Fanfic: Amor X Paixão (adaptada de Harry Potter)(deletada)

A torre aonde se encontrava o quarto de Roberta era muito escura. Havia algumas tochas iluminando os corredores. Ela carregou sua mala até uma porta de carvalho muito bonita. Ao abri-la, se assustou com a beleza de seu quarto: era enfeitado com antigas tapeçarias, a cama de casal tinha pilares altos e a roupa de cama era vermelha com dourado. Era tudo puro luxo, nunca havia visto um quarto tão belo em toda a sua vida. Arrastou a mala para frente de seu armário, e com um movimento de varinha arrumou todas as suas coisas.

Depois de apreciar seus aposentos, Roberta resolveu dar uma volta para melhor conhecer aquela torre. Ao virar no primeiro corredor, deu de cara com Miguel.

-Olá, Pardo! – ele deu um sorriso malicioso ao notar que ela vestia uma curta camisola com um roupão fino por cima. – Vejo que já conferiu seu novo quarto.

-Pois, é, Arango – Roberta ruborizou ao também notar suas roupas. – Agora mais do que nunca vou vigiar suas atitudes e conferir se não está fazendo nada errado.

-Eu acho que você está se esquecendo que eu também sou monitor-chefe – Miguel se aproximou mais dela. –Sou eu que não vou largar do seu pé, queridinha.

Roberta sentiu seu coração disparar. Arango estava muito perto, ela podia sentir sua respiração em seu pescoço. “Por que ele está agindo assim?”

-Você não deveria vestir esses trajes na frente de garotos.

-Por... Por quê?

-Porque eles não resistiriam em ficar apenas lhe olhando.

Miguel chegou mais perto de Roberta e pousou sua mão direita em sua barriga. Ela arrepiou-se até a espinha. Ele a enlaçou com a outra mão pela cintura. Roberta já não sentia nada, suas pernas tremiam. Ela queria afastar-se dele, mas seu corpo não a obedecia. Miguel tirou o roupão dela, encostando-a na parede. Colocou a mão esquerda na nuca dela e puxou-a contra si. Roberta sentiu os lábios quentes dele nos seus. No começo ela pareceu querer soltar-se, mas acabou entreabrindo seus lábios permitindo que a língua de Miguel explorasse sua boca.

Ficaram por algum tempo ali, beijando-se, mas não demorou muito para que a mão dele descesse até as pernas de Roberta. Ele as acariciou e ia passar sua mão pelo lado de dentro de suas coxas se ela não o empurrasse.

-Você enlouqueceu? – ela perguntou, colocando novamente o roupão.

-Enlouqueci por você!

-Você deve estar bêbado!

Roberta correu para seu quarto. Jogou-se na cama e ficou pensando naquele beijo. Ela já beijara Victor Krum, mas nada comparado ao que ela acabara de sentir.

Arango também foi para seu quarto. Ele vinha sentindo uma coisa estranha desde que ele vira Roberta no trem. Não sabia bem o que era, mas aquilo aflorava cada vez que ele a via. Não conseguia controlar o impulso de beijá-la. E agora que a beijara, só queria sentir outra vez os lábios dela encostados aos seus.

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No dia seguinte, Diego e Rocco desceram para o café e esperaram por Roberta. Logo, ela vinha até a mesa da Grifinória e sentou-se ao lado de Diego.

-Betinha... – Rocco a analisava – Você está diferente.

-Diferente como? – ela engasgou-se com a comida.

-Não sei, o seu jeito mudou.

-Agora que você falou Rocco – Diego também notou que ela parecia nervosa, preocupou-se lembrando do ocorrido no ano anterior – realmente, Betinha, você está mudada.

-Deve ser a imaginação de vocês.

Então, com um farfalhar de asas, corujas de todos os tamanhos e cores entraram no salão principal, e uma preta e enorme desceu rasante, largando uma carta no colo de Diego.

-O que é isso? – Roberta perguntou, olhando com interesse para o envelope preto nas mãos dele.

-Vou ver – Diego abriu a carta e começou a ler, com uma expressão nervosa no rosto durante a leitura.

-Lêem vocês mesmos – ele estendeu a carta para Roberta, e ela e Rocco leram juntos. Na carta dizia assim:

-Ó, merda! –Betinha exclamou, devolvendo a carta a Diego.

-Puxa! Que porra! – Rocco exclamou. – Esse cara não larga do seu pé!

-Ele não se cansa – disse Diego, irritado, abaixando a cabeça.

