Fanfics Brasil - Um Jantar Meio Indigesto Um Diário Nem Tão Querido

Fanfic: Um Diário Nem Tão Querido | Tema: Fantasia,


Capítulo: Um Jantar Meio Indigesto

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Meu coração acelerou, e eu engoli seco. Por uns bons segundos (que me parecerem séculos) não consegui fazer nada além de olhá-lo com uma expressão assombrada no rosto. Ele me encarava atentamente deliciando-se com a situação nada confortável em que eu me encontrava, uma sombra de sorriso pairando nos seus lábios finos.


–Bom – pigarreou minha mãe – o que está havendo aqui?


Enquanto eu tentava me lembrar de como é que se usavam as palavras Vincent virou-se para minha mãe e falou calmamente (será que só eu estava parecendo uma idiota?):


–Perdão senhora Donovan. Eu conheci a sua filha ontem, numa festa.


–Então vocês já se conhecem? – perguntou tia Natalie animada – que maravilha!


Então uma mulher que estava do lado da minha mãe deu um passo a frente monopolizando toda atenção dos presentes. Tina cabelos loiros, mas essa era a única semelhança com Vincent. Era pequena, de aparência muito frágil e olhos castanhos repletos de uma astúcia digna de uma raposa. Depois de me dar uma olhada dos pés a cabeça, disse:


–Então você é a jovem de que meu Vincent tanto fala.


Ele falou de mim para a ela? Pensei.


–Hum, não sei – respondi indecisa.


Ela olhou para Vincent e sorriu mostrando seus dentes perfeitos:


–Eu sei.


Minha mãe resolveu intervir:


–Sue esta é Louise Darin para quem eu aluguei a casa ao lado. O filho dela Vincent eu não preciso apresentar não é mesmo? – disse ela com aquele tom de “você vai me contar tudo” na voz.


Estendi a minha mão para a senhora Darin tentando soar gentil:


–Muito prazer.


–O prazer é meu querida.


–Bom agora que já nos conhecemos que tal irmos jantar? A comida vai esfriar se não formos logo.


–Mais é claro! – concordou Louise.


Minha tia segurou Louise pelo braço e praticamente a arrastou para a cozinha enquanto minha mãe as seguia falando sem parar. Revirei os olhos Ela sempre fazia isso quando estava entusiasmada e eu sabia bem o motivo daquele entusiasmo todo.


Suspirando de desgosto, arrisquei um olhar na direção de Vincent que havia permanecido no mesmo lugar. Ele ainda estava me olhando:


–Sabia que encarar é muito feio? – bradei irritada.


–Você parece não saber –ele provocou – porque é o que faz toda vez que nos encontramos.


–Eu... – pensando bem até que eu fazia.


–Eu? – assinalou ele esperando que eu completasse a frase.


–Esquece – eu disse frustrada.


–Vocês aí – interrompeu minha mãe – o que tanto cochicham?


–Nada – respondi o mais rápido que pude.


Ela estreitou os olhos:


–Então venham ora! Estamos todos esperando.


Caminhei até a sala sentindo a presença intimidadora de Vincent nas minhas costas. Mais o que é que esse cara tinha que me deixava tão nervosa? Seja lá o que fosse não podia ser nada de bom. Meu novo vizinho cheirava a problemas, e quanto mais longe eu ficasse dele melhor para minha sanidade mental.


Durante o jantar eu mal conseguia comer qualquer coisa. Apesar de minha mãe ter caprichado, meu apetite, ao contrário de Vincent que comia muito, simplesmente havia desaparecido (junto com a minha tranquilidade, é claro) graças aos comentários cheios de segundas intenções que minha mãe e minha tia davam a todo momento. Em vários momentos da conversa elas “casualmente” deixavam escapar informações a respeito da minha vida pessoal escaparem


–Então Vincent, - disse Natalie – onde você vai estudar?


–Ross Academy – respondeu ele – se não me engano é esse o nome.


Eu levei o maior susto. Peguei um copo de água e virei completamente diante dos olhares assustados de todos os presentes na mesa. Vincent ergueu uma sobrancelha:


–Algum problema Susan?


–Eu!! –disse quase engasgando –... não, eu só estava com muita sede.


–Ora se não é maravilhoso! – disse minha mãe – é o mesmo colégio em que a Susan estuda!


–Que coincidência! – exclamou Louise.


–Ora ora – disse Vincent sorrindo –isso é uma boa notícia.


–Claro que é! – disse tia Natalie entusiasmada – vocês podem ir juntos. Que tal?


–Não!!! – minha voz soando histérica.


–Qual é o seu problema Susan? – disse minha mãe – que comportamento é esse?


–Eu só estou tentando dizer – tentei me explicar, mas só estava me complicando – que o Vincent pode ter outros planos. Não é legal ficar empurrando sei lá, responsabilidades para ele.


–Que bobagem! Acho a ideia ótima – a curva na sua boca demonstrando o quanto a situação o divertia – Isso é, se a Susan concordar. Você se importa?


Olhei para minha mãe, depois par o Vincent amaldiçoando as palavras que eu diria a seguir:


–Não, eu não me importo.


Depois do jantar enquanto todos iam para a sala e eu fiquei com a desculpa de arrumar a cozinha. Minha mãe estranhou, pois ela sabia bem que eu odiava lavar pratos mas, para o meu alívio não disse nada. O único problema é que meu alívio só durou até que Vincent abriu a boca:


–Eu ajudo você.


