Fanfic: Um Diário Nem Tão Querido | Tema: Fantasia,
Eu provavelmente não tinha ouvido aquelas quatro palavras. Vincent, o vampiro do mal não tinha acabado de pedir a minha ajuda. Provavelmente era algum truque para ele poder me matar. Mas ele não precisaria inventar algo para isso, era só fazer e pronto. De qualquer forma aquilo não soava nada bem.
-Você vai ficar aí fazendo essa careta por muito tempo? – indagou ele impaciente.
-Eu estou confusa – afirmei – mas estou com medo de perguntar o motivo de você querer a minha ajuda e pior, como eu poderia ajudá-lo?
Ele caminhou até a porta e, para o meu desespero trancou-a.
-Eu esclareço para você – disse ele sentando e batendo no lugar ao lado dele num convite silencioso.
Balancei a cabeça negando o convite. Quanto mais longe eu ficasse dele, melhor.
Percebendo que eu não iria sentar ele revirou os olhos e puxou o meu braço e me colocou sentada, mesmo diante dos meus protestos.
-Senta logo criatura, eu não mordo. Muito – disse ele rindo da sua própria piada.
Eu não estava vendo graça nenhuma. Pelo contrário, eu estava muito preocupada com o que ele me diria a seguir.
-Como eu ia dizendo, preciso de uma mãozinha sua. Como você já deve ter imaginado eu não vim parar nessa cidade por nada.
-Para falar a verdade – discordei – eu não imaginei isso não.
Ele arqueou uma sobrancelha.
-Sério? você não achou que houvesse algo por trás da minha chegada?
-Sinceramente? Não. Eu achei que...sei lá, eu não sei, você quis mudar de ares?
Vincent soltou um bufo cansado.
-Lá vem você de novo com o seu conhecimento recém adquirido em séries de TV. Acha que sou quem? Stefan Salvatore? Que eu resolvi me instalar numa cidadezinha sem nenhum atrativo para viver de maneira pacata e renascer a velha chama da humanidade?
-Não foi isso não? – perguntei.
-É claro que não. Aprenda uma coisa sobre vampiros Susan, esse negócio de crise de consciência não é do nosso feitio. Se quer saber eu nunca conheci um vampiro que não amasse ser vampiro.
-Então por que você veio para cá? – eu tinha medo de terminar aquela conversa num saco preto mas, ele quer minha ajuda né? Eu estava segura, pelo menos por enquanto.
-Digamos que eu estou numa...missão – respondeu ele.
-Que missão? Eu vou logo avisando que não vou te ajudar a dar sumiço em nenhum corpo.
Vincent revirou os olhos.
-Porque eu precisaria de ajuda para sumir com algum corpo? Ou melhor, porque eu precisaria da sua ajuda? Sem querer ofendê-la, mas seus 50 quilos não tem muita serventia para esse tipo de serviço.
-Eu falei de brincadeira – disse, um pouco assustada por ele falar em ocultação de cadáveres como se fosse a coisa mais normal do mundo – e eu não tenho 50 quilos tá?
-Tem quantos, 49? – ele brincou sorrindo.
-Que tal voltarmos a parte da sua missão e pararmos de falar sobre o meu peso? – indaguei irritada.
-É claro, a missão. Bom, digamos que estou numa investigação. Você não precisa saber mais do que isso. Era para ser uma tarefa simples, mas eu tive algumas complicações desde que cheguei.
-Você quer minha ajuda, mas não vai me contar toda a verdade? – reclamei.
Ele me lançou um olhar irritado.
-Não me interrompa.
Puxa que cara mais suscetível, pensei. Tinha acabado de fazer uma brincadeira sórdida sobre o meu peso e agora estava com aquele olhar assassino no rosto.
-Bom, eu não imaginava que essa cidade era cheia de bruxas, e devo admitir que isso está atrasando bastante meus e planos.
Eu não conseguir entender muita coisa do que ele disse. Meu cérebro teve uma pane quando ele falou a palavra “bruxas”. Vendo a minha cara espantada ele perguntou.
-Você não sabia não é? Por isso a cara de boba.
Como eu não respondi, ele continuou falando.
-Pois é, voilá bruxas existem assim como vampiros. Estou surpreso que você não saiba, afinal de contas...
As batidas na porta fizeram com que Vincent parasse de falar.
-Susan? Você está bem? – perguntou Robert.
-Eu estou legal! – respondi.
