Fanfic: *Just Friends* (Terminada)

Pov. Penélope, Everybody Talk- Neon Trees:

O caminho inteiro foi em silêncio. Mas não deixei de reparar que Jake quanto Gabe ficaram surpresos e um pouco excitados com minha produção. Na verdade aquela roupa que eu estava usando era da minha prima e os sapatos da minha mãe. Até porque eu não tinha nenhuma roupa parecida no meu armário. Quando ele parou o carro no estacionamento da lanchonete mais badalada da cidade, a Prisma. Onde motoqueiros faziam seus rachas, inclusive Gabe participava daquela palhaçada toda. Já os rachas de carro, podíamos ver nos Cais.

-Tem certeza que é aqui?-perguntei um pouco confusa.

-Pensei que gostava daqui!

-Pois é... Muita gente pro meu gosto...

-Quer ir para outro lugar?

Enquanto ele falava, pela janela da lanchonete vi Samantha rodeada dos meninos que freqüentavam a pista de skate inclusive Thomas. Aquele era o momento de dar o troco para ela, que sempre me humilhava e mostrar que eu sabia seduzir alguém. Ou despertar o desejo de alguém. Jake era a cobaia, porque ele era lindo e parecia mais velho.

-Não! Vamos entrar!-abri a porta do carro e saí antes que ele pudesse protestar.

Ele desligou o motor, e desceu. Percebi que ele usava uma calça jeans desbotada e uma regata branca mostrando suas tattos nos braços, e um tênis Jordan’s.

Entramos na lanchonete e todos os olhares foram para nós, Jake que era do mesmo tamanho que eu, parecia mais alto. Passamos por algumas mesas e sentamos numa delas no canto, perto da janela. Samantha não tirava seus olhos de mim, nem os garotos.

- Realmente você está muito bonita. – disse ele.

- Obrigado... Normalmente ninguém me elogia assim! – falei com vergonha.

- Me desculpa devia ter elogiado você no carro!

- Ah não, ta tudo bem!

-Vão querer o quê? – perguntou Amanda, a garçonete, ela estava com um vestido estilo anos 80 e de patins – Penélope! Namorando muito? Pensei que nunca ia ter um namorado depois do louco do Peter...

-Seu trabalho é anotar pedidos e entregá-los a mesa. Não cuidar da vida dos clientes! – falei sorrindo.

-Enfim, vão querer o quê?

-Para mim, um x-burger, uma porção de batatas fritas e ketchup, muito ketchup. E um Milk-shake de chocolate! – falei.

Jake me olhou como se eu fosse uma obesa, pedindo mais comida.

-O mesmo que o dela! Mas sem fritas! – disse ele.

Amanda anotou e saiu rebolando naqueles patins.

-Sinceramente você está atraindo todos os olhares! – disse Jake.

-Ninguém nunca reparou em mim. O que importa para essa sociedade hipócrita são a beleza e feminilidade, eu não tenho nenhum dos dois!

-Claro que tem, Aliás, já te vi andando de skate! Você é boa...

-Eu gosto me faz esquecer os problemas.

-Eu andava de bmx! Mas parei quando fui pra faculdade...

-Você ta na faculdade? – perguntei não acreditando.

-Estou eu dou aulas de reforço lá no colégio agora nas férias e ganho dinheiro por isso.

-Hum... Você é bom?

-Maravilhoso em tudo o que eu faço! – respondeu ele com duplo sentido.

-E sua família, amigos? – perguntei.

-Quer que eu faça uma biografia minha para você?

-Eu adoraria ler, a vida de Jake. Mas esse não é seu nome mesmo, é?

-Não! – ele se ajeitou na cadeira.

-Aqui! - Amanda colocou toda a comida na mesa e sorriu. – Continue comendo assim Penélope. Um dia você chega lá!

Ela se afastou e não entendi nada.

-Meu nome é Jonhy Lautner. Nome feio...

-Achei melhor que o meu Penélope Smith. Meu Deus, eu odeio o Smith do meu nome!

-Bom... Eu odeio tudo em mim!- ele deu uma mordida em seu hambúrguer.

-E... Mas enfim, diga-me mais sobre você Jonhy! – falei provocando-o.

-Sou de Los Angeles, tenho uma irmã que esta viajando e... Acho que só isso! Meus pais morreram por uma falha medica e eu e minha irmã nunca perdoamos os médicos que fizeram isso...

-Que triste... - sussurrei.

-Pois é...

-Eu também tenho um irmão! Natanael.

-Conte-me mais! Penélope!

Eu tive que rir. Comecei a comer minhas batatas.

-Bom, ele faz de tudo pra me ferrar. Mas no fundo sempre me ajuda quando entro numa roubada. Tenho um velho carro como você já viu, e tenho um melhor-amigo, sinceramente eu tenho uma paixão por ele, mas nada sério até porque ele não sente o mesmo!

-É aquele garoto que estava hoje com você no estacionamento? – perguntou ele tomando meu Milk-shake.

-Hey folgado!-lhe dei um tapa na mão e ele deixou minha bebida e bebeu a dele. – Não, o nome dele é Gabriel, mas todo mundo chama de Gabe!

-Hum... É uma pena que eu não conheça...

-Pois é... Vocês dois seriam bons amigos.

-Garanto que sim! Enfim conte mais...

-Você é muito enxerido sabia? – fiz uma careta.

-Só quero saber em que território está me metendo, não quero levar bomba e sair ferido!

-Garanto que o território é ótimo! – falei em duplo sentido, ele riu.

-Uia! Eu gostei... -sussurrou. – Mas e esse Gabe? Você realmente sente algo por ele?

-Sinto.

-É uma pena que um idiota como ele, não perceba a incrível garota que você é. E olha que eu só te conheço há um dia, imagina ele.

Eu tive que sorrir, Jake me tratava como nenhum garoto antes me havia tratado. Mas sei que tudo era papo, como Peter me conquistou Jake faria o mesmo, me encantaria com seu romantismo e me enrolaria com seu papo furado.

Quando ele parou o carro na frente da minha casa permanecemos em silêncio. Eu não queria me despedir, pois me diverti muito com ele. E o conheci bastante.

-Foi muito divertido! – falei colocando a mão na trava que abria a porta.

-Podemos sair novamente?-perguntou ele esperançoso.

-Claro!-abri a porta e coloquei os pés pra fora.

Ele me puxou e se inclinou por cima da marcha para me beijar, eu retribuo o beijo e ele aprofundou a pressão das nossas bocas, uma contra a outra e senti sua língua pela minha. Suas mãos já estavam na minha cintura me puxando para dentro do carro, senti seu corpo de colando ao meu e o ar começou a nos faltar. Ele me soltou e eu sorri.

-ATÉ amanhã! – Sái do carro envergonhada e fechei a porta. Atravessei o jardim.

Ele ligou o motor e saiu na maior velocidade. (Porque todo mundo nesta história gosta de andar em alta velocidade?) Do outro lado da rua, vi Gabe olhando pra mim da janela da sala. Acenei mas ele não retribuiu. Entrei em casa e estava tudo escuro, atravessei a sala e tirei os saltos para não fazer barulho, quando cheguei ao inicio da escada as luzes do abajur da sala se acenderam e vi os rostos dos meus pais.

-Onde a mocinha estava?- perguntou minha mãe. Como naquelas cenas de filmes, que as filhas são sempre pegas chegando tarde da noite em casa.