Fanfic: Quebrando A Rotina [FINALIZADA] | Tema: Anahi e Dulce - Portiñon

Any e Dul ficaram abraçadas por alguns minutos até o pranto de Dulce cessar. Ela ficou quieta logo em seguida, secou suas lágrimas, Anahí continuava abraçada a sua esposa, nada compreendia, até que interrompeu o silêncio.

-- O que está acontecendo com você meu amor? – indagou Anahí confusa e tensa. – Porque chegou assim? – suspirou e completou. – Fiquei preocupada meu anjo. – disse ela beijando a testa de Dulce.

-- Me perdoa, sou uma péssima esposa. Não te mereço... – Dul tentava se controlar, tremia e não conseguia articular uma explicação.

-- Vamos dormir Dul. Amanhã com mais calma conversamos. Está bem? – Anahí perguntou segurando o rosto de sua esposa entre suas mãos, logo em seguida selando os lábios dela.

Anahí banhou Dulce, ficou fazendo cafuné nela até a mesma dormir. Tinha tantas coisas para perguntar, mas o estado de sua esposa não ajudava. Ficou velando o sono dela até adormecer também.

[...]

Dia seguinte Dulce acordou primeiro, olhou em volta do quarto, algumas lembranças da noite povoaram sua mente, veio a melancolia de novo, mas tinha tomado uma decisão. E precisava conversar com sua esposa. Acabou acordando sua esposa também com um movimento leve na cama.

-- Bom dia bebê. – disse Anahí sonolenta e sorrindo.

-- Bom dia minha linda e amada esposa. – Dul disse fazendo carinho na face de Anahí e selando os lábios dela demoradamente.

-- Que amor é esse hein? – brincou Anahí sentando-se na cama.

-- Te amo e nunca se esqueça disso Any. – disse Dul com pesar.

Ambas tomaram banho juntos, em meio a caricias e beijos, se amaram no chuveiro e logo foram tomar café, Dulce tentava reunir coragem para abrir o jogo, preferia ela contar sobre seu passado. Anahí percebeu Dulce inquieta e tensa ao mesmo tempo, mas preferiu o silêncio, não queria pressiona-la.

-- Any você pode faltar ao trabalho hoje? – Dul perguntou segurando a mão de Any e a olhando nos olhos. Any tomou o ultimo gole do café e arqueou a sobrancelha.

-- Algum problema Dulce? – perguntou tensa. – E respondendo sua pergunta, não há problema em faltar, apenas farei um ligação. Já retorno. – dito isso Anahí levantou-se e foi providenciar o pedido de sua esposa, voltou alguns minutos depois.

-- Lembra quando me perguntou sobre meu passado certa vez? – Dul perguntou e Anahi assentiu. Ambas encaminharam-se para a sala, sentaram-se no sofá.

-- Sim, o que tem isso Dulce. Você está estranha. Chegou bêbada ontem, não entendi nada do seu ataque de choro, estou confusa. – disse Anahí em um suspiro longo.

-- Desculpa, mas eu precisava pensar antes de te falar. Pois bem. – Dul suspirou, mirou nos olhos da esposa, segurou suas mãos junto as dela. – Eu sou a responsável indiretamente da morte do meu ex namorado. – Dul disse direta. Anahí arregalou os olhos.

-- Como? – Anahi perguntou puxando suas mãos rapidamente e levantando-se abruptamente.

-- Anahí me escuta. Vou contar o que aconteceu. Vai me ouvir e depois pense o que quiser. Está disposta a ouvir? – indagou Dul com medo e tensa.

-- Sim Dulce. Sou toda ouvidos. Pode começar. – Anahí disse sentando-se novamente no sofá.

-- Eu tenho vergonha de assumir isso, por isso nunca quis contar. – Dul suspirou e continuou, lágrimas queiram descer por seu rosto, mas buscou forças para não desabar completamente. – Ele era violento. – Anahi arregalou os olhos, não imaginava isso, Dul sempre foi reservada, mas acenou para que ela continuasse a explicar. – Eu sofria ameaças, abusos por parte dele. Um dia Christopher chegou muito bêbado e drogado, tinha descoberto que iria morrer por conta de uma doença rara em seu cérebro, estava fora de si, tentou me forçar a tran...sar com ele, eu relutei, eu tinha jurado para mim que não sofreria isso, poderia ter apanhado e ficado quieta, mas este tipo de trauma eu não carregaria, eu peguei a primeira coisa pesa o suficiente que vi pela frente e acertei nele. Eu estava desesperada, entrei em pânico quando o vi desacordado, eu não queria mata-lo, apenas queria me defender. – lágrimas escorriam dos olhos de Dulce. – Como uma pessoa pode mudar tanto? Eu sempre estive para ele, o que ganhei em troca? Eu não sabia o que fazer, fiquei igual a uma barata tonta, com medo acuada, para meu azar a mãe dele resolveu aparecer por lá, ela me odiava. – Dul ficou quieta um pouco e respirou, logo continuou. – Ela fez da minha vida um inferno, me acusou de assassinato, fui a julgamento, isso aconteceu em outro país, eu morei um ano na Espanha. Éramos felizes até o dia que conheceu as drogas, daí meu martírio começou. Fui condenada a pagar pelo crime, a mãe dele me ferrou legal, consegui provar minha inocência e arquivar o fato dois anos depois da morte dele. Eu não tive escolhas, era eu ou ele. – Dulce terminou de falar e caiu em um choro compulsivo. Anahí fitou-a sem reação. Ficou um silêncio mortal entre as duas, até Dul indagar.

-- Vou entender se quiser me deixar Any, afinal não fui totalmente honesta com você. – disse ela resignada com o que acabara de relatar.

-- Não sei o que dizer Dulce. Nunca pensei nada disso. Caramba! – disse Anahí atordoada, muitas informações diretas.

-- Anahí eu fui fraca ao guardar isso, mas eu queria te poupar... – Dul disse baixando a cabeça.

-- Você poderia ter confiado em mim Dulce. Sou sua mulher, sua amiga, sua companheira, sua amante, faço tudo por você, exigiria no mínimo sinceridade por sua parte, mas não estou magoada. Você resolveu contar e isso basta. Confiou em mim. – Anahí a abraçou e fez carinho na cabeça. Dul engoliu seco, não tinha coragem de dizer se não estivesse sendo chantageada por Amanda.

-- Obrigada Any, meu amor. Eu te amo. – Dul disse sorrindo fraco, mas aliviada.

-- Que bom que sentiu-se bem para contar para mim. Detestaria saber disso por outra pessoa. – disse Any sincera. Selou os lábios da esposa, abraçou-a carinhosamente. Dulce ficou em uma guerra interna, contaria para Anahí que só contou porque está sendo coagida e que não pretendia mexer no passado. Afinal o que passou não se deve remexer, achou melhor ficar quieta. As duas curtiram o dia, já que Anahí assim como Dulce tinham tirado o dia de folga.

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