muito concentrada no pequeno carinho, as palavras de Christopher demoraram a ser processadas. “Eu não tenho roupas de banho!” Perguntei-me o motivo para eu protelar minha entrada naquela piscina. Aquilo era o que eu mais queria.
Ele subiu o rosto para deixar seus olhos nos meus. As carícias continuaram em meus pés. Era bom e estranho saber que Christopher tinha os olhos só para mim naquele momento. O verde Alexandraralda brilhava timidamente quando encontrava o marrom sem graça.
Quando os dedos de Christopher subiram para minha panturrilha soube que ele me tinha nas mãos, eu simplAlexandrante adorava quando ele tocava a pele da região. Ele, pelo jeito, sabia do meu ponto fraco. Os círculos calmos e castos faziam minha pele queimar.
“Apenas me faça companhia!” Christopher pediu sorrindo, as gotinhas de água desceram por seu pescoço e ombros.
“Uh, eu vou descer as escadas, espere um instante!” Falei rendida. Quando eu ia me levantar para contornar a piscina, Christopher, atrevidamente, me puxou para dentro d’água.
O contato repentino fez meu corpo tremer e os pelos se eriçarem. “Christopher!” Eu falei com falsa indignação.
Como prometido, Christopher tinha as mãos firmes em minha cintura, o toque era completo. Eu sentia cada pedaço do par de mãos pressionado contra meu corpo. A sensação era de outro mundo.
“Eu não iria deixar você escolher o jeito mais sem graça de se entrar numa piscina!” Christopher disse triunfante, o sorriso idiota tomando metade da face.
Eu apenas sorri em resposta. Deleitei-me pelo contato com a água, minhas roupas já estavam encharcadas. A camisa estava completamente colada em meu corpo. Meu cabelo, por sorte, estava preso no alto.
Christopher não nos moveu. Minhas costas estavam quase rentes a parede da piscina, e meu corpo, libidinosamente perto do corpo de Christopher.
Timidamente deixei minhas mãos nos ombros largos, pensei em acarinhá-lo, mas logo joguei essa ideia para fora. Apenas ficamos ali, tarde da noite dentro de uma piscina.
As marolas quebravam ao nosso redor, a luz fraca da lua deixava tudo mais mágico, eu diria. Não me importei quando Christopher ficou tempo demais me encarando, tudo valia a pena quando ele me dava seu melhor sorriso. A distância era encurtada aos poucos, não demorou em eu estar com a cabeça apoiada no ombro de Christopher e em as mãos dele estarem subindo e descendo por meus lados.
Eu queria falar alguma inteligente ou dizer o quanto eu estava gostando da situação, mas nada se formava em minha mente. E mesmo se formasse, preferi não verbalizar. Minha voz estrangulada e nervosa tiraria todo encanto da noite.
Afundei minha cabeça na curva do pescoço de Christopher, vi a barba querendo crescer, as pintinhas charmosas. A respiração dele não estava regular, mas também não estava acelerada como a minha. Ele ainda estava nervoso.
“Por que está nervoso?” Perguntei sussurrando, eu não tinha certeza se ele tinha me ouvido.
“Eu não estou!” Ele disse igualmente baixo.
Pensei antes de prosseguir, ele não tinha um tom nervoso nem raivoso. “Um pouquinho irritado?”
Christopher riu baixinho, era um som gostoso de ser ouvido. “Um pouquinho talvez!”
“Irritado comigo?” Fiz a pergunta com medo, a resposta demorou a vir.
Uma mão que estava firme em minha cintura subiu por minhas costas. Eu suspirei baixinho quando Christopher brincou com os cabelinhos de minha nuca, e arfei em surpresa quando ele soltou meus cabelos, os dedos dançaram entre meus fios. “Você nunca me irrita, Dul!”
As palavras não vieram, meu coração batia desenfreado. “Nunca?” Falei num fio de voz. “Eu tenho a sensação que você sempre fica nervoso pelas coisas que eu faço!”
O toque em meus cabelos intensificou. “Está enganada então!”
Deitei minha cabeça em seu ombro. “Eu sabia que não seria uma boa ideia vim para Chicago.”
