Fanfic: As Encantadoras
Prólogo: O presente de Ignos e Tário.
Os homens cansados encontraram a pedra mais côncava para meditar. O peso de suas aventuras recentes ainda entortava as costas. Mais de uma noite longa seria necessário para o corpo se recuperar da viagem. Voar era para os mestres.
“Tudo bem.” – Um dos homens disse. – “Temos esse lugar magnífico para apreciar. São terras perfeitas. A perfeição dessa natureza é a chave para a felicidade que todos procuram.”
“Sim. Não é atoa que estas terras passeiam sobre a superfície de um oceano perdido. São terras sobreviventes. Mas, um dia será um Reino inventado. Reinventado.”
Por lá, os viajantes descansaram três anos, até serem impulsionados na direção de novas missões. Eles conheceram boa parte do mundo suspenso. O suficiente para decidirem deixar um presente. Tário, carregando um bastão de trinta quilos, decidiu deixar parte de sua magia no lugar. Ignos era o mais velho, ele era sempre o primeiro a ter as ideias mais sensatas. Ele só queria ter certeza que o Dom seria usado da maneira correta.
“Apenas uma jovem com o coração de futura mãe poderá aprender os mistérios do Dom e ela seria responsável por usar a magia na intenção de criar felicidade em um ciclo infinito, mantendo as belezas já existentes e contribuindo para a inovação da natureza.” – Ignos escreveu no livro que deixaria como herança. Ainda não era o fim:
“Pensando na inovação, necessário movimento para a sobrevivência da magia, Tário irá dividir a gigantesca Lua que emoldura os horizontes das terras suspensas. Quando a Lua se reunir novamente, a magia deve ser passada adiante. Quando as partes se separarem outra vez, a inovação deve recomeçar.” Havia um capítulo de trinta páginas com ideias de como a portadora da magia poderia inovar e iniciar o ciclo infinito de perfeição e felicidade. Todo o livro tinha centenas de páginas. Ignos era o feiticeiro com o cérebro mais afiado que se tem registrado. Com um encantamento poderoso que levou meses para ser executado, Tário partiu a Lua magestosa ao meio. O ciclo foi iniciado. E não demorou para exploradores piratas e ciganas subirem milhares de pés na direção dos hectares flutuantes. O livro encantado surgiu aos pés do líder assim que eles chegaram. Centenas de homens rudes e gananciosos foram transformados pela magia do lugar e iniciaram o primeiro Reino de Gandânea. Nunca mais desceram. Assim que a Lua reencontrou suas partes, a primeira Encantadora foi nomeada: A cigana Virna. Incontáveis Encantadoras surgiram desde então, usando a magia conforme queria Ignos.
Fase 1: A tragédia da Lua.
Como seria possível o cabelo de Maíla ter cor e textura de um pêssego maduro? Todas as meninas que se reuniram debaixo do salgueiro solitário fizeram aquela improvável associação. A relva crescia fresca e a chuva da madrugada deixou a manhã fria, mas com a empolgante promessa de uma tarde morna. O sol da manhã reluzia em todas as meninas reunidas, ajoelhadas na grama fofa. Elas tinham entre treze e dezesseis anos, como exigiam os livros antigos. De costas para o nascer do gigante de fogo, Maíla exibia suas mechas fascinantes junto com as outras dezenas de atributos que a tornavam alvo de admiração. Níveis opostos de admiração. Da devoção ás cavernas da inveja. Ali mesmo, dentre as jovens, até a mais bela trocaria de lugar com Maíla, a Encantadora das maravilhas. Ela já havia comemorado seus vinte e um anos e desde os quinze as pessoas lhe faziam reverências com os olhos brilhando de fascínio, afinal, a Encantadora das maravilhas era responsável por toda a felicidade que reinava nas terras suspensas de Gandânea. Maíla tentava enumerar as meninas ajoelhadas enquanto falava e se atrapalhou nos trinta e poucos. A história que estava contando exigia sua atenção.
