Fanfic: O Último Suspiro. (Laliter - Original) | Tema: Casi Angeles, Laliter, Quase Anjos, Dulce Maria.

– Bom pessoal, eu quero que me digam o que vocês sabem sobre o holocausto. – disse o professor Anthony olhando para os alunos.

– Bom, não sei muita coisa mas o que eu sei é que pela ordem de Adolf Hitler, os judeus foram levados à um campo de concentração onde os matavam. – disse Peter.

– Muito bem! Alguém mais se arrisca? – disse o professor olhando para os alunos, que desviavam o olhar. – Bom, como ninguém se arrisca eu vou explicar. O que o Peter disse está certo, mas não eram apenas os judeus que eram levados a esses campos de concentração. As pessoas que tinham alguma doença mental também eram levadas para esses campos e os negros também. Agora vocês podem me dizer o porque Hitler queria fazer todas essas coisas?

– Para se divertir? – disse Mariana. – Claro que, digo para se divertir do modo dele.

– Isso pode estar incluido, Mariana. – sorriu. – Hitler queria formar uma nação pura. Quando digo pura, quero dizer que todas as pessoas tinham que ser da cor dominante, ou seja, brancos. Queria exterminar os homossexuais, matar crianças, jovens, adultos e idosos judeus por não serem católicos como ele era. Hitler de alguma forma, queria ser Deus.

– Professor, o que acontecia nesses campos de concentração? – perguntou Gastón, atento ao que o professor dizia.

– As pessoas jovens ou com força física, eles colocavam para trabalhar no campo. Ou seja, limpar o sangue dos que foram assassinados, retirar os corpos e mais outras coisas horríveis. E as crianças, e idosos que não tinham essa mesma força eram assassinados.

– Uma vez li em um livro que os guardas nazistas diziam para as crianças entrarem na câmara de gas para ir tomar banho. Elas iam cantando, e alguns minutos depois o canto se tornava em gritos de desespero... Como pode uma pessoa matar milhões da sua própia raça? – disse Mariana embravecida.

– É lamentável o que o ser humano pode fazer. – disse Candela.

– Aposto que os animais também não eram poupados, não é? – perguntou Nico.

– Aí é que você se engana! Hitler tinha um amor inexplicável por animais. Ele não deixava que nenhuma pessoas os maltratassem. Admirava também o teatro, a música... Chegou até a tocar flauta. Mas esse mesmo homem que acariciava os animais, apontava armas para pessoas de sua propia raça.

– Se eu estivesse lá eu mataria esse grandíssimo filho de uma pu.ta! Desculpe professor, mas a raiva falou mais alto. – desculpou-se Peter.

– Você tem certeza, Peter? Ou melhor, alguém tem certeza que alguém aqui faria algo para impedir? – disse olhando para a sala de aula e viu várias pessoas assentindo com a cabeça. – Acho que vocês estão enganados.

– Como assim professor, você acha que nós não fariamos nada? É claro que fariamos! – gritou Rochi, indignada.

– Tudo bem, eu já tive esse pensamento alguns anos atrás. Mas pensem comigo: Você está vendo um homem sendo morto com um tiro na cabeça. Você se jogaria em frente a metralhadora de um nazista para salvá-lo? Muitos até poderiam ter esse pensamento, mas não fariam. Já tive muitos pesadelos com isso. Já acordei chorando no meio da noite porque vi uma criança sendo assassinada com um tiro mortal e eu não fiz nada para impedir. – falou enquanto uma lágrima rolava por sua face. – Vocês sabem porque estou contando tudo isso? Porque eu quero que vocês, meus caros alunos, sejam pessoas melhores. Que vocês tenham coragem. A coragem não é a ausência de medo, e sim enfrentá-los. Isso é tudo por hoje.

         Os alunos sairam silenciosamente da sala de aula, cada um pensando nas palavras que o professor havia dito. Muitos lembraram-se do holocausto, e pensaram no medo, na dificuldade e na tribulação que aquelas pessoas viviam, e hoje nos reclamamos de tão pouco.

Candela, Eugenia e Rochi estavam no banheiro feminino, enquanto Mariana as esperava fora com seus fones no ouvido, e então sentiu alguém sentar ao lado dela.

– Que aula ótima, né? – disse Peter sem encará-la.