“Por que fala isso?” Christopher voltou com a mão para minhas costas. Foi impossível não arfar quando ele colou ainda mais nossos corpos.
“Você sempre acaba irritado, e eu sei que a culpa é minha!” Falei contra a pele de seu ombro. Eu queria lamber ou beijar as pequenas gotas de água.
“Não fale mais isso, eu não estou irritado com você!” A voz de Christopher saiu firme, mas ainda assim, incrivelmente doce e melodiosa.
Corri meus dedos pela pele do pescoço de Christopher, eu fiquei grata quando vi os pelos arrepiando. “Não foi certo eu ter vindo!”
“Dul, olhe para mim!” Christopher pediu em um tom desconhecido.
Subi meu rosto para encontrar com o dele. Os olhos verdes fuzilaram os meus, eu via tudo neles. Eu vi o pequeno sorriso se formando nos lábios finos, eu vi ele puxando meu corpo até meu peito estar colando ao peito dele, vi ele arfando, vi um pouco de vergonha também.
“Não existe nada mais certo que eu e você!” Christopher disse baixinho, quase sussurrando.
O calor veio ligeiro para o meu rosto, as palavras ecoaram nos confins de minha mente, eu só queria registrar cada momento daquilo.
O primeiro roçar de lábios foi tão inesperado quanto à fala. Fora calmo e doce, os lábios de Christopher dançaram timidamente sobre os meus, mal tocando. Eu estava em frenesi, não poderia acreditar que aquilo estava acontecendo.
Christopher tirou o par de lábios macios dos meus. O sorriso baixo fez-me olhá-lo, e ele estava tão bonito. O leve tom rubro cobrindo as bochechas e sorriso fácil. Incrivelmente bonito.
Meus olhos cruzaram rapidamente com os dele. Pequenos fogos de artifício estouraram dentro de mim. Quando Christopher inclinou para minha direção meu coração perdeu uma batida. Eu só conseguia me concentrar nas ações de Christopher e repeti-las.
Christopher desceu a mão para minha cintura, a outra estava agradavelmente parada em meu quadril. Ele umedeceu os lábios timidamente, me convidando a fazer o mesmo. Eu tinha plena consciência que meus olhos estavam fixos na boca de Christopher.
Estávamos tão perto! A respiração de Christopher era ritmada, o hálito soprava em meu rosto como um pequeno tornado. Meus olhos já estavam fechados há tempos, eu só esperava o contato.
E foi como sentir meu corpo formigando, os lábios de Christopher capturaram os meus. Um belo sequestro. As mãos firmes deixaram nossos corpos mais juntos, Christopher deixou seus lábios nos meus, ele fazia um reconhecimento minucioso.
Ele não tinha pressa. Roçou um par de vezes seus lábios nos meus, traçou o caminho de minha mandíbula, deixou selinhos rápidos em minha boca. Eu sabia que eu deveria mostrar um pouco mais de presença, mas era impossível ordenar qualquer coisa para meu corpo.
Christopher subiu a mão por minhas costas e depois a afundou em meus cabelos, quando ele, gentilmente, puxou minha cabeça em direção a da dele descobri que eu deveria dar o meu melhor para nós dois.
Peguei o lábio inferior de Christopher com os meus, tudo parecia incrível e certo. A textura, o gosto. Suguei devagarzinho, sentindo cada pedaço de pele. Christopher fazia o mesmo, ele aplicava a pressão certa, o ritmo certo. Minhas mãos massagearam o pescoço delicadamente.
Gradualmente, Christopher e eu descobrimos o ritmo. O beijo de lábios estava cada vez mais explorador, ora Christopher sugava mais avidamente, ora ele pegava meu lábio entre seus dentes. Eu arfava a cada toque, era necessário eu me agarrar a Christopher, pois eu sabia que meu corpo estava mais mole que tudo.
Os sons baixos de Christopher me diziam que eu estava no caminho certo. Brinquei um pouco mais com os lábios finos, suguei e mordi timidamente.
Quando minhas costas se chocaram com a parede da piscina agradeci mentalmente, daquele modo eu ficava mais segura e com as mãos livres. Aproveitei para fazer o que eu mais gostava. Afundei, sem muitos cuidados, minhas nos fios molhados e dourados de Christopher.
