Fanfic: De Repente, O Amor ***Adaptada (Finalizada) | Tema: AyA
— Perspectivas da Perspectiva.
— Certo. Percepções, mensagens. Imagem e o que está por trás dela.
Seu cérebro estava tentando entender o que ela dizia, mas ela prosseguiu falando depressa.
— Pense na noite de abertura da sua exposição. Aquela galeria elegante, seu trabalho nas paredes, emoldurado, iluminado, exposto com perfeição. — Anny abanou as mãos, como se imaginasse a cena.
— As pessoas com taças de champanhe. — Ela ergueu a sua, num brinde. — Admirando suas fotos.
Ah, sim, ele teve que sorrir com essa visão.
— Eles querem conhecer o artista — disse Kat. — E lá está você, tchã-nã! Alfonso Herrera, o fotógrafo brilhante. Vestido de calça de moletom? Uma velha camisa de rúgbi?
— Claro que não.
— Então, com o quê? Jeans e uma camisa?
Ele não tinha pensado nisso. Mas agora que pensou...
— Não seria com um terno. Fica enfadonho demais.
O rosto dela se acendeu, como se ele tivesse lhe dado uma caixa de chocolates Godiva.
— Exatamente! Agora você está pensando em imagem. Você não deve parecer enfadonho, nem um artista faminto. Precisa parecer um fotógrafo de sucesso. Jeans pode ser legal, mas precisa ser um jeans de marca. Com uma camisa elegante, ou um suéter leve. Um suéter com gola V, talvez preto. Algo que mostre seu porte excelente e sua cor maravilhosa.
Ela achava que ele tinha um porte excelente e uma cor maravilhosa?
— Você precisa fazer o que eu faço — disse ela. — Aproveitar ao máximo o que você tem.
Ele tinha taxado sua obsessão com aparência como se fosse a mesma coisa esnobe com a qual ele crescera e detestava. No entanto, agora que ela estava explicando, seu ponto de vista fazia algum sentido. Sim, ele, logo ele, precisava entender sobre perspectivas e percepções.
Olhando seu problema sob esse ângulo... da perspectiva de Anny, ele era um velho amigo. Ele precisava alterar essa percepção e fazer com que ela o visse como alguém diferente, como... um estranho? Parte da mística dos trens era conhecer um estranho fascinante.
A empolgação correu por suas veias. Isso era maravilhoso. Ele poderia aparecer no trem como um estranho, o tipo de homem que a encantava. Roupas chiques, cabelos cortados, barbeado. Um anel de diamante chamativo, dado por seus pais em seu aniversário de vinte e um anos, que ele deixava guardado no banco. Ele havia criado uma imagem radicalmente diferente, não apenas Alfonso de terno.
Ela saberia que era ele, no entanto não seria ele. Será que ele poderia criar um jogo
“estranho sexy no trem” e persuadi-la a entrar? Ele deu uma olhada para Anny, que estava dando um gole no champanhe. Será que ele seria capaz de arrebatá-la? Teria coragem de fazer algo tão ousado?
Ele podia ser um cara tranquilo, mas não era nenhum covarde. Na Inglaterra, ele tinha passado a infância sendo regido pelas expectativas dos pais. Então, chegou a um ponto de ruptura. Não podia mais ser o que a mãe e o pai queriam, portanto partiu para seguir sua paixão pela fotografia, embora não tivesse a aprovação deles.
Bem, sua paixão por Anny era ainda mais forte e ele estava farto de deixar que as expectativas dela conduzissem o relacionamento deles. As coisas entre eles certamente tinham que mudar.
Ora, é isso mesmo. Ele podia se reinventar. Como dizia o velho ditado: Tudo é justo no amor e na guerra.
Com a adrenalina correndo nas veias, ele ficou de pé.
— Hora de ir pra casa. Tenho umas coisas pra fazer e você precisa de uma boa noite de sono.
— Mas ainda temos que conversar sobre os detalhes do casamento — ela reclamou. — Seu terno. A passagem de avião. Nós precisamos...
— Combinamos depois. — Ele a cortou e estendeu a mão. — Venha.
Ela pôs a mão na dele e deixou que ele a levantasse. — Tem alguma coisa diferente em você essa noite.
— Tem? — O amigão teria juntado a louça e colocado na lavadora, mas Alfonso caminhou direto para a porta.
Anahí o seguiu.
— Não consigo identificar o que é.
— Estou com muita coisa na cabeça. — Ele lutou para manter o rosto sério.
— Eu sei. Mais uma vez, parabéns pela exposição. Isso é fabuloso. E, novamente, obrigada. — Ela jogou os braços ao redor dele. — Você é o melhor, Poncho.
— Isso, eu sou. — O melhor homem para ela. Em seu subconsciente, ela tinha que saber disso.
Ele não pôde resistir a beijá-la no rosto, bem de leve. Ah, sim, era desvantagem ter pelos no rosto. Ele mal podia tocar a pele dela. Isso mudaria muito em breve.
Ela recuou rapidamente, deu uma risada nervosa.
— Faz cócegas.
— Faz? — Da próxima vez que ele beijasse Anny, ele com certeza causaria uma reação bem diferente.
***
Autor(a): hadassa04
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 100
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al.andrade Postado em 07/03/2015 - 22:10:50
espero ler outra fic sua. =)
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al.andrade Postado em 07/03/2015 - 22:10:27
adorei o epílogo q vc postou. Adorei o rumo e o desfecho da historia.
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al.andrade Postado em 07/03/2015 - 22:09:36
menina eu adorei a fic.
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edlacamila Postado em 05/03/2015 - 22:09:15
Janaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa AMEI ESSA FIC. <3 Postaaaaaaaaaaa <3
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hadassa04 Postado em 05/03/2015 - 21:57:12
Fran eu que amei sua participação, alias que é mais que especial, obrigada por acompanhar fic que escrevo, obrigada pelo carinho, pelo incentivo, vc passou da categoria de leitora para categoria de amiga, e assim mesmo longe estás bem guardada no meu coração.
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franmarmentini Postado em 05/03/2015 - 21:32:00
Minha lindaaaaa amei muito essa fic* e amei vc ter escrito tao lindamente o capitulo especial!!!!!! Muitos bjussssssssssssssssssss
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anyloveaya4ever Postado em 04/03/2015 - 20:10:03
Posta o último capito logo amore por favor bjs !!!!!
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franmarmentini Postado em 03/03/2015 - 10:19:18
porre é elogio meu deus que pais mais chatos dios mioooooooo me irritou!!!!!
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franmarmentini Postado em 03/03/2015 - 10:15:20
meu deus que familia mais loka!!!!!!!!!!!!! isso é um pai e uma mãe santo deus!!!!
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franmarmentini Postado em 03/03/2015 - 09:33:56
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