Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde
POV Christopher
Eu sabia que eu deveria me levantar, o sol que entrava timidamente pela cortina queimava minhas costas. O relógio marcava dez da manhã.
O espaço ao meu lado estava vazio, corri a mão pelo lençol amassado até me certificar que, realmente e infelizmente, Dul não estava mais em minha cama. Rolei para o lado que pertencia a ela. Afundei meu rosto no travesseiro buscando o restinho do cheiro dela.
Decidi me levantar quando percebi que ficar rolando na cama não me levaria a lugar nenhum. As caixas com roupas de inverno estavam no meio do quarto, guardei tudo no armário. Sorri sozinho quando vi meu uniforme dobrado, pelo menos eu iria usá-lo mais tarde.
Meu retorno a corporação seria em um horário completamente desumano. Minha escala constava uma semana trabalhando das quatro da tarde às quatro da manhã. Fo didos plantões noturnos.
Quando segui para a cozinha percebi o quão silencioso aquele apartamento estava. O sorriso e a voz doce ecoavam baixinho em minha mente. Ela estava fazendo falta. Muita.
Era bobeira querer ignorar as imagens que invadiam minha mente. Era fechar e olhos e deixar a imaginação fluir. O corpo molhado colado no meu, os gemidos baixos, as respirações curtas, os beijos. Porra, os beijos.
Não tinha sido poucos. Não fora um ou dois. Fora muitos, de todos os jeitos; castos, molhados, quentes, libidinosos, acompanhados ou não de uma mão boba.
Todos eles tinham sido inconsequentes, mas eu não me arrependia. Eu queria beijar Dul mais que qualquer homem já quis. Não tinha sido estranho nem embaraçoso, ela queria e eu também.
Eu sabia que eu tinha deixado a situação sair do controle. Prensar Dul contra uma parede e me esfregar nela não tinha sido uma atitude educada. Boa pra cara lho, mas não educada.
Sabia também que aquilo não daria certo. Os complicadores beiravam três substantivos. Thomas, carta, vingança.
Ir para Chicago tinha dado um nó em minha cabeça. Os argumentos infundados de Alexandra, as dúvidas plantadas em mim. Foi como um grande passo para trás. Uns cinco passos de gigante para trás.
E tinha Dul, ela não era um complicador, talvez, a melhor parte. Tinha meu irmão, a carta e o pedido. Os três juntos faziam meu cérebro queimar a procura de algum sentido.
Equacionar o meu grande problema era uma tarefa complicada. Eu não queria abrir mão de nada, eu acreditava em Dul e em Thomas. Era um jeito torto, mas eu acreditava nas duas versões. E claro, as duas não andavam juntas.
Sorri debochado quando vi a situação que eu me encontrava. Eu tinha beijado minha cunhada e tinha gostado demais.
Procurei as coisas básicas para se fazer um café. Minha cozinha combinava com a presença de Dul, não com a minha. Após o primeiro gole percebi que o café que ela fazia era mil vezes melhor que o meu.
Voltei para o meu quarto e cai novamente na cama, eu ainda tinha metade de uma tarde para ser desfrutada. Dormir era a melhor opção.
(...)
O celular apitava ininterruptamente, me avisando que já era três e dez da tarde e que eu deveria me arrumar. Toquei a tela para cessar o barulho irritante.
Antes de segui para o banho, procurei coisas interessantes naquele iphone, nada de mensagens nem de chamadas. Procurei pelo número de Dul, cogitei fazer uma ligação, mas logo desisti, pois sabia que eu estaria atrapalhando seu trabalho.
O banho não foi demorado, fiz a barba e dedilhei meu cabelo. Ponderei sobre ir de uniforme, o que não era típico de mim. No fim, acabei subindo dentro de meu jeans e jogando o uniforme na mochila.
Fazer o caminho para o batalhão fora no mínimo nostálgico. Nova Iorque não era a melhor cidade do mundo, mas fornecia o melhor do mundo. Em todos os sentidos.
As três e cinqüenta e três eu estava oficialmente de volta àquela corporação. Não teve balões, festinha e, muito menos, faixas de boas vindas. Apenas apertos de mão cordiais, palavras sucintas e quase frias. No canto tinha dois idiotas mostrando os trinta e dois dentes para mim.