Como resposta, Christopher entreabriu delicadamente os lábios, a língua morna traçou meus lábios. Fiz o mesmo, parti meus lábios para recebê-la. E quando a língua macia de Christopher cruzou com a minha, meu estômago se preencheu de borboletas, gafanhotos e todos os outros insetos, minhas pernas tremeram e pareciam partes alheias de meu corpo. Tinha tudo. Tinha borboletas no estômago e pernas bambas. Era um beijo completo.
Christopher sabia exatamente o que fazer, deixei-me ser conduzida. A língua de Christopher brincou com a minha, as batidinhas fizeram meu corpo tremer de um jeito gostoso. Meu rosto queimava, mas nada parecia importar. Suguei a língua de Christopher, demorando muito no final. O pequeno arfar me fez sentir vitoriosa.
Nossas línguas se pareciam velhas conhecidas, as mordidas de Christopher faziam meu corpo pegar fogo, as chupadinhas, as brincadeiras atrevidas. Tudo me fazia querer grudar meu corpo no de Christopher.
Christopher desacelerou o ritmo de nossos lábios, o oxigênio fez se necessário. Eu apenas não queria perder o contato, então deixei beijos calmos por toda extensão de sua mandíbula.
Eu não queria abrir meus olhos, era um misto de vergonha e nervosismo. A testa de Christopher descansou na minha, ele tinha respiração menos regular.
Eu tremi por antecipação quando ele voltou os lábios para os meus, ainda existia a delicadeza, mas existia, principalmente, a vontade.
Christopher tomou meus lábios novamente, ele explorou cada pedacinho de minha língua. Eu gostava do barulho de nossas línguas lutando por espaço, eu gostava de quão molhado nosso beijo era. Não era molhado demais, nem seco. Era na medida.
As mãos de Christopher entraram em minha camisa, ele dedilhou minha barriga, nunca subindo demais. Eu ri baixinho quando Christopher passou a mão em minha bunda.
“Rindo de que?” Christopher perguntou abafado sobre minha boca. Eu me assustei por perceber que nós não tínhamos falado mais nada.
“Nada!” Eu disse baixinho e puxei seu lábio com meus dentes. Christopher me deixou no controle do beijo. Ele explorava meu corpo com as mãos experientes.
O par de mãos fazia milagres; eu estava perfeitamente segura, sem risco de morrer afogada e sendo tocada de um jeito extremamente quente. Christopher ainda estava sendo educado, pois ele não me apertou do jeito que eu queria, eu ficaria feliz se ele deixasse suas marcas em mim.
O fato de estarmos na água deixava tudo mais gostoso. Os corpos estavam leves e a própria água tornava a atmosfera mais excitante.
Dedilhei a barriga de Christopher, os gominhos pequenos eram uma tentação. Era bom saber que ele não era uma bola de pelos. Subi e desci minha mão, sem saber qual era o meu limite.
A boca de Christopher desceu para meu pescoço, os lábios fizeram um caminho de fogo até minha clavícula. Os beijos se tornaram molhados e absurdamente quentes.
Segurei-me para não gemer ou gritar como uma adolescente, mas era sabido que eu já estava explodindo por dentro. Era fácil interpretar os sinais de meu corpo, nem mesmo água tinha disfarçado minha umidade, eu sentia meus peitos intumescidos pedindo por algum tipo de contato.
A fricção era uma vontade bilateral, Christopher chocou sua pélvis contra a minha. Eu arfei quando senti o volume pressionando meu meio.
Cruzei minhas pernas no quadril de Christopher. Nossos centros dançavam um contra o outro. O fogo apenas crescia dentro de mim. E eu gemi debilmente, completamente rendida.
Christopher tomou meus lábios mais uma vez, agora, ele tinha sido forte e lento. A combinação era perfeita.
Terminamos sem fôlego, os lábios de Christopher estavam vermelhos e inchados, os meus estariam da mesma forma. Deitei minha cabeça no ombro de Christopher, os pensamentos estavam longe.
“A água está fria!” Falei baixinho, meus dedos desenhavam o contorno do ombro de Christopher.
“Vamos sair!” Christopher me pegou pela cintura e me colocou na borda da piscina, três segundos depois ele também já tinha saído.
