Fanfics Brasil - Capitulo 11: Maite (Parte II) Entre o Agora e o Nunca - Herroni {Adaptada}

Fanfic: Entre o Agora e o Nunca - Herroni {Adaptada} | Tema: Herroni


Capítulo: Capitulo 11: Maite (Parte II)

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Alfonso solta o corpo do homem, que desaba no chão. Ouço a cabeça dele bater no piso. Alfonso fica de pé perto dele, talvez esperando para ver se ele vai se levantar de novo, mas há algo perturbadoramente indomado na sua postura e na expressão enfurecida com que olha para o homem desacordado.


 


Mal posso respirar, mas consigo dizer:


 


— Poncho? Você tá bem?


 


Ele sai do transe e se vira bruscamente para me olhar.


 


— Quê? — Alfonso balança a cabeça e seus olhos se estreitam sob rugas incrédulas. Ele se aproxima. — Se eu tô bem? Que pergunta é essa? — Ele aperta meus antebraços e me olha intensamente nos olhos. — Você tá bem?


 


Tento virar a cabeça, porque a intensidade do seu olhar é avassaladora, mas ele segue meu movimento e me sacode uma vez para me forçar a olhá-lo.


 


— Tô... tô bem — digo finalmente —, graças a você.


 


Alfonso me puxa para seu peito rijo como pedra e aperta os braços nas minhas costas, praticamente me matando esmagada.


 


— A gente precisa chamar a polícia — ele diz, se afastando.


 


Balanço a cabeça e ele me puxa pela mão para fora do banheiro e pelo corredor cinza e sombrio. Quando a polícia chega, o homem já desapareceu. Alfonso e eu concluímos que ele deve ter saído de fininho depois que fomos embora. Deve ter fugido pelos fundos enquanto Alfonso estava ao telefone. Nós o descrevemos


 


para os policiais e damos nossos depoimentos. Eles parabenizam Alfonso — sem muito entusiasmo — por intervir, mas ele parece querer apenas parar logo de falar com eles.


 


Meu novo ônibus para o Texas partiu há dez minutos, portanto, estou presa no Wyoming de novo.


 


— Pensei que você ia pra Idaho — Alfonso diz.


 


Deixei escapar que meu “ônibus pro Texas” foi embora sem mim.


 


Mordo de leve a parte de dentro do lábio inferior e cruzo as pernas. Estamos sentados perto da entrada, dentro da rodoviária, olhando pelas vidraças altas o vaivém dos passageiros.


 


— Bom, agora tô indo pro Texas — é tudo o que digo, mesmo sabendo que fui “pega no flagra” e tendo a sensação de que muito em breve vou acabar contando uma parte da verdade. — Você não foi embora de táxi? — digo, tentando fugir do assunto.


 


— Fui — ele diz —, mas não começa a falar de mim, Mai. Por que você não tá mais indo pra Idaho?


 


Eu suspiro. Sei que ele não vai parar de perguntar até me fazer falar, por isso jogo a toalha.


 


— Na verdade, não tenho uma irmã em Idaho — admito. — Só tô viajando. Nada além disso, sério.


 


Eu o ouço soltar um suspiro irritado.


 


— Sempre tem alguma coisa a mais... Você tá fugindo de casa?


 


Finalmente olho para ele.


 


— Não, não tô fugindo, ao menos não no sentido de fugir ilegalmente.


 


— Em que sentido, então?


 


Dou de ombros.


 


— Eu só precisava sair de casa por uns tempos.


 


— Então fugiu de casa?


 


Expiro bruscamente e olho em seus olhos verdes e intensos, que me penetram.


 


— Não fugi de casa, só precisava sair de casa.


 


— E aí você tomou um ônibus sozinha?


 


— É. — Estou ficando irritada com o interrogatório.


 


— Vai precisar me contar mais do que isso — ele afirma, resoluto.


 


— Olha, tô mais agradecida do que você pode imaginar pelo que você fez. De verdade. Mas acho que me salvar não te dá o direito de saber da minha vida.


 


Um leve ar de insulto toma sutilmente o seu semblante.


 


Me sinto culpada na hora, mas é verdade: não sou obrigada a contar nada para ele. Ele desiste e olha para a frente, apoiando um tornozelo sobre o joelho.


 


— Vi aquele pedaço de merda olhando pra você desde que subi no ônibus no Kansas — ele revela, obtendo toda a minha atenção. — Você não viu, mas eu vi, por isso eu comecei a vigiar o cara. — Ele ainda não me encarou de novo, mas estou olhando fixamente o seu perfil enquanto ele explica. — Vi o sujeito pegar um táxi e ir embora antes de mim, e só então achei que podia deixar você aqui sozinha. Mas a caminho do hospital, tive um mau pressentimento. Falei pro taxista me deixar num restaurante e fui comer. Mas não consegui tirar aquilo da cabeça.


 


— Peraí — interrompi —, você não foi pro hospital?


 


Ele olha para mim.


 


— Não, eu sabia que se fosse pra lá... — ele desvia o olhar novamente — ... não ia ter como prestar atenção no mau pressentimento que eu tava tendo enquanto visse meu pai morrendo.


 


Eu entendo e não digo mais nada.


 


— Então fui pra casa do meu pai, peguei o carro dele, dei umas voltas, e quando não consegui aguentar mais, voltei pra cá. Estacionei do outro lado da rua, esperei um pouco e não deu outra, um táxi parou e deixou o cara aqui de novo.


