Fanfic: Passado Distorcido ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy / Rebelde
POV Christopher
Eu estava sendo muito tolinho quando pensei que seria fácil realizar o pedido de meu irmão; primeiro, o endereço deixado por ele fora inútil, o porteiro do prédio disse que Dulce tinha se mudado há dois meses, acredito que logo após a morte de Thomas. E segundo, pois, eu não estava certo se iria pra cama com minha cunhada.
Era ridículo pensar nessa hipótese, uma cunhada que nunca foi apresentada a mim nem aos meus pais. Em contra partida, eu sabia que ela tinha todas as respostas que eu queria. Meu cérebro ainda fundia para encontrar os motivos que levaram meu irmão a sair de casa, ficar quatro anos sem dar noticias e se matar. Dulce com certeza teria todas essas respostas.
O sentimento de vingança vinha acompanhado pela raiva, ela tinha destruído meu irmão econseqüentemente tinha me destruído também. A dor da perda ainda me consumia.
Já estava em Nova Iorque a um mês, trinta dias de frustração; estava ficando impossível encontrar a tal mulher, a víbora; a exceção se dava pelas as horas que eu passava no batalhão, a corporação era bem maior que a de Chicago e eu tinha colegas definitivamente engraçados.
“Pensando em quê Uckermann?” Christian falou no meio de nosso almoço. “Com essa cara só pode ser sacanagem!”
“Em nada que te interessa!” Cuspi para ele, Christian e Poncho podiam ser muito inconvenientes quando queriam.
“Deste de quando mulher gostosa não me interessa?” Christian devolveu feliz com sua resposta super elaborada.
Poncho ria de nossa conversa escrota, os dois tinham se tornado minha companhia deste o meu primeiro dia no batalhão. Christian era exagerado em todas suas ações assim como em seu porte físico; já Poncho era ponderado, ele analisava todas as possibilidades antes de tomar uma posição.
Não respondi Christian, até por que meus pensamentos do momento eram bem mais sérios do que uma loira de peitos gigantes ou uma vadia qualquer. Mas o assunto que ele abordou fez-me começar uma linha de raciocínio perigosa, sem querer comecei a pensar em como seria a tal Dulce, meu irmão não tinha um gosto muito refinado para mulheres, sempre o via com uma baranga ou uma mulher demasiada fresca, isso tornaria as coisas mais fáceis pra mim, esse tipo de mulher se apegava fácil e choraram por qualquer rejeição. Eu já tinha um gosto mais seletivo, nunca tive um relacionamento sério, mas nem por isso pegava qualquer uma; prostitutas eram muita promiscuidade e também eram um pouco chatas. Chicago tinha mulheres bonitas, e era fácil conseguir uma noite arrebatadora depois de alguma conversinha num bar bem freqeentado.
“Então, o que vão fazer hoje?” Christian perguntou após um silêncio confortável.
Era sexta-feira e nós teríamos o fim de semana de folga, eu tinha um plano de ficar em minha casa tomando cerveja e comendo qualquer porcaria.
“Eu vou ficar em casa!” Falei e recebi dois olhares incrédulos.
“Cara, você precisa sair um pouco, pegar mulher, sei lá...” Christian falou estupefato.
Poncho continuou me incentivando. “Você vai ficar assexuado desse jeito, eu e minha namorada estamos saindo esta noite para dançar, você pode ir conosco; uma amiga dela também vai...”
“Eu não quero um encontro as escuras!” Falei antes que Poncho desse mais uma ideia absurda.
“Então, por que você não me acompanha num pub? Sabe cerveja e comida ruim? Às vezes faz bem!” Christian num lapso de criatividade deu uma boa opção.
“Hum... Pode ser! Onde é?” Perguntei com interesse crescente.
Anotei o endereço no guardanapo e coloquei dentro de meu uniforme.
O resto do dia passou tranqüilo, a maioria das ocorrências foi de pequenos incêndios domésticos, ainda era difícil conscientizar a população sobre o quão perigoso é manusear álcool perto de chamas.
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Cheguei em casa depois das seis, eu tinha combinado com Emmet as nove, então isso me dava umas duas horas de sono.
Acordei antes do previsto, tomei um banho e me arrumei; não precisava colocar minhas melhores roupas, na verdade, peguei as mais velhas; eu estava indo para um pub afinal, só teria homens caindo de bêbados e vendo um jogo qualquer numa TV velha.
