Fanfic: For always by your side

P.O.V. DEBI

Ao abrir a porta me deparei com um casal extremamente lindo. O homem tinha estatura mediana e parecia ter boa forma física. Seus cabelos eram castanhos, na altura da gola da camisa social preta que ele vestia e os olhos castanhos. De alguma forma me veio à mente que ele faria muito sucesso se resolvesse seguir carreira em cinema.

A mulher tinha cabelos pretos que caiam em ondas até pouco abaixo dos ombros e rosto em formato de coração com olhos castanhos. Seu corpo era pequeno, esguio e delicado. Olhando para ela me veio a ideia de um conto de fadas.

– Deborah, estes são, Liam e Mariá. – Zayn disse como se apresentasse para eles pela primeira vez, afinal, para mim, era como se fosse a primeira vez.

– Olá. – me chutei mentalmente por não conseguir articular uma resposta melhor.

– Olá, Deborah. É muito bom ver você. – disse Liam oferecendo-me sua mão esquerda. Um gesto em comum, mas necessário, já que meu braço direito estava quebrado. Respondi ao seu gesto e recebi um aperto caloroso.

– Deborah, é realmente maravilhoso ver você, querida. – Mariá foi além, se aproximando de mim e me dando um abraço leve. Seu cheiro era suava e seu abraço me deixou uma sensação ótima de ser bem-vinda.

– É bom vê-los também. – respondi sorrindo, começando a me sentir bem na presença deles.

– Entrem. – chamou Zayn.

Antes mesmo que eu pudesse ficar sem graça ao perceber que havia esquecido de convidá-los para entrar as portas do elevador se abriram novamente e pude registrar um gritinho agudo.

– Deborah! – mal tive tempo de registrar a presença de uma menina correndo graciosamente em minha direção e me dando um abraço e um beijo na bochecha – Eu estava tão preocupada! Senti sua falta. Sério, você faz muita falta. Só não digo que as coisas ficaram tediosas porque a preocupação não permitiu. – reconheci a Joyce, que o Zayn falou

– Joyce! – repreendeu o rapaz que a acompanhava. Ele era alto, forte, com cabelos castanhos e olhos azuis. – Desculpe, Deborah, minha mulher está um pouco animada além da conta com o fato de podermos te ver novamente. – ele falou.

– Deboraj, estes são Louis e Joyce. – disse Zayn me olhando como se avaliasse cada reação minha. Provavelmente ele estava com medo do que a espontaneidade de Joyce pudesse vir a causar, mas para ser sincera, eu adorei.

– É muito, muito bom mesmo, ver vocês. – falei para ambos – Entrem! – chamei.

Joyce enroscou seu braço direito em meu braço esquerdo e fomos para a sala como se fôssemos melhores amigas. Talvez fôssemos mesmo.

Sentamos todos nos sofás. Liam e Mariá trouxeram um vinho que logo foi aberto e servido a todos por Zayn. Louis carregava uma caixa com alguns salgadinhos que foi aberta e deixada em cima da mesa entre os sofás pra que pudéssemos nos servir.

Ainda estávamos organizando as coisas em cima da mesa quando a campainha tocou novamente.

Zayn se levantou e novamente me ofereceu sua mão. A tensão voltou e ele abriu a porta.

Se o abraço de Alice me pegara desprevenida, o que aconteceu a seguir fora totalmente inimaginável.

– Debiiiii! – senti braços fortes envolvendo meu corpo e meus pés abandonaram o chão e tudo girou.

– Niall! – ouvi várias vozes gritarem e finalmente fui solta.

– Desculpe, Debi, acho que me deixei levar. – disse para mim o sujeito de estatura mediana, com cabelo loiro, covinhas no rosto e olhos azuis com uma expressão de criança que acabara de levar bronca.

– Niall... – ouvi alguém atrás dele sibilar. – controle-se! – saiu de trás dele a provável criatura mais linda que eu já vira no mundo. Seu corpo tinha as curvas nos lugares certos, seu rosto tinha traços perfeitos e seus olhos eram de um azul quase violeta. Seu cabelo era preto e caia em ondas suaves que chegavam até o meio das costas – Olá, Deborah. É bom ver você. – disse me dando um pequeno abraço

– Deborah, estes são Niall e Carol. – disse Zayn delicadamente envolvendo minha cintura com um braço olhando para Niall como se o alertasse para manter distância.