“Todo mundo trabalhando à noite?” Perguntei assim que me aproximei de Christian e Poncho.
“Infelizmente!” Christian disse quase rabugento.
Eu sorri para a situação. Não me incomodava trabalhar a noite, mas parecia que aquilo incomodava mortalmente Poncho e Emmet.
“Não é tão ruim assim!” Falei superficialmente.
Eles riram em sintonia. “Espere quando você tiver uma mulher e Alexandra não poder dormir com ela!” Christian disse ainda sorrindo.
Era como estar fora do sistema, como quebrar uma regra. Eles tinham alguém esperando por eles em casa, alguém esquentando a cama. Eu não tinha ninguém. Eu tinha beijado Dul, mas isso não a tornava minha.
O final da tarde trouxe alguns chamados. O mais difícil deles fora um início de um incêndio doméstico. Às vezes nos deparávamos com coisas curiosas, por exemplo, uma ligação por causa de um cachorro preso no telhado. E lá íamos nós salvar um cachorro.
(...)
“Seus pais estão bem?” Poncho disse em algum momento da madrugada.
“Ótimos!” Respondi-lhe. Nós dois estávamos sentados no chão duro enquanto Christian estava esparramado no pequeno sofá.
“Dul disse que a viagem foi incrível!” Ele disse com falsa despretensão, pois eu via muita presunção em seu tom.
“Tem conversado com Dul?” Ignorei a entonação que usei para falar o nome bonito.
“Ela e Anahí conversaram por incontáveis horas ontem!” Ele disse sem me olhar, embora um sorriso débil estampasse seu rosto.
“Elas são amigas, oras!” Falei rapidamente. Eu sabia que Poncho sabia o que tinha acontecido. Dentre minhas poucas virtudes estava a der ser reservado, eu não precisava gritar para os quatros cantos que eu tinha beijado-a.
“Os detalhes estão com Anahí, Christopher!” Poncho disse sem esconder o sorriso. “Espero que vocês dêem certo!”
Acenei positivamente, embora aquilo não representasse meu estado de espírito. Não era fácil nós dois darmos certo, tinha muita coisa por trás e todas elas eram sobre mim.
(...)
Quando o turno acabou nada pareceu mais convidativo que voltar para casa e dormir até não querer mais. Destranquei a porta e encontrei o silêncio e o vazio, ponderei sobre comprar um cão ou um peixe. Embora o primeiro fosse mais ativo, o segundo requeria menos atenção. Então decidi por nenhum.
O banho quente, o moletom velho e largo, minha cama. A combinação era perfeita, talvez faltasse um ser humano do sexo feminino naquela cama. Com esse pensamento idiota o sonho me aplacou.
(...)
A semana passou, não poderia dizer se fora rápido ou devagar. O que importava era que sexta tinha chegado e com ela, um encontro.
Os três toques estavam me deixando aflito, esperei pelo quarto. Quando Dul atendeu foi como sentir o peso saindo de minhas costas.
“Oi?” A voz doce do outro lado da linha soou um pouco nervosa.
“Oi Dul, sou eu!” Falei também incerto. Às vezes celular era um péssimo meio de comunicação.
“Christopher?” A voz saiu mais quente. “Bom falar com você!”
Suspirei um pouco mais aliviado. “Então, como você está?”
Ouvi um sorriso baixo e abafado. “Bem. Trabalhando, na verdade!
“Estou te importunado, certo?” Olhei o relógio que ainda marcava onze da manhã. “Posso te ligar mais tarde...”
“Oh não, não desligue! Estou sem fazer nada, estou quase indo para casa!” Dul disse atropelado, eu sabia que ela tinha as bochechas coradas.
“Uh, eu também estou em casa, e livre até as quatro, pensei se a gente poderia fazer alguma coisa juntos!” Despejei de uma vez só, esperando uma réplica positiva.
“Parece ótimo!” Dul disse um tom mais alto. “O que sugere?”
“Essa parte pode ficar com você? Eu confio em sua escolha!” Falei atropelado, eu realmente não sabia onde levar Dul. Pensei sobre cinema e depois comer qualquer coisa. Soava bem, porém muito juvenil. Eu não me importava com a parte do juvenil.