-Não se preocupe – Roberta colocou a mão delicadamente nos ombros dele. – Esse idiota vai ter o que merece.

Miguel entra nesse exato instante no salão principal, e ao ver a carta na mão de Diego, um sorriso malicioso se estampa em seu rosto.

-Olhe só quem acaba de chegar – Rocco cutuca Diego.

Miguel, ainda com seu sorrisinho e sua pose impassível, atravessa o salão e senta-se na mesa da Sonserina, rindo satisfeito com Crabbe e Goyle.

-Aquele imbecil... Vai se ver comigo!

Diego está tão furioso que parece soltar fogo pelas narinas, ao contrário de Roberta que está muito calma, demais para o gosto de Rocco.

-Vem cá, Betinha – ele começa intrigado. – Por que você está tão tranqüila?

-Simples – ela observa Miguel. – Eu já sei como impedir a “doninha” de concluir seu plano.

Rocco não perguntou mais nada, sabia que da boca de Roberta não sairia mais uma só palavra sobre aquilo.

Quando terminaram de comer, os três amigos, mais Teo se dirigiram para sua próxima aula: trato das criaturas mágicas.

Eles caminhavam calmamente, em silêncio, até a cabana de Hagrid, enquanto que os alunos da Sonserina passavam correndo por eles gritando obscenidades a respeito do professor.

Mantiveram-se em pé, no círculo formado por estudantes ao redor de Hagrid.

-Bem, hoje nós iremos estudar sobre esses bichinhos aqui – ele falava com carinho, apontando para uma enorme gaiola, com dezenas de animais pequenos, marrons, de olhos extremamente vermelhos. – Os norcs.

Roberta soltou uma exclamação de espanto, assustando Diego e Rocco, que não prestava a mínima atenção na aula, ocupado observando o vôo de uma mosca.

-O que foi Beta? – Rocco sussurrou.

-Aqueles animais são norcs, os perigosos Olhos-do-Inferno.

-Ó MEU MERLIN! – ele exclamou alto, chamando a atenção de todos.

-Algum problema, Rocco? – Hagrid perguntou carinhosamente.

-Não Senhor .

-Então, voltando a aula... – ele caminhou até a gaiola e pegou um norc, o que foi muito difícil, pois muitos deles tentavam sair junto. – Este é o mais... Mais selvagem, por isso tomem cuidado com ele.

Hagrid o segurou pelas orelhas pontudas, que o fazia lembrar um elfo, e se dirigiu à Betinha.

-Roberta – ela congelou. – Você pode me explicar o que estes bichinhos podem fazer?

Ela cravou as unhas no braço de Diego.

-Os norcs domesticados, ao comando de uma palavra de um bruxo, podem fritar a mente de pessoas e animais somente olhando nos olhos deles.

Os alunos se alvoroçaram temerosos, pois sabia que aqueles norcs, sendo de Hagrid, não eram nenhum pouco domesticados.

-CALMA! – ele gritou, fazendo os alunos se aquietarem. – Estes não irão fazer nenhum mal a vocês, só se eu falar a palavra mágica.

Miguel se aproximou de Diego e murmurou no seu ouvido:

-Agora ganharei mais um ponto para a minha causa, Bustamantezinho.

E rapidamente se afastou dele, talvez com medo da reação de Diego.

-Quem quer me ajudar com uma demonstração? – como todos ficaram em silêncio, ele mesmo chamou. – Sr. Arango, se aproxime.

Miguel deu um passo à frente, não demonstrando seu medo, pois fora ferido por um hipogrifo no terceiro ano, com esse mesmo professor.

-Craves óticos! – Hagrid gritou, brandindo a varinha, e os olhos do norc emitiram uma luz vermelha, que hipnotizou Miguel, e ele não sentiu mais seus membros, o fazendo cambalear.

Roberta não sabia se ria da situação dele ou se chorava.

-Nordes! – ele gritou novamente, e a luz sumiu. – Alguém poderia acompanhar o Arango até a ala hospitalar?

Ninguém se pronunciou, então Roberta, com pena, teve que fazer algo.

-Eu vou!

Diego sentiu um aperto no coração, seguido de raiva por sua amiga o trair, ajudando o seu inimigo mortal.

Betinha ajudou Miguel a se levantar e caminhou com ele em direção ao castelo, deixando um bando de alunos de boca aberta para trás, ao verem um Arango sendo ajudado por uma sangue-ruim.

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