Fanfics Brasil - OO3 La Selección ⋆ Vondy

Fanfic: La Selección ⋆ Vondy | Tema: RBD - Vondy, Ponny, Chaverroni


Capítulo: OO3

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— Dulce — irrompeu minha mãe no outro dia pela manhã, sacudindo-me até que eu acordasse.
Ela acendeu a luz, ofuscando minha visão, e tive que esfregar os olhos para me adaptar.
— Acorde, Dulce. Tenho uma proposta para você.
Olhei para o despertador: eram sete e pouco da manhã. Cinco horas de sono.
— Dormir mais? — balbuciei.
— Não, querida. Sente-se. Temos um assunto sério para discutir.
Fiz um esforço enorme para me sentar. Minhas roupas estavam amassadas e meus cabelos se rebelavam para todos os lados. Minha mãe batia palmas, como se isso fosse acelerar o processo.
— Vamos, Dulce. Preciso falar com você.
Eu me espreguicei duas vezes.
— O que é? — perguntei.
— Você precisa se inscrever na Seleção. Acho que daria uma princesa excelente.
Era cedo demais para aquilo.
— Mãe, sério, eu... — suspirei enquanto lembrava minha promessa a Pablo na noite anterior de que ia pelo menos tentar. Mas, agora, à luz do dia, não estava muito certa de que queria me submeter àquilo.
— Sei que você é contra, mas pensei em um acordo para você mudar de ideia.
Apurei os ouvidos. O que ela tinha a oferecer?
— Seu pai e eu conversamos ontem e decidimos que você já está madura o bastante para trabalhar sozinha. Você toca piano tão bem quanto eu, e com um pouco de esforço vai ficar perfeita no violino. E sua voz... bem, se você quer minha opinião, não há melhor na província.
Sorri, um pouco grogue de sono:
— Obrigada, mãe. De verdade.
Acontece que eu não dava tanta importância a trabalhar sozinha. Não entendia como isso seria um incentivo.
— Mas não é só isso. Você pode pegar seus próprios trabalhos, ir sozinha e... ficar com metade do que você ganhar — ela disse, meio que fazendo uma careta.
Arregalei os olhos.
— Mas só se você participar da Seleção.
Minha mãe sorriu. Ela sabia que assim me ganharia, embora eu achasse que ela esperava um pouco mais de resistência da minha parte. Mas como eu poderia resistir? Eu já ia me inscrever mesmo, e ela dava a chance de eu ganhar um pouco de dinheiro só para mim!
— Você sabe que o máximo que posso fazer é me inscrever, certo? Não tenho como garantir que eles me sorteiem.
— Eu sei, mas não custa tentar.
— Nossa, mãe... — balancei a cabeça, ainda chocada. — Tudo bem. Preencho hoje o formulário. É sério o negócio do dinheiro?
— Claro que é. Cedo ou tarde você ia trabalhar sozinha mesmo. E vai ser bom para você ser responsável por seu próprio dinheiro. Só não se esqueça da família. Ainda precisamos de você.
— Claro, mãe. Como esquecer todas as broncas?
Dei uma piscadinha e ela riu. O acordo estava feito.
No banho, tentei digerir tudo o que tinha acontecido em menos de vinte e quatro horas. Preencher aquele simples formulário me garantiria o apoio da família, faria Pablo feliz e me ajudaria a guardar dinheiro para casar com ele!
Eu não me preocupava tanto com o dinheiro, mas Pablo fazia questão de fazer uma poupança para o casamento. A parte burocrática custava caro, e queríamos fazer uma festinha para a família depois da cerimônia. Eu imaginava que não demoraríamos muito para juntar a quantia necessária assim que tomássemos a decisão, mas Pablo queria mais. Talvez ele acreditasse que não ficaríamos sempre apertados agora que eu ia trabalhar mais.
Depois do banho, penteei os cabelos e me maquiei o mínimo possível para comemorar. Então abri o armário, vesti um short cáqui e uma blusinha verde — de longe as melhores roupas que tinha para usar durante o dia — e me olhei no espelho mais uma vez antes de descer para a sala. Eu me sentia linda. Talvez fosse só a empolgação influenciando meus olhos.


