Fanfics Brasil - Capitulo 13: Maite (Parte II) Entre o Agora e o Nunca - Herroni {Adaptada}

Fanfic: Entre o Agora e o Nunca - Herroni {Adaptada} | Tema: Herroni


Capítulo: Capitulo 13: Maite (Parte II)

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Alfonso sorri luminosamente, seus olhos verdes perfeitos como o centro de seu rosto esculpido.


 


Ele é lindo mesmo...


 


— Então, o que você decidiu? — ele pergunta, cruzando os braços e parecendo curioso. — Vou te comprar uma passagem de avião pra casa ou quer mesmo ir pra Lugar Nenhum, Texas?


 


— Você quer mesmo ir comigo? — Simplesmente não consigo acreditar nisso, e ao mesmo tempo, quero mais do que tudo que seja verdade.


 


Prendo a respiração esperando a resposta.


 


Ele sorri.


 


— Sim, quero mesmo.


 


A palpitação se transforma num calor e eu abro um sorriso tão grande que por um longo momento pareço não conseguir relaxar o rosto.


 


— Mas só tenho uma queixa sobre essa ideia — ele diz, levantando um dedo.


 


— Qual?


 


— Viajar naqueles ônibus — ele diz. — Odeio aquela porra.


 


Rio baixinho e sou obrigada a concordar com ele.


 


— E de que outro jeito podemos viajar?


 


Ele ergue um lado da boca num sorriso esperto.


 


— A gente pode ir de carro — sugere. — Eu dirijo.


 


Eu não hesito.


 


— Tá.


 


— Tá? — ele exclama, fazendo uma pausa. — Fácil assim? Vai entrar no carro de um cara que você mal conhece, e confiar que ele não vai te estuprar em alguma estrada deserta? A gente já não conversou sobre isso?


 


Eu inclino a cabeça para um lado, cruzando os braços.


 


— Faria alguma diferença se eu tivesse te conhecido numa biblioteca, e depois saísse com você, sozinha no seu carro? — Inclino a cabeça para o outro lado. — Todo mundo é desconhecido no começo, Poncho, mas nem toda mulher encontra um desconhecido que a salva de um estuprador e a leva pra conhecer o pai, que está morrendo, praticamente na mesma noite. Eu diria que você já passou no teste da confiança faz algum tempo.


 


O lado esquerdo de sua boca se ergue num sorriso, perturbando a seriedade das minhas palavras sinceras.


 


— Então esta viagem é um encontro?


 


— Hein? — Eu rio. — Não! Foi só uma analogia.


 


Sei que ele sabe disso, mas preciso dizer alguma coisa para que ele não note minhas bochechas, que estão ficando vermelhas.


 


— Você entendeu.


 


Ele sorri.


 


— É, entendi, mas você me deve um jantar “amigável” na companhia de um filé. — Ele faz aspas com os dedos quando diz “amigável”. O sorriso nunca deixa o seu rosto.


 


— Devo, sim, não nego.


 


— Então tá combinado — ele decide, me dando o braço e me levando para o táxi que espera perto do estacionamento. — Vamos buscar o carro do meu pai na rodoviária, passar pela casa dele pra pegar umas coisas e depois cair na estrada.


 


Ele abre a porta de trás do táxi para que eu entre primeiro e a fecha depois de se sentar ao meu lado.


 


O táxi começa a rodar.


 


— Ah, acho que preciso estabelecer algumas regras básicas antes de a gente fazer isso.


 


— Ah, é? — Me viro e olho para ele, curiosa. — Que tipo de regras básicas?


 


Ele sorri.


 


— Bom, primeira: meu carro, meu som; sei que não preciso explicar mais.


 


Eu reviro os olhos.


 


— Então você tá me dizendo, basicamente, que vou ser obrigada a ouvir só rock clássico nessa viagem?


 


— Ah, você vai acabar gostando.


 


— Não acabei gostando nem quando era criança e tinha que aguentar meus pais ouvindo o dia todo.


