Fanfics Brasil - CAPÍTULO DOIS - Amigos de verdade Uma Segunda Chance - Herroni

Fanfic: Uma Segunda Chance - Herroni | Tema: Herroni


Capítulo: CAPÍTULO DOIS - Amigos de verdade

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Abri meus olhos e logo o Doutor Hernandez me saudou sorridente.


- Dormiu bem rapaz? – me perguntou ele sorridente.


Sorri fraco. – Bem sim senhor. – respondi tentando me sentar. – Já posso, não é?


- Sim, pode, mas com cuidado. – ele veio até mim e se pós a me ajudar. – Assim.Pronto. – me soltou e ajeitou o travesseiro e assim apoiei minhas costas.


- Quanto tempo dormi?


- Umas quatro horas. – Juan respondeu-me pegando uma bandeja. – E por isso tem que jantar, tem que ganhar energias.


Sorri satisfeito. Estava morrendo de fome.


- Ah, Doutor quanto tempo estou aqui? Neste colégio?


- Foi encontrado ontem. Dormiu bastante, pois estava muito ferido e enfraqueceu, tanto que foi encontrado inconsciente. – ele me respondeu me fitando.


Agora ele estava sentando em uma cadeira do lado de minha cama. Comecei a colocar em minha boca a sopa de legumes que estava ótima.


- Me responde rapaz, o que houve? Alguém te bateu, não foi? - de repente ele me perguntou na lata.


Merda! E agora? O que eu iria dizer? A verdade certamente não, afinal como eu iria dizer que sou um viciado em drogas e que fugi de casa e que estava devendo para uns caras e por isso apanhei no meio da rua... Droga, o que irei fazer?


Engoli em seco. – Foi sim Doutor, uns caras loucos me pegaram no meio da rua e me bateram, bateram muito.


- Quem era?


- Eu não os conhecia, não fazia nem ideias de quem eles eram nunca tinha os visto antes. – menti.


- Devem ser ladrões loucos. – comentou Juan.


- Sim, devem sim. – concordei.


- Não quer denuncia-los? – ele sugeriu.


- Não! – respondi imediatamente. – Não... ér... Não lembro muito do rosto deles, então não irá dar.


- Quem pena... – murmurou Hernandez.


- É... – sorri nervosamente.


- Está certo. Agora volte a comer e coma tudo. – ele se pós de pé.


- Vou comer sim. – concordei.


- Ah, e eu já ia me esquecendo. – pausou ele. – Conversei com Pascual Gandia e ele aceitou sua presença aqui, é o mais novo aluno do Elite Way. – sorriu.


Sorri satisfeito. – Que bom que ele aceitou, fico muito contente. – pausei e coloquei mais uma colherada na boca. – Quando recebo alta? – indaguei de boca cheia.


- Bom, creio que amanhã receberá alta. – ele sorriu. – E depois de amanhã recomeçará as aulas novamente.


Sorri assentindo.


Juan saiu pela porta do quarto e continuei a comer a sopa que estava uma delicia.


 


***


 


 


Mas tarde quando eu já tinha terminado a comida e estava pensando nas mentiras que eu estava inventado a porta se abriu era o Doutor.


- Alfonso, eles querem te ver. – entrou e deu passagem para quatro jovens. Uma ruiva, uma loira, um garoto de cabelo coloridos e outro castanho claro.


Ambos vieram até o pé da cama, sorriam para mim.


- Olá, como se sente? – perguntou-me a loira.


Sorri educado. – Bem e quero lhes agradecer por ter me salvado, a todos você.


- Não tem que agradecer não. – disse o garoto de cabelo castanho claros sorrindo.


- Mesmo que vocês sejam humildes, lhes agradeço do fundo de meu coração. – declarei sincero.


- Valeu aí Alfonso. – disse o outro garoto.  – Acho que vamos ser grandes amigos. – sorriu.


- É, e pra começar vamos nos apresentar. – pausou a ruiva falando pela primeira vez. – Meu nome é Dulce María. – se apresentou. – E essa é a Anahí. – apontou para a loira.


- Oi! – ela sorriu acenando com a mão.


- O Christian. – apontou também para ele o mesmo apenas sorriu. – E o Christopher. – apontou para o ultimo.


- Seja bem vindo ao colégio Alfonso e que sejamos muito amigos. – sorriu Christopher.


Sorri em resposta. – Valeu gente, vocês são ótimos amigos dá pra perceber.