Levantei-me completamente inebriada, tive que puxar no fundo de minha mente como se fazia para dar passos. Christopher sorriu baixinho.
“Nós vamos molhar sua casa!” Eu disse quando Christopher abriu a porta da sala.
“Minha mãe já está acostumada!” Christopher riu para mim. Nós entramos sem fazer barulho, apenas deixando marcas de pés.
Quando chegamos ao quarto de Christopher, nós nos olhamos sem saber o que fazer. Nossas roupas estavam pingando e ambos precisavam de banho.
“Pode tomar banho primeiro, eu espero!” Christopher disse parado no meio do quarto. Meu olhar se perdeu na bermuda caindo por seu quadril por causa do peso da água.
“Eu não demoro!” Meu tom saiu nervoso e incerto. Peguei minha bolsa e corri literalmente para o banheiro.
Enquanto eu tomava meu banho deixei meu cérebro processar tudo o que tinha acontecido. Eu tinha beijado Christopher. E não tinha sido um mero beijo, fora um beijo de verdade. Longo e quente.
A água quente salpicava contra minhas costas, pensei em Christopher que estava há poucos metros de distância. O que ele estaria pensando, ele estava tão feliz quanto eu?
Encarei-me no espelho e depois encarei minha mala. Infernos, eu estava odiando aquela mala e toda minha escolha infeliz de roupas. Primeiro eu deveria sabe quais eram os planos de Christopher. Ele tinha me beijado e parecia ter gostado. Então, o que vestir?
Não que eu tivesse cogitado sair de calcinha e sutiã, mas nada parecia ser bom o suficiente. Pensei sobre o vestido azul, mas logo me senti uma completa idiota. Decidi-me pelo óbvio, vesti meu pijama. Christopher sempre me via de pijamas!
Escovei meus dentes avidamente, coloquei meus cabelos presos em um coque, escovei meus dentes de novo e sai do banheiro.
Christopher estava encostado na porta, ele tinha tirado a bermuda e colocado uma calça de moletom. “Banheiro livre, Christopher!”
Ele passou rapidamente por mim, um sorriso pequeno foi deixado no trajeto. Deixei meu corpo cair na cama, perguntei-me o motivo de eu estar sorrindo como uma boba.
Quando Christopher voltou para o quarto não deixei a ansiedade me tomar, muito menos, o medo. Ele poderia escolher pegar o travesseiro e dormir no sofá, ou me beijar pelas próximas horas, ou me beijar e dormir comigo.
Levantei-me da cama, troquei a cada dois segundos o peso entre meus pés. Eu queria saber interpretar o olhar que Christopher me lançava.
Ele caminhou lentamente para mim, o cabelo estava úmido e caia pela testa. O simples fato de ele estar sem camisa fez meu corpo esquentar do melhor jeito que existia.
“Eu deveria descer!” Christopher disse a um passo de distância
Tentei não soar desesperada. “Você pode ficar um pouco, claro, se você quiser!”
Christopher diminuiu a distância entre nós. O toque polido de sua mão em minha cintura fez minha pele formigar e pedir por mais e mais. “Eu quero, Dul!”
Um sorriso grande tomou conta de meu rosto, era inevitável não tocar o corpo de Christopher. Subi minhas mãos para enlaçar-lhe o pescoço.
Os olhos de Christopher estavam fixos em mim, ele riu baixinho antes de me beijar. Não tinha sido delicado como o primeiro beijo, nem afoito e explorador. Estava sendo lento, quente e um tanto inovador.
Christopher ditou nosso ritmo, ele gostava de beijar devagar, era fácil perceber. Fiquei contente por termos os mesmos gostos. Por combinarmos.
Nossas línguas brincavam dentro de nossas bocas, brincavam de um modo indecente. Christopher mordia levemente a pontinha de minha língua e eu decidi fazer o mesmo com a dele. Os arfados baixo saindo pelos lábios de Christopher eram música para meus ouvidos.
Mal percebi que Christopher tinha nos movido até minhas costas baterem levemente contra a parede do quarto. Eu estava concentrada demais no beijo para observar qualquer coisa ao meu redor.
