Fanfic: Um Diário Nem Tão Querido | Tema: Fantasia,
–Eu já disse que não estou inventando! – repeti pela enésima vez naquela manhã – eu vi mesmo ele atacar aquela garota e morder ela! No pescoço!
–Susan será que você não vê o quanto isso é ridículo! – retrucou ela quase aos berros – basta dizer que não fez o trabalho e pronto!
–Tudo bem, eu admito que não fiz o trabalho mas, o resto é tudo verdade! Esse Vincent é um monstro!
–Chega! – gritou a minha mãe passando a mão pelos cabelos – você está agindo como...
–Uma maluca? – perguntei irritada – é isso que você ia dizer?
Ela estreitou os olhos.
–Não coloque palavras na minha boca Susan, eu não disse isso – disse ela suspirando de maneira cansada – vá para o seu quarto e fique lá até segunda ordem. Uns momentos de reflexão farão bem a você.
Subi as escadas pisando duro e bati a porta do meu quarto. De todas as pessoas no mundo, minha mãe deveria acreditar em mim. Tudo bem que eu tinha omitido uma coisinha dela, mas, que tipo de mãe fica a favor de um estranho e contra a própria filha?
Admito que seja meio difícil acreditar que vampiros existam e que o nosso vizinho seja um deles, mas a senhora Grace devia pelo menos ter feito uma força para me ouvir. Agora eu estava aqui, presa no meu quarto enquanto o Vincent passeava por aí ganhando a confiança de todo mundo com aquela carinha de cachorro molhado. Maldito. Aquilo tudo era culpa dele. Eu tinha que encontrar um jeito de provar para todo mundo quem era Vincent Darin, se é que esse é mesmo o nome dele.
Bom, pelo menos com toda aquela cena, eu me livrei de ficar sozinha com ele num carro. Pensei estremecendo e o melhor de tudo é que eu não iria para escola.
Resolvi pesquisar a respeito do meu mais novo inimigo. Pesquisei em sites informações a respeito dos vampiros. Passei a maior parte da manhã me entupindo de sorvete e assistindo seriados como “Buffy” e “The Vampire Diaries” mas não sabia se aquelas informações eram mesmo corretas. E se fosse tudo invenção? Eu estaria em maus lençóis. Vincent não me daria uma segunda chance se eu falhasse em matá-lo.
Por volta das onze e meia meu celular tocou fazendo com que eu me sobressaltasse. Tranquilizei-me quando vi o número no visor.
–Cadê você?! – gritou Kate do outro lado da linha. Sério, essa criatura ainda iria me deixar surda.
–Em casa – respondi calmamente.
–O que? Por quê? Está doente ou algo do tipo?
Pensei em contar tudo para Kate, mas fiquei com medo que ela também pensasse que eu era louca então fui o mais obscura possível em minha resposta.
–Problemas em casa.
–Que tipo de problemas? – indagou ela curiosa como sempre.
–Foi só uma discussão com a minha mãe nada de mais. Cadê a July? – perguntei tentando mudar de assunto.
–Está no laboratório para aula da senhora Forbes – disse Kate.
–Você também não devia estar nessa aula? – perguntei – Essa aula vocês não tem juntas?
–Eu já estou indo, só queria saber notícias suas já que não vi o Vincent hoje.
–O que? – perguntei alarmada – ele não foi para o colégio hoje? Tem certeza?
–Não, quer dizer eu acho que não – respondeu ela – por quê?
–Nada eu só achei estranho.
–Hum. Bom vou desligar e voltar para a sala. Tchau tomatinho.
–Tchau maluca – disse me despedindo.
Então o Vincent não foi à escola hoje não é? Aí tem coisa.
As vozes no andar de baixo chamaram a minha atenção fazendo com que eu abrisse a porta para expiar o que se passava. Notei que minha mãe conversava com alguém e fiquei ouvindo.
–Você acha que isso é realmente necessário? – disse uma voz que logo reconheci. Robert.
–Eu não sei Rob. Liguei para ela porque acredito que ela possa me ajudar com isso. – disse minha mãe parecendo preocupada – você pode ficar aqui com ela?
– Claro, sem problemas – respondeu ele.
–Obrigada Rob. Até mais tarde.
Quando a porta da frente bateu avisando que minha mãe havia saído, desci as escadas. Ao me ver, Robert avisou.
–Sua mãe disse que não era para você sair do seu quarto Sue.
Revirei os olhos.
–Qual é Robert. Ela não está aqui, está? Só vim beber água.