_É claro que, provavelmente todas vocês já devem ter ouvido esse conto. Principalmente depois que vocês fizeram treze anos. É nessa hora que começa a grande expectativa. Como eu ia dizendo... Durante a criação de Gandânea, antes mesmo da criação do nosso calendário, houve um pacto entre o Primeiro Rei e os Feiticeiros viajantes: Eles deixariam a magia morar e proteger nossas terras enquanto a própria fosse guardada por uma única Encantadora.
_A própria? - _Quis saber uma das meninas. _A própria magia. As razões dos feiticeiros eram compreensíveis: A magia é energia divina que deve ser usada apenas para a criação do belo, uma extensão da natureza. A única maneira de garantir que a magia fique guardada por uma boa consciência, é colocando-a sob o domínio de apenas uma alma feminina. A alma de uma futura mãe. Essa Encantadora, no momento eu, deve cumprir a promessa de usar o Dom apenas na intenção de criar mais felicidade e beleza num ciclo infinito.
_Por isso os Feiticeiros viajantes dividiram a Lua. – Melina ia completar quinze anos em dois dias, mas já sabia se comportar como uma dama. Ela levantou a mão antes de contribuir para a conversa. - _Essa é a melhor parte.
_Sim, Melina. Por isso a Lua foi dividida. – Maíla continuou. - _Um grande encantamento fez com que a Lua se partisse e transitasse em órbitas opostas. As metades prateadas se cruzariam no espaço todas as noites, sem se tocar. Até o dia da nova nomeação. Quando a Lua se torna uma só, uma menina entre treze e dezesseis anos deve ser escolhida pela atual Encantadora e se tornar a próxima guardiã da magia.
O céu das terras de Gandânea estava com a textura macia, pintado com o azul mais fresco das últimas primaveras e revelava o corpo cru dos pedaços gigantescos de pedra que pairavam, se aproximando perigosamente. Os mais românticos diziam que eram os amores condenados que alimentavam o encantamento daqueles feiticeiros, fazendo a Lua se unir em um estouro desastroso. Os pedaços partidos em blocos disformes denunciavam que a Lua havia sido separada grosseiramente. Faltava pouco para que se chocassem mais uma vez. A visão era perturbadora, pois as coisas sempre mudavam quando a Lua se encontrava. Ainda que fossem novidades boas e belas, perturbava como qualquer mudança anunciada.
Maíla virou-se para contemplar a mesma beleza que suas candidatas admiravam. Seu vestido cor de esmeralda parecia vivo em seu corpo.
_No silêncio profundo, através da meditação, é possível ouvir o som das partes separadas se atraindo novamente. Quando o mar está calmo também ajuda. É um som indescritível que faz você mudar a maneira de enxergar a vida. É o som mais lindo que eu já ouvi. – Maíla voltou-se para as meninas. - _Quem sabe o nome que as partes da Lua receberam no dia que foram separadas?
A menina mais branca de todas, com o cabelo mais escuro e os olhos mais brilhantes, como carvalho no entardecer, se chamava Ricca. Ela sabia a resposta que Maíla pediu e falou mais rápido que suas amigas.
_Recebeu o nome dos feiticeiros que fizeram o encantamento: Ignos e Tário. Eles brigaram poucos dias após o rompimento da Lua e resolveram viajar para outras terras em caminhos opostos.
_Muito bem, Ricca. – Maíla completou. - _E ninguém sabe dizer se um dia os dois feiticeiros se encontraram novamente. Eles partiram e deixaram parte da magia em Gandânea. Até então, centenas de Encantadoras já passaram por essa vida guardando o Dom. E para terminar essa história, é bom lembrar o que acontece quando Ignos e Tário se afastam novamente.
Ricca e Melina responderam mais alto que todas as outras meninas empolgadas.
_É a hora das novas maravilhas!