 


— Segunda — ele continua, erguendo dois dedos e ignorando completamente o meu protesto —, você tem que fazer tudo que eu mandar.


 


Viro a cabeça bruscamente e franzo a testa.


 


— Hã? Que história é essa?


 


Seu sorriso fica ainda maior, maquiavélico até.


 


— Você disse que confia em mim, então confie nisso também.


 


— Bom, vai ter que me explicar melhor. Sério, sem brincadeira.


 


Ele afunda no banco e cruza os dedos entre suas longas pernas abertas.


 


— Prometo que não vou te pedir pra fazer nada doloroso, degradante, perigoso ou inaceitável.


 


— Então, basicamente, não vai me pedir pra chupar teu*****por quinhentos dólares, nem nada do tipo?


 


Alfonso joga a cabeça para trás e ri alto. O taxista se mexe no banco da frente. Noto que seus olhos desviam do retrovisor quando olho para ele.


 


— Não, nada disso, com certeza, juro. — Ele ainda está rindo um pouco.


 


— Tá, mas o que vai me pedir pra fazer, então?


 


Estou completamente desconfiada dessa conversa. Ainda confio nele, admito, mas também estou um pouco apavorada agora, temendo algo como acordar com um bigode desenhado com canetinha.


 


Ele dá uns tapinhas na minha coxa.


 


— Se isso te faz sentir melhor, você pode me mandar catar coquinho se não quiser fazer alguma coisa, mas espero que não faça isso, porque quero muito te mostrar como viver a vida.


 


Uau, isso me pega completamente desprevenida. Ele está falando sério; não há nada de engraçado nessas palavras, e mais uma vez fico fascinada por ele.


 


— Como viver a vida?


 


— Você faz perguntas demais. — Ele dá mais um tapinha na minha coxa e põe a mão novamente no próprio colo.


 


— Bom, se você estivesse sentado deste lado do carro, também faria um monte de perguntas.


 


— Talvez.


 


Meus lábios se abrem um pouco.


 


— Você é uma pessoa muito estranha, Alfonso Herrera, mas tá, confio em você.


 


Seu sorriso fica mais terno quando ele apoia a cabeça no banco, olhando para mim.


 


— Mais alguma regra básica? — pergunto.


 


Ele olha para cima, pensativo, e morde a bochecha por dentro por um momento.


 


— Não. — Sua cabeça cai para o lado. — Só isso.


 


É a minha vez.


 


— Bom, também tenho algumas regras básicas.


 


Ele levanta a cabeça, curioso, mas deixa as mãos sobre a barriga, com os dedos fortes cruzados.


 


— Tá, manda — ele responde, sorrindo, com certeza preparado para qualquer coisa que eu inventar.


 


— Número um: em nenhuma circunstância você vai me comer. Só porque sou simpática com você e tô concordando com... bem, com a coisa mais doida que já fiz, tô te avisando logo que não vou ser sua próxima transa, nem vou me apaixonar por você (ele está sorrindo de orelha a orelha agora, e isso tira a minha concentração), nem qualquer coisa do tipo. Entendido? — Estou tentando falar bem sério. Estou mesmo. E acredito no que falei. Mas aquele sorriso idiota dele está meio que me forçando a sorrir, e eu o odeio por isso.


 


Ele faz um bico, pensativo.


 


— Completamente entendido — concorda, embora eu ache que exista um significado oculto nas suas palavras.


 


Eu concordo com a cabeça.


 


— Ótimo. — Me sinto melhor por ter deixado isso claro.


 


— O que mais? — ele pergunta.


 


Por um segundo, esqueci a outra regra básica.


 


— Tá, a número dois é: nada de Bad Company.


 


Ele parece levemente arrasado.


 


— Que raio de regra é essa?


 


— É minha regra e pronto — digo com um sorrisinho. — Algum problema? Você pode ouvir todas as outras bandas de rock clássico e eu não posso ouvir nada que eu quero, então não vejo nada de errado na minha condiçãozinha minúscula. — Abro meu polegar e indicador um centímetro para mostrar quão minúscula.