Ela pareceu pensar do outro lado. “A gente pode assistir um filme qualquer!”
“Eu tinha pensado nisto!” Lancei-lhe para ela, feliz por nos termos pensamentos paralelos. “Quer que eu te busque?”
“Não precisa, estou com meu carro!” Dul disse baixo. “Eu preciso desligar, encontrarmos uma e meia no shopping está bom para você?”
“Vou estar te esperando, Dul!” Falei um tanto ansioso.
“Até lá então, tchau Christopher!” Dul disse mais baixo.
“Tchau Dul!” Eu desliguei logo depois.
Não tinha fluido muito, mas não tinha sido estranho. Eu sabia que minha voz era estranha no telefone e pelo menos não tinha acontecido os desagradáveis silêncios intermináveis.
Vaguei um pouco mais pelo meu apartamento, inspecionei a geladeira e os armários. Arrumei minha cama, assistir ao jornal, bebi refringente sem gás. Quando minhas alternativas de matar o tempo acabaram, resolvi tomar banho.
Não era como se eu estivesse ansioso para encontrar Dul, talvez, com muita expectativa. Eu queria encontrá-la, conversar sobre como tinha sido sua semana, assistir um filme qualquer, beijá-la. Os beijos poderiam acontecer antes, durante e depois do filme.
Olhei minhas roupas empilhadas no armário, eu teria que ir trabalhar depois, então escorreguei para dentro do meu uniforme. Segui para o banheiro; quando coloquei a quepe sobre minha cabeça sorri sozinho. Eu ficada tão Fo didamente estranho e deslocado com aquilo.
Saquei o celular, carteira e a chave do meu carro. O elevador, incrivelmente, só tinha a minha presença. Quando o chegou ao quarto andar, a porta se abriu para me revelar uma Anahí completamente feliz.
“Oi, Christopher!” Ela disse sorridente.
“Surpresa te ver, Anahí!” Lancei também sorridente para ela.
“Pois é, vim pegar algumas peças de roupas! Indo trabalhar? Não está muito cedo?” Anahí falou tudo rapidamente.
Estou indo encontrar sua melhor amiga, o que pensa sobre isso?
“Tenho que fazer algumas coisas antes, quer que eu te ajude com as caixas?” Apontei para as caixas que ela carregava.
“Claro! Isso é gentil, Christopher!” Ela me deu a maior das caixas.
Ao chegarmos à garagem Anahí tirou a caixa de minha mão. “Obrigada, Christopher! Mande beijos e abraços para Poncho!”
“Claro, Anahí!” Falei cordialmente. “Eu preciso ir, até mais!”
Quando eu entrei em meu carro, liguei o rádio sem efetivamente escutá-lo. O locutor falava sobre quão quente o dia estava. Não sei se foi por indução da voz, mas acionei o ar condicionado.
Quinze minutos mais tarde, estacionei meu carro depois de muito procurar uma vaga naquele estacionamento. Shopping não era o lugar mais divertido do mundo, tinha muita gente, vendedores chatos, promoções idiotas.
Peguei meu celular e digitei rapidamente o pequeno recado.
Praça de alimentação. Quando me ver, grite, mande beijos, faça um passo de capoeira.
Deixei o celular em cima da mesa, eu me assustei com a velocidade da resposta.
Christopher, suas piadas são péssimas! Estou chegando.
Ri para a tela do celular. Dul tinha certo apreço por me criticar, mas eu sabia que ela tinha rido muito com minha mensagem idiota.
Quatro minutos depois do previsto Dul apareceu em meu campo de visão. Ela segurava um sorriso tímido, o rosto estava um pouco iluminado. O cabelo estava despretensiosamente preso no alto, ressaltando os traços delicados de sua face. Um jeans claro abraçava suas pernas, a camisa botões combinada com um cinto fina deixava a silhueta de Dul ainda mais convidativa. Deve-se dizer que ela tinha uma bolsa quase maior que ela.
Sem saber como me portar, levantei-me para cumprimentá-la. “Oi Dul!”
“Oi?” Ela disse ainda há um passo de distância. “Desculpe o atraso!”
Abri um sorriso grande para ela. “Não tem problema, sente-se!”
Dul sentou-se ao meu lado, eu queria saber o porquê dela estar tão nervosa. “Passou bem a semana?”