Christopher subia as mãos por meus lados, eu suspirava quando ele deixava sua mão brincando com a pele de minhas costelas e barriga. Eu ri baixinho quando percebi que ele também tinha escovado os dentes.
“É gostoso fazer isso escondido!” Christopher disse traçando uma linha perigosa para meu ouvido. Quando ele mordeu meu lóbulo minhas pernas bambearam como duas varas verdes.
“Isso é sobre o fato de você estar me beijando enquanto seus pais dormem ao quarto ao lado?” Falei atropelado, peguei seus lábios antes que ele me respondesse.
“Basicamente!” Christopher respondeu-me sorrindo e, depois, me beijando. “Você deveria se sentir culpada.”
“Eu não me sinto nenhum pouco culpada, Christopher!” Colei meu corpo ao corpo másculo de Christopher.
Ele riu de um jeito gostoso, o beijo que se seguiu foi como uma doce surpresa. Lábios e língua de Christopher dançaram libidinosamente contra minha boca, ele me apertava contra a parede, nossas pélvis se chocavam a cada movimento. Eu adorava sentir o quão excitado Christopher estava.
Para minha completa felicidade, Christopher ergueu minhas pernas em seu quadril. Naquela posição eu sentia cada pedaço do comprimento de Christopher me tocando. A boca dele desceu para o meu pescoço, eu gemia e amolecia a cada sugada que Christopher deixava em minha pele.
Instintivamente joguei meu quadril contra o membro de Christopher, nós dois trememos juntos. Ele fez com que eu repetisse o movimento um par de vezes. Não sei se Christopher tentou ser discreto, mas eu sorri internamente quando ele apalpou de leve minha bunda.
Repentinamente senti minhas costas contra o colchão macio, Christopher me colocou na cama e deu a volta para se deitar ao meu lado.
Tinha acabado?
Não era justo ele me deixar naquele estado. Completamente quente. Virei meu rosto para encontrar o rosto de Christopher. Ele estava corado e com uma fina camada de suor cobrindo-lhe a face.
Timidamente, aproximei nossos rostos. Quando minha boca roçou contra a dele decidi que nossa noite não terminaria naquele momento.
Estar deitados facilitava muita coisa, era mais fácil tocar, passar a mão. Christopher recebeu meus lábios de bom grado. Nós beijamos tranquilamente, apenas nossos lábios trabalhando. Minhas mãos vagaram pelos ombros e barriga de Christopher, eu ganhava gemidos baixos. Christopher também sabia o que fazer, ele puxou minha perna para cima das suas. A mão grande e firme massageou minha coxa, e subia lentamente para meu bumbum, tudo por baixo do tecido fino do pijama.
Christopher aplicou um pouquinho de força, ele deveria saber que ele poderia usar toda a força que tinha. Eu queria força e avidez.
Segui com minha boca para o pescoço de Christopher. Eu mordi a pele timidamente, a mão de Christopher tornou-se mais lasciva em minha perna. Mordi de novo e de novo até eu consegui a força que eu queria em suas mãos.
“Malvada!” Christopher disse contra minha boca, ele estava completamente rendido. O tom era de uma rouquidão desconhecida.
Eu apenas sorri para ele. Eu queria muito mais daquilo, mais da umidade em meu meio, mais do calor em meu baixo ventre.
Girei meu corpo para me sentar na cintura de Christopher, eu sabia que ele iria me impedir. “Não faça isso, baby!”
As quatro letras saíram abafadas, porém doces. Eu registrei cada pedaço do pequeno apelido. Meu corpo caiu sobre o de Christopher timidamente.
Christopher afagou minhas costas ternamente, massageou um pouco de minha nuca também. “Nós precisamos dormir!”
“Precisamos?” Falei contra seu peito nu.
Uma risada baixa ecoou no quarto. “Precisamos, Dul!”
Suspirei baixinho e rolei para o lado, Christopher me enlaçou pela cintura. “Boa noite!”
“Boa noite!” Falei baixinho, fui surpreendida por um leve encostar de lábios.
(...)
Quando abri meus olhos encontrei um par de Alexandraraldas em fitando. Christopher sorria timidamente.
As lembranças dançaram em minha cabeça. Aquilo tinha sido real? Eu tinha beijado Christopher?
