Fanfic: O Cão da Sala 1-3.
LER ATÉ O FINAL
Faz tempo que eu não apareço aqui, não?
Bom galera, eu meio que desisti dessa fic (se é que tem alguém lendo)
é que rola o seguinte, eu meio que fiquei sem inspiração. Mas eu estou sem inspiração pra história da Laurie, que era a que eu estava contando aqui. Mas agora vem a boa notícia:
eu AINDA estou escrevendo a história da Lilith e o John!
e Sim, a Laurie aparece lá, e tem um papel BEM importante lá!
então, eu agora vou postar os rascunhos dessa nova faceta do universo do Cão, que é BEM mais profundo que só um romance de colégio
Nele, nós aprendemos que há um motivo para John ser o que é agora...
Nós aprendemos que Lilith não é só uma voz...
Que Laurie tem uma importância bem maior do que a gente pensa...
Vão rolar algumas alterações, mas vou tentar manter as poucas pessoas que estão acompanhando aqui sobre as ideias.
Acho que dá pra postar uma prévia aqui, entã lá vai:
CAPÍTULO UM.
A luz alaranjada do sol matinal iluminava o quarto de
John. Seus sonhos passam a se desfazer como uma névoa
clara celestial, e atrás dela seus olhos se abrem
lentamente. A noite passada tinha sido, no mínimo, confusa.
Tinha ficado a noite toda se preocupando com sua nova hóspede,
a qual ainda não tinha certeza se gostava. Lilith, a garota dos
cabelos roxos que havia aparecido em sua porta na madrugada,
apenas com uma mochila e uma túnica clara, alegava habitar seu
sub-consciente desde o mês passado. O que John não queria admitir
é que era verdade, mas não queria acreditar que um fruto de sua
imaginação dele estava ali, dormindo no sofá da sala.
John estava naquele estado no qual os sonhos ainda se misturam
com a realidade, então é difícil acreditar que qualquer outro
estímulo, porque ainda se acredita que se está sonhando.
Enquanto suas pálpebras se abriam, percebeu algo que não era sua
visão habitual do teto de seu quarto. Aos poucos foi percebendo
o que era, à medida que seu coração disparava.
Lilith estava em cima dele, bloqueando seus braços e pernas,
sem deixar que doesse, mas sem permitir movimento.
Seu corpo esguio lembrava um leopardo se preparando para devorar
sua presa. Sua corrente estava presa em seus dentes a poucos
centímetros da face, como uma verdadeira predadora.
Em meio as madeixas púrpuras e descabeladas de Lilith,
um par de olhos lilases vivos e astutos focavam nos olhos escuros
de John, visando o fundo de seus pensamentos, que corriam como
loucos. Sua face jovial transmitia um atrevimento que deixaria
qualquer um bestificado. Seu sorriso de malícia foi aumentando
na medida que John ficava sem reação. Talvez até porque ele
tinha notado que ela estava chegando perto, cada vez mais, e ele
também notou que ela tinha provavelmente dormindo com uma camiseta
regata meio grande demais, e sem calça. Pois era assim que ela
estava. Com certeza era para provocá-lo ainda mais.
- Hey cara... - Ela falava com bastante desenvoltura, apesar da
corrente, e parecia estar se divertindo com a situação. Ela foi
chegando um pouco mais perto, de modo que o pingente em formato de
coração da corrente de Lilith encostou nos lábios de John.
- Eu não mordo...
Nesse momento John ficou ainda mais tenso.
Ela chegou mais perto ainda
Foi chegando cada vez mais, nesse momento ele já suava frio.
A garota sabia ser sensual, e esse tipo de garota intimidava John.
No momento em que ela estava perto para ele sentir sua respiração
relaxada, constrastada com a rápida dele.
Ele estava prestes a desmaiar.
Ela percebeu, provavelmente.
Lilith perdeu a expressão desafiadora e cheia de malícia de antes,
e deu lugar para uma outra, risonha. Primeiro um sorriso, depois
uma gargalhada. Ela caiu do lado da cama, ainda rindo.
Ele se sentiu o maior idiota do mundo.
-Bom dia, vagabundo- Disse ela, se entreolhando em seus braços. John ainda não acreditava. A garota da noite passada é real. Lilith, a sua consciência, sua conselheira, estava ali, do seu lado, como uma garota esguia,trajada sumariamente, com cabelos púrpura, escurecidos nas pontas e uma face quase felina, cujos olhos violetas o fitavam como os de uma criança travessa.
-Ainda não acredita que eu sou real, né?
-N-Não, não ainda- ele gaguejou.
Lilith deu uma risadinha.
-Relaxa, nós vamos ter tempo pra se acostumar- Ela olhou pra ele, determinada - Eu só conheço o firmamento pelos seus olhos, John. E eu tô afim de ver pelos meus.