“Um pouco arrastada, mas está terminando!” Ela disse sem me olhar, a qualquer hora o lábio de Dul iria começar a sangrar.
“Que filme vamos ver?” Perguntei querendo exterminar aquele clima estranho.
Ela sorriu um pouquinho, as bochechas coraram um pouco mais. “Tem algum de animação?”
Surpreendi-me com aquilo. Eu já estava me preparando para ver o filme mais doce e clichê. “Sempre tem, você gosta?”
“É divertido!” Ela disse sorrindo. “Você tem que chegar ao trabalho quantas horas?”
“As quatro, temos muito tempo!” Lanchei-lhe para ela.
“Isso é bom, Christopher!” Dul disse me encarando. “Prefere filme ou comer primeiro?”
Eu sabia que ela não tinha almoçado. “O que diz sobre comer?”
Os olhos dela brilharam, eu juro. “Eu iria lhe agradecer muito!”
Eu ri para o comentário. “Quer procurar um Milk Shake?”
Ela soltou uma risada baixa, porém gostosa de ouvir. “Você sabe me persuadir!”
“Isso é bom, certo?” Perguntei-lhe, foi bom vê-la sorrindo.
Ela não me respondeu, caminhamos até encontrar a bebida. Minha mão tocava a dela sem compromisso, eu sabia que existia um magnetismo ali. Não era prudente eu agarrá-la no meio de uma fila, mas eu queria acarinhá-la, segura-la pela cintura.
“Também vai querer, Christopher?” Dul me perguntou docemente.
“Pode ser igual ao seu!” Falei e aproveitei para passar meu braço por suas costas. Deixar minha mão em seus ombros remetia a bons amigos. Pousá-la no quadril gritava intenções muito lascivas. Decidi deixá-la no meio das costas.
“Morango!” Ela disse quando me passou o copo grande demais.
A bebida gelada raspou em minha garganta. “Vi Anahí hoje!”
“Ela disse que iria pegar algumas roupas!” Dul disse também bebendo pelo canudinho.
Eu tinha plena consciência que Dul não fazia por querer, mas estava Fo didamente pornográfica a visão dela chupando aquele maldito canudinho. Contive-me para não gemer baixinho.
Minha mão continuou em suas costas, eu afagava calmamente a região. Dul, discretamente, subiu a mão por meu braço. O toque era polido e vagaroso.
A fila da bilheteria estava grande e não andava, era a melhor situação para o que nós tanto queríamos. “Já escolheu nosso filme?”
Dul me olhou sob os cílios. “Pode ser filme de criança?” Era adorável o rubor preenchendo gradualmente as bochechas.
“Claro!” Eu disse perto de seu rosto. “Não vamos precisar prestar atenção!”
Dul piscou duas vezes antes de rir amplamente. “Eu costumo prestar muita atenção quando eu assisto a um filme!”
“Sério?” Inclinei um pouquinho meu rosto para o dela. “Eu nunca presto!”
“Teremos problemas então!” Dul disse e subiu os olhos para o meu. Eu gostava de nosso joguinho.
“Um pouquinho de distração nunca faz mal.” Sussurrei para ela.
O jeito que Dul corou foi um pouco assustador e o jeito que ela mordeu os lábios fora a coisa mais excitante da semana. “E se eu não quiser só um pouquinho de distração?”
E eu não resisti. Colei nossos lábios cautelosamente, Dul riu antes. Era engraçado eu ter que me encurvar para beijá-la. Dul dançou os lábios macios sobre os meus, as pequenas sugadinhas me deixavam completamente em êxtase, minha mão enlaçou sua cintura e a outra parou em sua nuca. Eu tinha vontade de puxar os fios que existiam ali.
Não estávamos sozinhos para podermos aprofundar, então o beijo acabou cedo demais. “Eu senti falta disto!” Dul disse sobre minha boca, completamente envergonhada.
Afaguei-lhe a bochecha coradinha. “Eu também.” Beijei-a novamente, deixei minha boca contra a dela um par de segundos.
Dul traçou, com as mãos, os meus braços. Ela massageava de leve, o carinho era Fo didamente gostoso. Aos poucos a fila foi andando, pedi o primeiro filme de animação que tinha.