– Sim... – disse ficando em silêncio por alguns minutos. – Me fez repensar em vários conceitos. – afirmou ela.

– Acho que o Anthony virou o meu professor favorito! – sorriu e a olhou. – O que você tem hoje? – disse olhando o olhar triste da morena.

– Bom, o Camilo disse ontem que tinha uma notícia não tão boa para me dar, e então estou preocupada. Estou pensando várias vezes no que pode ser mas nada me vem a mente. – disse Mariana, enquanto abraçava seus joelhos.

– Imagino como se sente. A curiosidade nos mata! – disse olhando para a morena.

– E você, o que você tem? – perguntou ela.

– Porque eu deveria ter alguma coisa? – disse franzindo o cenho.

– Você está estranho hoje. Eu notei que você me olhou umas milhões de vezes na sala de aula, parecia que queria me contar alguma coisa... – respondeu ela.

– Pode ser que seja isso.

– Então me conte.

– Bem Mariana, na verdade ontem quando a gente quase se beij...

– Espera ai que o meu telefone está tocando! – disse colocando a mão no bolso. – Alô? Camilo? Tá tudo bem, eu já estou indo, fique calmo!

– O que aconteceu? – disse ao ver o olhar angustiante da menina.

– Eu não sei, o Camilo me ligou disse para eu ir logo para casa que os policiais estão lá. Depois você me conta o que queria me dizer, tudo bem? – disse levantando-se e correndo pelo corredor.

– Mariana! – gritou Eugenia e logo olhou para Peter. – A onde ela foi?

– Para casa!

         Mariana correu o mais depressa possivel para chegar em casa. O caminho não era longe, mas nesse dia parecia que nunca chegaria. Tropeçou varias vezes nas pessoas que caminhavam apressadamente rumo ao seu trabalho e enfim chegou em frente a casa. Observou dois carros de policia e viu Stéfano sentando na calçada da casa com os olhos cobertos de lágrimas.

– Stéfano, o que aconteceu? – disse ela olhando-o preocupada e o menino apenas a abraçou. Não disse nada e isso aumentou a curiosidade de Mariana, que o deixou e entrou dentro da casa.

         Ao entrar ela pôde ver Camilo no sofa, com os cotovelos apoiados em suas cosas e a palma da mão sobre seus olhos. Observou que havia quatro policiais na sala junto a camilo. Um com uma cardeneta na mão, outro com uma carta e os outros dois olhavam para Mariana.

– O que aconteceu? – perguntou ela indo rumo a Camilo. – O que aconteceu Camilo? ME FALA! – gritou de agonia.

– Senhorita Mariana, eu sou o policial Hernandes, ontem tinhamos uma pista sobre o assassino da Julia, sua mãe.

– Sim, e qual pista? – indagou preocupada.

– A pista é que possivelmente seria alguém próximo da familia, que conheceria sua mãe. Afinal, não encontramos arrombamento de porta ou sinais de uma briga física.

– É impossível! – gritou ela. – Eu confio plenamente nos meus amigos e não tenho nenhuma suspeita deles! Os meus familiares nem aqui moram!

– Era isso que eu ia te contar ontem Mariana. – disse Camilo aos prantos. – Mas hoje o tenente Álvaro veio aqui e trouxe esse envelope... – disse entregando-o a menina.

– O que é isso? – perguntou ela.

– Isso seria supostamente do assassino da sua mãe.

          Mariana abriu com receio o envelope e então pegou uma foto. Mariana não podia acreditar no que via. Era a mesma foto que faltava no album da familia semanas atrás. Na foto, estava Julia, Mariana e Stéfano. O rosto de Julia estava riscado com um “X” em sua cabeça, escrito a palavra “eliminada” e na cabeça de Mariana havia um círculo, escrito: A próxima.

Oi gente, voltei!! Sim, eu ia abandonar a fic... Entrei hoje aqui só para excluí-la, mas quando entrei, vi uma mensagem que eu gostei muito e me inspirou. O capítulo é meio  grande, mas é que não teve jeito de encurtá-lo. Espero que vocês comentem para que eu possa continuar postando!

Gente, perdoem me se tiver erros, é que meu word não tá querendo corrigir :( 

O que acharam do cap? Quem vocês acham que é o assassino? Será que já apareceu ja fic? haha :)