Todos sorriram em resposta.


De repente a porta se abriu bruscamente e uma garota morena entrou no quarto ofegante, parecia ter corrido ou algo parecido.


- Nossa! O que houve Mai? – Dulce riu indo até ela.


- Ai nossa... É que eu estava na diretoria com meu Pai e eu queria vir aqui, mas eles estavam me enrolando lá e fiquei com medo de não dar tempo. – disse ela ofegante e com a voz entrecortada.


- Mas o importante é que deu tempo, né Tita? – indagou Christian indo até ela também.


Ela sorriu em resposta.


- Ei, beba água. – Anahí foi até ela com um copo na mão.


Ela pegou e bebeu toda a água. Depois entregou o copo para a Anahí novamente e se aproximou de mim.


- Me desculpe, sei que foi horrível a maneira que cheguei. – ela sorriu sem graça. – Meu nome é Maite. – se apresentou.


- O meu é Alfonso. – exclamei a fitando abobado.


A garota era linda, tinha os olhos negros, lindos, os cabelos grandes até a cintura e também negros, os lábios carnudos e rosas. O rosto angelical, o nariz empinado e sexy, em seu rosto duas covinhas lindas, tudo nela era uma combinação perfeita.


- Prazer Alfonso. – replicou ela.


- Prazer também. – exclamei hipnotizado. – E obrigado por me ajudar. – completei mais focalizado para que ela não percebesse minha atração repentina por ela.


- De nada. – Maite sorriu de canto.


Sorri de volta, ficamos nos fitando fixamente sem dizer nada ao outro. Droga! O que estaria acontecendo? Estou confuso e me sinto extremamente estranho perto dessa garota. Como se meu estomago se revirasse todo, como se meu coração quisesse sair pela boca o quão batia forte em meu peito neste exato momento. Sentia-me tonto, zonzo... Não sabia decifrar o que seria isto, era uma sensação nova e ao mesmo tempo estranha para mim. De repente sentia vontade também de levantar-me desta cama e começar a estudar, andar pelo colégio com Maite, queria ficar ao seu lado, conhecê-la, compartilhar momentos, queria muito isso... Necessitava como necessito de ar para viver e isso fazia sentir-me estranho, outra pessoa. Não eu. Porém uma pessoa mais feliz, plena, leve e boa.


Christopher se aproximou de nós dois. Claro, tinha estranhado o nosso silencio repentino.


- E aí? Tudo na boa? – ele indagou sorrindo.


Franzi o cenho. – Tudo, tudo na boa sim Christopher. – sorri no fim.


- Valeu, mas pode me chamar de Ucker cara, seremos amigos, certo? – Quis saber ele de sobrancelhas erguidas.


Ele parecia ser uma boa pessoa, mas algo me incomodava. Que tipo de relação ele poderia ter com Maite? E aquele outro, o Chris? Merda! O que estou me perguntando? Afinal, não tenho nada haver com a vida pessoal de Maite. Devo estar enlouquecendo, só pode!


- Certo! – confirmei.


Os outros se juntaram a nós e conversamos um bom tempo, eles eram alegres, e extrovertidos. Eram legais, muito legais. Pareciam ser muito amigos. Queria ter uns amigos assim...


Eles haviam dito que iríamos nos tornar amigos, mas será que não estavam somente sendo gentis?


Bom, até poderiam querer ser meus amigos agora, mas quando descobrissem o que sou, iram querer distância de mim. Como todos fizeram...


Quando já era bastante tarde eles se foram, não podiam ficar até muito tarde aqui, pois segundo o Doutor Hernandez eu tinha que descansar já que iria sair amanhã desta cama.


Acordei lentamente. Já havia uma bandeja ao lado de minha cama, com um pão com mussarela, suco e um pedaço de mamão. Endireitei-me para poder tomar meu café, que por sinal estava muito bom. Comi de boca cheia. Deixei a bandeja de lado, onde a peguei e fiquei a observar o teto e pensando na vida. Meus pais nem me procuraram, não importam comigo. Sorri amargamente.


A porta se abriu era o Doutor Juan, ele estava serio. Veio até mim sem dizer nada. Cruzou os braços no peito e se pôs a fitar-me.


- Você irá receber alta Alfonso. – pausou ele. – Mas antes, não tem nada a dizer?


Franzi o cenho confuso. – Como assim Doutor? – indaguei. – Bom... Creio que não... Por quê?