“Dul, só tem criança nessa sessão!” Falei assim que entramos na sala de projeção.
Ela riu perto de mim. “Onde você quer sentar?”
Corri os olhos pela sala, estava bem vazia. “Venha!” Peguei Dul pelas mãos e nos levei até duas poltronas perto da parede.
Ela foi a primeira a desligar o celular e as outras mil coisas eletrônicas que ela usava. Cinema tinha lá suas vantagens. Deixei minha mão deslizar por seu pescoço, meu dedo fazia um caminho puramente casto.
Dul não estava mentindo sobre prestar atenção em filmes, os olhos estavam vidrados na tela, ela ria para coisas totalmente sem graça.
Quando eu também comecei a prestar atenção no filme, uma mão quente e inesperada pousou em meu joelho. Olhei de soslaio para Dul, o par de bochechas estava tingindo de vermelho e o lábio sendo mastigado por seus dentes. Eu ri quando ela me pegou olhando.
Relaxei na poltrona, continuei o carinho inocente em sua pele. Brinquei um pouquinho com os fios de sua nuca, subi até afundar meus dedos nos cabelos castanhos. Na medida em que eu intensificava meus toques, Dul começou um padrão de toque; quase com as pontas dos dedos ela contornava meu joelho, fazia alguns círculos e no fim aplicava um pouco mais de pressão.
“O filme ficou chato.” Dul disse mais baixo que um sussurro, o sorriso de expectativa estampava seu rosto.
“Precisa de distração?” Coloquei minha voz mais baixa possível e um tanto carregada de segundas intenções.
Ela riu baixinho, ela não estava envergonhada. “Muita distração, Christopher.”
A posição não favorecia, Dul se mexeu na poltrona até segurar meu pescoço. Inclinei-me para ela, era divertido deixar Dul esperando, então parei a milímetros de seus lábios.
Ela suspirou perto de minha boca, a respiração misturou com a minha. Dul tinha os olhos nos meus, a penumbra deixava tudo melhor. “Não vai me beijar, Christopher?”
Meus lábios curvaram um pouco. “Beije-me você, Dul!”
Ela riu e rolou os olhos para mim. Depois, capturou meus lábios sem cuidado. Estava se tornando vicio beijá-la. Dul entreabriu a boca, um doce convite para minha língua. Aquela era sem dúvida a melhor parte. A sensação da língua quente dela lutando com a minha era perigosa e boa.
Dul correu a mão por meu peito timidamente, os dedos brincaram com os primeiros botões de meu uniforme. Aproveitei para descer minha mão para sua cintura. Desacelerei nosso ritmo, ofeguei baixinho quando ela deixou mordidinhas em meu lábio inferior.
Ela separou nossos lábios, mas ainda continuou com a mão em meu peito. Intensifiquei minha mão em sua cintura, coloquei um pouco mais de força e a puxei para mim. Eu também gostava da proximidade, ela deixou a perna perto de mim e eu não pensei duas vezes antes de massagear a coxa durinha.
Ouvi um gemido baixo saindo cantado pelos lábios dela, calei-a com minha boca. O beijo fora quente e impróprio para crianças verem. Não sei quantas vezes mordi e suguei os lábios e língua de Dul. Ela ofegava e dava respirações curtas, eu me sentia vitorioso por tudo que eu causava nela.
“Christopher...” Ela disse incerta e tirou minha mão de sua coxa. “Todo mundo está olhando para a gente.”
Restabeleci-me em minha poltrona. Olhei de soslaio para Dul, nada era mais vermelho que o rosto dela.
“Não ria de mim!” Ela disse me olhando sob os cílios.
Segurei-me para não rir baixinho, não que eu quisesse fazê-la ficar sem graça, mas era impossível não sorrir para ela. Eu adorava vê-la constrangida por coisas bobas.
“Quer ir embora?” Perguntei baixinho.
Ela acenou positivamente ainda corada. Dul levantou apressadamente, pegou a bolsa e desceu meio desajeitada pela escada.
“Dul, não corra!” Pedi atrás dela. Estava sendo um pouco exagerado aquele comportamento.
Ela virou-se para mim, o constrangimento gritando em seu rosto. “Desculpe por eu sempre parecer uma louca!”