 


— Por que você não entrou, em vez de ficar esperando no carro?


 


Ele olha para baixo, pensativo.


 


— Não quis te assustar.


 


— Por que isso ia me assustar? — Percebo que estou sorrindo um pouco.


 


Alfonso me olha nos olhos e vejo aquela expressão brincalhona e metida a esperta começando a tomar conta do seu rosto novamente.


 


Ele vira as duas mãos de palmas para cima.


 


— Hum, um desconhecido que você conheceu no ônibus volta horas depois pra ficar sentado ao teu lado? — Suas sobrancelhas se enrugam na testa. — Quase tão sinistro quanto o sr. Chupa-meu-pau-por-quinhentos-dólares, não acha?


 


Eu rio.


 


— Não, acho que é bem diferente.


 


Ele tenta disfarçar o sorriso, mas desiste.


 


— O que você vai fazer, Mai? — Seu rosto fica sério de novo e eu também paro de sorrir.


 


Balanço a cabeça.


 


— Não sei; acho que vou esperar aqui até o próximo ônibus pro Texas chegar, e aí vou pro Texas.


 


— Por que o Texas?


 


— Por que não?


 


— Dá pra falar sério?


 


Eu bato com as mãos nas minhas coxas.


 


— Porque eu não vou voltar pra casa ainda!


 


O fato de eu gritar com ele não o abala.


 


— Por que ainda não quer voltar pra casa? — ele pergunta calma e metodicamente. — Melhor desembuchar de uma vez, porque eu não vou te deixar sozinha nesta rodoviária, especialmente depois do que aconteceu.


 


Cruzo os braços com força no peito e fico olhando para a frente.


 


— Bom, então acho que você vai ficar sentado aí bastante tempo, até eu tomar o ônibus.


 


— Não. Isso inclui não deixar você tomar mais nenhum ônibus sozinha pra canto nenhum. Texas, Idaho ou o******** que o parta. Lugar nenhum. É perigoso e posso ver que você é inteligente, então nós vamos fazer o seguinte...


 


Pisco algumas vezes, atordoada por sua repentina arrogância autoritária.


 


Ele continua:


 


— Vou esperar com você aqui até amanhã de manhã. Isso vai te dar bastante tempo pra decidir se prefere me deixar pagar sua passagem de avião pra casa ou pedir pra alguém tomar um avião pra cá e vir te buscar. Você escolhe.


 


Eu o olho como se ele fosse louco.


 


Seus olhos me respondem: Sim, nunca falei tão sério.


 


— Eu não vou voltar pra Carolina do Norte.


 


Alfonso se levanta bruscamente e fica de pé na minha frente.



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— Tá, então eu vou com você.   Eu pisco, olhando para seus olhos intensos; suas maçãs do rosto perfeitamente esculpidas parecem mais pronunciadas, vistas por este ângulo, o que deixa seu olhar ainda mais feroz. Sinto um calafrio correr pela minha barriga.   — Isso é loucura. — Rio, mas sei que ele ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 41



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  • Luise Sinis Postado em 31/05/2016 - 15:02:55

    Ei cade vc, fanfic perfeita, já faz muito tempo que vc nao posta, volta pfvvvvv

  • camila_ Postado em 05/04/2014 - 23:50:48

    Eu sinceramente queria comentar capítulo por capítulo, mas não vai dar, assim que der passo aqui, pink promess, rsrs, eu não te abandonei não linda, eu amo suas fics e não conseguiria ficar longe delas, mas enfim, eu vou aparecer e comentar sempre que der, Beijinhos *-*

  • juh_perroni_rodriguez Postado em 05/04/2014 - 15:43:16

    L3itor4 nov4 vou começar a ler sua fic agora vou tentar acompanhar ok?Adoro você..Bjuuss de fuego..

  • juliaesoares Postado em 31/03/2014 - 18:48:15

    eu sou fantasma </3 desculpa, hihi. POSTA SIM?

  • danielaporto Postado em 31/03/2014 - 14:22:12

    Hey, sou uma leitora fantasminha hehe, acompanho todas as suas webs, mas na hora de comentar a preguiça me consome :/ mas vou me esforçar okay ? Rsrs beijos :*

  • camila_ Postado em 29/03/2014 - 15:11:41

    Essa May é uma onda, eu to aqui pensando na Dulce, elas não vão se acertar mesmo, né? E May é meio louca, ela sai pra viajar pra um lugar que el não conhece ninguém, kkkk' e inda quase é estuprada, Oh meu Deus !

  • camila_ Postado em 29/03/2014 - 15:09:00

    Herroni *-* Eles vão vijar juntos *-*, sim isso é loucura, mas acho que vai ser boom, :)

  • camila_ Postado em 29/03/2014 - 15:04:17

    Poxa vida, eu estava muito desatualizada, ele já foi embora, voltou, salvou *--* e eu aqui lerda, Vix, Posta Mais *-*

  • camila_ Postado em 25/03/2014 - 19:32:29

    OMG', nem tenho mais tempo pra comentar, mas amanhã eu passo aqui e nas outras que ainda não comentei, Beijos *-*

  • biaherroni Postado em 24/03/2014 - 19:58:56

    Posta Mais, leitora nova, estou simplesmente amando a web


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