Ele suspirou e desfez os braços, deixando- os cair ao lado de seu corpo.


- Você me disse que não tinha pais, então porque tem uma Senhora e um Senhor aqui alegando serem seus pais? – perguntou-me ele seriamente.


Traguei a saliva nervoso. – Eu menti... – admiti sem graça.


- E eles disseram mais coisas, vai me dizer ou prefere saber o que é? – Juan indagou.


Suspirei e fitei minhas mãos, não tinha coragem de olha-lo.


- Pode dizer... – murmurei.


- ok... – ele suspirou. – É usuário de Drogas, e quem te espancou foi a quem você devia, certo?


Assenti com a cabeça sem fita-lo.


- Por que mentiu? – ele perguntou sereno e calmo.


Dei de ombros. – Não é fácil para mim dizer quem sou e o que faço. Tenho vergonha Doutor.


- Mas já tentou largar?


- Sei que não é fácil, por isso nunca tentei. – respondi o fitando.


- Quanto tempo usa? – ele me perguntou.


- Há um ano. – pausei. – Eu estava numa festa de balada com um amigo, ele me ofereceu, aceitei e viciei. Acabei com minha vida.


- Não pensa em sua família?


Travei a mandíbula. – Eles não se importam comigo Doutor, não tão nem aí! – me alterei.


- Não é verdade. Por que você fala isso? – Juan se sentou ao meu lado na cama.


Dei de ombros. – Eles jogam na minha cara o que sou hoje, ao invés de me dar apoio.


- Eles estão muito abalados e cansados, sabe disso não é? – ele me perguntou.


- Sei, mas mesmo assim Doutor. Eles não me colocaram novamente numa escola, não se importaram quando eu disse que iria sair! – exclamei contrariado.


- Então você só quer atenção deles?


- Só quero que eles continuam a ser meus pais como eram antes. – murmurei.


- Eles só não sabem como agir meu filho. – disse Juan acariciando meus cabelos. – Quer continuar aqui ou quer ir embora com eles?


- Quero continuar, se eu ainda puder claro... – falei incerto.


Ele sorriu. – Pode sim, a proposta continua de pé. Você sai daqui hoje e começa a estudar amanhã. – disse ele terno.


- Gosto do senhor como um Pai. Queria que o meu Pai fosse assim, o senhor tem amor nos olhos quando me olha e me trata com muito carinho e ternura. Gosto disso. – sorri.


Ele sorriu de volta e me abraçou.


- Tem filhos? – perguntei.


- Tinha um, mas ele faleceu... – Juan respondeu.


- Sinto muito. – lamentei.


- Já faz um bom tempo, ele tinha câncer e não pude salvá-lo. – sorriu amargo.


- Deve ter sido muito doloroso para o Senhor, mas tenho certeza que seu filho foi muito feliz por ter um Pai como você Doutor Hernandez. – sorri.


- Você vale ouro rapaz, só precisa ser mais maduro e ter mais cabeça.  E é claro, força de vontade.


- Doutor, juro que vou fazer de tudo para largar as drogas. – falei serio.


Ele sorriu. – Agora vou arrumar umas peças de roupas com Christian e Christopher. Fique aí que já volto.


 O Doutor saiu pela porta deixando-me sozinho com meus pensamentos. Juan tinha toda razão em relação aos meus pais, porém o problema era que eu não conseguia aceitar, pois para mim eles não me amavam o suficiente. Mas eu iria fazer tudo que ele me pedisse, já que me ajudou muito e continua o fazendo sem pedir absolutamente nada em troca.


Logo ele entrou pela porta novamente com uma sacola em mãos.


- Tome e se vista. Creio que servirá em você. – ele sorriu e me entregou as roupas. Juan começou a retirar as agulhas de meu braço em seguida, o de soro, que era somente ele existente. Levantei-me com dificuldades evidentes, já que minhas costelas haviam sido fraturadas e meu braço esquerdo torcido e agora doía como nunca. Retirei o roupão hospitalar, deixando-o sobre a cama, vesti uma calça jeans, camiseta de manga longa branca, um tênis branco e por fim já estava pronto.


- Só tem mais um ultima coisa. – Juan me interrompeu dando uma pausa em seguida. –Irá contar tudo aos seus amigos.


- Amigos? – indaguei. – Não tenho amigos Doutor.


- E o que me diz a respeito de Ucker, Dul, Mai, Chris e Annie?


