Fanfics Brasil - Capitulo 06: Maite (Parte IV) Entre o Agora e o Nunca - Herroni {Adaptada}

Fanfic: Entre o Agora e o Nunca - Herroni {Adaptada} | Tema: Herroni


Capítulo: Capitulo 06: Maite (Parte IV)

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— Tanto faz — digo, e me sento na grama na frente dele.


 


— Por que Idaho? — ele pergunta, embora esteja olhando mais para a sua comida e ao seu redor do que diretamente para mim.


 


— Vou visitar minha irmã — minto. — Ela acabou de ter um bebê.


 


Ele balança a cabeça e deglute.


 


— Por que Wyoming? — pergunto, tentando desviar o assunto de mim.


 


— Vou visitar meu pai — o cara me conta. — Ele tá morrendo. Tem um tumor inoperável no cérebro. — Ele dá mais uma mordida. O que acabou de me contar não parece perturbá-lo muito.


 


— Oh...


 


— Não se preocupe — ele me tranquiliza, desta vez me olhando por um momento. — Todo mundo precisa partir um dia. Meu velho não tá preocupado com isso e falou pra gente também não ficar. — Ele sorri e olha para mim de novo. — Na verdade, ele falou que tira do testamento quem começar com essa merda de chorar.


 


Tomo um pouco do meu shake de baunilha, só para ocupar a boca e não ter que responder ao que ele está dizendo. Nem sei se eu teria resposta, na verdade.


 


Ele toma mais um gole.


 


— Qual o seu nome? — pergunta, deixando o copo sobre a grama.


 


Fico pensando se devo dizer meu verdadeiro nome.


 


— Mai — digo, optando pela versão abreviada.


 


— Só Mai?


 


Isso eu não esperava.


 


Hesito, desviando os olhos.


 


— Maite — admito. Penso que, com todas as mentiras que vou ter que lembrar, é melhor pelo menos dizer meu nome verdadeiro. É uma informação tão sem importância que não vou precisar ficar me lembrando de ocultar.


 


— O meu é Alfonso. Alfonso Herrera, mas pode me chamar Poncho.


 


Balanço a cabeça e sorrio discretamente, nem um pouco a fim de dizer que meu sobrenome é Portillo. Ele vai ter que se contentar só com o primeiro nome. Enquanto ele termina o hambúrguer e mastiga algumas batatas fritas, eu o estudo disfarçadamente e noto tatuagens aparecendo sob as duas mangas da camiseta. Ele não deve ter mais do que 25 anos, se tanto.


 


— Então, quantos anos você tem? — Mesmo assim, pareceu uma pergunta pessoal demais. Espero que ele não a interprete como algo que não existe.


 


— Vinte e cinco — ele diz. — E você?


 


— Vinte.


 


Ele me olha, pensativo, fica em silêncio e aperta um pouco os lábios.


 


— Bom, muito prazer, Maite, apelido Mai, 20 anos, a caminho de Idaho pra ver a irmã que acaba de ter um bebê.


 


Meus lábios sorriem, mas meu rosto não. Vai levar um tempo antes que eu consiga lhe dirigir um sorriso genuíno. Sorrisos genuínos às vezes passam a impressão errada. Ao menos desse jeito posso ser educada e gentil, mas não educada a ponto de ir parar no porta-malas de um carro com a garganta cortada depois de alguns sorrisões.


 


— Então você é do Wyoming? — pergunto, tomando mais um gole do meu shake.


 


Ele balança a cabeça uma vez.


 


— Sou, nasci lá, mas meus pais se divorciaram quando eu tinha 6 anos e a gente se mudou pro Texas.


 


Texas. Engraçado. Talvez eu esteja pagando a língua por toda a minha conversa fiada sobre as botas de caubói e a reputação dos texanos. E ele não parece texano, ao menos não do jeito estereotipado que todos imaginam quem vem do Texas.


 


— É pra lá que vou depois de visitar meu pai. E você?


 


E agora, mentir ou não mentir? Ah, dane-se. Afinal, ele não é nenhum detetive particular enviado pelo meu pai para obter informações. Contanto que eu evite dar 1) meu sobrenome, e 2) qualquer endereço ou telefone que possa levá-lo até minha casa — caso um dia eu volte para lá — e me fazer terminar no porta-malas do carro dele com a garganta cortada. Acho que dizer o máximo possível da verdade vai ser bem mais fácil do que tentar inventar mentiras plausíveis para quase toda pergunta que ele fizer, e depois ter que lembrar tudo mais tarde. Vai ser uma viagem muito longa, e como ele disse, vamos pegar vários ônibus juntos antes que cada um vá pro seu lado.