Minha mãe estava na mesa da cozinha com meu pai, cantarolando. Os dois me encararam algumas vezes, mas nem seus olhares foram capazes de me perturbar.
Fiquei um pouco surpresa ao pegar a carta. A qualidade do papel era impressionante. Eu nunca tinha posto as mãos em algo assim. Espesso e levemente texturizado. O peso do papel me deixou atônita por uns instantes; lembrava-me da grandeza daquilo que eu ia fazer. Duas palavras pipocaram na minha cabeça: “E se...?”. Mas eu espantei esse pensamento e pus a caneta no papel.
Era tudo bem simples. Preenchi nome, idade, casta e informações de contato. Também tinha que completar peso, altura e cor de cabelo, olho e pele. Fiquei muito satisfeita ao escrever que podia falar três idiomas. A maioria das pessoas falava pelo menos dois, mas minha mãe fez questão de que aprendêssemos francês e espanhol, já que essas línguas ainda eram usadas em algumas partes do país. Isso também ajudava na hora de cantar. Havia músicas lindas em francês. Era preciso informar também a escolaridade, o que variava muito, porque apenas os Seis e Sete estudavam em escolas públicas, onde se seguiam anos escolares oficiais. Eu já tinha quase completado os estudos. Na seção “habilidades especiais”, incluí canto e todos os instrumentos que tocava.
— Você acha que a capacidade de dormir até tarde conta como habilidade especial? — perguntei a meu pai, fingindo estar indecisa.
— Sim, pode colocar aí. E não se esqueça de escrever que consegue comer um prato em cinco minutos — ele respondeu. Eu ri. Era verdade: eu praticamente engolia a comida.
— Ah, vocês dois! Por que não anota aí que você é completamente desalmada? — explodiu a voz da minha mãe na sala. Eu não podia acreditar que ela estivesse tão brava. Afinal, tinha conseguido exatamente o que queria. Olhei para meu pai com um ar de interrogação.
— Ela só quer o melhor para você, é isso — ele se reclinou na cadeira, relaxando um pouco antes de começar a trabalhar em uma encomenda para o fim do mês.
— Você também, mas nunca fica assim nervoso — comentei.
— É, mas sua mãe e eu temos ideias diferentes sobre o que é melhor para você — ele disse e um sorriso brilhou em seu rosto.
— Pai, se eu quisesse casar com um Seis ou um Sete e o amasse muito, você ia deixar?
Meu pai apoiou a caneca na mesa e concentrou o olhar em mim. Tentei não entregar nada na minha expressão. Seus olhos pareciam pesados, cheios de dor.
— Dulce, se você amasse um Oito, eu deixaria que se casasse com ele. Mas você precisa saber que o amor às vezes acaba com o peso da vida de casado. E ia ser ainda pior se você não pudesse sustentar seus filhos. O amor nem sempre sobrevive nessas circunstâncias.
Ele pegou minha mão, procurando meus olhos com os dele. Tentei esconder minha preocupação.
— Mas o que mais me importa é que você seja amada. Você merece isso. E eu espero que se case por amor, e não por número.
Ele não podia dizer o que eu queria ouvir — que eu de fato me casaria por amor e não por número —, mas me deu um pouco de esperança.


 


 


COMENTÁRIOS?


umaviciadanorbd: Não gosto muito de dizer o nome do livro antes de terminar a fanfic, porque os leitores ficam ansiosos, acabam lendo o livro e esquecem daqui ;-; Mas é uma adaptação de `A Seleção` sim. Já li e me divido muito entre o Maxon e o Aspen, são ambos tão fofos, cada um do seu jeito *-*



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Autor(a): deliriowebs

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • prasemprevondyrbd Postado em 07/10/2014 - 17:25:52

    http://fanfics.com.br/fanfic/34947/a-selecao-adaptada-vondy a historia todinha só que com los Vondy

  • anna_caroline Postado em 02/03/2014 - 16:01:21

    Quando postará o proximo capitulo?

  • umaviciadanorbd Postado em 28/02/2014 - 11:57:30

    Eu gosto mais do Maxon, pq o Aspen viajou em t_______ com ela (nao vou falar pq vc disse que nao era pr contar né) Mas continua, vc posta muito pouco e estou morrendo de ansiedade mesmo que já li o livro! *u*

  • umaviciadanorbd Postado em 23/02/2014 - 17:04:13

    OMG,vou ler só pq é sobre &quot;A Seleção(Kiera Cass)&quot; Pelo menos eu acho que é, vc já leu? Tean Maxom ou Aspen? (Eu sou Maxon clr <3)

  • dihvondy Postado em 23/02/2014 - 01:45:24

    aaaaah Primeira Leitora *--* ai eu amei serio :') Christopher <3 Principe haha eu ja sabia e esperando mais ! Sucesso :*


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