“Bom dia, Dul!” Ele disse baixo e me encarando.
“Bom dia?” Eu disse incerta. Christopher tocou minha bochecha delicadamente e sorriu.
Sentei-me na cama, observei minhas roupas amassadas e por reflexo, corei. Christopher seguiu meu olhar e sorriu um pouquinho também. Eu queria beijá-lo mais.
Christopher parecia querer o mesmo, ele inclinou o rosto para o meu. Nossos lábios quase se tocando.
“Eu acabei de acordar!” Falei envergonhada, meu hálito mataria Christopher.
“Eu também!” Ele disse antes de afagar minha bochecha e bicar delicadamente meus lábios.
O beijo acabou cedo demais. “Algum problema sobre pegar estrada depois do café? Nós temos que trabalhar amanhã, não podemos chegar tarde!”
“Parece bom para mim! Vou organizar minhas coisas!” Falei e sai da cama. Ouvi os passos de Christopher descendo as escadas.
Peguei minhas coisas e joguei de qualquer jeito dentro da mala. Arrumei a cama de Christopher, tomei banho e vesti um par de roupas limpas.
Desci a escada sem fazer barulho, Christopher conversava alguma coisa com Alexandra e Victor.
“Bom dia, querida!” Alexandra afagou meu ombro delicadamente. “Estou tentando convencer Christopher a viajar mais tarde.”
“Mãe, nós precisamos ir!” Christopher disse amavelmente também.
“Uh, foi ótimo ficar aqui, mas a viagem é longa!” Falei atropelado.
“Pelo jeito eu não vou consegui convencer vocês, então venham tomar café!” Alexandra disse e caminhou para a cozinha.
Comemos falando amenidades, eu sentia minha bochecha queimando cada vez que eu olhava para Christopher. Ele apenas sorria calmamente.
Quando Christopher subiu para tomar banho, acompanhei-o. Ele pegou um par de roupas e foi para o banheiro, eu contei dez minutos no relógio e ele voltou.
“Vou colocar essas caixas no carro!” Christopher disse apontando para as caixas cheias de roupas de inverno.
Ele desceu e subiu algumas vezes. Quando as caixas acabaram ele me olhou docemente. “Pronta para ir?”
Eu não queria ir embora, não queria encarar Nova Iorque, voltar para o meu apartamento. Era fácil listar as desvantagens. “Uhum!” Saiu baixinho.
Christopher trancou a porta atrás de nós. Eu teria boas lembranças daquele quarto. Soltei um gritinho baixo quando Christopher virou-se para mim e me encostou minhas costas na porta.
O que ele iria fazer?
Ele sorriu para o meu susto. Os lábios capturaram os meus, e as mãos vagaram por minha cintura. “Seus pais, Christopher!” Tentei adverti-lo, fora completamente em vão.
“Um pouquinho de perigo, Dul!” Ele disse sobre meus lábios.
Eu ri bobamente para ele. Christopher era uma graça quando idiota. “É melhor irmos!”
Eu não gostava de despedidas. Abracei calorosamente Alexandra e Victor. Palavras doces e pedidos de outras visitas foram ditos para mim.
“Quer que eu dirija um pouco?” Perguntei assim que Christopher deu partida.
“Eu acho que aguento sozinho!” Christopher disse sorrindo, sua mão pousada sobre a minha.
Eu tinha mil perguntas em minha mente, elas pareciam sair sem minha permissão a qualquer momento. Eu queria saber o que significava o sorriso manso de Christopher, o olhar calmo que ele me dava.
O percurso foi feito, na maioria, em silêncio. O rádio embalou o final da manhã e toda à tarde.
Quando passamos em frente à lanchonete no meio do nada, foi impossível não parar e comer alguma coisa.
“Traz aquele Milk Shake para mim?” Pedi quando Christopher saiu do carro.
Eu ri sozinha quando ele voltou com dois copos, um para mim e outro para ele. “Eu trouxe de chocolate para você!”
Bebi o líquido meio esfomeada, terminei completamente satisfeita. “Céus, isso é muito bom!”
Christopher riu para mim com os olhos cerrados. Sem levantar suspeitas, ele pegou meu rosto com suas mãos. Mordi meu lábio por antecipação, eu queria beijá-lo até Nova Iorque.