 


— Sou da Carolina do Norte — digo.


 


Ele me olha de alto a baixo.


 


— Bom, você não parece ser da Carolina do Norte.


 


Hã? Tá, isso foi esquisito.


 


— Certo, e como deve ser uma garota da Carolina do Norte?


 


— Você é muito literal — ele diz sorrindo.


 


— E você me deixa meio confusa.


 


— Nem — ele diz num rosnado inofensivo e bem-humorado —, é que eu falo o que penso, e às vezes as pessoas não aguentam uma parada assim. Tipo, se você perguntar praquele cara se esse jeans te deixa gorda, ele vai dizer que não. Se você me perguntar, vou dizer a verdade; tudo o que foge às expectativas normais deixa as pessoas desorientadas.


 


— É mesmo? — Não estou nem um pouco mais perto de entender a personalidade desse cara do que estava antes de saber o nome dele. Simplesmente continuo a olhá-lo como se ele fosse doido e eu estivesse meio intrigada por isso.


 


— Mesmo — ele responde, sério.


 


Espero que ele elabore o raciocínio, mas ele não continua.


 


— Você é muito bizarro — resmungo.


 


— Bom, você não vai perguntar?


 


— Perguntar o quê?


 


Ele ri.


 


— Se eu acho que esse jeans te deixa gorda.


 


Sinto meu rosto se contraindo.


 


— Prefiro não... eu... hãã... — Dane-se de novo. Se ele quer brincar, não vou ficar quieta e deixar que ele ganhe todas as rodadas. Abro um sorrisinho e digo: — Eu sei que este jeans não me deixa gorda, portanto, não preciso da tua opinião.


 


Um sorriso diabolicamente lindo surge nos cantos de sua boca. Ele toma mais um gole de refrigerante e fica de pé, estendendo a mão.


 


— Parece que nossos oito minutos acabaram.


 


Talvez seja por ainda estar completamente confusa com toda essa conversa, mas aceito sua mão e ele me ajuda a levantar.


 


— Viu? — ele diz, me olhando uma vez e soltando minha mão. — Olha só quanta coisa descobrimos um sobre o outro em apenas oito minutos, Maite.


 


Ando ao lado dele, mas mantenho uma certa distância. Ainda não sei bem se suas respostas elaboradas e aquele ar autoconfiante me aborrecem, ou se estou achando tudo isso mais estimulante do que minha mente quer admitir.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 41



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  • Luise Sinis Postado em 31/05/2016 - 15:02:55

    Ei cade vc, fanfic perfeita, já faz muito tempo que vc nao posta, volta pfvvvvv

  • camila_ Postado em 05/04/2014 - 23:50:48

    Eu sinceramente queria comentar capítulo por capítulo, mas não vai dar, assim que der passo aqui, pink promess, rsrs, eu não te abandonei não linda, eu amo suas fics e não conseguiria ficar longe delas, mas enfim, eu vou aparecer e comentar sempre que der, Beijinhos *-*

  • juh_perroni_rodriguez Postado em 05/04/2014 - 15:43:16

    L3itor4 nov4 vou começar a ler sua fic agora vou tentar acompanhar ok?Adoro você..Bjuuss de fuego..

  • juliaesoares Postado em 31/03/2014 - 18:48:15

    eu sou fantasma </3 desculpa, hihi. POSTA SIM?

  • danielaporto Postado em 31/03/2014 - 14:22:12

    Hey, sou uma leitora fantasminha hehe, acompanho todas as suas webs, mas na hora de comentar a preguiça me consome :/ mas vou me esforçar okay ? Rsrs beijos :*

  • camila_ Postado em 29/03/2014 - 15:11:41

    Essa May é uma onda, eu to aqui pensando na Dulce, elas não vão se acertar mesmo, né? E May é meio louca, ela sai pra viajar pra um lugar que el não conhece ninguém, kkkk' e inda quase é estuprada, Oh meu Deus !

  • camila_ Postado em 29/03/2014 - 15:09:00

    Herroni *-* Eles vão vijar juntos *-*, sim isso é loucura, mas acho que vai ser boom, :)

  • camila_ Postado em 29/03/2014 - 15:04:17

    Poxa vida, eu estava muito desatualizada, ele já foi embora, voltou, salvou *--* e eu aqui lerda, Vix, Posta Mais *-*

  • camila_ Postado em 25/03/2014 - 19:32:29

    OMG', nem tenho mais tempo pra comentar, mas amanhã eu passo aqui e nas outras que ainda não comentei, Beijos *-*

  • biaherroni Postado em 24/03/2014 - 19:58:56

    Posta Mais, leitora nova, estou simplesmente amando a web


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