Fanfic: A Aposta (Trendy e Barken) | Tema: RBD/Trendy/Barken
Capítulo 108
Pesadelos.
Dulce estava deitada. Estava em um sono profundo.
Acordou repentinamente ao ouvir um estrondo por alguém bater a porta forte ao ter entrado em seu quarto.
– Acorda, Dulce María. – ouviu seu pai com aquela voz habitual de raiva tentando acordá-la, sentiu o primeiro soco dele acertando seu rosto.
Tentou desviar do segundo, mas não conseguiu, seu pai estava em vantagem pela posição. Já sentia sangue escorrendo por seu nariz, como sempre.
Gritava tentando fazê-lo parar, mas não adiantava. Ele continuava batendo-a repetidamente. Sem cansar. Já estava sentindo seu rosto ficar desfigurado, de tanto que estava apanhando.
Ela continuava gritando, já sentia sua voz ficando rouca, de tanto que gritava.
Poncho acordou assustado, ouvindo Dulce se remexer na cama.
Parecia que ela estava tentando se esquivar de alguma coisa. Ainda estava meio grogue de sono, então demorou para conseguir raciocinar o que podia fazer. Só acordou de verdade, quando Dulce já começara a gritar.
– Para! Para com isso!!!! – gritou, ofegante, afundando a cabeça no travesseiro. Virava o rosto pra todos os lados. Poncho se levantou, ainda meio grogue, se aproximou de Dulce e começou a mexer nela.
– Dulce! Dulce, acorda. – chacoalhou ela forte. – Dulce!!!!
Ela acordou, assustada, em estado de alerta. Ainda estava muito assustada pelo pesadelo, sentiu as mãos de Poncho em seus braços e nem lembrando que aquilo era realidade e era seu marido que estava ali a segurando, ela meteu um tapa na cara dele. Poncho a soltou imediatamente e não conseguiu evitar de soltar um grito, colocando a mão no nariz logo de cara.
Com isso, Dulce deu uma acordada e percebeu que não estava mais no seu sonho. Não estava no seu quarto antigo, nem tinha seu pai batendo nela como fizera por anos. Respirou, aliviada, colocando a mão no peito. Só depois foi lembrar de Poncho que estava ao seu lado, um pouco abaixado e gemendo, com o nariz vermelho.
– Poncho. – se levantou, só para ficar do lado dele, mesmo a médica tendo a alertado mais cedo que era melhor ficar deitada durante os próximos dias. – Me desculpe. Eu não queria...
Foram interrompidos por um enfermeiro que estava de plantão, que apareceu na porta do quarto.
– Está tudo bem por aqui?
– Sim. Está tudo bem. Não se preocupe.
– Tem certeza, senhora?
– Sim, pode ir.
O enfermeiro assentiu, um pouco desconfiado, mas saiu.
– Amor, me desculpe.
– Não tem problema. - disse, tirando a mão do nariz, que continuava vermelho. Dulce olhou e se sentiu culpada.
– Querido... Perdão, meu amor. Eu não queria... – o abraçou e se deixou chorar. Ainda estava com o pesadelo fresco em sua mente, relembrando todos aqueles péssimos momentos que havia passado na infância.
– Dulce? Você tá chorando? – retribui o abraço fazendo carinho nas costas dela. – O que aconteceu, meu amor? Foi um pesadelo?
Dulce assentiu, ainda com o rosto pressionado contra o peito dele.
– Tudo bem, já passou. Se senta aqui, vem. – direcionou ela até a cama, fazendo-a sentar ali. – Você quer água? – ela afirmou com a cabeça, ele foi até a geladeira que tinha ali e pegou uma garrafa de água, pegou um copo de plástico que estava ali no balcão e levou pra ela. – Aqui, toma. – deu a ela, que bebeu tudo de uma vez.
Dulce só foi se recuperar daquele pesadelo uns dez minutos depois disso. Poncho continuava ali. A consolando.
– Se sente melhor agora? – perguntou, preocupado.
– Sim. Foi só um sonho.
– Certo. Mas Dulce... Não é a primeira vez que tem um pesadelo assim. É a primeira vez que você ficou se contorcendo e gritando de verdade, mas lembro de algumas vezes em que você colocava as mãos na frente do rosto e pedia pra alguém parar com alguma coisa. O que é isso? Tem alguma coisa que eu não saiba?
Dulce deu de ombros.
– Não, tenho esse pesadelo várias vezes, é só isso.
– Tem certeza?
– Sim.
Poncho não acreditou nem um pouco nisso.
– Não quer me falar o que acontece nesse sonho?
– Não, não quero lembrar dele.
– Tá, não vou insistir. – respirou fundo. – Quer voltar a dormir?
– Não acho que eu vá conseguir. – colocou o copo d`água no criado-mudo. – Que horas são?