–Não precisa – respondi – você é visita, não precisa se incomodar.


Ele me ignorou e foi para a pia. Eu ia tentar dissuadi-lo, mas desisti. Aquele era o tipo de cara que aceitava não como resposta. Bem neste momento Azarado surge na cozinha (era só o que faltava). Vincent olhou para ele.


–É um belo animal. É seu?


–É – respondi – não chega muito perto tá? Ele é meio agressivo.


Vincent deu uma bufada divertida e abaixou-se próximo a Azarado que o olhava meio ressabiado.


–Como se chama? – ele perguntou sem tirar os olhos do gato.


–Azarado.


Ele me deu um olhada com a expressão “ é sério?” estampada. E esticou a mão para tocar o pelo de Azarado que ao notar a aproximação se encolheu e correu para as escadas:


Um Hein?! Passou pela cabeça. Eu nunca vi o Azarado sentir medo de nada. De repente ele tinha fugido como o diabo da cruz.


–Meio medroso seu gatinho não? –disse ele erguendo-se – não parece nada agressivo se quer saber.


–Eu não entendo – foi tudo que pude dizer.


–Não é nada de mais Susan. Seu gato é esperto isso sim – ele respondeu calmamente, seu tom cheio de coisas não ditas.


–O que quer dizer? – indaguei, curiosidade vencendo o receio.


–Exatamente o que eu disse, nada mais – ele me encarou seus olhos parecendo mudar para uma outra nuance de azul.


Recuei um passo, assustada. Mas que merda foi aquela?


Ele deve ter percebido que eu notei, porque piscou e os olhos voltaram a coloração de sempre


–Talvez seja melhor eu ir embora. - ele decidiu


–Não disse que ia me ajudar? – eu disse (afinal eu nunca quis lavar os pratos mesmo)


–Tenho certeza que você se vira bem – ele respondeu rindo – vejo você amanhã Susan.


E foi para a sala.


Enquanto eu terminava os pratos pude ouvir minha mãe e minha tia se despedindo dos nossos visitantes. Nem bem ela fechou a porta vieram as da para cozinha.


–O que foi aquilo Susan? Nem se despediu das visitas – exigiu minha mãe – para onde foram os seus modos?


Minha tia nada disse apenas me encarou.


–Não foi nada. Eu só não gosto fiquem atirando nos filhos alheios – me defendi.


–Eu não estava – ela retrucou – queria ajudar, só isso.


–Sei. Olha tudo bem, deixa isso pra lá – pedi.


Ela franziu o cenho:


–Ok. Passei dos limites. Me desculpe – ela disse segurando meus ombros – não sabia que você ia ficar chateada assim.


–Tudo bem – assenti –eu também errei. Fui muito grossa.


–Pronto – interrompeu Natalie – estamos todos felizes agora. Que tal dormir?


–Boa ideia – concordou minha mãe - eu estou mesmo com sono. Boa Noite.


Eu também ia subindo as escadas quando minha tia segurou meu braço.


–O que foi tia? – perguntei.


–Tem algo de errado Sue – ela afirmou – você nunca ficou irritada quando sua mãe e eu nos metemos na sua vida. Porque isso agora?


–Nada – menti.


–Se não quer me dizer tudo bem – disse ela – mas, saiba que sempre que precisar eu estou bem aqui. Está bem?


Eu a abracei.


–Eu sei tia. Valeu.


–Bons sonhos bonitinha – disse ela alegremente. Isso me tranquilizou, já que esse era o jeito normal dela.


–Boa noite tia.


Fui para o meu quarto e encontrei Azarado encolhido na minha cama. Nem me dei o trabalho de expulsá-lo, até porque ele não iria se mover um centímetro,no máximo eu iria ganhar uns arranhões. Apenas me joguei na cama. Aquele jantar tinha sido muito cansativo... cansativo demais.



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Autor(a): Tynna

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 23



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  • saturnx_ Postado em 17/03/2016 - 20:42:44

    OII, TO AMANDO SUA FIC

  • 4444cissi Postado em 08/10/2015 - 20:12:08

    Continua

  • 4444cissi Postado em 11/09/2015 - 09:46:06

    CONTINUA!!!!

  • 4444cissi Postado em 08/09/2015 - 22:48:42

    FINALMENTE POSTO!!! ESSA HISTÓRIA E TÃO BOA EU TAVA COM MEDO DE VOCÊ NÃO CONTINUA!!!!

  • Carolzinha_Vondy Postado em 22/07/2015 - 20:32:06

    Continua pls *-*

  • 4444cissi Postado em 07/07/2015 - 01:23:27

    Gostei estou curiosa!! Eu acho que o Artur gosta dela!!!! Continua!!!

  • Uma_Dulcete<3 Postado em 04/07/2015 - 01:18:22

    Mas como assim??? Ela atacou mesmo o Arthur??? G-zuis!!! Continuaaaa

  • Uma_Dulcete<3 Postado em 11/06/2015 - 00:56:56

    coonnttiiinnuuuuaaaaaaaaaaaa

  • Tynna Postado em 09/06/2015 - 20:56:52

    Agradeço a todos os comentários. Tenho demorado para postar mesmo sorry! Tbm percebi agora que tinha pulado um capítulo mas já fiz a correção. Um beijo a todos

  • Uma_Dulcete<3 Postado em 04/06/2015 - 20:49:31

    Postaaaaa Maaaaiiiissssss!!!! :)


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