Fanfic:  ♥♥ 30 segundos aya ♥♥ [FINALIZADA] | Tema: anahi y alfonso mini-web

— Precisa aprender a ouvir o que lhe digo. — Apesar de seu tom de vitória, havia um carinho fora do comum em suas palavras. — E não foi tão terrível assim. — Soltou mais uma risada e tirou sua bolsa do ombro, procurando por algo. Depois de alguns instantes, levantou em minha direção um pedaço de pano preto quase do tamanho da palma de sua mão. — Olha, consegui um pedaço da jaqueta carérrima do cantor! — Exclamou orgulhosa, me fazendo gargalhar com a situação.

Sempre tão risonha, tão carinhosa, e sem deixar de ser extremamente sexy. Seu jeito difícil sempre me encantou. Que saudade! Martirizo-me por não poder me despedir devidamente dela.

Somente consegui roubar-lhe um beijo depois do nosso quarto encontro! E valeu realmente à pena esperar por ele. Sua boca macia se encaixa perfeitamente a minha desde aquele primeiro contato! Já naquela época eu soube que ela seria a mulher que eu queria levar comigo para onde quer que eu fosse; faria-me feliz, seria a mãe dos meus filhos, que, aliás, farão uma falta gigantesca! Parte-me o coração saber que eu vou ser obrigado a deixá-los tão pequenos. Chega a ser estúpido este fato.

E é neste momento que a última vez que falei com eles me vem à cabeça. A imagem aparece quase transparente em minha frente, sendo embaçada pelo vento forte que vem em minha direção.

Hoje de manhã, meus meninos vieram até nossa cama e pularam em cima de nós dois. Anahí, como sempre, abriu o mais largo sorriso e os abraçou com todo o coração, enquanto eu peguei meu travesseiro e taquei nos dois, fazendo-os soltarem uma gargalhada, enchendo o quarto de alegria. Foi uma brincadeira evidente, porém se tivessem chegado dez minutos antes, pegariam os pais nus. Ainda bem que eu já estava de cueca e Anahí de camisola.

Levantamos alegres, as crianças foram sentar-se à mesa da copa. Eu estava já com meu equipamento de trabalho na minha mochila enorme, preparado para sair. Antes de passar pela porta da sala, avistei Anahí com a mão sobre o peito.

— O que aconteceu, meu amor? — Perguntei enquanto tocava sua mão.

— Não sei ao certo, Poncho. — Disse com uma ruga de preocupação entre as sobrancelhas. — Estou com um péssimo pressentimento. — Neguei com minha cabeça e dei-lhe um selinho carinhoso. — Não vá hoje ao trabalho. Fique conosco.

— Ora, pare de bobagem. — Acariciei-lhe os longos cabelos sobre os ombros. — Chego a tempo do jantar. — Sorri para ela e, logo após depositar um beijo em cada um dos meninos, saí pela porta.