Um carro fazia falta, eu não tinha dificuldades em ir para o batalhão a pé, mas às vezes era um porre ter que andar mais que vinte minutos pra chegar num lugar.
Caminhei pelas calçadas cheias, a noite estava como todas as outras: escura e sem graça. Cheguei ao bar e avistei Christian jogando sinuca, logo me juntei a ele.
A noite passou rápida, não sei quantas garrafas bebi, eu tinha passado fácil da quinta. Eu tinha consciência de meu estado de embriaguez, tudo que eu dizia causava risadas histéricas em Christian. A comida era realmente ruim, as asinhas de frango estavam um pouco esturricadas e só desciam com a ajuda da bebida. Joguei sinuca como nos velhos tempos, flertei com todas as garçonetes, Christian lançou algumas mulheres duvidosas em meu colo, dispensei cada uma delas. Meu nível de álcool não permitia nada além de uma noite de sono profundo.
Tinha sido divertido e acabou rápido, pouco depois de uma da madrugada eu já estava voltando para casa, as ruas estavam desertas, claro, era nesse horário que a noite estava realmente começando, as luzes de neon judiavam de meus olhos.
Optei pelo caminho mais curto, as ruas estavam ainda mais desabitadas, restava apenas as tribos urbanas; tinha alguns do metal, do break, outros faziam rodinha com um baseado, as prostitutas tentava conseguir seu dinheiro, e também tinha os marginais de carteirinha. Ignorei cada um deles, cabeça baixa sempre vai ser uma boa defesa.
Ainda estava longe de casa quando meus olhos foram atraídos para um corpo pequeno que virou a esquina e começou a andar na minha frente.
Foi instantâneo, não consegui parar de olhar. O corpo diminuto andava com pressa, a cada passo seu vestido preto de paetê subia e revelava suas coxas delgadas, a mulher tentava a todo custo não deixar o vestido subir, eu ri sozinho da cena; ela estava visivelmente irritada com o tamanho de sua veste. Ela também tinha os cabelos caindo em suas costas, mesmo na escuridão pude ver que eles eram de um castanho avermelhado e tinha um aspecto ondulado. Analisei seu corpo, sua cintura era fina e ela tinha um bom traseiro empinado.
Continuei passos atrás dela, eu estava tendo uma boa visão. Não sei se porque eu estava muito concentrado na mulher ou se por que eu estava bêbado, mas eu demorei a perceber que vários homens estavam se aproximando dela.
Ela apertou o passo sem saber o que fazer, e eu me vi sendo a única chance para aquela mulher. Apertei meu ritmo sem causar desconfiança nos caras.
Eles estavam em três, e eu estava sozinho. Minha diferença numérica não me intimidou, eles cercaram a mulher numa rodinha, um deles subiu suas mãos sujas pela barra do vestido, eu não conseguia ver seu rosto, mas era fácil saber que ela estava aterrorizada. Era a minha vez de atacar, escolhi o mais forte.
Tudo aconteceu rápido, quando me vi já estava desfigurando o rosto do sujeito, os outros dois correram, covardes, eu pensei.
Convergi todas minhas forças para minhas mãos, eu queria pelo menos arrancar muito sangue daquele homem nojento, violência nunca foi meu forte e Alexandra ficaria decepcionada se me visse naquela cena, mas expulsei meus pensamentos, nenhuma mulher merecia este tipo de tratamento, a ironia roubou meus pensamentos.
“Você vai matá-lo!” A mulher falou num tom que tinha desespero e alívio. Eu pensei que ela tinha corrido e procurado seu rumo, não tinha motivos para ela ainda está ali.
O cara já estava inconsciente e resolvi parar com meu trabalho. Ousei olhar para cima e encontrar o rosto da mulher.
Ela me olhou e eu a olhei, clichê eu sei, mas por mais blasé que seja não tinha outra maneira de definir. E nós ficamos ali, presos em nossos olhares.
Sua pele era pálida e cintilava um pouco, eu quis tocar para saber qual era a textura. Seus cabelos caiam tímidos, era uma bonita moldura para seu rosto também bonito. Ela tinha lábios cheios e vermelhos, e olhos eram de um marrom intenso, mas senti falta do brilho. Ela era linda, ela conseguiu me deslumbrar.