Abracei-a delicadamente. “Você não é uma louca!” Beijei o topo de sua cabeça. “Foi divertido, não foi?”
Ela me olhou e me deu um sorriso quente. “Foi gostoso!” Depois do característico rubor, ela apoiou a cabeça em meu peito. “Uh, acho que eu não gosto de platéia!”
Vamos para o meu apartamento, ou para o seu!
“Senhorita discrição?” Lancei-lhe divertido.
Ela riu sobre minha camisa. “Talvez!” Dul brincou com o colarinho do uniforme, a unha passava displicentemente por meu pescoço. “Eu preciso ir embora!”
“Sério?” Eu sabia que aquilo soara um tanto desesperado.
Ela subiu os olhos para o meus. “Você também precisa trabalhar.”
O pequeno lembrete fez meu semblante cair, enlacei meu braço pela cintura de Dul e nos guiei para o estacionamento.
Dul correu o olhar pelo estacionamento. “Eu nunca sei onde está meu carro!”
“Qual que é?” Perguntei mascarando minha surpresa. Quem esquece aonde estacionou o carro?
“Um Audi vermelho!” Ela disse sem deixar de vagar os olhos.
Inspecionei o espaço, tinha um Audi estacionado do nosso lado. “Serve este?” Apontei para o carro.
Dul me olhou com as bochechas rubras. “É este!”
Eu sorri para ela, eu adorava aqueles pequenos defeitos vindos dela. Eram defeitos divertidos, melhor, não eram defeitos.
Ela caminhou com passos pequenos para o carro. “Obrigada pela tarde!” Dul disse encostada na porta.
Parei com meu corpo na frente do dela. “Sua companhia é ótima!”
Dul sorriu para mim, quando ela ficou nas pontas dos pés descobri o que ela queria. Rocei delicadamente meus lábios sobre os dela, eu estava sem pressa para terminar nosso momento.
“Você deveria ser um pouco menor!” Dul disse contra minha boca “Ou eu deveria ser um pouco maior!”
“É bom assim!” Beijei-a superficialmente.
Movi minha boca para encontrar efetivamente com a de Dul. Ela também não tinha pressa, demoramos no beijo de lábios. Um par de mãos afoitas subiu desceu por minhas costas, quando sua mão entrou no bolso de minha calça deixei um pequeno sorriso escapar.
Corri minhas mãos pelos lados de Dul, parei tempo demais no quadril convidativo. Massageei o ossinho que apontava logo acima do cós da calça jeans. Nós já estávamos ofegantes, então corri meus lábios até a pele abaixo de sua orelha. Ouvi um arfar baixo quando suguei, sem muito cuidado, a região.
Dul pegou meus lábios com os dela. Deixei-a fazer o que quiser; primeiro, ela puxou meu lábio inferior com os dentes. A dor era excitante, pequenas vibrações dançaram em meu membro. Depois, ela intercalou duas coisas que Alexandra me deixavam em combustão. Ela mordeu sem ser delicada e deixou batidinhas em minha língua.
Ela sabia que eu estava gostando, colei nossos corpos na busca de algum contado. Permiti-me descer minhas mãos para o bumbum que abraçava perfeitamente aquele jeans justo.
Apalpei usando toda minha discrição. Dul intensificou as mordidas em meu lábio, aproveitei para fazer o mesmo. Ficou tudo pior e mais duro quando nossos baixos gemidos se misturaram.
A mão de Dul criou vida própria dentro de meu bolso e puxou minha pélvis para se chocar com a dela. O contado apenas fez crescer o fogo em minha virilha.
“Desistiu de ser discreta?” Perguntei baixo em seu ouvido.
“Com você é difícil manter o bom senso!” Dul disse também baixo. Ela fez um pequeno contorcionismo e pegou a chave do carro. E ainda conseguiu a abrir a porta.
O que ela queria fazer?
Ela nos girou para que eu ficasse contra a porta, inesperadamente, ela me fez cair sentado no banco de couro. E mais inesperadamente, ela sentou-se em minhas pernas.
Pode me levar agora, bom Deus!
Dul voltou a me beijar, agora, o beijo beirava a falta de pudor. Ainda era lento, porém nossas línguas duelavam lascivamente, minhas mãos procuraram um pedaço de pele. Escorreguei minha mão para dentro da camisa, brinquei com a pele da barriga lisa dela.