Ele sorriu. Robert Dean Parker era médico e o único adulto de toda cidade que não era um completo chato. Ao contrário dos outros caras de meia idade Robert fazia o tipo descolado, usando tênis e jeans. Seus olhos eram castanho escuros e seus cabelos também porém ele os tingia de branco, o que lhe dava um ar sério e responsável.
–Já está sabendo? Mamãe pensa que eu sou louca. – fui logo dizendo.
Robert ficou sério.
–Tenha um pouco de paciência com a sua mãe Sue.
–Você também acha isso? – perguntei.
–Eu acho que isso é um assunto para você duas resolveram.
–Tirando o time de campo – comentei sarcasticamente – boa estratégia.
–Você não ia beber água? – disse ele pegando o jornal e me ignorando.
Suspirando, fui ate a cozinha, peguei uma garrafa d’água e voltei para o meu quarto.
Quase derrubei a garrafa ao ver Vincent sentado na minha cama como meu pote de sorvete na mão assistindo TVD.
Tentei gritar, mas ele se moveu incrivelmente rápido e me pressionou na parede com seu corpo cobrindo meus lábios com uma mão.
–Não precisa gritar Susan, eu só quero conversar com você – ele sussurrou no meu ouvido – além do mais, se você gritar vai deixar o bom doutor Parker preocupado e ele pode querer subir aqui. Não vai querer que ele venha aqui não é?
Ele se afastou um pouco para que eu visse os olhos dele e as suas presas deliberadamente expostas. Eu assenti e ele me libertou de seu firme aperto.
–O que você quer? – indaguei – e como entrou aqui? Você não deveria poder entrar...
–Sem ser convidado? – completou ele – andou pesquisando Susan?
Ele lançou um olhar sugestivo para a TV.
–Não –menti – só estava entediada e resolvi assistir alguma coisa.
–Sei. –disse Vincent enquanto pegava mais uma porção de sorvete e colocava na boca.
–Ei! Isso é meu! – reclamei.
–Bom, antes o seu sorvete do que você – ele retrucou – a menos que esteja se oferecendo, é claro.
Dei alguns passos atrás pondo minhas mãos ao redor do pescoço num inútil gesto de proteção. Se ele quisesse me morder nada poderia impedi-lo.
–Fique com o sorvete – afirmei e ele sorriu agradecido – mas eu pensei que vampiros não precisassem de comida humana.
–E não preciso – disse Vincent sentando-se novamente – mas não quer dizer que não goste. Bons hábitos devem ser mantidos mesmo que sejam desnecessários.
–Você ainda não disse por que está aqui – comentei.
–Não, eu não disse – ele se limitou a dizer.
Ergui uma sobrancelha.
–E não vai dizer?
Ele me encarou muito sério antes de dizer a única coisa que eu nunca esperaria que ele fosse dizer.
–Preciso de sua ajuda.
Autor(a): Tynna
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Eu provavelmente não tinha ouvido aquelas quatro palavras. Vincent, o vampiro do mal não tinha acabado de pedir a minha ajuda. Provavelmente era algum truque para ele poder me matar. Mas ele não precisaria inventar algo para isso, era só fazer e pronto. De qualquer forma aquilo não soava nada bem. -Você vai ficar aí fazendo es ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 23
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saturnx_ Postado em 17/03/2016 - 20:42:44
OII, TO AMANDO SUA FIC
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4444cissi Postado em 08/10/2015 - 20:12:08
Continua
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4444cissi Postado em 11/09/2015 - 09:46:06
CONTINUA!!!!
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4444cissi Postado em 08/09/2015 - 22:48:42
FINALMENTE POSTO!!! ESSA HISTÓRIA E TÃO BOA EU TAVA COM MEDO DE VOCÊ NÃO CONTINUA!!!!
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Carolzinha_Vondy Postado em 22/07/2015 - 20:32:06
Continua pls *-*
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4444cissi Postado em 07/07/2015 - 01:23:27
Gostei estou curiosa!! Eu acho que o Artur gosta dela!!!! Continua!!!
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Uma_Dulcete<3 Postado em 04/07/2015 - 01:18:22
Mas como assim??? Ela atacou mesmo o Arthur??? G-zuis!!! Continuaaaa
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Uma_Dulcete<3 Postado em 11/06/2015 - 00:56:56
coonnttiiinnuuuuaaaaaaaaaaaa
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Tynna Postado em 09/06/2015 - 20:56:52
Agradeço a todos os comentários. Tenho demorado para postar mesmo sorry! Tbm percebi agora que tinha pulado um capítulo mas já fiz a correção. Um beijo a todos
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Uma_Dulcete<3 Postado em 04/06/2015 - 20:49:31
Postaaaaa Maaaaiiiissssss!!!! :)