Fanfic: O Último Suspiro. (Laliter - Original) | Tema: Casi Angeles, Laliter, Quase Anjos, Dulce Maria.

     Durante todo o caminho, Mariana permaneceu calada e Camilo respeitou seu silêncio. O percursso da casa de Mariana para a escola não era muito distante, então chegaram rápido em frente ao grande Mandalay. Antes de sair do carro, ela percebeu a quantidade de caras novas que havia pelo pátio da escola. Todos pareciam muito felizes e conversavam muito. Claro, eles tinham acabado de voltar as aulas e ainda estavam contando tudo o que fizeram nas férias. Mariana queria poder contar um milhão de maravilhas, mas não podia ser assim.

– Obrigada Camilo. – disse ao abrir a porta do carro.

– De nada. – sorriu. – Quer que eu venha te buscar depois?

– Não precisa o caminho não é muito distante, eu vou caminhando mesmo.

– Tudo bem. Se precisar de mim você sabe o meu telefone, não sabe?

– Sei sim, tchau! – ela fechou a porta do carro e Camilo a viu distanciando-se.

     Ela parou em frente a porta do colégio e reparou em tudo antes de entrar para sua rotina,  de volta a sua realidade. Pensou que talvez não precisasse ir para a aula, afinal ainda era a segunda semana e não passariam nada de tão importante, mas logo se lembrou da frase que sua mãe sempre dizia: “Minha filha, nos dias de hoje se você não estudar amanhã você se arrependerá disso. Eu me arrependi”. É talvez sua mãe tivesse razão. Ela deu seu último suspiro e deu seu primeiro passo, entrando no pátio do colégio, que pelo tempo que ela ficara parada ali, já estava quase vazio.

     Ela foi caminhando de cabeça baixa e entrou no prédio do colégio. Ela notou que as pessoas a olhavam. Dó, pena, piedade, essas são as palavras que podiam descrever o rosto das pessoas. Ela foi à secretaria perguntar qual era sua sala e a Catherine disse que seria o terceiro ano A. Ela assinou alguns papéis, pegou o comprovante da matrícula e antes de sair Catherine a chamou.

– Sinto muito Lali. Julia era uma ótima pessoa. – disse ela olhando-a sobre os óculos.

– Sim, eu sei – sorriu sem vontade. – Obrigada.

     Ela olhou a sala de longe e percebeu a porta fechada. Ela queria sair correndo dali, mas por sua mãe ela faria aquilo. Ela ficaria, estudaria, teria um futuro melhor para ajudar Stéfano e amenizar as horas de trabalho de Camilo. Sem perceber, ela já estava em frente à porta azul de madeira com um retângulo de vidro que podia ver tudo o que acontecia lá dentro. Ela escutou o barulho dos meninos rindo e jogando bolas de papéis um nos outros. Olhou para a mesa dos professores e viu a professora Hope retocando a maquiagem. Ela sorriu de canto e ficou feliz por tê-la novamente de professora. Hope era uma mulher vaidosa e muito bonita, mas o melhor de tudo era que ela era muito inteligente. Às vezes tinha seus momentos histéricos, mas era uma ótima pessoa. Mariana respirou fundo, bateu na porta e escutou Hope dizer que podia entrar.

     Quando ela abriu a porta, a sala ficou em silêncio. Viu Nicolás tirando os pés da mesa, notou que Eugenia sorria gentilmente para ela e Hope foi em sua direção, abraçando-a.

– Estou feliz por vê-la Lali. – disse Hope.

– Mariana, por favor. – a olhou e sorriu de canto.

– Tudo bem! – sorriu. – Bem, sente-se e caso você não se sentir à vontade é só me falar, ok?

– Tudo bem Hope, eu vou ficar bem. Obrigada de qualquer forma.

     Mariana foi em direção a Eugenia, Candela e Rochi e sentou ao lado delas. As meninas a abraçaram forte, e Mariana ficou feliz por que realmente precisava daquele abraço. Um abraço de conforto e carinho.

– Estamos com você! Qualquer coisa que precisar vamos estar aqui. – disse Euge e as meninas concordaram.

