Fanfic: Cidade Dos Anjos (Mini-web) (FINALIZADA) | Tema: Portiñon

Anahí- vamos, não faça isso, que droga
Anahí olha os aparelhos que monitoram o paciente, enquanto Dulce e o paciente olham o corpo deitado na cama.

Anahí deixa a sala de cirurgia com o olhar triste e avisa a família sobre o falecimento e sai da sala de visitas em seguida subindo as escadas de emergência do hospital, senta-se em um dos degraus e começa a chorar lamentando a morte.
Anahí- na minha mesa? Desculpe, sinto muito... o que aconteceu? Foi à oclusão? O que? Fiz tudo correto (indagava o que poderia ter dado errado)
Enquanto Anahí se lamentava de cabeça baixa tentando achar os porquês, Dulce se abaixa ficando na mesma altura que Anahí e olha fixamente, Anahí então ergue a cabeça e olha em direção a Dulce como se novamente pudesse vê-la, Dulce fica meio perdida sem saber se ela esta a vendo realmente ou é impressão, Dulce então ergue sua mão e acena e nada acontece, Anahí volta a abaixar a cabeça.
Anahí- sinto muito, a sala ficou tão grande: e eu, tão pequena. Como fiquei tão pequena, deveria ter continuado massageando por mais tempo, estraguei tudo (ainda indagando)
Dulce em mais uma tentativa apóia suas mãos sobre as mãos de Anahí que na mesma hora a leva em seu próprio rosto tentando limpar suas lagrimas, Dulce sorri enquanto admira uma lagrima que escorre pela face de Anahí.
Dulce- já foi vista alguma vez?
Cassiana- esta olhando pra mim!
Dulce- não por mim, e nem por moribundos em delírio... já foi vista como se fosse “mulher?”
Cassiana- numa lanchonete uma vez, uma cega virou pra mim e me pediu para que lhe passasse a mostarda.
Dulce- mais ela era cega!
Cassiana- mais sabia que eu estava lá
Dulce- aquela medica lá na sala de operação, olhou direto pra mim
Cassiana- ela não viu você, ela não pode vê-la, ninguém pode, a não ser que você queira.
Dulce- e se eu quiser que ela me veja?
Cassiana- porque iria querer?
Dulce- para ajudá-la
Faziam isso enquanto percorria uma lojinha que seria assaltada, então cada um deles, tocara o assaltante e o assaltado acalmando-os.
Cassiana- (sorri) eles não precisam nos ver.

No outro dia Anahí chega bem cedo ao hospital, ainda sem saber o que aconteceu pra tudo ter dado errado, olhava a mesa onde ocorreu a cirurgia desolada, logo depois se prepara, pois tinha mais uma cirurgia a ser feita, quando a avisaram de que queriam falar com ela.
Anahí- tenho uma cirurgia
Medico II- foi cancelada
Anahí- (olhando assustada) quem cancelou?
Medico- o chefe
Anahí- e porque é você q ta me dizendo?
Medico- ele está ocupado
Anahí- com medo você quer dizer (saindo pra fora do hospital)
Jordan- você esta doente
Anahí- não estou doente
Jordan- você esta doente e não pode operar assim, remarcaram pra segunda, é uma cirurgia simples
Anahí- isso não é profissional e me constrange junto ao meu pessoal
Entraram pra dentro do hospital, e—indo pra uma das salas e mais uma vez lá estava Dulce, parada, olhando não mais um moribundo e sim admirando a beleza de Anahí.
Jordan - a culpa não foi sua
Anahí- eu sei
Jordan - então qual é o problema?
Anahí- (entristece o olhar) eu não sei
Jordan - você fez tudo que podia
Anahí- (engolindo o choro) lutamos pela vida das pessoas aqui, certa?
Jordan responde positivamente com a cabeça
Anahí- nunca se perguntou com quem estamos lutando?
Jordan a olha com indiferença
Anahí- (da um passo e sorri) estou louca e abalada
Jordan - esta cansada é só isso. Porque não me ligou ontem?

Dulce olha pra um e depois pro outro
Anahí- nunca durmo quando você vem
Jordan - você não dorme de qualquer forma, você é boa e sabe disso, venha na segunda e volte ao trabalho.
Jordan da um beijo na mão de Anahí e sai da sala a deixando sozinha, Dulce a olha com compaixão.
Quando não estavam em cima dos altos prédios, placas, ou perambulando pela cidade, os anjos refugiavam-se em uma enorme biblioteca ouvindo os mais lindos versos.
“... Como um rio sempre volta ao seu curso depois do inverno. Quando a chuva fria perdura, matando a primavera... É como um jovem que morre sem ter vivido”
Na segunda como combinado Anahí voltou ao hospital e conheceu seu próximo paciente, também cardíaco, um homem teimoso e sincero, depois de conversar com ele, Anahí foi refugiar-se na ala pediátrica do hospital, Dulce a acompanhava pra todos os lados, Anahí parou em frente a um dos quarto e no vidro havia pinturas de mãos, Anahí colocou sua mão sobre uma delas e do outro lado Dulce fez o mesmo, Anahí respirou fundo e continuou andando ate chegar ao berçário

Denise- do que você ta escondendo?
Anahí- da esposa do meu paciente, ela quer que eu diga que ele vai ficar bem e que estou confiante, mais eu não estou. Depois de tanto tempo e de tanto trabalho tive a sensação de que nada disso esta em minhas mãos, nada. E já que não está o que eu posso fazer?
Denise- não sei te responder
À noite no hospital Anahí andava pelo corredor quando se deparou com uma mulher de costas vestida de preto parada em frente a um dos quartos.
Anahí- com licença
A mulher vira-se
Anahí- é uma visitante?
Dulce- sim