Fanfic:  De Repente, O Amor ***Adaptada (Finalizada) | Tema: AyA

Enquanto meus pais continuaram falando da falta de responsabilidade de Jenna, olhei

para Dulce e revirei os olhos.

Ela conteve um risinho.

Baixinho, eu disse a Alfonso:

— Pelo menos eles largaram do seu pé.

— Eles só estão preocupados com todas vocês.

Agora eu entendia que ele estava certo, em grande parte graças a Maggie e Tim, do

trem. Ainda assim, brinquei:

— Fácil dizer quando não são seus pais.

A palavra “pais” foi ouvida num momento de calmaria da conversa dos meus pais.

Minha mãe voltou a atenção a Alfonso.

— Conte-nos sobre seus pais. Eles vivem na Inglaterra?

— Viveram, mas recentemente se mudaram para Nova Délhi, para cuidar da mãe do

meu pai, depois que ela ficou viúva.

— Eles são de costumes tradicionais? O que acham de você namorar uma garota branca?

Eu senti uma certa inquietação. Alfonso e eu não chegamos a falar sobre a provável reação dos pais dele.

— Assim como em relação à minha carreira — disse ele —, as decisões são minhas.

— Parece que você não tem um relacionamento muito próximo com sua família —

disse ela, reprovando. — Você tem irmãos?

— Sou filho único.

— Não se admira que esperem tanto de você — disse ela. — Eles devem ter dificuldade de aceitar suas decisões.

— Mãe — eu falei, antes que Poncho pudesse responder —, se tudo fosse como eles

querem, ele teria uma profissão que odeia, se mudaria para um país que nunca foi seu lar e

concordaria com um casamento arranjado.

Eu apertei a mão dele.

— Alfonso é um homem bom. Suas decisões são sensatas e sua família deve respeitá-las.

— Talvez. Mas...

Theresa interferiu.

— Mãe, pare de interrogar o rapaz. Por que vocês dois sempre fazem isso? Será que

não podemos, uma vez na vida, ter uma refeição agradável e tranquila?

Surpresa e satisfeita por seu apoio, sorri para ela.

Fiquei ainda mais surpresa quando Alfonso disse:

— Eles fazem isso porque estão preocupados e querem protegê-la. Você não ia querer

pais que não ligassem para quem você namora, ia?

Theresa e eu erguemos uma sobrancelha, depois eu disse:

— Nós não nos importaríamos se eles se preocupassem um pouquinho menos.

Todos riram.

Minha mãe falou:

— Obrigada, Poncho. Ainda bem que alguém entende. Ela lançou um olhar bem humorado, para nós, garotas.

Percebi que esse jantar era um pequeno marco para minha família. Discutimos como

geralmente fazíamos, mas também passamos a nos entender melhor. Gostei disso e torci

para que continuasse assim. E para que Alfonso fizesse parte daquilo.

— E já que você entende — minha mãe prosseguiu —, pode voltar ao assunto dos seus

pais? Eu me preocupo sobre...

— Mãe? — Desta vez, foi Dulce que a interrompeu. — Você passou o jantar inteiro

interrogando Alfonso. Não quer ouvir sobre os vestidos que nós encontramos esta tarde?

Incluindo um pra você.

— Pra mim? — disse minha mãe. — Vocês foram fazer compras pra mim?

Olhei grata para Dulce. Não sei se ela interferiu a fim de me salvar ou porque achou

que era hora de ser o centro das atenções, mas fiquei aliviada pela mudança de assunto.

Mesmo assim, eu também estava preocupada com os pais de Alfonso.

Eu tinha a impressão de que minha família estava lutando por um relacionamento

mais próximo e eu queria o mesmo para Poncho. Eu gostaria de ajudar a diminuir a distância

entre ele e os pais, e ser aceita como parte da família, não piorar a situação.

Se os pais dele não aprovassem nosso casamento, será que o cortariam de suas vidas?

***

Fran: No momento eles manterão sim o noivado escondido, como Anny explicou é o dia da Dulce, sem falar que os pais dela são um porre, então até para deixa-los a salvo no momento é melhor não dizer nada.

Mila: Como você vou dividir, proxima quinta posto o ultimo capitulo, realmente demorou mas tudo acabou bem, e nosso casal está finalmente juntos.