Fanfic: Uma Segunda Chance - Herroni | Tema: Herroni

Despertei e todo o meu corpo estava dolorido. Dolorido na verdade era pouco, estava acabado, estraçalhado, quebrando. Parecia que um trator havia passado por cima de mim. Traguei a saliva com dificuldades, pois meus pulmões doíam muito. Minha boca estava seca, minha visão embaçada e minha cabeça rodava como se eu estivesse ido em uma montanha-russa. Olhei para os lados e reconheci o lugar, era um quarto de hospital, pelo o que parecia, pois eu não parava de escutar o Pi  do aparelho cardíaco e em meu braço havia uma agulha de soro. Franzi o cenho ao sentir um curativo em minha testa e gemi de dor quando fui tentar me sentar e minhas costelas pareciam quebrar no exato momento em que tentei fazê-lo. Respirei profundamente o ar que aqui habitava e me deitei novamente, como eu estava antes. Como havia parado aqui? Quem me trouxe para cá? Isso era estranho, muito estranho. Escutei a porta se abrir e um Doutor de meia idade apareceu, fechou a porta e me fitou com um sorriso nos lábios.

- Finalmente acordou meu rapaz! – se aproximou mais da cama. – Como se sente?

- Um pouco fraco e dolorido... – respondi com a voz fraca e rouca.

- Ok, está certo. – ele concordou assinalando em uma prancheta. – Sou Doutor de um colégio- interno chamado Elite Way, é onde você está agora e me chamo Juan Hernandez. – ele sorriu gentil. – E como você se chama rapaz?

- Alfonso... – fiz uma pausa em busca de ar. – Alfonso Herrera... – respondi por fim.

- É um prazer. – sorriu ele. – Quantos anos têm?

- 18 Doutor. – respondi.

- É novo... – ele comentou.

- Onde me acharam? E como? – indaguei confuso.

- Bom, uma turma de amigos estavam andando aos redores do colégio, pois era sexta, o começo de um final de semana e nos finais de semana os alunos vão para casa e era isso que os jovens: Maite, Christopher, Christian, Anahí e Dulce estavam fazendo quando te encontrou caído e muito ferido na rodovia do colégio, o trouxe para cá e agora estou cuidando de você. – explicou Juan. – Teve muita sorte, se os alunos não tivesse o encontrado poderia estar morto há essa hora. Machucou-se muito, quebrou costelas e se feriu em muitos lugares do corpo internamente.

Suspirei. – Obrigado. – pausei. – Por tudo, e agradeça a esses garotos também.

O Doutor sorriu. – Você mesmo poderá fazer isso, eles querem te ver. – anunciou. – Mas agora não, pois tem que descansar.

- Só mais um coisa Doutor... –falei.

- Sim?

- Ninguém me procurou? – perguntei.

- Não, ainda ninguém. – respondeu ele me fitando. – Falando nisso, e sua família?

Desviei o olhar. – Não tenho ninguém. – menti.

- É órfão? – indagou ele.

- Sim senhor Doutor, sou órfão. – confirmei convicto.

- E não estuda?

- Não... Larguei. – respondi apenas.

- Qual serie parou? – perguntou ele.

- No Quarto, não cheguei a termina-lo... Por quê?

- Se quiser posso conversar com o Pascual, o Diretor, para você estudar aqui, o que acha? – sugeriu ele.

Franzi o cenho. – Mas pelo o que eu sei esse colégio é particular...

- Sim, mas posso conseguir algo para você. – ele sorriu me garantindo.

Sorri em resposta. – Não é preciso.

- Mas meu rapaz, precisa estudar. Pelo amor de Deus e seu futuro? Hm? – disse ele serio de repente.

Droga! Ele só queria me ajudar, e já tinha feito muito por mim eu tinha que fazer isso por ele.

Suspirei. – Está certo, pode conversar com o Diretor. – concordei.

Ele sorriu e saiu do quarto. Pelo visto era para eu descansar e eu precisava disso, precisava mesmo.