 


— Bom, não gostei dessa regra — ele resmunga. — Bad Company é uma ótima banda, por que tanto ódio?


 


Ele parece magoado. Acho isso bonitinho.


 


Estufo os lábios.


 


— Sinceridade? — Acho que vou me arrepender disto.


 


— Sinceridade, claro — ele diz, cruzando os braços. — Desembucha.


 


— Eles cantam demais sobre o amor. É piegas.


 


Alfonso ri alto de novo e eu começo a achar que o taxista está ficando com os ouvidos cheios, com a gente no carro.


 


— Parece que alguém aqui está amarga — Alfonso diz, e um sorriso se espalha pelos seus lábios.


 


É, me arrependi.


 


Desvio o olhar porque não posso deixar que ele perceba nada em meu rosto que confirme que ele acertou na mosca sua avaliação a meu respeito. Ao menos no tocante ao meu ex infiel, Douglas. Com ele, é amargura. Com Guido, é uma dor cruel e inalterada.


 


— Bom, a gente vai consertar isso também — ele comenta casualmente.


 


Volto a olhar para ele.


 


— Hãã, obrigada, dr. Phil, mas não preciso de ajuda com isso.


 


Peraí, cacete! Quem foi que falou que eu preciso ser “consertada”?


 



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— É? — ele vira o queixo, parecendo curioso.   — É — digo. — Sem falar que isso meio que infringiria minha regra básica número um.   Ele pisca e sorri.   — Ah, você automaticamente presumiu que eu ia me oferecer como cobaia? — Seus ombros se agitam com uma risada discreta.   ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 41



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  • Luise Sinis Postado em 31/05/2016 - 15:02:55

    Ei cade vc, fanfic perfeita, já faz muito tempo que vc nao posta, volta pfvvvvv

  • camila_ Postado em 05/04/2014 - 23:50:48

    Eu sinceramente queria comentar capítulo por capítulo, mas não vai dar, assim que der passo aqui, pink promess, rsrs, eu não te abandonei não linda, eu amo suas fics e não conseguiria ficar longe delas, mas enfim, eu vou aparecer e comentar sempre que der, Beijinhos *-*

  • juh_perroni_rodriguez Postado em 05/04/2014 - 15:43:16

    L3itor4 nov4 vou começar a ler sua fic agora vou tentar acompanhar ok?Adoro você..Bjuuss de fuego..

  • juliaesoares Postado em 31/03/2014 - 18:48:15

    eu sou fantasma </3 desculpa, hihi. POSTA SIM?

  • danielaporto Postado em 31/03/2014 - 14:22:12

    Hey, sou uma leitora fantasminha hehe, acompanho todas as suas webs, mas na hora de comentar a preguiça me consome :/ mas vou me esforçar okay ? Rsrs beijos :*

  • camila_ Postado em 29/03/2014 - 15:11:41

    Essa May é uma onda, eu to aqui pensando na Dulce, elas não vão se acertar mesmo, né? E May é meio louca, ela sai pra viajar pra um lugar que el não conhece ninguém, kkkk' e inda quase é estuprada, Oh meu Deus !

  • camila_ Postado em 29/03/2014 - 15:09:00

    Herroni *-* Eles vão vijar juntos *-*, sim isso é loucura, mas acho que vai ser boom, :)

  • camila_ Postado em 29/03/2014 - 15:04:17

    Poxa vida, eu estava muito desatualizada, ele já foi embora, voltou, salvou *--* e eu aqui lerda, Vix, Posta Mais *-*

  • camila_ Postado em 25/03/2014 - 19:32:29

    OMG', nem tenho mais tempo pra comentar, mas amanhã eu passo aqui e nas outras que ainda não comentei, Beijos *-*

  • biaherroni Postado em 24/03/2014 - 19:58:56

    Posta Mais, leitora nova, estou simplesmente amando a web


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