– É muito bom vê-los. – falei um tanto sem graça.

Voltamos todos para a sala e nos sentamos novamente nos sofás. Carol entregou a Zayn uma grande caixa e me perguntei o que haveria ali dentro quando ele foi para cozinha depois de dar uma boa olhada em mim, provavelmente se certificando de que eu estaria longe de mais algum possível abraço de Joyce ou Niall.

A campainha novamente tocou, Zayn voltou da cozinha e me acompanhou até a porta.

Ao abrir encontrei meu irmão.

- Meu amor, você esta bem? – ele perguntou mostrando-se preocupado.

- Estou – falei e ele me deu um abraço e um beijo.

- Debi – uma menina que saia de trás do Harry falou.

- Lembra dela Debi? – Harry perguntou

- Sua namorada, Zayn me falou quando esta olhando um porta retrato. – respondi

- Não, antes disso – ele disse – Essa é Giovanna, Deborah. Sua amiga de infância. Vocês cresceram juntas e eu acabei me apaixonado por ela.

Era um pouco assustador, minha melhor amiga de infância ali na minha frente e não lembrar dela, a única lembrança que tinha dela era nossa brincando quando criança, agora não me lembrava dela e ela namorava meu irmão.

- Gio – falei, minha voz saiu um pouco sem som pelo fato de estar um pouco assustada.

- Meu amor – ela falou e me abraçou – Como é bom te ver!

- É bom te ver também – falei – Entrem

Eles entraram e senti as mãos de Zayn nas minhas costa, ele sabia que estava assustada.

Liam serviu o vinho à Carol, Niall, Harry e Giovanna e enquanto isso uma conversa suave se iniciou e não pude deixar de me comparar com as pessoas a minha volta. A escolha pelo vestido, pelo visto, foi apropriada já que nenhuma das mulheres usava jeans.

– Já podemos jantar? Estou com fome! – disse Niall.

– Claro! – respondi me levantando em um salto.

Ao mesmo tempo Joyce, Giovanna, Mariá e Carol estavam de pé e fiquei um pouco perdida.

– Podemos te ajudar, querida? – perguntou Mariá em sua voz doce.

Aquilo me pegou completamente desprevenida. Certo, Zayn dissera que estavam preocupados e eu realmente parecia gostar de todos ali, mas não estava contando com tamanho apoio.

– Sim, seria ótimo. – respondi aceitando a ajuda.

Acabou que não fiz nada de verdade, já que elas colocaram a mesa por mim enquanto teciam elogios pelo aparência e pelo cheiro da comida. Por um instante me preocupei com a quantidade de cadeiras, pois hoje cedo havia registrado seis cadeiras na mesa de vidro, mas já devia esperar que Zayn já teria ajustado tudo e quando cheguei à mesa havia dez cadeiras em torno dela.

Nós cinco fomos chamar os homens e novamente me surpreendi pela maneira como agiam quando cada um deles puxou uma cadeira para cada uma de nós nos sentarmos. Eram extremamente educados e cavalheiros.

A conversa durante o jantar não falava sobre nada em especial e pude perceber que todos eles se esforçavam em me deixar o mais confortável possível, não perguntando se eu lembrava disso ou daquilo. A comida foi elogiada diversas vezes, especialmente por Niall que conseguiu repetir duas vezes.

Quando todos acabaram eu ia me levantar para retirar os pratos, mas Zayn foi mais rápido e acabou fazendo isso por mim enquanto eu permanecia sentada a mesa com os outros.

Zayn voltou com uma pilha de pratos menores e alguns talheres que foram largados em cima da mesa enquanto ele ia novamente para a cozinha e Niall orgulhosamente distribuía os pratos com talheres para cada um na mesa. Quando retornou, Edward trazia a caixa que Carol entregara a ele mais cedo e depositou-a no centro da mesa.

– Tire de dentro da caixa, animal! – bradou Niall se levantando e fazendo ele mesmo o que Zayn não fizera enquanto recebia um rolar de olhos de Zayn e era repreendido por Carol.

De dentro da caixa saiu uma torta de nozes que me fez salivar e Mariá ficou responsável por partir e servir cada um de nós.

