Fanfic: A dama de Digiorville

  O tempo nunca tinha passado tão devagar pra mim, eu nunca tinha tido tempo de pensar e lembrar tanta coisa, só de relembrar as lagrimas me enchem os olhos e cresce uma angustia dentro de mim. Sai da Irlanda pra esquecer o que passou, eu e meu irmão precisávamos de novos ares, precisávamos de uma vida nova, longe das lembranças Meu pai foi assassinado e minha mãe morreu depois de infelicidade. Meu pai era um bom homem, em toda a história do clã Mcdoyle*nunca se falou em artimanhas baixas ou passagens desonestas, meu pai não era diferente sempre foi um homem justo e generoso, mas meu pai era sincero e verdadeiro, quando viva minha mãe dizia que meu pai morreu pela verdade, um tanto teimoso durante a vida arrumou algumas desavenças, mas o Lorde Mcdoyle nunca se envolveu em confusões os duques que a ele repudiavam eram tão nobres quanto ele e nunca se engalfinharam. Meu pai morreu após uma discussão para distribuição de pequenas e ricas fazendas nas terras altas da escócia, meu pai foi favorecido com alguns lotes a mais do que precisava, talvez por ser ele um bom líder, não sabemos, o que houve depois é mera suposição baseada em conhecimentos sobre amigos e desavenças do papai, O duque de Satrapa um velho conhecido da nossa família, pai do meu ex namorado, era um dos integrantes do ciclo nobre que meu pai visitava para reuniões, ele era o que mais se detinha a detalhes e com a distribuição das terras foi o primeiro a protestar, ao contrário do filho Mr. Rich  era um homem frio, vingativo, ambicioso e audacioso, quem matou meu pai ninguém sabe mas digamos que minhas suspeitas de minha mãe e de meu irmão apontem pra ele, o senhor Leonan Rich  sumiu no mundo duas semanas depois da morte do meu pai quando começaram as investigações e ele foi dado como morto, deixou o titulo de Duque herdado pelo filho mais velho, a mulher , duas filhas gêmeas, e muitas terras, a Mrs. Rich nunca se deu muito bem comigo , eu sempre achei que ela tinha o olhar infeliz, e que vivia muito mal com a família apesar de não demonstrar , mas quando o marido dela sumiu ela se mostrou uma mulher forte e corajosa coisa que nunca havia feito antes , sempre me pareceu algo frágil, quebrável facilmente destrutível definitivamente não o era. Meu namoro com Heitor por causa dessa história foi para o espaço, mas nunca deixamos de ser amigos, Heitor era um bom menino, um bom homem como ele me corrigia, seria difícil manter um relacionamento amoroso com o herdeiro do principal suspeito pela morte do meu pai por isso me afastei, os poucos meses que minha mãe viveu após a morte do meu pai, ela sofreu tudo que nunca tinha sofrido em toda a vida, sempre tentando conter o Nicholas, meu irmão, que queria se vingar a qualquer custo, minha mãe já não comia bem, nem dormia, sua vida era tentar organizar o que restou dos pedaços do nosso lar, chegou uma hora em que ela não agüentava mais e cedeu, antes mesmo de lermos o testamento do papai ela se foi e uma parte minha se foi com ela, a revolta de Nicholas era incontrolável quando mamãe sofria o que restava de vida no leito da morte, mas ela pediu pra ele que me acompanhasse sempre aonde quer que eu estivesse que ele estivesse comigo, que quando nos casássemos voltássemos a mansão e morássemos juntos, as duas famílias até a propagação do nosso clã , pediu que lêssemos o testamento do papai e que entendêssemos tudo que ele dissesse sem duvidar dele um segundo sequer e que ele queria sempre o nosso bem, e o testamento deles estava com o advogado do papai em Londres , a ultima coisa que ela me disse foi :
 - Seja forte, seu irmão herda o titulo do seu pai, mas você é a verdadeira Lorde Mcdoyle nunca esqueça disso , eu te amo !

Eu não pude dizer mais nada apenas chorei sua morte, durante 3 meses de luto quase não comi, dormi e falei pouco, mas eu tinha que agir