_Sim. É o momento mais esperado de nosso povo. É quando a Encantadora usa todos os seus poderes para tornar reais as melhores peças de arte de nosso Reino. Depois que a Lua se junta, ela não leva mais de um mês para se dividir novamente. Até lá, a nova Encantadora tem a responsabilidade de preparar os eventos para a seleção dos artistas.
Ricca levantou a mão, mas já estava indagando antes que ela chegasse ao alto.
_Primeiro você tem que decidir quem vai ser a próxima Encantadora, né tia!
_Exatamente. Guardar a magia é uma tarefa de imensa responsabilidade. É um presente inestimável que mantém a paz e o amor aquecidos em nossas terras suspensas. Cada Encantadora escolhe o melhor método para decidir quem será a próxima guardiã. Por muito tempo, esse Dom foi mantido em família, de modo que a Encantadora ficava obcecada em gerar filhas que coincidissem a idade com o encontro de Ignos e Tário. As chances variavam muito. Hoje em dia qualquer uma de vocês tem a chance igual de se tornar a próxima Encantadora.
_Quando vai ser? – Uma menina de sardas que escondia os cabelos ruivos debaixo de um capuz como quem abafa chamas na cabeça, perguntou. - _Vai ser hoje, não vai?
_Sim, Mariana. Será em instantes. As meninas se levantaram para se abraçar e pularam de ansiedade dando gritos e beijos para a Lua.
Maíla quase gritou para ser ouvida.
_Eu me preocupei muito em ser justa. Vocês estão comemorando agora, mas apenas uma dormirá realizada esta noite. É importante que vocês não deixem sentimentos ruins crescerem. Eles retardam a união da Lua. Além do mais, o tempo de reinado de uma guardiã é indefinido. Pode ser que daqui um mês eles se encontrem novamente. O meu tempo termina hoje. Seis lindos anos.
Assim que a nova Encantadora for nomeada, ela aprenderá os segredos do Dom comigo. Melina tirou seu cabelo escorrido do rosto e fez a pergunta. Ela era a única que não havia prendido suas mechas em penteados elaborados.
_E você perde a magia?
_Não completamente. - Maíla continuou. - _A magia costumar deixar um pedaço dela. A tradição pede que a Encantadora parta em viagens por mundos distantes. Não é uma obrigação, principalmente se a Encantadora já tiver filhos. Mas muitas ficam empolgadas com essa aventura.
Nenhuma das meninas perguntou se Maíla partiria para terras distantes como fez Camila, sua antecessora. Ela não saberia responder. Ao menos ainda não tinha filhos nenhum. Ricca queria tanto ser a próxima guardiã que não deixou a conversa perder o foco. Ela poderia arrancar a magia do pescoço fino de Maíla.
_E qual foi a maneira justa que você conseguiu? Quer dizer... Você veio de família muito próxima do Rei. Não é nenhuma filha de costureira como eu.
Maíla tinha a resposta pronta e ficou feliz que Ricca conseguiu o silêncio das outras meninas, já que sua sinceridade permitia que ela falasse por todas.
_Simples. Vou fazer da mesma maneira que a Encantadora Camila fez quando me escolheu. Vou deixar a magia se atrair pela candidata que tiver mais talento para compreender os segredos do Dom.
_Camila também não era nenhuma camponesa. – Ricca comentou. _A decisão da magia é indiscutível e eu tenho certeza que não será uma escolha fácil. Todas vocês seriam ótimas Encantadoras.
Maíla apontou para o céu. Além do campo úmido de salgueiros que ela se reunia com suas candidatas, montanhas imponentes desenhavam rostos em perfil no horizonte. Além da mata distante, fumaças subiam nos centros das aldeias mais afastadas do castelo. A Encantadora passeou por uma hora com as meninas até aquele campo. Sempre após as oito da manhã, dezenas de borboletas gigantes cruzavam o campo em direção às florestas. Maíla esperava que o estrondo da Lua se chocando não as espantasse. Iria estragar o espetáculo.