– Está deliciosa, Carol. – elogiei.

– É sério? – perguntou Niall me olhando espantado – Você realmente acha que Carol é capaz de fazer alguma coisa na cozinha? Debi, você é hilária! – ele disse rindo.

– Niall! – repreendeu carol

– Ah, fala sério, ursinha. Ela perceberia em algum momento. Assim como todos perceberam. – com isso todos riram.

– De qualquer forma, obrigada, Deborah. – Carol me respondeu.

Os quatro casais foram embora ao mesmo tempo, e sobramos eu e Edward no apartamento. Ele não deixou que eu cuidasse da louça, alegando que eu já tivera trabalho de mais.

Já estava tarde e eu estava realmente cansada, mas não sabia como dizer sutilmente que ainda não estava pronta para entrar no quarto dele, muito menos dormir lá.

– Então... – ele disse sentando-se comigo no sofá quando voltou da cozinha após cuidar da louça – Eu estava pensando que seria melhor para você ter mais espaço para dormir, por conta do braço quebrado, seria mais confortável. Então, talvez eu devesse dormir no quarto de hóspedes hoje. – De uma coisa eu jamais duvidaria: Zayn sabia enxergar e respeitar limites.

– Acho que é melhor eu dormir lá. – respondi – Suas roupas estão todas no seu quarto, não quero atrapalhar sua rotina.

– Certo então. – ele ficou parado me encarando por um instante e finalmente pegou minha mão, levou até os lábios e depositou um beijo. – Boa noite, Debi.

Com isso me levantei e fui para o quarto. Coloquei todas as roupas que estavam em cima da cama em uma poltrona. No guarda roupas encontrei um cobertor extremamente macio que seria ótimo para mim. Já havia arrumado a cama quando ouvi uma batida na porta.

– Acho que você pode precisar disso – disse Zayn vestindo apenas uma calça de moletom preta enquanto erguia para mim um pijama cor de rosa.

– Obrigada. – falei pegando o conjunto da mão dele. – Boa noite, Zayn.

Já ia me afastando quando ele segurou suavemente em meus ombros e congelei onde eu estava. Seu rosto se aproximou do meu até que seus lábios encontraram minha testa. Ele deixou um beijo ali enquanto dizia suavemente:

– Boa noite, Debi.

Com isso ele se afastou indo para o quarto dele e eu fechei minha porta. Vesti o pijama e deitei na cama recém-arrumada, mas sentia que algo estava errado.

Virei para um lado, para o outro e nada ajudava. Deitei de costas, depois de barriga, mas não funcionou. O braço não estava doendo, mas o gesso incomodava, o colchão não parecia me acolher bem e o cobertor já não me parecia tão suave.

Eu estava muito cansada, mas o sono não vinha. Será que eu tinha insônia e zayn esquecera de me falar? Será que podia ser por causa do acidente?

Levantei decidida a pedir a Zayn algum remédio para a dor que me desse sono, assim resolveria o incômodo do gesso e a insônia de uma vez só.

Fui até a porta do quarto dele e bati, mas não houve resposta. Abri lentamente e me deparei com o quarto muito escuro. Pude distinguir a figura de Zayn deitado de bruços com os ombros um tanto encolhidos ressoando tranquilamente.

De alguma forma, no escuro, o quarto não parecia tão assustador. Fui me aproximando da cama e esperava que Zayn não ficasse bravo por acordá-lo.

– Zayn? – chamei, mas ele nem se mexeu. – Zayn? – encostei em seu ombro, mas ainda não obtive resposta. Sentei na cama para que pudesse chegar mais perto e novamente chamei, dessa vez apertando um pouco mais seu ombro – Zayn?

Em resposta ao meu chamado ele se virou para mim, ainda dormindo, passou seu braço por minha cintura me deitando, seu rosto foi para meu cabelo e de repente eu estava presa a ele.

Meu plano era sair de fininho e ir procurar sozinha o tal remédio, ou mesmo ignorar meu incômodo e voltar para minha cama até pegar no sono, mas em algum momento em que meu cérebro planejava minhas ações meus olhos se fecharam, meus músculos relaxaram e eu dormi como um anjo protegida pelo embalo de Zayn.