O beijo foi gelado e com gosto de chocolate e caramelo. Não sei como, fui parar sentada no colo de Christopher. Ele afagava toda extensão de minhas costas delicadamente.
(...)
Quando vi a cidade de Nova Iorque se formando soltei um suspiro pesado. Era o fim.
A grande confirmação veio quando Christopher apertou o botão quatro no elevador, eu já tinha me acostumado a apertar o dezesseis. A porta se abriu em nossa frente. Christopher não hesitou em sair também.
Procurei por minhas chaves na bolsa. Eu não queria me despedir de Christopher. Não tão cedo.
Encontrei-as no fundo da bolsa, subi meu rosto para encontrar um Christopher ansioso.
“Obrigada pelo fim de semana, Christopher!” Falei baixinho.
Christopher deu um passo para minha direção, ele não tirava os olhos dos meus. “Obrigado você, Dul!”
“Eu preciso entrar!” Minha voz evidenciou minha inquietação.
“Espere, Dul. Uh, o fim de semana foi ótimo por que você estava comigo, eu gostei de verdade!” Christopher inclinou o rosto para o meu.
Nessas horas eu percebia o quão alto ele era. Eu quase fiquei na ponta dos pés. “Eu também gostei!”
Christopher traçou minha bochecha com as pontas dos dedos, minha pele queimou de um jeito bom. “Eu gostei de todas as partes!” Ele disse antes de me beijar.
O contato foi rápido, porém intenso. “Hmm, você é tão alto!” Deixei escapar debilmente.
“Vou trabalhar nisso!” Christopher me beijou mais uma vez, outra, e outra.
“Eu vou te ver essa semana?” Minha pergunta saiu abafada, meu rosto queimou pela vergonha.
“Uh, vou trabalhar durante a noite. Nossos horários não vão bater!” Ele disse, a voz beirou a decepção.
“Sexta eu tenho a tarde livre...” Soltei simplAlexandrante, pedi que ele entendesse meu ponto.
“Podemos marcar alguma coisa!” Ele disse sorrindo.
Isso, Christopher!
“Você tem meu número, ligue-me!” Deixei aquilo nas mãos dele.
“Farei isso então!” Ele afagou novamente meu rosto. “Eu preciso subir!”
“Uh, claro!” Falei sem vontade. “Seja cuidadoso trabalhando a noite, sim?”
“Obrigado pela preocupação, Dul!” Christopher disse perto de meu rosto, um beijo casto foi dado.
Abri a porta de meu apartamento completamente zonza. Tinha sido tão mágico e tão real ao mesmo tempo.
Joguei-me no sofá ainda absorta. Eu sabia que aquilo não era um namoro, não mesmo. Também não era apenas amizade. Por hora, eu não queria classificar minha relação com Christopher. Naquele momento, eu estava disposta a tentar. Tentar fazer valer a pena, tentar desvendar cada faceta de Christopher. Descobrir qual era seu livro preferido, descobrir quais são seus medos. Descobrir cada pedacinho dele, seja ele físico, emocional ou intelectual. Eu apenas queria tentar. Tentar tudo com ele.
Continua...
Autor(a): smileforvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 108
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:33:13
o ultimo capitulo nao tem nada
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:54
estou amando
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:44
leitora nova
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:26
qual é o nome do livro que vc adaptuo a fic ?
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keziavondy Postado em 19/11/2014 - 09:23:36
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCE VOLTOU... EU AMO VC, EU AMO ESSA FIC, EU TUDO AI CARA QUE EEMOÇÃO
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bianca_sd Postado em 11/08/2014 - 16:40:05
Você vai voltar a postar ou você abandonou??? POSTA MAIS!!!!
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dyas Postado em 01/08/2014 - 15:18:39
Abandonou?
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kelly001 Postado em 24/07/2014 - 15:15:12
também estou esperando que vc continue a postar... vamo lá galera: continua, continua, continua, continua, continua...
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babar_slon Postado em 12/07/2014 - 18:34:41
Você nunca mais voltou, você abandonou a web???
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nandafofinha Postado em 11/07/2014 - 15:56:20
To esperando vc voltar ate hoje