Fanfic: Quebrando A Rotina [FINALIZADA] | Tema: Anahi e Dulce - Portiñon

Alfonso ficou preocupado com o estado de sua irmã, acordou cedo, preparou um café rápido, e logo saiu. Deixou um bilhete colado na geladeira para a irmã. E rumou direto para a empresa de Dulce, precisava esclarecer as coisas, queria entender o que estava acontecendo. Ficou na rua enrolando, tomou seu café em uma padaria perto do escritório de Dulce até dar a hora de falar com ela.

***

Dulce Narrando On

Acordei com uma p*uta de uma dor de cabeça. Depois de 2 anos acordar sozinha na cama não é nada fácil, sinto falta da minha mulher, mas eu estava metida em uma enrascada.

-- Cara*lho! – gritei desesperada colocou as mãos em minha cabeça, não sabia o que fazer, minha estava uma bagunça, estava perdida e sem a mínima ideia do que fazer, imaginar a minha Any sofrendo partia meu coração. Ver aqueles olhos dela olhando para mim decepcionada, eu não aguentaria indiferença por parte dela. Não conseguia me lembrar de nada, que droga!

Olhei para meu relógio, o mesmo marcava 7:00 horas da manhã, significava que já estava atrasada, mas quando se está triste e sofrendo, o resto do mundo parece inexistente. Tomei um banho rápido, me arrumei e fui sem tomar café mesmo, precisava arrumar um lugar para morar, mas não desistirei de você Anahí, não mesmo. Fui direto para o escritório, mal dei bom dia, minha animação não era uma das melhores, assim que entrei em minha sala me joguei na minha cadeira, lágrimas escorreram novamente por minha face.

Era difícil me controlar, estava desesperada, não podia ficar sem ela. Peguei os papéis em minha mesa, tentei me concentrar, mas estava difícil, minha cabeça latejava, apesar de ter tomado remédio.

Escutei batidas na porta, mandei entrar quem batia.

-- Entre!

-- Senhora Dulce. Um senhor identificou-se como Alfonso Castro Gutierrez e quer falar com você, ele pode entrar? – minha secretária perguntou.

-- Claro. Mande-o entrar. – respondi sem muita cerimônia. Ela assentiu e foi fazer o que me avisou. O que ele estava fazendo aqui? Será que ele sabe da Any? Parei com meu monólogo assim que ele me cumprimentou.

-- Olá Dulce, sei que é estranho me ver por aqui. Tudo bem? – eu sorri, ele foi simpático.

-- Tudo bem sim e você? Sem problemas Alfonso. A que devo sua visita, embora eu saiba mais ou menos. – respondi.

-- Estou bem. Eu quero saber a sua versão sobre os fatos Dulce. – nossa, ele foi bem direto hein. Sorri de nervoso maneando a cabeça afirmativamente depois de bufar um pouco.

-- Entendo. Vou ser breve. – sorri de canto. – Eu tive um... – relatei todos os fatos que lembre para ele, Alfonso em nenhum momento me interrompeu, me escutou silenciosamente, fiquei apreensiva na verdade.

-- Nossa! – foi o que ele disse quando terminei de falar. – Podemos conversar em outro lugar? – ele me perguntou, eu estranhei.

-- Porque? Algum problema em ser aqui? – indaguei confusa e arqueei a sobrancelha, ele sorriu e negou, apenas foi direto.

-- As paredes tem ouvido Dulce. – ele disse apenas. Alfonso é um cara esperto, ambos não perceberam, mas Amanda ouvia tudo de sua sala, tinha colocado uma escuta no escritório de Dulce.

-- Certo. – sorri com o que ele disse.

-- Eu mando mensagem para você avisando do local e dia. Tenho que trabalhar agora. Até mais cunhada. Se cuida e não faça nenhuma besteira. – eles se abraçaram, as mágoas do passado já tinha sido apagadas.

Dulce Narrando Off

Anahí acordou tarde, já tinha avisado Rodrigo que ficaria uma semana afastada da empresa, precisa pensar no que fazer, por isso precisaria de paz. Ela tomou um banho, foi até a cozinha, viu o bilhete do irmão e riu sozinha. Ajeitou-se, e foi para a casa dos pais, queria ter sossego. E ainda de quebra colo dos pais, estava magoado e ferida. Não aceitava a “traição” da esposa. Sentia-se vazia, como se parte do seu corpo fora tirado de si. Dirigiu rumo ao chalé de seus pais. Quando chegou lá, seus pais estranharam, mas adoraram a visita inusitada.

-- Filha esta tudo bem? – mãe de Any perguntou a abraçando. Anahí cedeu as lágrimas. Dona Helena não entendeu nada.

-- Só me abraça... por favor... – Anahi disse com a voz embargada pelo choro.

-- O que houve meu anjo. – Helena disse abraçando a filha bem apertado. – Vem, vamos entrar. – as duas foram para dentro da casa, Any estava em prantos, não conseguia evitar, estava sofrendo muito.

Ela ficou ali uns 3 dias, só ligava para Megan para saber da filha. Sentia saudades de sua filha, mas precisava deste tempo para colocar sua vida em ordem, conversou muito com os pais, eles sempre a aconselhando a pensar de cabeça fria, mas ela estava irredutível. Esses dias que ficou ali só chorava, seu sofrimento era de dar pena, a mesma coisa acontecia com Dulce, ambas com seus corações aflitos e a dor que dilacerava suas existências, duas pessoas cabeças-duras. Dul tentou entrar em contato, mas resolveu dar espaço para Anahí. Não queria forçar uma aproximação de obrigação. As duas apenas faziam as coisas mecanicamente, tinham pensamentos perdidos.

***

Alfonso ficou intrigado desde a última conversa que teve de Dulce. Tinha concluído que ela foi vítima de uma armação de Amanda. Ele propôs a Dul seduziar Amanda para arrancar a verdade dela. No início Dul relutou, não quis de jeito nenhum.

-- É o único jeito Dulce. – Poncho tentava convence-la.

-- E a Any, ela vai me odiar... – Dulce argumentou. Poncho bufou impaciente.

-- Quer ter minha irmã de volta? Quer curar sua fossa? Quer parar de chorar pelos cantos? Quer ter sua cama vazia todas as noites? – Poncho foi enfático. Dul surpreendeu-se.

-- Mas... – ela suspirou derrotada. – Eu vou fazer isso.

-- Depois que desmascarar ela, eu te ajudo com a Any. Ela vai te odiar, mas temos que tentar. – Poncho disse e sorriu. Dul assentiu.