     Eugenia, Candela e Rochi eram amigas de Mariana desde quando elas eram conhecidas por gente. Eugenia era uma garota alta, loira e de lindos olhos verdes, ela conhecia Mariana como ninguém e sabia que no fundo Lali – como ela também a chamava – estava em pedaços. Ela não namorava, mas tinha uma atração especial por Nicolás, e podia-se dizer que ele sentia o mesmo, apesar dele ficar com a maioria das garotas do colégio, inclusive Maria, a nova garota do pedaço. Candela era a magrinha do grupo e a mais escandalosa. Fazia qualquer um sorrir com suas histórias e chorava sem motivo, um deles era por que estava ansiosa por perder a virgindade, mas sempre que chegava a oportunidade, o medo tomava conta dela. E Rochi, era a mais marrenta e brigona das quatro. Se qualquer pessoa se metesse com amigas ou familiares dela, ela tomava suas dores. Mesmo com esse ar de marrenta, no fundo ela era perdidamente apaixonada por Gastón, que era o melhor amigo de Mariana e era secretamente apaixonado por ela.

     Hope começou a aula e começou a explicar um pouco sobre a vida de Javier Martin, um escritor espanhol. As meninas aproveitaram a oportunidade e começaram a colocar as conversas em dia.

– Chegaram alunos novos. – disse Candela. – Aquela lá é a Maria – disse apontando para uma loira alta de cabelos longos e saia curta. – Os meninos já estão caidinhos na dela.

– Um bando de idiotas! – disse Euge mexendo a cabeça.

– A Euge está dizendo isso por que o Nico já ficou com ela. – disse Rochi rindo e Candela a acompanhou, chamando a atenção de toda a sala. E Mariana como fazia ultimamente, apenas sorriu de canto.

– Meninas, vocês querem contar o motivo da piada? – disse olhando-as. – Vocês acham que hoje é um momento de ficar rindo? Respeitem a Mariana!

– Está tudo bem Hope. – disse Mariana sorrindo de canto. – Não me faz mal, elas me animam.

– Tudo bem, mas deixem isso para depois. Agora escutem o que eu estou explicando por que cairá na prova. Ok?

– Sim. – disse as quatro em coro.

     No outro canto da sala, Peter reparou nas meninas e principalmente em Mariana. Não por que se interessara por ela, mas porque queria saber o que acontecera para ela estar com o semblante tão triste a abalado. Peter Lanzani era um dos alunos novos. Ele tinha 18 anos, era alto, seu cabelo era quase raspado, dono de lindos olhos verdes e de um sorriso comprador. Ele morava com sua mãe Gimena e sua irmã Alai. Seu pai havia falecido há dois anos, de câncer no pulmão. Peter sempre alertara seu pai para que ele parasse de fumar, mas ele não o escutava. Ele sentia falta dele. Muita falta.

– O que aconteceu com aquela menina? – perguntou para Gastón, referindo-se a Mariana.

– A Mariana? – perguntou e Peter afirmou com a cabeça. – A mãe dela morreu há uma semana.

– De alguma doença?

– Não, esfaqueada.

Peter olhou para Gastón assustado e ele continuou afirmando com a cabeça. Eles ficaram calados até Gastón quebrar o silêncio.

– A Mariana ficou muito abalada. Ela e a mãe dela eram muito unidas, se você a conhecesse antes você poderia afirmar que ela era a melhor pessoa do mundo e a mais alegre, mas desde que a mãe dela faleceu, era se tornou uma pessoa triste e sem vida.

– Você é amigo dela? – perguntou Peter.

– O Gastón é o melhor amigo da Mariana. – disse Nico, intrometendo-se. – E está apaixonado por ela. – disse sussurrando e rindo de Gastón.

– Eu não! – disse Gastón. – Eu amo a Lali, quer dizer, a Mariana apenas como amiga.

– Está bem, eu e o Peter fingimos que acreditamos! – disse Nico.

     Peter continuou rindo junto a Nicolás e Gastón bufava com cada piadinha. Pronto, agora eles o atormentariam o ano inteiro. Mariana debruçou na sua mesa olhando para a janela, e sem querer cruzou um olhar com Peter, que sorriu.

Terceiro capítulo postado meninas! O que acharam?

Confesso que não queria postar, porque só tem 2 comentários, mas como prometi eu vou cumprir.

Respostas dos comentários:

Portinonherroni: Fico feliz em saber que está gostando! Ah sim, aqui na web vai ter 2 pessoas do RBD, e acho que você vai gostar! Coitada né? Mas ela vai ser uma menina forte e vai lutar com todas as forças para encontrar o assassino. Postado!

Larys_u.u: Concordo plenamente! Mas a Lali vai ser uma mulher forte!

Comentem por favor! Próximo capítulo, a primeira conversa de Lali e Peter!