“Obrigada?” Ela disse depois de desviar o olhar, eu queria seus olhos nos meus por mais tempo.
Levantei e limpei minhas mãos sujas de sangue na calça, em pé pude ver o quando ela era pequena, ela não passava de meu pescoço. “Você deveria saber o que o caminho mais curto é sempre o mais perigoso!”
Ela baixou o olhar envergonhada, eu não quis ofende-la eu só tinha dito a verdade. “Acho que eu nunca aprendo!” Sua voz era tranquila e baixa.
Aproveitei o silêncio para olhá-la mais uma vez, o álcool me deixou desinibido, pois não me preocupei em ser discreto; apeguei-me a cada detalhe de seu rosto e um sorriso escapou de meus lábios. E para me deixar confuso ela também me lançou um sorriso tímido.
“Hãn... Eu estou um pouco bêbado, mas eu posso te acompanhar até sua casa? Eu dormiria mais tranqüilo se eu tivesse certeza que te entreguei segura aos seus pais!” A bebida sempre me fazia falar como um pobre na chuva.
Mas meu pedido era verdadeiro, ela parecia muito jovem, no máximo uns dezoito. Ela me estudou antes de responder. “Hum... Meus pais morreram e eu não sou tão nova quanto você imagina!” Ela disse, mal percebi que já estávamos caminhando lado a lado.
“Sério? Você tem que idade? Podia jurar que você está terminado o colegial!” Falei um pouco alto ganhando um riso da garota.
“Vinte e um!” Sua resposta foi curta.
A resposta me surpreendeu, ela estava fodidamente bem para a idade que tinha. Continuamos em silêncio, até que ela se pronunciou na noite escura.
“Você é policial? Você pareceu bem convincente em seus golpes!” Sua voz estava curiosa, mas não deixou de ser terna.
“Sou bombeiro, e salvo garotas bonitas nas horas vagas!” O flerte tinha sido ridículo, eu sabia disso. Ela me olhou desviou o olhar, ela soltou um sorriso fofinho encarando seus pés que estavam acomodados num salto alto.
Mal percebi que estávamos na frente de meu prédio. “Você mora aqui?” Perguntei incrédulo.
“Moro, oras!” Ela já tinha chamado o elevador.
“Eu também!” Nós entramos dois no elevador surpresos com a revelação.
“Obrigada por tudo, por ter me salvado! A gente se vê!” Ela disse assim que elevador parou no quarto andar, ela saiu e deixou um aceno com a mão.
Eu não estava pronto para deixá-la, mas meu corpo cheio de álcool não esboçou nenhum movimento para segura-la, apenas minha mão um pouco inchada por causa dos socos conseguiu devolver o aceno.
Subi até o décimo sexto andar sozinho no elevador, meus pensamentos estavam desconexos, eu senti falta de uma única coisa: saber seu nome. O nome daquela que me deslumbrou.
Autor(a): smileforvondy
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POV Dulce Não poderia ser classificado como uma melhora. Talvez uma leve melhora. Durante o último mês, eu tinha feito um acordo com Ane; ela dormiria noite sim, noite não em casa. Seria bom para ambas; eu iria lidar sozinha com meus medos e com meu pesadelo e Anahí teria seu tempo de qualidade com Poncho. & ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 108
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:33:13
o ultimo capitulo nao tem nada
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:54
estou amando
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:44
leitora nova
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lari_oliverr Postado em 08/01/2015 - 16:32:26
qual é o nome do livro que vc adaptuo a fic ?
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keziavondy Postado em 19/11/2014 - 09:23:36
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH VOCE VOLTOU... EU AMO VC, EU AMO ESSA FIC, EU TUDO AI CARA QUE EEMOÇÃO
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bianca_sd Postado em 11/08/2014 - 16:40:05
Você vai voltar a postar ou você abandonou??? POSTA MAIS!!!!
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dyas Postado em 01/08/2014 - 15:18:39
Abandonou?
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kelly001 Postado em 24/07/2014 - 15:15:12
também estou esperando que vc continue a postar... vamo lá galera: continua, continua, continua, continua, continua...
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babar_slon Postado em 12/07/2014 - 18:34:41
Você nunca mais voltou, você abandonou a web???
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nandafofinha Postado em 11/07/2014 - 15:56:20
To esperando vc voltar ate hoje