- Eles estão somente com pena de mim, e além da gentileza é claro! – exclamei.


- Pois está muito equivocado meu rapaz, gostaram muito de você. – ele discordou. – Enfim, seja como for já está avisado.


- Está certo, estou avisado. – concordei.


Saímos do quarto juntos e fomos para tal de “sala de visitas” e lá estavam meus pais a minha espera, creio. Aproximei-me sem nenhuma vontade. Minha Mãe veio até mim e abraçou-me.


- Meu filho. Que susto me deu! Onde esteve? O que houve? – ela mandou um turbilhão de perguntas de uma só vez.


- O de sempre Mãe, você sabe. – a fitei serio e firme.


- É, eu sei... – ela concordou cabisbaixa.


Meu Pai se aproximou, sua expressão era seria e dura.


- O que pensa que está fazendo com sua vida Alfonso? Nem parece um Herrera! Está acabando com ela, Droga! – ele explodiu.


Eu não disse nada, apenas fiquei ali parado, escutando tudo, com a cabeça baixa, o semblante serio e resistente, como se eu não me importasse com nada. E meus braços atrás de minhas costas.


O fitei com o olhar estreito. – Não vou voltar pra casa Pai. Vou ficar aqui, nesse colégio, onde irei construir meu futuro.


- Está de brincadeira? – ele indagou. – Não temos condições de pagar esse colégio garoto!


- Não precisará, ele já tem uma vaga aqui. – anunciou o Doutor Hernandéz educado e sorridente.


- Vão permitir um garoto como meu filho aqui nesse colégio de grã-finos? – meu Pai indagou surpreso e debochado.


- Um garoto como seu filho? – Juan não entendeu.


- Sim, como meu filho. Quero dizer, um doente drogado. Vão estragar o lugar! – ele riu.


Traguei a saliva, já estava cheio disso. Sai de lá antes que os três me vissem com lagrimas nos olhos, ou até mesmo aos prantos.


- Meu rapaz, espere! – gritou o Doutor, mas não dei ouvidos.


Corri pelo colégio sem rumo, já que não conhecia nada desse lugar. Quando encontrei um parquinho de diversões, lá havia escorregadores, balanços e bancos. Sentei-me em um deles. Não havia ninguém ali além de mim e por isso me senti a vontade para deixar minhas lagrimas caírem. Afundei meu rosto entre minhas mãos e deixei as lagrimas ensoparem minha camisa. Logo veio o desespero junto à tristeza, ambos me consumiram por inteiro.


Realmente meu Pai e minha Mãe não me amavam nem um pouco, eu mal importava para eles, Droga!


- Alfonso? – uma voz doce me chamou me acordando dos pensamentos.


Limpei as lagrimas com as costas de minha mão, não queria que ela me visse assim, neste estado emocional deplorável que eu me encontrava nesse exato momento. Ainda mais porque era Maite.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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- Alfonso... O que houve? Por que está assim? – ela se aproximou mais de mim e se sentou ao meu lado, no mesmo banco. - Não é nada, olha... – limpei as lagrimas. – Acho melhor não ficar perto de mim, não sou uma boa companhia, e muito menos uma boa amizade Maite. – exclamei serio. - Não entendo... Por que af ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 9



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  • gabsperroni Postado em 11/03/2014 - 12:26:53

    Ah não , amo isso aqui , maldita net kkk :/

  • camila_ Postado em 11/03/2014 - 12:22:06

    Eu tô é mal com isso :(

  • gabsperroni Postado em 04/03/2014 - 20:00:18

    Posta <3

  • camila_ Postado em 04/03/2014 - 19:32:58

    Amando *-*, Poste Mais *-*

  • gabsperroni Postado em 03/03/2014 - 23:40:53

    Poste mais *-* Leitora nova , e como assim só passa de lembranças ? Prólogo me deixando curiosa !! Coitado do Ponchito !

  • camila_ Postado em 03/03/2014 - 23:30:09

    Ai gente, fiquei com muito dó do Poncho, posta mais que já começou perfeita *--* ..

  • camila_ Postado em 03/03/2014 - 23:24:11

    Posta mais, *-*

  • camila_ Postado em 03/03/2014 - 23:18:00

    Me arrepiei com o Prólogo e como assim só lembranças, :o, Jesus, tô muito curiosa, Posta Mais por favor *-*

  • camila_ Postado em 03/03/2014 - 23:14:49

    Primeira leitora, Posta *-*


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