Ignos e Tário se reencontraram depois de seis anos que Maíla foi nomeada Encantadora. Em toda a parte, os moradores de Gandânea estavam celebrando. Mesmo sem o brilho que o Sol emprestava durante a noite, as rochas gigantescas deram um tremendo espetáculo espalhando energia e calor junto com o estouro ensurdecedor. Aí só ficou a paz.
Trinta e oito meninas entre treze e dezesseis anos, de todas as cores que a pele inventava; traços que o rosto fazia, tamanho que se esticava ou encolhia e os fios de variados tipos que exibiam... Não era possível afirmar qual era a mais bela. As candidatas se enfileiraram debaixo dos galhos melancólicos do grande salgueiro e fecharam os olhos assim que Maíla pediu. A Encantadora tinha uma novidade para contar.
_O feiticeiros presentearam nossas terras com o Dom da magia. Essa energia transformadora fica canalizada em um talismã da preferência da Encantadora atual. No meu caso: a luz dos meus cabelos.
Maíla estendeu seu braço esquerdo e uma luz brilhou forte por baixo dos fios sedosos cor de pêssego que todas as mulheres do Reino gostariam de ter. Essa luz, concentrada deixou os fios de Maíla e percorreu seu braço até repousar na palma da mão. Nesse momento, fez-se o silêncio da curiosidade e todas ouviram música e gritos de celebração que se misturavam com o som do impacto da Lua. Todos os animais da natureza emitiam seus sons tentando se comunicar também.
_Não abram os olhos. – Uma pequena fração da luz que Maíla sustentava voltou para seus cabelos e ele ganhou um brilho discreto. - _A magia acaba de me presentear com um pedaço de seu Dom, que ficará comigo para sempre. Agora, a energia irá procurar uma de vocês.
Maíla deixou que a bolha de luz percorresse por cima de todas as meninas. A magia fez seu trajeto três vezes até parar sobre a cabeça de Melina.
_Melina é a nova Encantadora! – As meninas arregalaram seus olhos. – A filha do Rei Rembrante.
Ricca destruiu seu vestido vermelho arrancando as pétalas frescas que brotavam no tecido. Ela esperneava e já tinha lágrimas nos olhos quando apontou para Maíla.
_Você acha isso justo? Ela já é uma princesa! Ela já tem tudo. Os meus sonhos não valem de nada? Não é justo!
_Ricca, você passou dos limites. Não aponte o dedo para um adulto. Para ninguém! – Maíla estalou os dedos e fez com que nascesse uma rosa para cada pétala que Ricca jogou no chão. - _ Você é tão talentosa com a costura. Tenho certeza que se tornará uma excelente artista... Uma Guerreira do Dom!
_Eu não quero! Eu nunca mais vou costurar nada! Eu vou sumir daqui.
A pequena Ricca deitou os cabelos negros no vento e correu na direção da floresta que se perdia em tons verde escuro, tão longe as árvores iam. Maíla levantou a mão na direção de um pássaro azul que observava a cena e ele voou atrás de Ricca.
_Ela precisa pensar sozinha e se acalmar. - Maíla comentou.
As outras meninas ficaram receosas em abraçar Melina, já que a luz da magia não parava de fazer círculos ao redor dela. Maíla tinha sua primeira lição a ensinar.
_Para proteger a magia, você deve canalizá-la em um talismã. Use sua criatividade.
Melina não estava radiante como qualquer candidata ficaria no lugar dela. Ricca era sua amiga de infância, filha de Berta, a costureira do castelo. A nova Encantadora pensou em uma maneira de aliviar o sofrimento de sua amiga.
_Eu vou procurar Ricca para ela decidir qual deve ser o talismã.
_Você tem um coração de ouro. A magia não fez a escolha errada. Mas lembre-se das regras dos feiticeiros: A magia deve ser usada apenas para criar mais felicidade e beleza e só pode pertencer às mulheres escolhidas no encontro de Ignos e Tário. Ricca pode escolher o talismã, mas é você quem deve cuidar dele.