Ela se levantou da cama de casal, sentou-se e se espreguiçou, de costas pra ele. John teve tempo de apreciar a beleza da garota. A pele clara constrastava com o cinza sujo de sua camiseta e o preto de suas roupas de baixo, que eram visíveis graças ao desleixo dela.
Mas aquilo não atiçava a curiosidade do rapaz tanto quanto o cabelo de Lilith. Era roxo, da cor do espaço, das galáxias estreladas. Nas pontas repicadas, ele se tornava preto como a noite. Atrás, era curto o suficiente para exibir o pescoço nu, mas era longo o suficiente para esconder as orelhas da garota. Era deslumbrante demais para ser artificial. Mas para alguém que com certeza não era humana, tudo é plausível.
-Eu vou comer, John - Disse ela, enquanto saía do quarto com a leveza e a graça de uma ninfa, porém ainda com um ar de sensualidade, sobrante dos últimos momentos. No batente da porta, no entanto, se virou para o rapaz, que ainda estava de peito nu, encarando a garota enigmática, abobalhado completamente.
- Ah sim, quase que me esqueço - disse Lilith, juntamente com o canto dos pássaros - Eu me matriculei no seu colégio, então hoje nós saímos juntos, ok?
E finalmente saiu do quarto, deixando John sozinho em seu turbilhão de pensamentos.
O rapaz estava se vestindo, em seu quarto, ouvindo o barulho do chuveiro. Os últimos acontecimentos o tinham deixado sem saber o que era ou não real.
Mas de uma coisa ele estava certo: quem tinha as respostas é a garota que estava tomando banho no cômodo ao lado.
- É tão bosta não ter a mínima ideia do que está acontecendo - resmungou ele, enquanto pegava a pizza recém- esquentada do microondas pra fazer seu desjejum. Só conseguia pensar na garota de cabelos roxos. Só nela.
Nesse momento, saiu do chuveiro, juntamente com o vapor de um banho quente, o alvo de indagações do rapaz. Ela usava uma calça jeans justa, chinelos velhos e uma camiseta preta e branca comprida de mangas longas. Suas mãos delicadas expulsavam a água dos cabelos ainda úmidos, agora presos por umas duas presilhas amarelas velhas. A gola da camiseta era larga o suficiente para mostrar a pequena e delicada corrente que usava no pescoço. A mesma que tinha usado entre os dentes mais cedo, para ludibriar John.
Sentou-se na mesa da cozinha, em frente do rapaz, e se pôs a observá-lo comer as sobras do jantar de ontem.
- É tão estranho ver as coisas do lado de fora da sua cacholinha - Disse Lilith leve e naturamente, e John parou de comer. Tirou o cabelo castanho e comprido da face, colocou seu talher na mesa e olhou fixamente nos olhos lilases da garota.
-Quem EXATAMENTE é você?
Lilith puxou a cabeça pra trás, e uma expressão de desaprovacão misturada com deboche se formou no seu rosto.
-Nossa John, eu vou ficar magoada! - disse, sarcástica - Até parece que não me conhece!
Essa atitude deixou-o sem jeito.
-Eu não estou entendendo... -Limitou-se a sussurrar - Eu tinha uma voz na minha cabeça sim, igual a você, mas...
- Eu sou uma entidade, John. Eu estava presa no seu subconsciente por um tempo, mas eu consegui sair e tals - Explicou Lilith, entediada. - Mas esse corpo é físico, e eu sou real.
John estava começando a ficar assustado. A garota se levantou, e arranhando a mesa com a unha, percorreu o braço, depois o peito, e finalmente, pousou a mão macia no rosto do rapaz. Quando ele se deu conta, ela estava o abraçando por trás, cochichando em seu ouvido.
- Mas pra quem ouve vozes, isso não deveria ser estranho, não é? - Ela sussurrou.
John estava paralisado.
Ela se afastou, rindo.
- Porque essa cara? Eu era sua melhor amiga quando era só uma voz... - Ela disse, num tom reconfortante e dengoso - Agora se apresse, a gente tem que ir pro colégio.
Por enquanto é isso, mas ainda tem bastante material e isso é só um rascunho.
Mas enfim, eu não morri, e vou voltar a ativa rapidamente, isso eu garanto pra vocês :3
O nome temporário dessa história vai ser "PURPLE RAIN", então procurem isso aí por aí, e vocês vão achar.
Pra fechar, só um pedido rápido.
Sério, comentem na fic.
Criem uma conta fake, sei lá.
Só me deixem saber que vocês estão lendo.
mas enfim, é isso, vou usar os textos do Cão da Sala 1-3 de base, mas vou deixar eles aqui.
Vejo vocês na próxima
niaa.
Autor(a): niaa
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).