Fanfic: ჱ Just The Two of Us ჱ - Terminada | Tema: Chaverroni

  - Bom dia, Chávez. – a sempre sorridente Dra. Dallas foi em sua direção cumprimenta-lo. –

  - Como é que você consegue sorrir a essa hora da manhã?

  - Sou irritante, eu sei. – respondeu sorrindo. – Como vai Jhamal?

  - Está bem adaptado ao aparelho.

  - Não deu nenhuma alergia?

  - Não. Isso é café? – apontou para o copo que ela tinha nas mãos. –

  - É sim. – Christian o pegou o copo de Dallas, retirou a tampa, assoprou o líquido três vezes e bebeu todo em um só gole. –

  - Hey, isso era meu. – disse fazendo uma carranca. –

  - Estou de pé desde 1:30, eu mereço um café.

  - Da próxima vez, peça. Eu lhe trago um. – o bip dele tocou. –

  - Fico grato. – e correu para atender a emergência. –



  - O que houve?

  - Outra parada. – informou Alfonso. –

  - Me tragam um carrinho. – enquanto o carrinho de parada não chegou, Christian pôs-se a massageá-la manualmente. –

  - Espero que tenha encontrado a ficha dela.

  - Sim senhor, Andy Myers, 17 anos, foi encontrada embaixo de uma poltrona do ônibus. Não há mais informações.

  - Que ótimo. – ralhou. – Ligar a 200. – com um choque, os batimentos voltaram, mas a paciente continuou inconsciente. –

  - Façam uma ressonância detalhada, passem um pente fino e descubram por que ela está parando e se há danos cerebrais. E rápido.

    Enquanto o exame de sua paciente era feito, Christian tomou outro café e comeu dois bolinhos. Teria feito uma refeição de verdade se imaginasse o que estava pela frente. 

  - Chávez vai ficar possesso. – disse o Dr. Galagher, ainda na sala da ressonância. –

  - Com toda a certeza. – Alfonso confirmou ao ver o exames na tela. 

    A artéria obstruída e o lado esquerdo do coração de Andy quase sem sangue realmente deixaram Christian muito revoltado. Mas só porque os exames não haviam sido feitos antes. Havia também um pequeno coágulo no cérebro. 

  - Galagher, preciso de um SO agora. – ordenou ao fazer o diagnóstico. – De novo não. – mais uma vez, ele correu em direção a paciente e a reanimou. Desta vez, ela abriu os olhos que, como Christian notou, eram de um tom de verde muito bonito. – Bem vinda de volta, Andy. Sou o Dr. Chávez, vamos cuidar de você. – Andy agarrou o braço de Christian com uma força surpreendente para alguém que havia sofrido três paradas. – Tudo bem, estou aqui com você, sim? Não vou sair do seu lado. 

    E de fato, não saiu. Para não se afastar de sua paciente, Christian subiu na maca e a acompanhou até ela ficar inconsciente por conta da anestesia.

  - O que fizeram com essa garota? – perguntou-se Christian ao ter acesso ao coração. Como se não bastassem os capilares muito finos, três veias estavam obstruídas, além da artéria. – Não fui informado que ela sofre de hipertensão. 

  - Não constava na ficha, senhor.

  - E ainda deve ter se entupido de porcaria, que imbecil. – alfinetou um interno. –

  - Guarde suas opiniões para você, Dr. Aflec. E mantenha-se calado na minha SO. – Christian não precisou olhar para o médico para sentir que o havia feito se encolher com a bronca. Ele quase sorriu. – Mais irrigação.

    Duas pontes de safena já estavam feitas, a cirurgia passava de cinco horas de duração. Outra equipe, de neurocirurgia, também participou da cirurgia, mas terminou o procedimento antes da equipe de cardiologia . A terceira artéria, com mais gordura e consequentemente, mais frágil, se rompeu.

  - 50mg de plasma, 10mg de epinefrina. – ordenou Christian. – Sucção, Herrera, tire essa gordura do coração dela. Mais sangue.

    Ele continuou o procedimento, acelerando os movimentos, fazendo o que era possível.

  - Não, não. Você resistiu a três paradas, qual é, garota, me dê cinco minutos. – não havia estrutura mínima para ser substituída e os batimentos começaram a cair rápido. – Andy, fique comigo. Andy!

    Com o sangue ruim voltando para dentro do coração e se misturando à gordura, não houve o que fazer. Alguém se encarregou de desligar os monitores; o barulho irritava qualquer um. Christian respirou fundo, frustrado.

  - Anuncie, Herrera. – Alfonso engoliu em seco antes de falar. –

  - Hora do óbito, 11:47.

    Ainda com as roupas usadas na cirurgia, Alfonso e Christian foram até a sala de espera falar com os pais da garota.

  - Sr. e Sra. Myers, sou o Dr. Chávez e esse é o Dr. Herrera. Andy teve três paradas cardíacas, uma delas foi cardio-respiratória. Havia também um coágulo cerebral, provavelmente causado por um impacto no momento do acidente. Além disso, as artérias dela estavam muito comprometidas e infelizmente, Andy não resistiu. Sinto muito.

    A mulher desfaleceu nos braços do marido que, com certo esforço, levou-a para uma das poltronas. Educadamente, Alfonso e Christian se retiraram.

  - Eu achei que ela fosse conseguir. – sibilou Alfonso, arrancando a veste esterilizada e a pondo num cesto, gesto imitado por Christian. –

  - Eu também. Às vezes, odeio esse trabalho.

    Christian saiu dali e foi para a saída de incêndio. Respirando rápido, ele se sentou na escada, apertou sua touca preferida contra os olhos e, por quase meia hora, derramou o pranto mais sofrido de toda sua carreira. Nos dias seguintes, sempre que Christian fechava os olhos ou relaxava, os olhos verdes de Andy vinham à sua mente e ele não se perdoava por tê-la perdido.

Continua...

camila_: aii que bom amore :) tomara que eu ainda não tenhao desanimado a ficar aqui :) kkkkkkk Christian é uma figura :) kkkkkk obg amore pelos coments mais é que entrei no twitter e acabei me entrentendo la sorry por ter ido la me salvar postado linda :)

Ja sabe se quiser mais capitulos 6 coments beijos :)