Poncho se levantou pra pegar seu celular.
– São seis da manhã. Você dormiu era umas nove... É, até que dormiu bem.
– Acho que não quero mais dormir. Nem vou conseguir mesmo.
– Não quer mesmo? Se quiser eu deito aí com você.
– Não, não precisa. Dormir demais também não é bom. - Dulce puxou a coberta, se ajeitando embaixo dela novamente. – Se quiser voltar a dormir, pode voltar. Vou ficar assistindo tv.
– Tá, vou dar mais uma cochilada então, mas qualquer coisa me acorde.
– Ok.
– É sério mesmo, tá? Me acorde mesmo.
– Tá bom, Poncho. Eu entendi. Dorme logo.
Poncho suspirou e se deitou novamente, tentando dar ao menos mais uma cochilada. Sabia que seria difícil depois de ter levado aquele belo tapa que levou, mas ainda sentia um pouco de sono, então estava tentando dormir.
Dulce estava numa situação contrária.
Não sentia mais sono. Ainda bem, pois com certeza não conseguiria dormir depois daquilo. A conversa com Anny deve ter feito ela sonhar com isso.
Tudo parecia tão real, era como se ainda pudesse sentir os socos que havia levado no sonho. Era como se sentisse seu rosto ainda todo desfigurado, como no sonho. Estava há meses sem sonhar com aquilo. Dulce não sabia descrever o quanto detestava seu pai. Ele acabara com a sua vida. Ainda tinha cicatrizes pelo corpo, dos socos e chutes que levara na infância, mas o maior problema não era as cicatrizes externas, mas sim as internas, as que estavam em sua mente.
Tinha algumas que mesmo com o tempo, ainda não tinham cicatrizado. Isso vinha em forma de pesadelo. Dul só sabia de uma coisa: Nunca, em momento algum na sua vida, deixaria seu pai ficar sozinho com a sua filha. Nem por cima de seu cadáver. Se Dulce era essa pessoa que era hoje, assustada, meio explosiva, fria, era por conta de seu pai. Com ele fora desse jeito, mas daria tudo que seu pai não deu à ela para sua filha. Amor. Sua filha seria a pessoa mais amada no mundo. Dulce nunca levantaria a mão pra ela, nem deixaria ninguém fazer isso, a protegeria de uma forma que ela nunca foi protegida. Sua mãe a protegia do seu pai quando podia, sim. Mas era complicado. Ela não podia fazer muito, já que sua mãe sempre estava cansada e machucada quando tentava protegê-la. Dulce sentia que mesmo morta, ainda sim ia fazer tudo para proteger sua filha. Sua vida tinha sido uma bosta. Não deixaria a vida de sua filha ser desse jeito também. Não achava que Poncho ia virar um monstro como o seu pai, mas nunca se sabe. Não deixaria Poncho se envolver tanto com bebida de novo.
Ficara paranóica ao ter esse pesadelo. Tentou afastar essas ideias de sua cabeça. Poncho, com toda a certeza do mundo não era nem nunca seria igual seu pai.
Tentou afastar tudo de seus pensamentos e se concentrar no programa que passava na tv. Mas não dava. Era como se todas as cicatrizes internas que Dulce tinha estivessem se abrindo após ter um sonho tão vívido como aquele.
Beijos 💕 adoro vocês
Autor(a): str4dlin
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Comentários da Fanfic 144
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mimprincess Postado em 04/11/2015 - 12:06:53
Muito linda a história da sua familia contt
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barken_vondy Postado em 18/10/2015 - 13:24:18
Muito linda a historia da sua familia ;) ainda bem que ele se arrependeu uma pena sua avó ter morrido antes. Continuaaaa tadinha da dul
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MillaAlmighty Postado em 12/10/2015 - 14:16:18
Continuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaa
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MillaAlmighty Postado em 10/10/2015 - 15:06:54
Continuaaaaa
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barken_vondy Postado em 09/10/2015 - 19:25:21
CONTINUAA
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mimprincess Postado em 09/10/2015 - 14:52:53
contt
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MillaAlmighty Postado em 08/10/2015 - 17:56:58
MEU DEUS SERÁ Q VAI NASCER? CONTINUA
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barken_vondy Postado em 28/09/2015 - 21:11:37
Vc voltou :)) nao demora muito pra voltar, pf. Continua
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MillaAlmighty Postado em 28/09/2015 - 18:16:49
CONTINUAAAAAAAAAAAA
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nathilimarbd Postado em 19/09/2015 - 18:19:47
VOCÊ VOLTOUUUUU!!!!!!!!!!! Dei uma pulinho quando vi haha. A-D-O-R-O Percy Jackson! Vou dar uma olhada nessa fic. Fique conosco. Não nos abandone! Beijo