_Sim, senhora. Eu vou correr atrás dela.
Melina seguiu o rastro de Ricca pela grama até desaparecer entre as árvores mais jovens da floresta e foi seguida pela bolha de luz. Maíla ficou falando sozinha.
_Hoje, depois do almoço começaremos suas aulas. Não temos tempo a perder! Algumas árvores da floresta tinham folhas enormes que choravam o excesso de água da chuva anterior. Ricca estava jogada sobre uma poça de lama criada por essa chuva. O pequeno pássaro azul guiou Melina até lá.
_Ricca! Ricca, não precisa ficar assim. Agora eu sou a guardiã da magia, nós vamos nos divertir muito. Eu posso até levar você pras aulas. E Maíla deixou que você escolhesse o talismã.
A pequena Ricca tirou a lama que sujava seu rosto e se diluía nas lágrimas. Ela catou o pássaro azul que passou por ela cantarolando e o apertou com toda força.
_Eu não quero mais saber disso! Não vou escolher talismã nenhum. Eu não sou nada! Nada!
_Larga o pássaro! Ricca lançou o pássaro na lama e ele soltou um silvo fraco antes de paralisar. Melina estava apavorada. _Você matou o pássaro! Ricca, o que você fez?
_Foi sem querer. Eu não queria.
As duas choraram sobre o pássaro que estava completamente coberto pela lama. Ricca entrou em desespero e se ajoelhou aos pés de Melina. Ela poderia passar o resto da primavera em casa pelo o que fez.
_Use a magia! Salva esse pássaro. Ou me transforma em pedra de uma vez. É o que eu mereço.
_Calma. Ele está vivo. Eu sei o que vou fazer. Eu tenho que usar a imaginação.
_Salva ele, eu não vou suportar essa culpa!
Com os olhos fechados, Melina conseguiu se concentrar melhor em seu pedido. Ela colocou o pássaro ferido em sua mão e soprou em suas penas. Imediatamente, a luz que circulava Melina seguiu seu sopro para dentro do pássaro. O pequeno voador se esticou, arregalou os olhos, inflou como um balão e começou a voar soltando pios alegres.
_Acho que tanta magia deixou você gordo! - Melina e Ricca não paravam de rir do jeito desajeitado que o pássaro voava. A Encantadora lhe deu um nome. - _Você agora é o meu talismã; vai se chamar... Ermes.
_Ele ficou muito engraçado com essas asas pequenas. – Ricca abraçou Melina ainda com o rosto molhado. - _Me desculpa pelo o que eu fiz. Eu estou feliz por você.
As meninas escutaram a voz de Maíla gritando seus nomes com a voz preocupada. Maíla não se conformaria em viver seu momento mais feliz enquanto sua melhor amiga sofria para sorrir.
_Você também pode ser uma Encantadora, como eu.
_Impossível, apenas as escolhidas podem experimentar a magia.
_Sempre que você precisar fazer magia chame por Ermes. Ele vai voar até você e te obedecer.
_Você está falando sério? Seria um sonho.
_Nós somos melhores amigas. Devemos ter os melhores segredos. Não conte isso para ninguém. Nem sua mãe.
Ricca pulou sobre Melina e as duas caíram na lama juntas. Maíla surgiu cercada por dois cavaleiros do Rei, que faziam a guarda da Princesa Melina.
_Vocês estão imundas! Não dá pra aparecer no baile da Lua desse jeito. Vamos embora. Vocês e esse talismã... É o pássaro azul que eu mandei pra cá?
_Sim. – Melina respondeu. - _Não é uma graça? É o Ermes. Foi Ricca quem escolheu.
Autor(a): valentinho
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Fase 2: O labirinto rubro. As terras de Gandânea ficavam suspensas milhares de pés acima das terras do mar. O deserto que cercava Gandânea era tão extenso e inóspito que quando seus habitantes precisavam descer, eles caíam por um buraco no centro do Reino. Era a mesma cratera que escoava as águas frias das mon ...
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