“Você é tão malvada, Dul!” Falei sufocado, belisquei a lateral de sua cintura.
Ela me olhou por um bom tempo, eu gostava do brilho que existia em seus olhos, o leve rubor cobrindo-lhe a face. Os fios de cabelo soltos, a boca inchada por causa de meus dentes, o peito arfando. A visão era maravilhosa.
“Muito malvada Christopher?” Dul traçou minha mandíbula com as pontas dos dedos, o sorriso era completamente atrevido e sedutor.
“Muito!” Busquei sua boca, ela me aceitou de bom grado. Fiquei um pouco ali e depois desci para o pescoço cheio de pintinhas.
Sabia que não poderia deixar Dul cheia de marcas, então salpiquei beijos de boca aberta até alcançar a clavícula.
Os dedos curtos de Dul brincaram com a base de meu pescoço, as unhas me arranhavam fraquinho. Ela desabotoou os dois primeiros botões de minha camisa, sua mão correu por meu peito. O toque não era doce, era puro atrevimento.
Busquei força para parar com aquilo, mas minha mente e corpo estavam gostando demais da situação. Busquei um pingo de vergonha e um pouco de discernimento, nenhum veio.
Intensifiquei meus toques em suas coxas, era perigoso e as chances de estragar o momento eram enormes, mas deixei minha mão deslizar para dentro da coxa dela.
Dul tremou um pouquinho, não movi minha mão e continuei beijando-lhe o pescoço. Dul pousou sua mão sobre a minha, nenhum movimento foi feito, eu sabia exatamente como interpretar aquilo. Eu não deveria subir nem descer minha mão, se ela quisesse, ela daria o primeiro sinal.
O calor já estava insuportável naquele carro, e descobrir que minha Dul era a mulher mais quente e provocativa desse mundo também não contribuía para deixar o clima mais ameno.
Dul ajeitou-se em meu colo, ela estava sentada de lado e assim ela não tinha plena consciência de meu estado.
Ela soltou uma risada gostosa perto do meu rosto. “O que nós estamos fazendo?”
Jura que você não sabe?
“Uh, você está trocando mil bactérias comigo dentro do seu carro!” Falei divertido para ela.
Dul abotoou minha camisa e dedilhou meu lábio inferior. “Eu te machuquei!”
Fiz o mesmo com os lábios dela. “Eu também, baby!”
Ela riu e corou, tudo ao mesmo tempo. “Eu gosto quando você me chama assim!”
“Chamo como?” Perguntei-lhe prontamente.
“Baby!” Ela disse e bicou meus lábios. “É bonitinho!”
Sorri para ela, perguntei-me quando foi a primeira vez que usei o pequeno apelido. Colei nossos lábios por um breve instante. “Eu preciso ir!” Falei depois de conferi o relógio.
Os olhos dela caíram um pouco, mas ainda brilhavam. “Pretende salvar quantas vidas hoje?”
“Muitas e se eu for capaz, todas!” Lancei orgulhoso para ela.
Dul afagou minha bochecha. “Tome cuidado!” Ela disse docemente e tirou a quepe de minha cabeça e colocou na própria.
“Fico bonita?” Ela perguntou ajeitando o adereço em sua cabeça.
“A visão está levando meus pensamentos para a sarjeta!” Tirei a quepe dela e coloquei em minha cabeça.
Ela corou sem deliberação, o que me fez sorrir. “Eu tenho que realmente ir!”
“Vou te ver no fim de semana?” Ela perguntou baixinho.
“Se você não se importar...” Beijei-lhe na têmpora. “Ligue-me para conversarmos!”
“Uhum!” Ela disse antes de colocar um beijo doce em meus lábios. “Tchau!”
Sai do carro ainda zonzo, meu corpo tinha acalmado, mas não o suficiente para ninguém perceber o quão duro Dul me deixava.
(...)
Cheguei ao batalhão quarenta minutos mais cedo, aproveitei tempo livre para comer, o refeitório estava parcialmente vazio, surpreendi-me ao ver Poncho comendo sozinho também.
Cumprimentei-o pelas costas, um leve soco. “O que faz tão cedo aqui?”