-Bom, eu só vim me despedir. Sua mãe acabou de chegar e eu vou voltar para o hospital agora. Ela quer falar com você.
-Eu já estou indo – disse. Quando olhei para o lado Vincent já não estava mais lá.
Abri a porta para encontrar Robert de pé.
-Eu podia me despedir lá em baixo, mas eu queria falar com você antes sabe, só nós dois.
-O que quer me dizer? – perguntei.
-Olha Sue, a sua mãe está tendo uns problemas ultimamente e você vai ter que ser compreensiva com ela.
-Ela não é muito compreensiva comigo – resmunguei.
Ele coçou a cabeça desconcertado.
-Só... apenas tente ser legal ok?
-Eu vou tentar- disse desanimada.
-Te vejo depois – disse ele me dado um tapinha de leve no ombro e virando-se para descer as escadas.
Eu não o acompanhei. Voltei para o meu quarto para ver se o Vincent ainda estava por lá, mas ele não havia voltado. Dei de ombros e desci as escadas. De qualquer maneira eu tinha certeza de que o veria muito em breve, afinal de contas nossa estranha conversa não tinha terminado.
***********************
Depois que Robert saiu ficamos apenas eu e a minha mãe sentadas no sofá sem dizer uma palavra. Ele estava incomodada com a situação tanto quanto eu, isso era visível. No entanto ela permanecia calada e eu tive que iniciar a conversa.
-Então, queria falar comigo?
Ela juntou as mãos como quem busca força para falar.
-Susan minha filha eu... nós, bem lembra da Maggie, aquela amiga minha?
Comecei a me preocupar com o rumo daquela conversa.
-A psiquiatra?
-Ela não é psiquiatra Susan, é uma psicóloga – retrucou ela cansada.
-Dá no mesmo – resmunguei baixinho.
-Não, não dá. Eu conversei com ela sobre...bem, sobre o que aconteceu aqui e ela quer conversar com você.
-Conversar? Que história é essa mãe?! Eu sou alguma louca agora!
-Susan é só uma consulta, para a orientação. Não é nada de mais – disse ela tentando me acalmar.
-Isso não é justo! Eu não sou louca! – gritei.
-E ninguém disse isso mas...
-Mas o que? – perguntei incapaz de conter minha raiva.
-Susan chega! Eu estou tentando fazer a coisa certa! Eu estou tentando impedir que isso se re... – disse ela pondo as mãos no rosto.
-Do que você está falando?
-Eu não vou mais discutir. A consulta é hoje às quatro da tarde – disse ela indo para a cozinha e encerrando a conversa.
E eu que achava que meu dia podia ficar pior.
Autor(a): Tynna
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À tarde eu tomei um banho que bem poderia ser relaxante se eu não estivesse soltando fumaça pelos meus ouvidos. Como é que podia uma coisa assim? Ser tachada de louca pela própria mãe!! Isso não tinha cabimento. Agora, para completar eu tinha uma consulta marcada com uma psicóloga. Qual seria a próxima catá ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 23
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saturnx_ Postado em 17/03/2016 - 20:42:44
OII, TO AMANDO SUA FIC
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4444cissi Postado em 08/10/2015 - 20:12:08
Continua
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4444cissi Postado em 11/09/2015 - 09:46:06
CONTINUA!!!!
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4444cissi Postado em 08/09/2015 - 22:48:42
FINALMENTE POSTO!!! ESSA HISTÓRIA E TÃO BOA EU TAVA COM MEDO DE VOCÊ NÃO CONTINUA!!!!
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Carolzinha_Vondy Postado em 22/07/2015 - 20:32:06
Continua pls *-*
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4444cissi Postado em 07/07/2015 - 01:23:27
Gostei estou curiosa!! Eu acho que o Artur gosta dela!!!! Continua!!!
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Uma_Dulcete<3 Postado em 04/07/2015 - 01:18:22
Mas como assim??? Ela atacou mesmo o Arthur??? G-zuis!!! Continuaaaa
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Uma_Dulcete<3 Postado em 11/06/2015 - 00:56:56
coonnttiiinnuuuuaaaaaaaaaaaa
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Tynna Postado em 09/06/2015 - 20:56:52
Agradeço a todos os comentários. Tenho demorado para postar mesmo sorry! Tbm percebi agora que tinha pulado um capítulo mas já fiz a correção. Um beijo a todos
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Uma_Dulcete<3 Postado em 04/06/2015 - 20:49:31
Postaaaaa Maaaaiiiissssss!!!! :)