Fanfic: Me apaixonei pelo meu melhor amigo {Finalizada} | Tema: Vondy

Tawni se soltou do abraço e se sentou na cama secando as lágrimas com as costas das mãos já havia parado de chorar finalmente.

- Tá melhor? -perguntei e ela assentiu- O que aconteceu hein?

- É o que eu disse, Dulce não tenho amigos de verdade, nem minha mãe se importa comigo.

- E a Ally?

- A Alice não é uma amiga AMIGA minha; é apenas uma colega como todos os outros

- E por quê ela é a única pessoa que você trata bem? -eu perguntei

- Porque sim eu achei que ela poderia ser a amiga que eu esperava ter. -uma lágrima escorreu do olho dela- Mas não é. Talvez a Alice goste mais da Anahí do que de mim.

- Mas a Ally é tão fofinha ela gosta de todas nós.

- A Alice é fofinha mas ela esconde coisas de nós sabe? Uma vez ela sabia de uma coisa que me interessava e não me contou eu fiquei sabendo por terceiros.

- Por quê você não se aproxima da Any, da Mai, de mim?

- Porquê eu não gosto nem da Anahí e nem da Maite. Anahí é barbie demais e Maite é santa demais. 

- E eu?

- Você? Hmm -ela fez biquinho- Bem, você é a menos pior delas. -eu ri e ela riu também mas ao perceber logo ficou séria novamente

- Mai e Any são boas pessoas! E eu também.

- Não confio em ninguém.

- Por quê não?

- Eu tentei confiar uma vez achando que sim a pessoa era uma boa pessoa mas aí ele me... -ela pôs a mão na boca- NÃO NÃO! -gritou e saiu correndo chorando

- TAAAAAWNI! -eu corri atrás dela

- Dulce o que houve? Dá pra ouvir os gritos do meu quarto. -Ucker disse segurando o meu braço antes que eu dessesse a escada atrás de Tawni

- A Tawni, ela saiu chorando mas eu não sei o que aconteceu

- Então vamos atrás dela. -ele disse

Dessemos correndo as escadas indo em direção à cantina e ela não estava lá.

- Ucker, onde acha que ela foi?

- Hmm acho que no porão.

- Vamos! 

Corremos até a biblioteca e eu tirei o tapete, abri a pequena portinha.

- Vamos! -eu disse

- Melhor eu não ir vai lá.

- Sério?

- Sim. Até depois.

- Até. -ele saiu e eu entrei no porão- Tawni? -chamei- TAAAAAAAAAAWNI! -gritei

Ouvi um choro vindo de detrás do sofá e fui lá; a menina estava lá sentada no chão com as pernas abraçadas chorando entre os joelhos 

- Tawni. -eu disse suavemente e me sentei ao lado dela- Fala o que foi pode confiar juro que não conto a ninguém juro.

- Dul-Dulce e-eu tenho um trauma. -ela disse entre soluços

- Que trauma?

- E-eu não consigo acreditar nas pessoas porquê quando o meu pai morreu minha mãe saía pra beber com as amigas e lá conheceu um cara; eles começaram a namorar, ele vinha na minha casa, falava que eu era linda, me dava bonecas, me dava chocolates mas mesmo assim eu nunca gostei dele. Eu odiava ele por vê-lo tomar o lugar de meu pai e todas as vezes que eu dizia que não gostava dele minha mãe ficava zangada. Ele veio morar na minha casa com a minha mãe e aí todos os dias era a mesma rotina: Ela ia trabalhar, eu ia pra escola que ainda não era aqui e quando chegava ele estava em casa. Ele bebia mas um dia ele não tinha bebido uma gota de álcool então eu cheguei, almocei e fui ver tevê e ele estava vendo tevê no quarto então ele me pediu pra levar uma latinha de cerveja pra ele eu levei e quando cheguei lá ele disse pra eu ficar assistindo com ele como papai e sua filhinha eu disse que não e ele disse que não estava pedindo estava ordenando eu disse que ele não mandava em mim então ele me segurou pelos braços com força e me jogou na cama, me observou de cima a baixo e... -ela começou a chorar mais

- E o que Tawni?

- E abusou de mim. -ela disse num tom de voz baixinho e começou a chorar mais e eu a abracei de lado

- Calma Tawni! Já passou. Passou e o que você fez?

- Depois eu saí de casa e quando anoiteceu eu voltei, contei à minha mãe mas ela disse que era tudo mentira, que eu dizia isso porquê não gostava dele então eu disse que ela preferia ele à mim e ela confirmou. -ela fungou o nariz enquanto suas lágrimas caíam feito uma cachoeira- Eu fiz uma prova aqui no boarding e consegui uma bolsa! Tudo pra sair daquele inferno que era minha casa.

- E quantos anos você tinha? 

- Eu tinha doze nessa época mas eu era inocente, ainda brincava consegui essa bolsa quando completei quinze anos. A partir do nono ano estava aqui.

- Hm então o tempo que ficou em casa aguentou seu padrasto?

- Sim e ele jurou que se o denunciase ele não deixaria minha mãe e nem eu vivas. Por isso seguro a boca até hoje você é a única pessoa que sabe fora minha mãe e o filho da pu/ta do meu padrasto. Jura pela sua mãe que não conta à ninguém.

- Ok. Eu juro pela minha mãe, pelo meu pai e pela minha irmã que não digo a ninguém.

- Nem ao Christopher?

- Nem ao Christopher! Vamos voltar para o quarto?

- Sim! 

Voltamos para o quarto e Any, Mai e Ally já haviam chegado. Ficamos conversando e depois fomos dormir.