Poncho deu um sobressalto por causa de minha aparição repentina. “Uckermann?” Ele disse um pouco mais alto. “Não tinha nada para fazer em casa!”
Sentei-me com meu prato ao lado dele. “Estava com Dul!” Soltei sem filtrar, as palavras saíram sem minha permissão.
“Digo, fomos ao cinema apenas!” Tentei melhorar minha fala.
Poncho riu abertamente. “Eu confio em você, Christopher!”
As palavras sinceras fizeram eco em minha cabeça, eu não merecia aquela confiança. Eu não merecia boa parte das pessoas que tinham entrado em minha vida.
“Apenas não foda com a vida de Dul, sim?” Poncho pediu ainda mais sincero. “Não faça como Thomas!”
O nome saiu com certo nojo, Poncho vincou o cenho em reprovação. “Eu realmente me importo com Dul, Christopher! E eu não pensaria duas vezes em quebrar sua cara se você machucá-la!”
Não veio com tom de ameaça, era proteção. Ao fundo eu ouvia Alexandra dizendo docemente para eu não machucar Dul. As duas falas se completavam, as duas queriam a proteção de Dul. Os dois sinceros pedidos me fizeram chegar às duas conclusões. Mais cedo ou mais tarde Dul sairia machucada dessa história. E existia alguma coisa muito errada com aquela carta e com meu irmão.
Eu não queria machucar Dul, eu não queria decepcionar meus pais, eu não queria ser desfigurado por Poncho.
“Você o conheceu?” Perguntei completamente estrangulado.
“Conheci quem?” Poncho perguntou vagamente.
“Thomas.” Deixei o nome sair naturalmente, não tive muito sucesso.
Poncho riu debochado, cheio de escárnio. “Infelizmente não! Eu teria o matado com as próprias mãos.”
“Você o odeia?” Não sabia muito bem o porquê daquela pergunta.
“Muito nojo apenas. Um animal podre, talvez!” Poncho disse sem inflexão. A indiferença era gritante.
Quando Christian passou pela porta decidi encerrar aquele assunto. Ele tinha um sorriso feliz. A felicidade não combinava com a situação. Não mesmo.
(...)
A noite passou sem grandes acontecimentos, a madrugada trouxe o cansaço e mais inquietação. Deixei meu olhar vagar para Christian e Poncho. Eles eram caras bons, não mentiam, não tinham que esconder o porquê de ter trocado de cidade, eles não tinham as intenções que eu tinha inicialmente. Eu não os merecia. Assim como eu também não merecia Dul.
Tudo era sobre ela, eu queria protegê-la e não causar dor. Eu não deveria ficar por perto. Eu não iria ficar por perto.
Quando o meu turno acabou rastejei para dentro de meu carro, minha cabeça vagou para horas mais cedo. Ela me olhando doce e atrevidamente.
Muitas vidas foram salvas durante a noite, o próximo passo seria salvar Dul de mim mesmo. Iria doer, eu sabia disto, mas, naquele momento, a dor parecia o menor dos problemas.
Continua...
Autor(a): smileforvondy
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Gente desculpa por ter abandonado vocês, mas eu estava sem net, mas olha ai esses 4 capitulos enormes e maravilhosos para voc~es, prometo que não irei mais sumir. Comentem bastante <3 <3
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 108
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:33:13
o ultimo capitulo nao tem nada
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:54
estou amando
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:44
leitora nova
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:26
qual é o nome do livro que vc adaptuo a fic ?
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keziavondy Postado em 19/11/2014 - 09:23:36
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCE VOLTOU... EU AMO VC, EU AMO ESSA FIC, EU TUDO AI CARA QUE EEMOÇÃO
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bianca_sd Postado em 11/08/2014 - 16:40:05
Você vai voltar a postar ou você abandonou??? POSTA MAIS!!!!
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dyas Postado em 01/08/2014 - 15:18:39
Abandonou?
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kelly001 Postado em 24/07/2014 - 15:15:12
também estou esperando que vc continue a postar... vamo lá galera: continua, continua, continua, continua, continua...
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babar_slon Postado em 12/07/2014 - 18:34:41
Você nunca mais voltou, você abandonou a web???
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nandafofinha Postado em 11/07/2014 - 15:56:20
To esperando vc voltar ate hoje