Fanfic: De Repente, O Amor ***Adaptada (Finalizada) | Tema: AyA
Então, ele disse:
— Perdão. Imagino que fale francês. Sim?
— Oui. — Perplexa, mudei para francês. — Estou impressionada pela semelhança.
Você é parente de Alfonso Herrera?
— Não, não sou parente de Alfonso Herrera, mas todos têm um sósia. Quem é esse homem? Seu namorado? — Novamente, ele pousou a mão no coração. — Diga-me que não tem namorado.
Eu ri e estava prestes a responder quando o advogado sentado na poltrona do corredor disse:
— Desculpem-me por interromper, mas vocês dois gostariam de sentar juntos? — Ele colocou uma ligeira ênfase na palavra “interromper”.
— Lamento muito — eu disse. — Eu sei que está tentando trabalhar.
— Também peço desculpas — disse o paquerador. — Talvez possamos trocar de lugar? Se a senhorita concordar? — Ele inclinou a cabeça em minha direção, com as belas sobrancelhas erguidas e olhos faiscando, desafiadores. Ele era educado, mas sua atitude confiante sugeria a certeza de que o advogado e eu concordaríamos.
— Eu... — Essa pessoa que poderia se passar por irmão gêmeo de Alfonso tinha acabado de se despedir da uma linda mulher, e agora estava dando em cima de mim. Eu não deveria cair em sua onda.
Mas, mesmo assim, era uma viagem longa e meu atual companheiro de poltrona não estava muito afim de papo. O indiano me intrigou, e não por sua semelhança com Poncho. Ele era nitidamente sensual e sua atenção era lisonjeira.
— Então? — A voz do advogado estava pontuada de impaciência.
— Tudo bem — eu disse. — Obrigada. E, novamente, desculpe por termos perturbado.
— Sem problema. — Ele juntou suas coisas, levantou, depois os dois seguiram juntos, pelo corredor.
Rapidamente fechei meu computador, retoquei meu batom e me livrei do copo vazio de café.
E o bonitão voltou. Enquanto ele guardava suas malas no compartimento acima, achei que ele se movimentava como Alfonso, com vigor e fluidez.
Adorei seu estilo. Moderno, elegante, caro, mas não exagerado. Impecavelmente arrumado, mas sem o menor traço de ser metrossexual, com suas feições fortes e seu porte atlético. Não, ele era puramente másculo e meu corpo estava em alerta sexual.
Ele sentou na poltrona ao meu lado e eu senti um leve toque de sândalo, um dos meus aromas prediletos. Em meu apartamento, eu sempre tive velas de sândalo. Aquele cheiro terroso e picante vindo de um homem sexy envolveu meus sentidos de um jeito que as velas jamais tinham feito.
Seus movimentos me faziam lembrar de Poncho; seu cheiro era diferente. Seus olhos eram iguais aos de Poncho, mas seu rosto era mais no, forte. Ou, pelo menos, eu achei que fosse. O melhor que eu podia imaginar, em virtude dos pelos da barba de Alfonso, era que meu amigo tivesse feições mais arredondadas.
— Não — disse o homem –, não tenho nenhuma relação com seu amigo. Eu me pareço com ele tanto assim?
Ele me pegou encarando.
— Desculpe. — Olhei, lamentosa. — Realmente há algumas semelhanças.
— Como eu disse, todos têm um sósia. — Ele ajustou sua poltrona e eu vi melhor o seu relógio — um Piaget de ouro que devia custar uma pequena fortuna.
Eu ri ao pensar em Alfonso com seus cabelos desgrenhados, seu velho jeans e o Timex surrado ao lado desse homem.
— Vocês não são exatamente sósias. — Por um momento, a ideia me fez sentir desleal ao meu amigo. Mas isso era tolice. Alfonso, meigo e lindinho, com sua filosofia “você é obcecada demais por aparências”, havia escolhido seu estilo, assim como esse homem fizera.
— Não somos? — Meu companheiro cruzou uma das pernas sobre a outra, e seu joelho roçou em minha perna. Não acidentalmente. Uma coisa, esse homem não era: tímido.
Ele me encarava com um olhar provocador. — De que forma sou diferente?
Por baixo do meu jeans, minha perna formigava, agradavelmente. Mas eu afastei a perna. Eu não facilitaria demais pra ele. Além disso, meu coração ainda estava machucado por Jean-Pierre – embora eu devesse admitir que estava sarando com o bálsamo lisonjeiro da atenção desse homem sensual.
Como eu deveria responder à sua pergunta? Esse homem não precisava de impulso em seu ego másculo, e eu não lhe diria que era mais bonito, mais bem-vestido, mais rico, e mais confiante que Alfonso, mantendo o rosto sério, eu disse:
— Você é mais velho. — Poncho tinha vinte e oito anos, era três anos mais jovem que eu.
Esse homem, com seus traços angulares, estilo caro e aura sofisticada, tinha que ser mais velho que eu.
— Mais velho? — Um lado de sua boca se curvou.
— E ele fala francês de Quebec, e o seu é parisiense. — Embora eu me lembrasse de Alfonso me dizer que quando criança, em Londres, ele tinha aprendido o francês do continente.
Quando se mudou para Quebec, tinha se esforçado muito para mudar o sotaque afim de se entrosar com seus colegas de classe. A dúvida voltou a cruzar minha mente. Aqueles olhos eram tão parecidos com os de Nav.
Autor(a): hadassa04
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Eu estreitei os olhos. — Você tem certeza absoluta que não é ele? Ele riu. — Você gostaria que eu fosse o Alfonso? Posso fingir, se é isso que quer. — Não tenho certeza se você conseguiria. Ele é uma pessoa muito legal. — Eu disse, provocando. Esse homem sabia que eu me sentia atra&iacut ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 100
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al.andrade Postado em 07/03/2015 - 22:10:50
espero ler outra fic sua. =)
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al.andrade Postado em 07/03/2015 - 22:10:27
adorei o epílogo q vc postou. Adorei o rumo e o desfecho da historia.
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al.andrade Postado em 07/03/2015 - 22:09:36
menina eu adorei a fic.
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edlacamila Postado em 05/03/2015 - 22:09:15
Janaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa AMEI ESSA FIC. <3 Postaaaaaaaaaaa <3
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hadassa04 Postado em 05/03/2015 - 21:57:12
Fran eu que amei sua participação, alias que é mais que especial, obrigada por acompanhar fic que escrevo, obrigada pelo carinho, pelo incentivo, vc passou da categoria de leitora para categoria de amiga, e assim mesmo longe estás bem guardada no meu coração.
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franmarmentini Postado em 05/03/2015 - 21:32:00
Minha lindaaaaa amei muito essa fic* e amei vc ter escrito tao lindamente o capitulo especial!!!!!! Muitos bjussssssssssssssssssss
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anyloveaya4ever Postado em 04/03/2015 - 20:10:03
Posta o último capito logo amore por favor bjs !!!!!
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franmarmentini Postado em 03/03/2015 - 10:19:18
porre é elogio meu deus que pais mais chatos dios mioooooooo me irritou!!!!!
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franmarmentini Postado em 03/03/2015 - 10:15:20
meu deus que familia mais loka!!!!!!!!!!!!! isso é um pai e uma mãe santo deus!!!!
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franmarmentini Postado em 03/03/2015 - 09:33:56
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