Fanfic: ჱ Just The Two of Us ჱ - Terminada | Tema: Chaverroni

    Quando a festa no abrigo terminou, Christian despediu-se de Maite e Jhamal e seguiu para o hospital, já à noite. Neste fim de semana, o garoto não fora liberado para ficar com os futuros pais adotivos, então, Maite estava sozinha em casa. De novo. Não que ela estranhasse ter a casa só para si; isso já era um costume. O que a entristecia era a ausência de Christian, deixando-lhe brava. Mal sabia ela que seu marido ainda encararia uma batalha pela vida naquela madrugada.

  - Desconectando o coração artificial.

    Houve um bip na sala de cirurgia lotada com o cirurgião cardíaco, o anestesista, o interno que auxiliava, além dos outros que assistiam. O processo não era nada simples; o paciente vivia conectado a uma máquina por seis messes e já estava com o peito aberto antes mesmo de seu coração novo chegar ao hospital para o transplante. Não havia tempo a perder. Assim que o LADV, a máquina que substituía o coração, foi desligada, Christian conectou o coração ao paciente. Depois de conectar as artérias, ele afastou as mãos para ter um prisma da situação. O silêncio durou poucos segundos.

   - Pressão caindo, o sangue não está sendo bombeado. – informou Herrera, que cuidava dos monitores. –

  - Aplique 10mg de lorazepan. – ordenou Christian a uma residente. –
 
  - Não fez efeito, senhor. 

  - Pás. – Christian estendeu as mãos para o lado e uma fração de segundo depois, já as posicionava no coração inerte. – Carregue a 200. Afasta. – o homem na mesa corcoveou por conta do choque, mas o coração não voltou a bater. – Aumente para 300. Afasta. – outro choque e nenhuma reação. –

  - Pressão em 5. – Christian largou as pás e passou a massagear manualmente o coração. – Pressão em 3.

  - Cale a boca, Herrera. – Alfonso teria se encolhido se não soubesse o real motivo da agitação de seu atendente; o Dr. Christian Chávez não perdia pacientes. – Vamos lá, Horacio, vamos lá. Você precisa ir à formatura da sua filha, lembra? Eu prometi a ela que te levaria de volta, vamos lá, vamos lá.

    Mesmo com Christian massageando o coração, ouviu-se um bip fino e contínuo, longo, indicando a ausência de batimentos cardíacos.

  - Senhor, ele está morto. – Christian fez questão de ignorar a residente. – Senhor, anuncie.

  - Pás. – a instrumentadora hesitou. Assim como os outros, ela julgava o paciente morto. – Pás! – com a voz enérgica Christian estendeu as mãos para o lado e foi atendido. – Ligar a 100. – não houve reação. – A 200. – outro choque. – 300.

  - Senhor, por que não injetamos adrenalina? – sugeriu Alfonso. –

  - Ele é alérgico. 300! – nenhum efeito. – Qual é.

  - Anuncie, senhor. – a residente insistia, tirando Christian do sério. –

  - Ainda não. 300!

  - Senhor...

  - Saia da minha sala, agora! – se não estivesse ocupado, Christian a teria pego pelo braço e jogado fora da sala de cirurgia. –

  - Mas senhor, ele está morto.

  - Não na minha mesa. – voltando ao trabalho manual, ele massageava o coração com apertões firmes. Houve um bip e o coração exposto voltou a bater nas mãos de Christian. 

  - Pressão a 3 e voltando.

  - Isso, Horacio. Jocelyn está te esperando. Dê mais 10mg de lorazepan. – a residente que fora expulsa aplicou o medicamento. A pressão voltou a se estabilizar. –

  - Senhor ele... Ele voltou. – Herrera verbalizou o que toda apequena multidão pensava. –

  - Ele não tinha ido. Vamos fechá-lo.

     Não houve mais nenhuma alteração durante a finalização da cirurgia. Christian incumbiu Alfonso de monitorar o paciente nas próximas 12 horas.

  - Foi uma bela cirurgia. – os médicos se lavavam após oprocedimento e Alfonso julgou adequado elogiar seu professor. –

  - Sim, foi.

  - Ainda bem que o senhor não desistiu dele. 

  - Eu nunca desisto. – e saiu. Christian ainda tinha uma missão para cumprir antes de ir para casa, dormir como o filho de Deus que era. 

  - Me bipou, senhor?

  - Sim, entre.

     Lindsey harper fechou a porta atrás de si. Christian assinava prontuários na mesa dos atendentes de cirurgia, mas parou pra encará-la. 

  - Você se manteve firme na sala de cirurgia porque queria ficar lá, pois era um procedimento interessante. Mostra garra, gosto disso.

    Ela fez menção de sorrir, mas não teve tempo.

  - Você me confrontou, me desobedeceu e pôs em dúvida minha habilidade como cirurgião. Faça isso de novo e você nunca mais entrará em uma sala de cirurgia. Daqui há doze horas você irá render o Herrera para monitorar o paciente que, se dependesse de você, estaria morto. Mas ainda está em tempo; se ele morrer, será sua função explicar à família dele o que houve. Agora saia.

  - Oi. – Christian saudou sua esposa assim que entrou em casa, depois das 10:00 da manhã. –

  - Bom dia. – quando ele a beijou, Maite não correspondeu. –

  - Já comeu? Estou morrendo de fome. – ele largou o jaleco e a pasta no sofá e foi até a cozinha. –

  - Sim, já comi. Sozinha. De novo. – Maite desligou a TV e foi atrás dele. Christian suspirou ao pegar uma garrafa de suco. –

  - Nós não vamos ter essa conversa. 

  - Ah, nós vamos sim. – ela cruzou os braços e encostou o quadril na bancada. – Estou cansada de morar sozinha nessa casa, Christian. Você passa mais tempo no hospital do que em casa.

  - Estou aqui agora, não estou? E todo mundo passa mais tempo trabalhando do que em casa, não sou exceção. 

  - Mas as pessoas tem fins de semana, você não. 

  - Minha escala é 24hrs por 36hrs, mas às vezes, surgem emergências. E se bem me lembro, eu já era médico quando nos casamos. Minha rotina não é nenhuma novidade para você.

  - As coisas estão piores. – realmente brava, ele o encarava de perto, enquanto ele andava pela cozinha, procurando algo para comer. –

  - Por acaso eu reclamo do abrigo, Maite? – ele se virou de uma vez, e Maite bateu o rosto em seu peito. –

  - Eu trabalho como gente normal. – rebateu. –

  - Ah, é mesmo? Será que você se lembra de julho do ano passado, Maite? – ela ergueu o queixo. –

  - Isso não vem ao caso, Christian.

Continuo??

camila_: kkkkkkk esquecida ú.u kkkkkk ah sim entendi, quem não ama o Jhamal neh?! Não faça propostas tentadoras pois estou com vontade de postar muito aqui hoje ein moça kkkkkk  ;)

gabsperroni: não mesmo so novinha kkkkkk so que o jovem me lembra meus antigos amigos de escola mais não tem nada a ver não jovem kkkkkk pode chamar sim ;)

Bom com esse da os quatro capitulos que falei que ia postar hoje querem mais??

Se quiserem comentem muitão pra mim ficar feliz e posta mais pra vocês :)

Próximo capitulo com 38 comentarios, não é muito ein (;